The Kingdom: Os Sete Pecados Capitais escrita por Jolly Roger CS


Capítulo 31
Capítulo 30 - Trono Vermelho


Notas iniciais do capítulo

Olá. Tudo bom com vocês?

Espero que curtam o capítulo, boa leitura!



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— Eles chegaram! — um guarda gritou ao avistar o grupo de resgaste ao Minato se aproximando do castelo.


O sino foi soado imediatamente, avisando a todos do local que os guerreiros estavam chegando. Os membros da família que estavam todos na sala principal correram para o portão de castelo.


Todos esperavam apreensivos, não sabiam o que havia acontecido. Não tinham ideia se algum deles estava ferido o bastante morrer. Uma tensão geral estabelecia no local. Quando os enormes portões de madeira se abriram e os cavaleiros entraram, foi inevitável, cada um partiu para quem lhe interessava.


— Naruto! — gritou Kushina, correndo para seu filho — Meu filho, como você está? Cadê o seu pai? Vocês estão bem?


O homem desviou o olhar quando sua mãe questionou sobre seu pai, foi inevitável, lágrimas escorreram pelo seu rosto. Com a cabeça o menino sinalizou aonde Minato estava. Kushina olhou para o lugar, não hesitou, abraçou fortemente seu filho, chorando juntamente com ele.


Jiraiya caminhou lentamente para onde Minato estava. Ousou em tirar a manta que estava sobre seu corpo. Avistou um homem completamente diferente do que conhecia. Segurou o choro, cobriu o corpo dele novamente. Avisou aos serventes.


— Preparem ele dignamente para seu funeral. Minato deve estar do jeito que gostaria. Por favor, senhoras.


— Não haverá funeral, Jiraiya — Naruto interviu, recebendo olhares do velho — Não quero que vejam meu pai deste jeito. Arrumem-no, mas não terá funeral. Levem-no direto para sua cripta.


— Porém Minato gostaria de receber um velório digno — rebateu o velho, não concordando com o garoto.


— Sem discussões, já tomei minha decisão — o Uzumaki retrucou, não sobrando mais alternativas para Jiraiya a não ser aceitar. O jovem saiu dos braços de sua mãe, caminhando até seu quarto. Hinata não hesitou em segui-lo.


O homem estava dentro da imensa banheira, tomava banho para limpar seu corpo, sentia-se sujo. Manteve-se refletindo durante todo o tempo, lembrava de pequenos detalhes do combate que havia tido contra Nagato, lamentava-se de não ter arrancado o coração do homem de seu corpo. Era seu maior objetivo.


[...]


Um enorme banquete estava sendo preparado para comemorar a voltar dos guerreiros. Todos amigos e familiares já estavam sobre a mesa, esperavam ansiosamente os cavaleiros.


Aos poucos os jovens chegavam e sentavam-se ao lado de suas esposas, todos eram recebido com aplausos e olhares de pena. Aqueles hematomas faziam com que os demais tivessem piedade deles.


Naruto logo apareceu na sala, sentou-se na cabeceira da mesa, não demorou muito e já foi devorando a comida que tinha em sua frente. Os que esperavam a chegada do moço, logo começaram a fazer o mesmo.


— Então, como foi as lutas? — Kankuro questionou, curioso — Acho que temos a obrigação de saber o que aconteceu. Até agora vocês não contaram nada.


— Vemos apenas todos vocês arranhados e com grandes hematomas. Nada mais — Temari, que até então não havia contado nada sobre sua gravidez para seu marido, prosseguiu — Deixaram-nos aqui jogados, não nos deram uma notícia sequer. Pensamos diversas vezes que estavam mortos.


— Estamos vivos — Shikamaru respondeu, devorando seus vegetais — Não morremos, se é isso que interessa a vocês.


— Shika... — Temari sentiu uma forte dor em sua barriga, gemeu com aquilo.


— Você está bem, Temari? — Sakura indagou, preocupada com sua amiga. A Nara confirmou positivamente com a cabeça.


Hinata e Neji se fitavam, era mais do que óbvio que ambos queriam conversar, mas nenhum tinha tomado a iniciativa. A jovem garota estava nervosa com tudo aquilo.


— Vocês querem saber como foram as lutas. Estou correto? — Kankuro confirmou para o autor da pergunta — Pois aqui vai a minha experiência: foi horrível. Enfrentei um homem alto e forte. Sua força era tão grande quanto a de um gigante que batalha em campos. Nunca em minha vida temi mais a morte do que nessa luta. Mas o detalhe é que ele só não morreu em minhas mãos porque um homem de cabelos grisalhos conseguiu fazer com que eu desmaiasse. Foi tenebroso.


— Homem de cabelos grisalhos? — indagou Orochimaru, curioso — Consegue descrevê-lo melhor? Fiquei curioso.


Gaara semicerrou os olhos, bebeu um gole de água, sorriu.


— Claro que eu conseguiria descreve-lo melhor, mas eu não vou. Não sou tolo, Orochimaru, sei que você conhece muitas pessoas, e com certeza, por essa sua curiosidade, tu deve imaginar um alguém. Então porque eu revelaria quem era? — o Sabaku falava com um certo tom de deboche.


Orochimaru apenas sorriu, erguendo sua taça em seguida e fazendo um gesto de brinde. Os dois trocaram sorrisos. Pareciam se entender.


— Então, com exceção de Gaara, todos os outros derrotaram seus rivais — Sakura se precipitou com sua afirmação.


— Não — negou Neji — Apenas Shikamaru conseguiu matar o oponente, todos os outros tiveram desvios. Mas acredito que Naruto tenha sido outro que chegou mais perto.


— E o que impediu de você matar o homem que tirou seu pai de nossa companhia? — Sakura voltou a interrogar, enquanto comia.


— Desmaiei — o Uzumaki respondeu rapidamente.


— Do nada? — Gaara perguntou, irritando o Uzumaki, que inclinou sua cabeça e sorriu.


— Um mal estar, apenas — ele voltou a responder ligeiramente.


— Balela — o ruivo retrucou.


Naruto levantou-se irritado de sua cadeira, e bateu suas mãos sobre as mesas, assustando a todos.


— Por que se importar com o que aconteceu na minha luta? Essa luta apenas me pertencia, nenhum de vocês estavam envolvidos nelas — afirmou Naruto, estressado.


— Não pertencia a nenhum de nós? É isso mesmo que eu ouvi? — Shikamaru levantou-se irritado de sua cadeira — Se não pertencia a nós, por que nos levou? Você imagina o quanto foi horrível ter que deixar nossas esposas e amigos aqui para lutar uma batalha de alguém? Imagina Naruto Uzumaki?! Aposto que não.


— Shikamaru, preciso falar contigo, é importante — Temari interrompeu a discussão, puxando o marido para conversar com ele.


— Neji, vem comigo também — Hinata levantou da mesa e andou em direção aos corredores, seu primo apenas lhe seguiu.


Todos os homens que tinham chegado de viagem estranharam o porque das mulheres terem feito isso, não tinham conhecimento sobre os últimos acontecimentos.


REINO AVAREZA.


Hashirama e os demais membros de sua família jantavam tranquilamente quando um soldado entrou na sala avisando que Naruto tinha voltado de viagem. Todos se interessam pela notícia, solicitando que o homem desse mais informações, e assim foi feito. Explicou tudo do jeito que a mensagem tinha sido lhe dita, sem tirar ou colocar qualquer palavra.


— Surpreendente — suspirou Tsunade, incrédula.


— Então essa Akatsuki é realmente forte — Hashirama engoliu seco — Nem mesmo Sasuke Uchiha conseguiu vencer seu oponente, e pelo jeito apenas Shikamaru destruiu seu rival, ainda por cima era Hidan Fushi.


— Ainda mais jovem ele era apontado com bons olhos para ser um grande espadachim — comentou Tobirama — Lembro-me que conheci ele rapidamente quando fomos até o Reino Orgulho no nascimento de Neji.


— Esse homem é o responsável por essa maldita deformação em meu rosto — revelou Kakashi, comentando pela primeira vez sobre aquele ataque — Ele e Kakuzu Kokoro...


— Kakuzu? — Tsunade perguntou nervosa — Ele ainda está vivo?


— Estava, não sei agora — Kakashi respondeu, não estranhando a reação da mulher.


— Nos conte agora mesmo sobre esse ataque, seu rei ordena — Tobirama falou soberano, recebendo olhares dos demais — Ok, eu não sou o rei, mas que se foda, Hashirama deve querer saber mais do que eu. Vamos.


Kakashi olhou para o rei, que mandou ele prosseguir com a história, o homem não hesitou mais, começou a contar sobre os acontecimentos daquela noite fatídica. Sem esconder qualquer detalhe.


REINO LUXÚRIA.


— Irei partir ainda hoje — anunciou Neji, decidido — Sei que chegarei tarde, mas não há outra solução, o quanto mais rápido eu aparecer mais confortante será para seu pai.


O jovem Hyuuga estava com seus olhos lacrimejando, a notícia da morte de seu pai havia lhe destruído mentalmente, preferia não acreditar. Mas quem passava a notícia era Hinata, a pessoa que ele mais confiava.


— Não tome decisões precipitadas — aconselhou a moça, tentando acalmar o primo — Você está cansado tanto psicologicamente quanto fisicamente, aproveite essa noite para relaxar, não é inteligente voltar a estrada após essa excursão. Pense.


— Meu pai está morto... Você ainda tem a coragem de mandar eu relaxar? Não venha falar besteiras — o jovem cerrou seus punhos, enfurecido com a notícia — Enquanto eu gastava meu maldito tempo indo para uma missão que não me interessava, meu pai estava sofrendo. Ele foi envenenado! Você não sabe da dor que sinto em meu coração! — o homem gritava com sua prima, irritado com si mesmo.


— Não sinto, mas podemos compartilhar ela — ela rebateu, tentando ficar de bem com ele.


— Besteira! — ele gritou autoritário — Não há como compartilhar sentimentos. Não seja babaca! Você só sentirá o mesmo quando seu pai morrer, e olhe lá...


— O que você quer dizer com isso? — ela questionou, se aproximando do rapaz.


— Você sabe do que estou falando — Neji retrucou, sarcástico — Acha que ninguém nunca percebeu seu interesse em poder?! Todos comentavam do seu ódio que sentia por mim, você mesmo comentou isso comigo! Tudo isso porque eu herdarei a merda daquele trono e você queria ele a qualquer custo. Mas apareceu o Uzumaki, lhe deu tudo, vai se tornar rainha — Hinata escutava tudo atentamente — E só me resta lhe desejar parabéns por ter alcançado o topo. Isso foi tudo que sempre quis, nem mesmo se importava com seus pa...


A esposa de Naruto interrompeu Neji dando-lhe um tapa. O rapaz reagiu rapidamente, segurando-a pelos braços e atirando-a na cama, montando sobre ela.


— Se você ousar tocar um dedo em mim, eu juro que mandarei lhe matar — prometeu Hinata, rangendo os dentes — Você está em meu castelo. Eu sou uma Uzumaki agora, não uma Hyuuga. Solte-me antes que eu traga mais uma notícia triste para seu tio. Já imaginou como seria fantástico todos saberem da decapitação do herdeiro do Reino Orgulho?! Não duvide de mim, Neji.


O rapaz sorriu debochadamente para ela, vendo graça nas palavras que tinha dito. Saiu de cima de Hinata, sentando-se ao lado dela na cama. A mulher levantou-se ligeiramente. Arrumou-se. Ordenou.


— Você tem até o amanhecer para se retirar do meu reino. Não queira testar minha palavra — Hinata retirou-se do quarto em seguida, deixando Neji sozinho, que acabou não aguentando em entrou em lágrimas.


[...]


Temari levou seu marido até ao quarto que estavam acomodados. Chegando lá serviu uma taça de vinho para o homem, que se acomodava como podia, a mulher fitou ele por alguns instantes. Parecia não ter coragem para revelar o que queria. Shikamaru, esperto como sempre, percebeu.


— O que você quer me falar? — ele questionou, assombrando a mulher — Por acaso me traiu enquanto estive fora?


— Não, não. De maneira alguma eu faria isso contigo — ela negou, ofendida por tal acusação — Nunca mais fale essas bobagens novamente, isso ofende eu, você e nossos futuros filhos.


— É inevitável eu não ter notado que está estranha — ele comentou, se aproximando dela — Sei que esconde algo, percebi isso. Também notei que você engordou um pouco. O que aconteceu?


— Sério? — ela questionou, estranhando — Para quem se diz um gênio...


— O que você está sugerindo?


— Nada, é porque dizem que você é um dos guerreiros mais geniosos que apareceram na história — ela comentou, enquanto Shika pensava sobre o que era — Até comentam que querem que você esteja vivo quando acontecer a próxima grande guerra.


— Já saquei — ele interrompeu, esboçando um sorriso — Você está grávida. Por que demorou tanto para revelar? Para que tanto medo?


— Não sei — o homem moveu sua cabeça para a barriga de Temari — Fiquei sabendo disso faz um bom tempo, mas tudo que aconteceu ultimamente me deixou indecisa sobre o momento correto para lhe contar.


— Você foi corajosa — ele revelou — Mandou eu ir para essa missão mesmo sabendo dos perigos. Nosso filho poderia nunca ter visto o pai. Só saberia de mim pelas histórias que os poetas irão contar.


— Em momento algum temi que você morresse. Sabia de sua capacidade. Você é o homem mais espetacular que já conheci — a mulher acariciava Shikamaru — Tu caminha em passos largos para se tornar o maior espadachim da história. Há muitas outras coisas que os poetas irão ter que falar sobre você...


LOCAL DESCONHECIDO.


— Shikamaru Nara — Hidan olhava para fogueira que estava em sua frente — Nunca poderei esquecer esse nome.


— Pois anote — disse Deidara, sentando ao lado do homem — Você tem uma memória fraca, logo esquecerá dele.


Hidan olhou para Deidara, esboçando um sorriso. Em um rápido movimento o Fushi agarrou a cabeça de Nendo e levou-a para perto do fogo.


— Consegue sentir todo esse calor? É incrível, né? — o loiro tentava afastar sua cabeça dali, mas era em vão — Essa é a temperatura do paraíso que meu Deus habita. O único e verdadeiro Deus — Hidan soltou a cabeça de Deidara, que finalmente se livrou daquele calor em seu rosto.


— Acho que você foi pro inferno — comentou Deidara, com certo medo — O paraíso nunca será feito de fogo. Isso é coisa do capeta. Já sabemos que seu Deus é o Deus do submundo.


Hidan encarou Deidara, esse se afastou timidamente do Fushi temendo que o homem se revoltasse com ele pelo o que havia sido dito.


— Talvez seja — Hidan aproximou suas mãos ao fogo — Cada pessoa tem sua crença. Mas a de vocês torna-se ridícula. Nove Deuses. Não há como tantas pessoas exercerem um papel de liderança. Por isso acredito que exista apenas um, e ele se chama Janshi.


— Respeitarei sua opinião, não quero terminar com uma foice em minha cabeça — brincou Deidara, fazendo Hidan sorrir — Que tal irmos jogar um pouco de cartas? Sinto saudade de vencê-lo.


Hidan não hesitou e aceitou o convite. Os dois homens seguiram para dentro do casebre para se distraírem um pouco de tudo aquilo que haviam os cercado.


[...]


— Não foi uma das coisas mais espertas que você fez Nagato — o homem comentou — Conheci um menino que destruiu uma família inteira. Plano brilhante porém não bem recebido pelo rei. Faltava astúcia para Minato. Porém esse seu último plano não foi lá dos melhores, arriscou muita coisa.


— Meu plano funcionou exatamente como eu queria — o Uzumaki respondeu sorridente.


— Se você planejou uma merda tão pífia quanto essa...


— Não falhei em nenhum momento. Tudo foi arquitetado e colocado em prática do jeito que eu imagina — o homem levantou-se de sua cadeira — Minato morreu igual eu desejava, fiz ele sofrer como eu queria que sofresse. Nenhum de nossos homens morreram, nenhum deles vieram a falecer. Foi tudo como eu queria.


— E por qual motivo você deixaria Naruto vivo, se quando eu cheguei você estava prestes a matá-lo? — Obito se levantou, andando até Nagato e parando em sua frente.


Nagato olhou diretamente para os olhos do Uchiha. Sorriu. Andou novamente até a cadeira para sentar nela.


— Eu não ia matá-lo, só queria causar ferimentos maiores. Consegue entender? Naruto precisava disso, fez bem a ele.


— E qual a razão para ajudar Naruto Uzumaki? — Obito dirigiu-se novamente até de frente Nagato, dessa vez colocando suas mãos no apoio da cadeira, formando uma espécie de barreira — Ele agora se tornará rei. Será um rei influente. Seu reino está no Tridente de Konoha. Acha mesmo que isso que você planejou foi inteligente?


— Naruto agora tem o ódio dentro de si. O desejo por vingança. A vergonha por seus companheiros terem falhado — Nagato forçou uma saída da cadeira, pegou o Uchiha e o jogou no objeto, acomodando-o e ficando na mesma posição que ele estava — Naruto agora vai planejar por uma vida inteira como me matar. Vai enfrentar diversos problemas, todos irão ser contra suas ideias. E quando o poder subir... Naruto Uzumaki perderá o trono para si mesmo. E é aí que eu entrarei. Conquistarei o que é meu por direito. Invadirei o reino Luxúria e tomarei o trono. Virarei o novo rei. E sabe o que faremos depois? Conquistaremos todo o Tridente. Hidan herdará o reino Orgulho. As terras Avareza ficarão nas mãos de Kakuzu. E por fim, iremos até a Capital, arrancaremos Hiruzen do poder, e Kimimaro poderá achar que é o novo rei da porra toda — o ruivo acariciou o rosto do colega — E é aí que você entra e faz o que está planejando. Mata o último Kaguya existente e se torna o rei dos reis. Você realmente achou que meu plano não tinha dado certo?!


REINO LUXÚRIA.


Com o dia amanhecendo, todos os guerreiros que estavam no reino se preparavam para voltar as suas terras. Neji, devido a briga com sua prima e os acontecimentos com seu pai, retirou-se dali ainda durante a madrugada. Poucos se importaram com a ausência do rapaz pela manhã.


— Desejo tudo de bom para você. Sentirei saudade de ambos. — disse Temari, enquanto seu irmão mais novo se distanciava— Espero um dia reencontrá-los. Principalmente você Kankuro, vivemos dias incríveis aqui. Trouxe aquele sentimento de quando morávamos juntos, éramos felizes.


Kankuro sorriu para sua irmã, sussurrou algo para ela em seu ouvido. A mulher apertou mais forte o rei Inveja. Não queria soltá-lo. Algo em si dizia para aproveitar aquele momento, não haveria outro daquele.


Logo os dois se separaram, Temari rumou até sua carruagem que estava somente a sua espera para partir. Kankuro andou até a sua.


— Naruto Uzumaki, rei Luxúria — falou Gaara, ao se aproximar do jovem.


— Gaara Sabaku, futuro rei Preguiça — o loiro respondeu, sarcástico — Acredito que nada mudará entre nós. Também não irei me iludir achando que está do meu lado agora pela jornada que tivemos juntos...


— Eu vou me vingar de você por ter me humilhado — revelou o Sabaku, encarando Naruto — Você sabe que foi um erro não me matar enquanto podia. Aliás, ainda pode fazer isso.


— Mas não irei lhe matar. Quero que você venha em busca de sua vingança. Eu desejo isso. Estarei lhe esperando — as palavras eram emitidas com uma enorme frieza pelo Uzumaki — Mas também quero que você venha aqui como líder de seu exército, como rei Preguiça. Você é capaz, não é?


Gaara virou de costas para o loiro, andando até sua esquadra. Mas no caminho virou-se ao homem e gritou.


— Nos vemos em breve Naruto Uzumaki — ele se despediu sorridente — E jamais duvide de minha capacidade!


Naruto fitava o ruivo de longe, estava calmo mesmo sabendo de tudo que o homem viria a tramar e orquestrar contra ele em um futuro próximo. De repente sentiu a presença de alguém ao seu lado, mesmo assim manteve-se como estava.


— Ele voltará, você sabia disso e mesmo assim deixou ele ir — avisou o homem, olhando para o horizonte como o loiro fazia.


— Qual a graça da vida se não for saber dos perigos que corremos e mesmo assim enfrenta-los? — O loiro levantou uma questão interessante, fazendo o rapaz refletir — Mas diferente dele acredito que temos muito o que conversar em um futuro, Sasuke Uchiha.


— Também acho — o rei Ira concordou — Até porque somos os dois cavaleiros lendários. Temos poderes extraordinários. Mas eu quero lhe pedir uma coisa Naruto — o loiro fez um gesto mandando prosseguir — Peça ajuda para Jiraiya, ele será o único que pode lhe ajudar. Assim como Orochimaru ele consegue fazer mágicas, isso irá melhorar suas forças, seu desmaio foi ocasionado por sua inexperiência ao controlar essas forças mágicas.


— Você não precisa me lembrar o que eu já pretendia fazer — Naruto ironizou, sorrindo — Agora vá embora, sua esposa lhe espera, vá embora e torça para que nossa aliança não termine aqui.


Naruto virou-se, caminhando rumo a seu castelo. Deixou Sasuke sozinho no local, que não demorou muito e logo entrou na estrada de volta para casa.


O Uzumaki caminhava em passos lentos pelos seus corredores. Passou por Jiraiya, nada disse. Continuou andando. Procurava alguém. Entrou em um quarto no fim da corredor. Avistou Mei despida sobre a cama. Fechou a porta lentamente. A mulher espantada não entendia o que acontecia, mas não teve coragem de comentar nada.


— O que você deseja Naruto? Eu estou completamente nua — a mulher colocava o cobertor sobre seu corpo.


Naruto pareceu ignorar o que a mulher havia dito, sentou-se em silêncio sobre a cama.


— Eu preciso de alguns favores seu. Tem como me ajudar? — ele questionou, olhando diretamente para os olhos da mulher.


— Claro. Diga — ela solicitou, apreensiva.


— O primeiro é simples, quero que você volte para o continente que estava e me passe algumas informações. Mas o segundo o mais complicado — O homem acariciava o belo rosto da mulher — Eu quero saber onde está Karin, a sua filhinha que teve com o bastardo do Nagato. Você pode me dizer isso?


Mei engoliu seco ao olhar para Naruto e só avistar seus olhos clamando por vingança.


REINO INVEJA.
ALGUNS DIAS DEPOIS.
Kankuro estava sentado em seu trono, tomava vinho para tentar se acalmar do dia agitado que havia tido. A noite se aproximava e com ela os coiotes saiam de suas tocas.


— O que faz aqui? — o rei perguntou ao avistar a mulher no salão.


— Gaara dormiu e eu precisava conversar — Ino explicou, cabisbaixa.


Kankuro fez um gesto com a mão pedindo para que ela se aproximasse. Pegou uma taça e despejou vinho nela. Dando-a para a esposa de seu irmão.


— Ainda está triste por ter perdido o bebê? — ele perguntou, preocupado com a mulher.


— Sim — Ino deu um gole sútil na bebida — É complicado quando temos que superar algo que de certo modo já estava presente em nossas vidas. Para Gaara é normal, mas para mim...


— Eu também sinto pela perda. Ele, como você disse, era meu filho. Não há como não me entristecer ao pensar como esse belo menino seria...


— Sinto que Gaara não me quer mais junto com ele. Pra que iria querer uma mulher que não consegue segurar um maldito bebê por nove meses? — Uma lágrima escorregou pela bela face da mulher — Sou uma infeliz!


Kankuro pegou na delicada mão da mulher e as segurou, apertando-as.


— Não digas isso! Você é espetacular, uma mulher incrível! Se Gaara pensa assim ele só é mais um verme rastejante — o homem puxou sutilmente a mulher, que não hesitou em sentar sobre seu colo — Você pode achar que quero apenas seu corpo para me satisfazer, mas eu lhe amo Ino Sabaku. Aprendi a lhe amar. Se você quiser hoje mesmo podemos eliminar esse inútil do seu marido.


— Você faria isso por mim? — ela perguntou.


Ino atacou ferozmente a boca do homem, começando a beijar ele antes mesmo que respondesse sua pergunta. O clima entre eles esquentou. As taças que estavam em suas mãos caíram sobre o chão, e com elas vieram aplausos, assustando ambos.


Kankuro levantou-se rapidamente do trono ao ver quem era, colocou-se a frente de Ino para protege-la. Não temeu em momento algum.


— Lindo o que estou vendo aqui. Maravilhoso — Gaara começou a caminhar lentamente.


— Você não a trata como mulher, e sim como um animal. Ela merece alguém que a ame, que a deseje mais que tudo, que lhe...


— Blá blá blá. Quanta baboseira — Gaara interrompeu seu irmão, revirando os olhos — Do que posso lhe chamar ao ver uma cena dessas? Do que posso chamar ela ao me deparar com isso? Eu não sei... Talvez eu deva matar os dois — Ino tentou tomar a frente de Kankuro, sendo impedida. O rei acabou pedindo para que ela não se metesse — Meu irmão, sabia que eu sempre sonhei em sentar nesse trono? Esse é meu maior desejo. Inclusive prometi a um amigo meu que quando o reencontrasse eu seria o dono desse reino. E acho que isso vai realmente acontecer — o ruivo sorriu maquiavélico.


— Se você quiser lu... — Kankuro não conseguiu completar, sentiu uma imensa dor em suas costas.


— Ele é todo seu, meu amor — disse Ino, saindo das costas de Kankuro após cravar uma faca nele, e dando espaço para Gaara atacar.


Gaara não hesitou, correu em velocidade para direção do seu irmão, no meio do caminho sacou uma faca de sua cintura. Kankuro até tentou se defender, mas foi em vão. O ruivo acertou seu estômago com várias facadas, jogou-o sentado no trono. Subiu em cima dele e sem dó dirigiu múltiplos golpes em seu irmão com a faca por todo seu corpo. Não parou até este perder a respiração total. 

Percebendo que Kankuro já estava morto, Gaara saiu de cima dele, e como se pegasse em um animal morto, jogou-o no chão. Ino recolheu a coroa que estava no chão e deu para seu marido. O ruivo pegou ela, sentou no trono coberto de sangue. Sorriu ao se deparar com toda visão que tinha quando estava ali.


Em um ato surpreende jogou a coroa no chão. Vociferou.


— Chame o ferreiro para construir uma nova coroa para mim. Uma nova fase no reino Inveja se inicia hoje.


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Notas finais do capítulo

Então, esse foi o capítulo de hoje.

Ficou claro que Naruto planeja uma vingança maior ainda contra Nagato e não descansará enquanto isso não ocorrer.

Gaara finalmente tornou-se rei, matou seu irmão para que isso acontecesse. Quais serão as consequências?

Opinem sobre o capítulo, isso é importante para a continuação da história.

Desculpa qualquer erro gramatical e até a próxima!



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