Dangerous escrita por Karina A de Souza


Capítulo 11
Beijo Flagrado


Notas iniciais do capítulo

Oi :)
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Ainda na noite do incêndio, ouvi alguns agentes conversando e escutei claramente quando um deles disse que haviam capturado Yelena. Reddington havia ajudado de alguma forma, mas essa parte não me interessava.

Passei pelos agentes, e fui o mais rápido possível até onde Yelena estava algemada numa quase sala de interrogatório. Me aproximei, vendo o sorriso maníaco dela.

—Vocês na porta, saiam. –Mandei. Os agentes se entreolharam.

—Não podemos deixá-la ficar, moça.

—Saiam, ou meto uma bala na cabeça de cada um. –Os dois saíram. Voltei toda minha atenção para Yelena.

—Você deve ser Jenna Mhoritz. –Ela disse, ainda sorrindo. –É um prazer conhecer uma Dangerous pessoalmente. Soube o que aconteceu com sua equipe. Que trágico, não?

—Trágico vai ser quando eu estourar sua cabeça, sua vadia.

—Oh, o que é isso? Hum, claro. É porque quase fiz churrasco do seu namorado?-Agarrei o cabelo dela, o sorriso da incendiária diminuiu um pouco.

—Reza pra alguém aparecer, ou você vai fazer incêndios lá no inferno.

—Não vai atirar em mim. –Saquei a arma, apontando para a cabeça dela, e soltando a mulher.

—Não vou?-Ela engoliu seco, tentando manter o sorriso no rosto, sem muito sucesso. –Quais são suas últimas palavras?

—Nem pense nisso, Mhoritz. –Reddington disse, atrás de mim. O segurança particular dele estava ao seu lado, a arma apontada pra mim. –Não precisa fazer isso, Jenna.

—Sai daqui, Raymond. Não preciso que se meta nisso.

—Atirar nela não vai resolver nada. E precisamos que ela fale algumas coisas antes de ir para o inferno. –Me afastei de Yelena, guardando a arma. –Quando o FBI terminar com ela, aviso você e arrumo um encontro. –Sorri da forma mais diabólica que consegui.

—Obrigada, Red. –Olhei para a loira atrás de mim. –Ouviu, Belikov? Nós vamos nos ver de novo, e não vai demorar. –O sorriso dela sumiu de vez. –Nos vemos.

Alguns dias depois, Yelena morreu de forma misteriosa. Alguém deu um tiro na cabeça dela. Trágico, não?

***

Entrei na sala de Ressler e comecei a rir. Eu nem devia estar trabalhando, pois numa missão (que não tinha nada a ver com Reddington e sua lista) acabei quebrando a perna, mas não pude evitar ficar de fora por muito tempo.

Meu colega de trabalho me olhou feio, enquanto eu me sentava na frente da mesa dele, deixando as muletas ao meu lado.

—Cara, você está ridículo. –Comentei.

—Não pedi sua opinião, Mhoritz, então cale-se.

—Ah, você não me mandou calar a boca. –Olhou pra mim.

—Mandei sim. E você nem devia estar aqui.

—Não aguentei ficar longe do trabalho. Nem dessa sua simpatia. –Sorri. Ele revirou os olhos. –Então, ta vestido como Damon Salvatore por quê?

—Vestido como quem?

—Esquece. Vai me responder ou não?

—Reddington deu outro nome e me mandou disfarçado pra missão.

—E aonde vai vestido assim?

—Para uma casa noturna.

—Hum. Vou ser sincera com você, meu caro colega, você não serve pra isso.

—Mhoritz, me faz um favor. Fique quieta. –Então saiu. Demorei um pouco para alcançá-lo.

—Ficou irritadinho, é?

—Vocês dois parecem casados. –Reddington provocou, assim que nos aproximamos. Mostrei o dedo do meio pra ele, que sorriu. –Sempre doce e simpática, Jenna.

—Sou um amor de pessoa.

—Ah, isso você não é, não. –Ressler murmurou, olhei pra ele.

—Você também não.

Me sentei em uma das mesas, enquanto Meera, Keen, Reddington e Ressler ajeitavam últimos detalhes da missão. Eu estava louca pra ir e acabei lembrando da primeira vez que mandaram Ressler e eu juntos e disfarçados. Tinha sido engraçado.

Por mais que meu querido-chato colega de trabalho recebesse esse tipo de treinamento, ele não parecia nada confortável comigo no colo dele. Tive que me segurar para não rir.

Acenei pra ele enquanto ele saia, deixando-o mais irritado ainda.

—Para de provocá-lo, Jenna. –Reddington disse, parando ao meu lado.

—Você também faz isso. É legal ver Ressler irritado.

—Você o salva para depois incomodá-lo?

—O meu mundo não teria graça sem ele para ser incomodado por mim e pisoteado por você.

—Isso é verdade.

—Viu? Você...

—Consegui pegar o sinal das câmeras. –Aram avisou. Saí da mesa com um pouco de dificuldade e fui até ele. Reddington puxou uma cadeira pra mim e ficou ao meu lado quando me sentei.

—Que câmeras?

—Câmeras da casa noturna aonde Ressler vai.

—Ele está com fone?

—Não. Se recusou a usar. –Revirei os olhos.

—Peninha, eu queria dar umas dicas pra ele, estou vendo que não vai dar. Aposto que ele está todo feliz por que eu estou fora da missão.

—Se você fosse, - Reddington começou. –e atirasse no alvo da vez, ele mesmo te mataria.

—Como se ele desse conta de mim. Tenho até pena dele se ele tentar.

Esperamos por mais alguns minutos, até Aram afirmar que Ressler havia entrado. Olhei para a parte da tela onde aparecia o agente.

—Ele parece um pouco perdido. –Comentei. Reddington riu.

—Ele é perdido, Jenna.

—Não tem som?

—Não. –Aram respondeu, clicando para deixar a imagem maior.

—Cara, eu mataria por um balde de pipoca. –Suspirei e me virei para Raymond. –Quem Ressler foi encontrar?

—Um hacker que adora tirar dinheiro de grandes organizações e esvaziar os cofres de países ricos.

—Hum, interessante.

—Vocês vão querer ver isso. –Aram disse. Olhei pra tela.

—Perdi Ressler de vista. Cadê?

—Aqui. –Apontou. Me inclinei pra frente, incrédula.

—Ele é o cara que está beijando uma garota? Isso faz parte da missão?

—Não o mandei beijar ninguém. –Reddington respondeu, parecendo divertido.

—Que babaca. Devia estar prestando atenção no que o mandaram fazer. E não ficar se agarrando com qualquer ratinha de boate.

—Senti um tom meio... Enciumado. –Olhei pra Reddington, estreitando os olhos na direção dele.

—Quer levar um tiro no meio da testa? É só falar.

—Você sabe que não consegue me assustar com suas ameaças bobas, Jenna.

—Não são apenas ameaças, você sabe que eu atiraria em você sem pensar duas vezes.

—Atiraria? Tem certeza? Não foi o que aconteceu quando achou que eu havia sequestrado Harold.

—A agente Keen estava com uma arma apontada pra minha cabeça. O que queria que eu fizesse?-Revirei os olhos e me foquei nas imagens que estavam no computador de Aram.

Ressler agora conversa com um homem, que logo começou a correr. Donald pegou a arma e correu atrás dele. Keen e uma parte da equipe apareceram na imagem.

***

—O que está fazendo aí? –Ressler perguntou, me vendo sentada na mesa dele.

—Sei lá, te esperando, não sei. O que foi aquilo, Ressler?

—Aquilo o que?-Tirou a jaqueta, colocando-a na cadeira. Com aquelas roupas, quase não dava pra acreditar que ele tinha 36 anos.

—Reddington e eu assistimos tudo com Aram. O que foi aquele momento agarração?-Ele pareceu um pouco envergonhado.

—A garota saiu do nada e me beijou.

—Só podia ser, pela cara de pânico que fez...

—O que você quer, Mhoritz?

—Nada. –Ergui as mãos em gesto de rendição. –Só vim te avisar que você realmente não leva jeito pra esse tipo de trabalho. –Irritado, ele se aproximou, parecendo mais um touro bravo do que outra coisa. Permaneci onde estava, colocando os pés na cadeira dele.

—Estou me cansando das suas brincadeiras.

—Ah, é? E o que vai fazer, agente Ressler?-Mais um passo na minha direção. –E então, vai me responder ou continuar com a sua eterna cara de idiota?


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Notas finais do capítulo

É TRETAAAAA!!!
"-Viu isso?
—Vi. –Meera respondeu, suspirando. –Eu poderia pedir para transferir a agente Mhoritz, ou até mesmo demiti-la, mas Harold a queria aqui e Reddington também a quer. Não podemos tirá-la da equipe.
—Ela vai acabar fazendo besteira.
—Eu salvei a sua vida. –Lembrei-o. - E você sequer agradeceu. Quem é que fez besteira? Quis ir sozinho para a missão e dar uma de agente 007, mas quase morreu por isso.
—Não fala comigo, Mhoritz.
—Falo com você se eu quiser."
***
"-Ainda quer me dar uma surra, gracinha?-Perguntei. Todos os amigos dele saíram correndo. Ele foi atrás, meio tonto.
—Valeu, Jen. –Ivan disse, passando o braço por cima dos meus ombros. Acertei um tapa na nuca dele.
—Vê se fica esperto e para de ficar com garotas comprometidas, idiota. Não vou salvar sua pele todas as vezes."
***
"-Isso foi... Estranho. –Comentei. –E você está bêbado. Provavelmente me embriagou também. –Riu, acabei fazendo o mesmo.
—Sentiu alguma coisa?
—O gosto do álcool. –Ele cruzou os braços, com a mesma expressão que usava antes de desafiar um oponente maior e mais forte que ele.
—Só isso?
—Eu devia sentir mais alguma coisa? E se devia, bem, acho que a bebida tratou de camuflar."
***
"-Prova. Vem tomar banho comigo.
—Wou!-Paul fez, rindo. –Mais direto que isso, impossível.
—Se fosse bonito, Dan, até rolava. –Provoquei.
—Soldado ferido, pessoal! Chamem uma ambulância. –Todos rimos.
—Eu pelo menos tentei. –Daniel disse, fazendo gesto de rendição."
Até o próximo :)



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