The Kingdom: Os Sete Pecados Capitais escrita por Jolly Roger CS


Capítulo 30
Capítulo 29 - A fúria de Naruto


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Esse capítulo volta aos momentos atuais da fanfic, as tão esperadas lutas.

Tenham uma boa leitura!



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— Seu miserável! — Naruto atacou as pernas do cavalo com sua espada, ferindo-o.


Nagato caiu imediatamente junto com o animal, saindo bolando pela areia, deu uma cambalhota e levantou-se rapidamente. Naruto pulou de seu cavalo correndo para atacar o inimigo, sem qualquer prudência.


O Uzumaki atacou ferozmente em direção ao pescoço do outro, que desviou, não deu tempo, engrenou um golpe em sequência, não obtendo êxito novamente. Nagato puxou a perna de Naruto, fazendo-o cair. Levantou-se rapidamente, se afastando do loiro. Sacou sua espada, enquanto o mais novo se levantava.

Os dois homens ficaram frente a frente, apenas poucos metros separavam eles. O barulho de uma respiração frenética era emitido pelos dois, poucos movimentos haviam deixado eles sem fôlego.


Nagato sorriu ironicamente mais uma vez, partindo em direção ao Naruto, que correu ao seu encontro.


[...]


Aplausos começaram a ser dados quando o homem avistou o jovem. Com o passar dos segundos eles começavam a ganhar mais intensidade.


— Esplêndido! — o homem gritou animado — Sasuke Uchiha está aqui! Temos um rei aqui conosco pássaros, aplaudam ele!


Sasuke olhava para aquilo de maneira confusa, nunca tinha visto alguém tão idiota quanto aquele rapaz. Aqueles atos faziam ele se questionar sobre o que aquele loiro de madeixas grandes seria capaz de fazer.


— Pássaros mal educados, não estão ovacionando o rei mais temível e grandioso daqui... Deve ser porque o rei que aqui está é um tremendo bostinha — Deidara finalmente parou de bater suas mãos — Me dói ver um jovem tão promissor com o risco de morrer cedo, porém vocês que vieram até nós são verdadeiros privilegiados.


— Esse seu papinho não irá me desestabilizar — Sasuke confessou, pegando sua espada, a mesma que usara no torneio.


— Quem disse que essa é minha intenção? — o Nendo sorriu ironicamente, intrigando o rei Ira.


Sasuke deu um passo a frente. O que escutou-se em seguida foi um enorme estrondo.


— Boom — Deidara disse ao mesmo tempo que a bomba explodia.


[...]


Kabuto foi um o primeiro a chegar ao local onde seu adversário se encontrava, encontrou-se com Itachi sentado em uma pedra, a sua espera.


— Kabuto... — O Uchiha disse, olhando para o homem — Me avisaram que você apareceria, preferi acreditar somente quando visse seu corpo na minha frente.


— Isso é tão complicado de se imaginar? — o outro questionou ironicamente.


— Não achei que seria tão fácil para nós — revelou Itachi, causando risos no Yakushi.


Kabuto começou a caminhar em direção a Itachi, que não se mexia da imensa pedra, o Yakushi sacou sua espada, continuou andando. Sentou-se ao lado do Uchiha, jogando posteriormente sua arma no chão.


— Orochimaru que lhe disse que eu apareceria? — Kabuto perguntou, curioso.


— Não, foram os corvos que descobriram — o moreno respondeu enigmático — Quando ficamos sabendo de sua vinda, não irei mentir, sentir-me animado. Todos apostaram que Deidara seria o encarregado por te enfrentar, e você deve imaginar como ele é, sorte a sua que Sasuke negou-se a duelar comigo, sou piedoso.


— Companheiros de equipe não podem combater, por acaso Deidara esqueceu desse detalhe? — Kabuto retirava de seu bolso uma garrafa de água, que carregara durante toda a viagem.


— Deidara as vezes age como um babaca, me preocupo com o que ele fará contra o... — Itachi assustou-se com a explosão, arregalando os olhos com espanto.


— Sasuke é esperto, ele não morrerá com pequenas explosões — afirmou Kabuto, tentando acalmar o irmão do rei Ira.


[...]


Shikamaru e Neji escutaram o imenso estrondo vindo da direção de onde Sasuke havia ido, os rapazes olharam imediatamente para o local, apenas conseguiam enxergar uma imensa nuvem de areia formada pelo estrondo. Mas não recuaram, continuaram sua jornada.


Chegando ao local, avistaram um homem de cabelo grisalhos, estava sentado de costas para eles, em sua mão esquerda segurava uma foice, sussurrava palavras quase inaudíveis, causando curiosidade entre Shikamaru e Neji, que apenas se entreolhavam confusos.


Shikamaru finalmente ajeitou-se para falar algo, já havia tido uma análise rápida sobre a área, mas ao desgrudar seus lábios uma voz lhe interferiu.


— Vocês dois aqui... Parece que espero-os há anos — a tonalidade delicada e firme ao mesmo tempo deixava os rapazes confusos ao que esperar. Quem seria aquele homem? — Antes de qualquer coisa quero que saibam que por vezes meu Deus não define quem eu deva executar, estou em divida com ele. Mas mesmo não tendo alcançado um dos principais pedidos do meu mestre e o fracasso ter vindo. Eu devo pedir a ele desculpas, porque continuarei com essa dívida antiga. Porque meu objetivo hoje é somente matar você... — Hidan levantava-se do chão lentamente, recebendo olhares vibrantes dos dois jovens — Shikamaru Nara.


[...]


— Finalmente estamos frente a frente — Kakuzu disse assim que Gaara chegara em sua frente — Você sempre foi bem aclamado dentro dos reinos, todos falam de sua tremenda habilidade e de seu espírito sanguinário. Pela primeira vez estive ansioso para enfrentar alguém.


— Sem bajulações, não terei piedade de você — Gaara rebateu, mantendo um sorriso em seus lábios — Estou cansado, não dormi direito. Prometo que irá estar descansando em pouquíssimos minutos.


Gaara não hesitou mais em nada, correu velozmente em direção ao oponente. Em um golpe de extrema força Kakuzu atingiu o braço que o Sabaku segurava a espada, fazendo-a que ela saísse de suas mãos. O Kokoro deu um potente soco na face do ruivo, acertando uma joelhada em seu estômago posteriormente, segurou rigidamente o leve corpo do homem com suas enormes mãos, arremessando-o para longe.


O Sabaku se surpreendeu com tamanha força, sua expressão incrédula não acreditava no que via. Sentiu um gosto estranho em sua boca, passou sua mão nela, deu de cara com o liquido avermelhado. Sangrar era normal para o jovem, estava acostumado, mas não da maneira que havia acontecido.


REINO ORGULHO.


Hiashi estava destruído emocionalmente, acabara de saber que seu irmão gêmeo tinha sido assassinado de forma cruel. Culpava-se compulsivamente por não ter ficado com ele ao invés de viajar, sabia que a morte de Hizashi tinha acontecido apenas por não estar presente naquela noite.


— Ele era um homem honrado, jamais fez mal a alguém — o rei Orgulho dizia para Tenten lembrando sempre de seu irmão — Eles não vieram matá-lo. Eu era o alvo, mas como não estava...


— Não se culpe senhor Hiashi — a esposa de Neji tentou acalmá-lo — Esses bandidos não sairão impunes. Garanto que seu sobrinho irá se vingar deles, e o senhor estará ali junto com ele para ajudá-lo. A casa Hyuuga é enorme. Sempre foi.


— Isso tudo é um castigo... Nada disso aconteceria se eu não tivesse traído o rei Kaguya — o homem parecia estar com sua alma vagando, não parecia ser ele — Sabe, Tenten, esse título nunca coube a mim, nunca deixei de ser um mero cavaleiro, dói falar isso, porém é a verdade.


— Se o rei Sarutobi deu a você esse título honroso é porque mereceu. Ele sabe o que faz — ela proclamou com sua voz alegre, era difícil imaginar de onde vinha tanta felicidade.


— Sinto que eu fui um rei sem ser um — o homem continuava com seu desabafo, parecia não dar ouvidos a moça — Houve pessoas que mereciam esse posto mais do que eu, mas que morreram em busca disso. Madara Uchiha é um deles.


ESTRADA DE LIGAÇÃO.


Deidara gargalhava com sua vitória em poucos minutos, o homem se vangloriava por vencer Sasuke Uchiha. Mas toda euforia foi deixada de lado quando ele percebeu um vulto saindo de dentro da nuvem de fumaça.


— Não pode ser! — exclamou incrédulo.


Sasuke saiu da fumaça dando um pulo em direção ao Deidara, movendo sua espada juntamente consigo. O Nendo ajoelhou-se rapidamente, evitando um golpe de Sasuke. Porém tão façanha não parecera surpreender o moreno, que respondeu rapidamente dando um chute na cabeça do oponente, que dessa vez não fugiu do ataque.


— Explosões... Você é uma aberração — bradou Sasuke, entre tossidos.


— Isso é uma arte, seu tolo — o Nendo se levantava do chão, sendo observado pelo rival — Achas que arte é somente pinturas e uma luta de espadas? Estúpido. Explodir é uma coisa grandiosa. Ainda mais quando se vem de um pequeno dispositivo como esses. Garanto que daqui alguns anos haverá uma enorme guerra onde eles serão usados, e o vencedor será devido a isso. Espadas e qualquer outro aço manual será irrelevante.


Sasuke olhava com desprezo para o que o homem dizia. Tais palavras soavam como asneira, nem mesmo um ser com doenças mentais diria aquilo. O Uchiha percebeu um movimento estranho vindo de Deidara.


— Morra — disse o loiro, arremessando todos os dispositivos que restara para exterminar Sasuke rapidamente.


Sasuke pulou rapidamente para o lado, evitando entrar em contato com as bombas. Enquanto estava caído no chão, Deidara aproximou-se dele tentando cravar a espada em sua cabeça, bolou para o lado esquerdo ligeiramente, se levantando. O Nendo começara a golpear freneticamente o Uchiha, que bloqueava como podia.


O rei Ira não parecia ter como pensar, seu oponente desferia ataques rápidos e certeiros. Não havia tempo para pensar em como contra golpear. O barulho estrondoso dos aços colidindo ecoavam por toda a área. Deidara não se cansava em atacar, enquanto o fôlego de Sasuke já começava a mostrar a cansaço, o do Nendo mantinha-se normal.


O Uchiha, em desespero, resolveu atacar Deidara com um chute certeiro no rosto, essa seria a única forma de surpreendera. Ao tentar fazer isso o homem que foi surpreendido, Deidara moveu a espada rapidamente para a direção da perna de Sasuke, que ao perceber conseguiu evitar o chute. Evitando um tragédia consigo mesmo.


Ao perceber tamanha braveza de seu oponente. O Uchiha não hesitou em fazer o que achava mais covarde em um espadachim. Virou de costas para seu oponente e correu para longe. Não havia outra maneira de descansar a não ser essa.


Deidara se manteve no mesmo local, não moveu sequer um músculo para seguir Sasuke. Sabia que isso poderia ser uma armadilha para o Uchiha ganhar vantagem. Apenas o observava de longe. O rei Ira ajoelhou-se no chão, respirava freneticamente, procurando ar onde não havia. Com o olhar medroso encarava o Nendo, temia que ele se aproximasse.


Os olhos de Sasuke começava a ganhar uma tonalidade avermelhada, sua pele aderia manchas escuras. Parecia que o poder do cavaleiro lendário estava sendo colocado para fora. Mas de repente o Uchiha sentiu uma forte dor em sua cabeça, as coisas em sua volta girava, logo entrando em um mundo preto, inconsciente.


— Você quase passou do limite, Deidara — o homem disse, segurando uma pedra na mão — Você sabe que meu irmão é um perigo, ainda mais despertando esse poder.


— Eu não iria matá-lo — Deidara afirmou, inconformado por ter tido sua batalha interrompida.


— Sim, tens razão — Itachi concordou — Ele que iria lhe matar.


[...]


— Você é bastante forte — Gaara afirmou, tentando disfarçar o nervosismo — Mas eu sou Gaara Sabaku, o grande sanguinário. Achas que tremerei em sua frente? — o riso diabólico do homem fora dado — Tenho uma esposa para cuidar, um belo animalzinho, e quem sabe um reino... Não será hoje que me matará.


Kakuzu sorriu com aquelas palavras saídas da boca do Sabaku, respondendo as provocações de maneira confiante.


— E também não será hoje que você me matará.


Kakuzu e Gaara foram ao encontro de um ao outro. Um barulho extremamente alto havia sido emitido pelos aços, fazendo com que o som de seus ouvidos ficassem estremecidos. Os homens continuavam os golpes com a mesma frequência, mesma força. Sabiam que se dosassem um pouco sequer, sua vida estaria em risco. E nenhum aparentava querer morrer.


Com os braços franzinos, o impacto acabava sendo mais evidente em Gaara, eles tremiam a cada ataque. Mas o Sabaku era persistente, não desistiria tão facilmente, encontrava força de onde não havia. Iria até o fim.


O balanço de corpo de ambos parecia uma dança sincronizada, passos semelhantes eram dados. Era lindo de se ver tanta bravura. Mas Kokoro percebia que aquilo estava indo longe demais, não poupou mais suas forças, acertou fortemente sua espada na de Gaara, fazendo ambas caírem no chão.


Mais uma vez Gaara se encontrava incrédulo, olhou para as armas no chão, foi pego desprevenido de novo, recebendo um soco em seu queixo, fazendo-o cair como uma pedra do chão. Kakuzu levantou o ruivo do chão, segurando-o pelo pescoço.


Gaara estava com os pés fora do chão, se debatia de todas maneiras para conseguir ser solto. A cada segundo que passava Kakuzu apertava o pescoço mais fortemente. A pele pálida do Sabaku parecia ficar mais branca do que já era. Aos poucos morria sufocado e não pensava em como escapar daquela situação.


— Você não conseguirá sair dessa vivo — afirmou o Kokoro, pressionando cada vez mais forte a garganta do rapaz.


— Eu... Sou... Gaara... Sabaku — o ruivo disse, com dificuldade.


Kokoro sorriu debochado com o movimento do corpo de Gaara. Mas o sorriso não durou muito, sem sequer perceber, o Sabaku moveu seu pé para as partes baixas de Kakuzu, dando um potente chute. Tamanha dor fez o gigante derrubar o rapaz, que dessa vez riu em ironia por terem lhe subestimado.


— Lixo — Gaara recolheu um graveto do chão — Agora chegou sua vez de sofrer!


O Sabaku cravou o pedaço de madeira na coxa de Kakuzu, que gritou desesperado. Não demorando muito o homem pegou mais um graveto e atravessou a outra perna que restara de seu rival. Os gritos de agonia dados pelo gigante era tenebroso, a morte beirava para si.


Gaara caminhou lentamente até a sua espada que estava caída ao chão, mais devagar ainda seguiu rumo a Kakuzu. Nesse momento o robusto homem clamava por misericórdia, clemência essa que jamais viria por parte de Gaara. Levantou sua arma o mais alto que podia, mas quando foi desce-la. Sentiu um aperto em sua garganta novamente, assustado derrubou a espada novamente. O jovem tentava reverter a situação de qualquer maneira, mas a chave aplicada era extremamente mais forte, funcionava como uma espécie de mata leão. Não demorou muito, mesmo com inúmeras tentativas para escapar, o ruivo acabou caindo ao chão apagado. Na queda ainda conseguiu avistar o vulto de quem tinha feito isso consigo. Era um homem de enormes madeixas grisalhas. 

[...]


— Não tem apenas o Sir Shikamaru Nara para enfrentar — Neji, que estava ao lado do rei Preguiça, rebateu — Lutarei contra você com todas minhas forças. E ao fim levarei sua cabeça como sinônimo de glória.


— Eu não quero você Neji, quero ele — Hidan apontou sua foice para Shika — Você é um alvo antigo. Almejo algo novo, algo mais vitorioso, eu desejo apenas Shikamaru Nara. Não ouses interferir nossa luta. Há muita coisa em jogo.


— Não irei interferir a luta entre vocês, pois ela é minha também! Vir aqui para enfrentá-lo! — o Hyuuga vociferou, decidido.


— Você tem ideia de quem eu sou? —o homem de cabelos grisalhos questionou — Eu sou seu anjo da morte. Sou eu que tentei matá-lo quando ainda era uma criança inofensiva.


— Então você é Hidan Fushi — Neji abaixou sua cabeça, não acreditando que estava de frente o homem que tentara te matar anos atrás — Agora tenho mais um motivo para enfrentá-lo... — O Hyuuga olhou para Shikamaru que estava observando tudo em silêncio — Meu amigo, se me permites quero combater esse filho da puta sozi...


— Não — o Nara respondeu sem sequer esperar Neji terminar de falar — Ele me quer. Não irei arriscar sua vida numa luta que não lhe pertence. E não venhas dizer besteiras! Ele me quer, e agora eu só tenho uma coisa a fazer, que é aceitar o desejo dele.


O Hyuuga discordou com o que havia sido dito por seu amigo. Depois da revelação de Hidan, ele queria mais do que nunca enfrentá-lo. Shikamaru, percebendo que não conseguiria convencer Neji ao contrário, resolveu tomar um decisão arriscada.


— Me perdoe por isso, Neji Hyuuga — ao olhar para Shikamaru, confuso por aquilo que o Nara havia dito, recebeu uma colisão entre o cabo da espada e sua cabeça, desmaiando.


Vendo que Neji não acordaria tão cedo, Shikamaru finalmente falou diretamente com Hidan.


— Não quero lutar perto dele. Por nossa segurança e pela dele.


— E aonde você deseja duelar?


— Siga-me se for capaz — disse Shikamaru, antes de começar a correr para se distanciar de Neji, o rapaz estava sendo seguido pelo Fushi.


[...]


Nagato, esperto como sempre, evitou o contato com Naruto. Abaixou-se rapidamente, o Uzumaki atravessou sua espada no ar. O ruivo em um movimento de rapidez tentou surpreender o jovem com um golpe em suas pernas, mas fora em vão, Naruto saltou, evitando o contato com a lâmina, em resposta a esse ataque moveu sua espada ao rosto de Nagato, que se salvou por pouco.


Nagato levantou-se rapidamente, atacando Naruto. Finalmente os dois aços haviam se encontrado. Os dois mantiveram-se em um combate espadachim por um bom tempo. Ambos defendiam e atacavam com maestria. Esquivas fenomenais livravam eles de uma morte súbita. O loiro não temia enfrentar o monstro que matara seu pai, atacava como se lutasse contra um rato, mas defendia como se enfrentasse um espadachim de alto nível.


Cada um deu três passos para trás, afastando-se um do outro. Momento necessário para estabelecerem suas forças e a respiração, que naquele momento dava sinais de falha.


Ao contrário do que todos achavam, Naruto mesmo ficando meses parado conseguia ter melhorado de forma absurda, desde sua participação no torneio. Sabia dosar seus golpes com facilidade, não dava nenhum espaço para ser surpreendido. Isso acabou não passando batido para Nagato.


— Você é como seu pai. Habilidoso e genial — Nagato elogiou o rapaz — Minato e eu fomos treinados por Jiraiya. E aposto que você também.


— Não estamos aqui para conversar — desabafou Naruto, partindo em ataque ao oponente.


Nagato evitou o contato direto, desviou do garoto novamente, mas ao contrário das demais vezes, acertou de raspão sua espada na panturrilha esquerda do Uzumaki. Tamanha dor não foi capaz de parar o loiro, que novamente foi ao encontro de Nagato. Parecia uma cena repetida dos momentos anteriores, o homem escapara de novo. Dessa vez atacou de raspão as costas, chamando o filho de Minato de tolo.


O sangue escorria pelas vestimentas de Naruto como se fosse uma fonte de água cristalina. Estava de costas para Nagato, tanta dor deixava-o cada vez mais com a visão ardente, não conseguia controlar. Ao virar-se de frente para o homem, o ruivo surpreendeu-se com o que viu.


— Os olhos dele mudaram — disse para si mesmo, tomando a falar mais alto em seguida — Então deves saber, Naruto. Tu é o famoso Cavaleiro Lendário. Achei que somente Sasuke Uchiha seria digno de tamanha força.


Naruto permaneceu em silêncio. Inclinou sua cabeça para a esquerda, moveu-a lentamente para o outro lado, a direita. Suas pupilas circulavam freneticamente analisando toda a enorme área que estavam. Seus lábios se desgrudaram, Naruto regougou, falando algo somente em seguida.


— Você se arrependerá por ter matado meu pai.


Naruto partiu novamente para cima de Nagato, o ruivo mais uma vez esquivou-se do primeiro ataque, mas fora surpreendido. Naruto aproveitou a queda dele para dar um potente chute em seu estômago. Nagato sentiu uma dor agoniante. O loiro atacou mais uma vez dando um golpe com sua espada nas costas do rival.


O sangue jorrava abudante de sua pele, diferente do que fez com o rapaz, esse corte não havia sido superficial, e sim mais profundo. Nagato não se sentiu intimidado, atacou posteriormente. Os dois aços grunhiam ao se tocarem.


Naruto não domava sua força, atacava ferozmente, queria ferir e eliminar mais rápido possível Nagato. O loiro nessa altura do combate, já o controlava. Desferia potentes golpes, o ruivo não conseguia mais tomar frente na luta.


Em um desses ataques, Naruto conseguiu quebrar os aços das espadas. Nagato assustou-se com aquilo, mas não estremeceu. Sacou uma adaga de suas calças e a cravou no ombro do Uzumaki, Naruto gritou como uma raposa. Aquele golpe causara uma dor insuportável em seu corpo, mas não retrogou, manteve-se tentando combater de igual a igual.


Nagato aproveitara do ataque para voltar a frente do combate, derrubou Naruto no chão, montando em cima dele. Começou uma sequência de socos no rosto do rapaz, não demorou muito para o sangue escorrer de sua face. Em um momento de oportunista Naruto conseguiu reverter e ficar por cima, foi sua vez de desferir socos. O ruivo tentava, mesmo sobre controle, golpear Naruto, era em vão.


O membro da Akatsuki tinha seu rosto coberto de sangue, os punhos de Naruto tinham a mesma coloração avermelhada. Nagato conseguiu escapar do chão. Ambos se reencontraram em pé. O ruivo não queria admitir para si mesmo, porém não havia mais como continuar aquela luta, estava entrego para a morte.


Naruto arrancou de seu ombro a adaga que estava lá, lutara durante todo aquele tempo com sua presença. Já com a arma em suas mãos correu para atacar Nagato. O ruivo ajoelhava-se de braços abertos, aceitando ser derrotado. Mas ao piscar seus olhos deparou-se com um Naruto caindo ao chão.


Um mal estar se estabeleceu pelo corpo do loiro, não entendia o que causara aquilo. Sua cabeça girava como um moinho de vento, suas pernas não tinham mais forças, caiu como uma fruta madura no chão arenoso. 

Nagato olhou para os lados, esperando ver se alguém tinha feito aquilo. Não encontrou ninguém. Levantou-se rastejando, recolheu uma parte da espada que havia se partido, arqueou o aço para matar o loiro. Escutou um grito.


— Pare!


Nagato olhou para trás, deparando-se com Obito, seu líder. Pareceu não ligar.


— Nagato, pare agora ou eu lhe matarei — o Uchiha ameaçou — Vamos logo embora, não temos mais nada para fazermos aqui.


O ruivo soltou a arma no chão. Olhou em sua ordem, logo começou a ver os membros da Akatsuki aparecendo. Estranhou não avistar alguém, questionou.


— Cadê o Hidan?


— Vamos embora — disse Kakuzu com certo remorso.


— Cadê o Hidan? Temos que espera-lo — Nagato afirmou, recebendo olhares de Deidara.


— Vamos embora sem perguntas — Obito ordenou, colocando um tom soberano — Hidan preferiu seguir ordens de seu Deus, ele não está mais entre nós.


Nagato olhou assustado para Kakuzu e Deidara, a feição de ambos deixava claro o que tinha ocorrido.


[...]


Shikamaru e Hidan se atacavam com ferocidade. A lâmina afiada da foice de Hidan fazia o Nara ter um cuidado a mais, qualquer vacilo e perderia sua vida. O Fushi tentava a todo momento atravessar sua arma no corpo do rival. Atacava apenas para matá-lo.


— Morra — esbravejou Hidan, dando um golpe super perigoso. Shikamaru saltou para o lado, fazendo com que a foice cravasse na terra úmida.


Hidan arrancou rapidamente a foice do chão, moveu-a lateralmente para decepar Shika. O rei Preguiça deu um salto impressionante, conseguindo pisar em cima da arma do rival e a prende-la. O Nara perfurou o braço de Hidan com sua espada. Mas quando fora finalizar o combate, o homem esquivou-se dando uma rasteira no rei.


Shikamaru levantou-se rapidamente, sabia que ficar ao chão era perigoso. Hidan recolheu sua foice ligeiramente e já atacou o rival. Os dois continuaram colidindo seus aços ferozmente, não se saciavam com os ataques.


Nara tentava atacar e prever os ataques do Fushi, mas era em vão, tudo que o Hidan fazia parecia superficial. Nunca o homem havia visto tanta habilidade. Shikamaru resolveu usar seu corpo, em um momento oportuno, solou seu pé nos peitos de Hidan, fazendo-o cair no chão.


Shikamaru flexionou seus joelhos, curvou sua coluna, suas mãos estavam perto de seus pés. Por outro lado Hidan pela primeira vez não apressou-se para atacar o jovem. Levantou-se sem pressa. Retirou sua vestimenta superior do corpo, ficando apenas com a calça, Shika estranhou tal ação, mas tentou não ocupar sua mente com besteiras, tentava pensar em algo para conseguir vencer o temível homem.


— Deus Janshi, salve-me caso preciso — Hidan sussurrou para si mesmo, enquanto era observado de longe — Shikamaru, acho que chegou o grande momento.


— Sim — o rapaz concordou — Somente um sairá vivo daqui.


Hidan não pensou mais nada, correu ao encontro de Shikamaru, o jovem fez o mesmo. Os dois começaram a trocar golpes com um enorme frequência. Nara, em um momento de velocidade, raspou a espada no rosto de Hidan, provocando um sangramento. O rei afastou rapidamente.


O Fushi passou a mão sobre o sangramento, parecia não ligar pelo corte. Não deu tempo para Shikamaru, que acabou sendo surpreendido. A foice fora raspada em seu braço, causando um corte ainda mais profundo.


Hidan e Shikamaru trocavam golpes com uma habilidade jamais vista. Os dois tinham um ataque, defesa e contragolpe invejável. Sabiam o que fazer, quando fazer. O Fushi começara a atacar o Nara com a vara de sua foice. Os fortes atritos do aço que folheava sua lança e o rosto do rapaz, deixava-o roxo e com sangramentos. 

Shikamaru jogou-se ao chão em um momento súbito, mas antes de cair havia sido atingido na região do peito com a arma. Hidan sorria gratificado pela dor sentida pelo rapaz.


— Essa dor é boa não é? Não atacar os sinais vitais é um desperdício! Esta dor, esta é a melhor dor! Como o outro morre, sua agonia irradia através do meu corpo! E garanto que isso me deixa mais feliz — disse, eufórico por saber que mataria Shikamaru.


— Você é um tolo — Shika retrucou.


O Nara levantou rapidamente do chão e com sua espada surpreendeu Hidan enfiando-a em seu estômago. A lâmina atravessou por inteiro o homem, que olhava incrédulo para Shikamaru. Rapidamente Hidan começou a sussurrar algumas coisas que o jovem não conseguia entender, aos poucos calou-se. Estava morto.


Shikamaru retirou a arma de dentro do Hidan, começou a caminhar até o encontro de seus amigos. Encontrou Sasuke e Neji conscientes, de início o Hyuuga tentou discutir com o Nara, mas ao perceber os ferimentos de Shika, resolveu deixar as atitudes dele para trás.


Os três homens foram atrás dos guerreiros que até então estavam desaparecidos, encontrou todos inconscientes. Colocou-os sobre os cavalos, levando também o corpo morto de Minato junto a eles, voltando finalmente ao reino Luxúria.


LOCAL DESCONHECIDO.


O clima dentro do casebre habitado pelos membros da Akatsuki estava tenso, todos discutiam freneticamente. Culpavam Nagato pela morte de Hidan.


— Você foi o causador, você — Kakuzi gritou aborrecido — Hidan não teria morrido caso não fosse nessa missão.


— Eu odiava aquele homem, mas eu o amava tanto — revelou Deidara, entristecido — Mas você, Nagato, eu lhe odeio mais que tudo.


Quando Obito resolveu se pronunciar sobre o assunto foi interrompido com a porta sendo aberta. Todos olharam incrédulos para o que viam.


A pessoa que entrara caminhou até uma cadeira, sentando-se nela, serviu-se com um copo de água. Todo o trajeto feito por ele foi pintado de sangue.


— Fantasmas existem? — questionou o Nendo, intrigado com o que via — Como você está aqui? Nós lhe vimos mortos. Fantasmas existem!


— Cale a boca sua bonequinha barata — o homem esbravejou — Vocês me viram mortos, mas eu não morri. Meu deus deu-me uma nova chance, e agora eu vou botar pra foder com tudo que ele deseja. Finalmente conheci ele. E lhe garanto, ele é tão real quanto nós.


Hidan bebia água normalmente como se nada tivesse lhe acontecido, todos olhavam intrigados para o que viam.


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Notas finais do capítulo

As lutas ocorreram. Surpresas vieram.

Opinem sobre o capítulo, é bastante útil saber a opinião dos leitores é bem importante para corrigir erros e acertos.

Até a próxima!



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