Piratas escrita por Skylar


Capítulo 2
Invasão em Cair Paravel


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Um capítulo novinho para vocês.Espero que gostem !



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Trinco os dentes com raiva.Não sei o que aconteceu lá mas ninguém toca em Dylan.Ele é como um irmão para mim.Prometi a sua família que cuidaria dele.Até mesmo com a minha própria vida.

—Expliquem.

Scott toma fôlego.

—Um grupo de anões atacaram uma garotinha que conversava com algumas crianças.Dylan estava no meio e acham que ele é quem está por trás do ataque.A garota é da realeza mas parece uma bebezinha.

—Precisamos resgata-lo.-diz Dayse.

—Scott volte a vila e use o restante do dinheiro para comprar suprimentos e tente descobrir algo sobre o que será feito com os anões e Dylan.Dayse e eu votaremos ao navio mas mandarei Ben e Cody virem ao seu encontro.Entendido ?

—Sim,capitã.

Fazemos o caminho de volta a praia e entramos no bote indo até a caverna em que o navio está escondido.A tripulação já está acordada e começando a fazer as suas tarefas diárias.Peço a Dayse que chame Ben e Cody e conte a tripulação o que está acontecendo.

Vou para o meu cabine e fico apenas de calças e camisa.Me deito na minha cama e mesmo não querendo,acabo dormindo.

Acordo no fim da tarde com as batidas na porta.Calço as botas e saio vendo Scott ,Ben e Cody com expressões alarmadas.
Isabela e as outras garotas estão levando os suprimentos para a cozinha.

—Falem.-ordeno nervosa.

Cody é quem começa.

Eles serão julgados perante os reis,as rainhas e uma corte de honra.

—Reis e rainhas ?-pergunto confusa.

—São cinco.-exclarece Ben.-Rei Caspian,Rei Pedro,Rei Edmundo,Rainha Suzana e Rainha Lúcia.Parece que tem um príncipe chamado Eustáquio.

—Pelo que descobrimos,eles são do nosso mundo.Vieram a Nárnia duas vezes antes de terem sido ordenados por um tal de Aslam a permanecerem lá.Um dos ferreiros disse que eles voltaram a pouco mais de uma semana aparecendo misteriosamente na floresta.

Ando de um lado para o outro enquanto Scott terminava de falar.Precisamos urgentemente de um plano.O castelo deve ser cercado por guardas e precisamos entrar nele para resgatar Dylan,mas como passaremos ?

—Aldeões são permitidos nessa cerimonia ?

—Apenas alguns.-responde Ben.-Qual o plano,capitã ?

—Quero o navio pronto para partir na madrugada.Chloe,Dayse,Scott,Ben,Cody,Ian e Chelsea,quero vocês armados e com suas capas pretas em vinte minutos aqui no convés.Vamos entrar no castelo e resgatar Dylan.Estaremos separados pelo Salão e o mais próximo dele que conseguirmos.

—E quanto aos anões ?-pergunta Ian.

—Ficaram para cumprir sua pena.

Uma hora depois estamos na entrando grande castelo de Cair Paravel.Pelo menos é o que acho ter ouvido um dos convidados falar.Também ouvi um deles chamando um dos sátiros,de faunos.

Entramos no grande salão que é adornado por grandes tapeçarias e lustres de cristal.Bandeiras vermelhas pendem do teto com a gravura de um grande leão.O chão é de mármore branco e as colunas de pedra branca. Há uma grande varanda com vista para o mar.Fico feliz em perceber que não dá para ver a caverna onde o navio está.

Chegamos em cima da hora,portanto os anfitriões são logo chamados.Primeiro vem o que imagino ser o Rei Caspian com seus cabelos negros,um pouco grandes,com uma coroa de ouro puro e vestes pretas e douradas.O próximo é o Rei Pedro com sua coroa também de ouro e roupas azuis escuras com detalhes dourados.O Rei Edmundo com roupas vermelhas e prateadas,com uma coroa de prata.Rainha Suzana com um vestido rosa claro e Rainha Lúcia com um vestido vermelho.Ambas com coroas adornadas com flores mas a de Suzana é de ouro.

Os convidados fazem uma reverência conjunta e sou obrigada a me abaixar levemente para pessoas que odeio.Eles se sentam e um guarda chama os prisioneiros.

Dylan parece bem,sem nenhum hematoma visível.Percebo também que nenhum dos Reis tem uma arma a vista. Dez guardas estão espalhados pelo salão.Só vi quatro protegendo as muralhas.

—Caros Reis e Rainhas - começa um guarda.- esses anões e esse humano estão sendo acusados de tentar matar a Rainha Lúcia.Eles serão julgados e perante a vossas majestades,serão condenados ou libertados.

Faço o sinal para os meus marujos e um assobio é ouvido por todo o castelo.Tem apenas quatro notas mas qualquer um que nós conheça,sabe que é a hora exata de fugir.Mas nenhum dele nos conhece esse barulho e parecem bem confusos.

Essa é a hora em que retiramos o capuz e pegamos nossas espadas.
Corro em direção a Dylan ouvindo os passos apressados batendo contra o chão.Gritos de mulheres histéricas são ouvidos e consigo distinguir um choro de criança no meio de tudo.Um guarda se aproxima mas Dayse se coloca a minha frente.Ela é ótima com suas facas e nunca erra um alvo.Mas o plano não é matar e sim ferir gravemente.

—Você !-Pedro grita enraivecido enquanto olha para mim.

—Majestade !-faço uma reverência de forma debochada e levanto uma das katanas no momento exato em que um guarda me ataca.

Com o canto do olho vejo Pedro pegando uma espada e vindo em minha direção.Faço um corte na perna do guarda e chuto seu peito,fazendo-o cambalear e cair no chão.

Recebo Pedro,acertando o cabo da espada em seu rosto.Ele não se deixa abater com um nariz sangrando e investe contra mim.Mas são duas espadas contra uma o que deixa as coisas mais fáceis para mim.Consigo fazer um corte superficial em seu braço e em um momento o empurro contra uma das colunas em estilo grega.

Aproveito o tempo de corto as cordas nos pulsos de Dylan.O entrego uma espada que está sobrando em minha bainha e ele começa a abrir caminho em meio a multidão de guardas que começa á aumentar.

—Vão !-grito para os meus.-Agora !

Saímos em retirada em direção aos portões de ferro.Já estamos quase fora do castelo quando ouço uma voz gritando a plenos pulmões:

—Fechar portões !

 

Empurro os marujos antes que o portão feche.Infelizmente,acabo ficando presa dentro do castelo.

—Vão !-digo a eles.-Vou dar um jeito de sair daqui.

—Não sairemos sem você !-diz Dayse com lágrimas nos olhos.Os outros concordam.

—Isso é uma ordem !-minha voz fica firme.-Se não sair em dois dias,planejem algo e venham me buscar.Sairemos dessa parte de Nárnia.

Eles assentem de mal grado e correm em direção a floresta.Os guardas chegam e luto com eles da melhor maneira possível.Quando dez deles estão ao meu redor sou desarmada e levada ao salão novamente.

Sorrio com o caos em que o lugar se encontra.

Várias tapeçarias estão rasgadas, a poças de sangue no chão branco e guardas se apoiando na parede para ficarem sentados enquanto a Rainha Lúcia leva um pequeno frasco a boca deles.O Rei Caspian parece furioso,assim como o Edmundo e Pedro.

O que imagino ser o príncipe Eustáquio,parece um pouco abalado e preocupado.

—Majestade.-diz o guarda que está com minhas preciosas espadas.-Conseguimos pegar um deles.A líder.

—Quem disse que sou a líder ?-falo irritada.

—Solte-a.-diz Caspian.

Os guardas idiotas me soltam mas um deles,um moreno,não para de olhar para a minha bota.

—Revistem-a.-diz Suzana arrogante.

Reviro os olhos furiosa enquanto eles retiram a faca na minha bota direita,uma adaga em meu cinto,dardos venenosos escondidos nas mangas da capa,um Ashiko japonês com várias pequenas pontas alongadas de flechas cheias de veneno.

—Você esconde muita coisa,criminosa.-diz Edmundo.-Fale de onde veio e o que pretende.

—Não é mais fácil apenas me jogar na masmorra ?-resisto uma de nossas regras.-Je suis un pirate et pirates n'ai pas trahi ses capitaines, ni ses compagnons.

—O que significa ?-diz Lúcia interessada.

—Descubra sozinha garotinha.Se quer uma ajuda,isso é francês.

—Levem na para a masmorra.Vamos interroga-la de manhã.

—Sim,majestade.

Sou praticamente arrastada até as masmorras abaixo do castelo.Eles me jogam em uma cela com feno espalhado por todo o chão e uma pequena janela em que posso ver o chão de terra e um pequeno pedaço do mar escurecido.

Retiro minha capa colocando-a no chão e retiro a pena que não sai do meu cabelo.Sorrio pensando em como foram idiotas em terem me deixado ficar com ela.Se retirar a pequena capa de couro que protege o que deveria ser a ponta,temos uma faca de prata forte que corta qualquer coisa.

Um presente muito valioso que consegui na Terra do Nunca.

Escuto passos vindo do corredor e rapidamente coloco o couro na ponta da faca e a guardo em meus cabelos.

—Rei Pedro.

Os guardas fizeram uma pequena reverencia.Sai de perto da porta e voltei a examinar a cela.

Não vou poder escapar pela porta então o único jeito é sair pela janela.Meu corpo é magro por isso não vou ter problemas em passar pela abertura assim que ela estiver sem as barras de ferro.

—Sim,senhor.-os guardas disseram por fim e ouvi Pedro se afastando.

Me deitei por cima da capa escorando minhas botas em uma rocha.Agora não é o melhor momento para fugir.Estou sem as minhas armas e daqui eu não saio sem elas.Se o julgamento for como espero,minhas armas estarão presentes.O que me resta é contar com a sorte de não ter mais que alguns guardas na sala.


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Notas finais do capítulo

Senti que ficaram um pouco tímidos no capítulo anterior. Por favor,comentem ai em baixo.É muito importante para me incentivar a continuar escrevendo para vocês.



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