— Por que sempre temos que desistir do que estamos fazendo para sucumbir a pedidos desse filho da puta? — Hidan chegou esbravejando no casebre onde a organização morava — Estávamos perto do nosso destino!

— Isso é uma tremenda babaquice que você fez com a gente, Kisame — Kakuzu se pronunciou ao Hoshigaki, que estava sentado em uma cadeira esperando eles.

— Você nomeia isso como babaquice? Eu prefiro chamar de filha da putagem — Hidan arremessou seus pertences ao chão, causando um atrito entre os objetos e a madeira — Cadê a merda da sua dignidade, Kisame? Por acaso você a trocou por meros boquetes que essa ruivinha deve fazer em você?

Kisame levantou-se da cadeira, não ligando para o que Hidan falava. Preferiu não dá bola para o Fushi, sabia que ele tinha um temperamento totalmente instável.

— É melhor vocês irem tomar banho, relaxar um pouco, precisam disso. Em breve estarão entrando na estrada novamente — o homem avisou, caminhando para sua sala. O que deixara Hidan mais furioso.

Kakuzu, percebendo que seu colega estava saindo do sério, resolveu levá-lo para sentar, e assim acalmar seus ânimos, que naquele momento estavam a flor da pele.

— Se eu fosse vocês não me estressaria atoa. Nenhuma transmissão de ódio fará com que Kisame mude de ideia sobre o que devemos fazer — Itachi, que observava tudo sentado, disse.

— Quem mais irá conosco? — perguntou Hidan, começando a demonstrar a calma que tinha saído de si.

— Vocês dois, Nagato, Itachi e eu — Deidara respondeu, enquanto arrumava alguns dispositivos.

— Como você se machucou, bonequinha? — Hidan questionou após notar um hematoma no rosto do Nendo, mudando totalmente de assunto.

— Digamos que eu me envolvi em uma pequena briga e acabei me dando mal — o loiro comentou debochadamente, olhando com o canto de olho para Itachi, que se mantinha sereno.

Hidan notou que os dois trocaram olhares, e com isso percebeu que a briga que Deidara se referia tinha sido ocasionada por eles dois. Logo, o homem abriu um sorriso sarcástico, vindo a mostrar todos seus dentes.

— Pelo jeito as duas mocinhas brigaram... Vocês são ridículos! — o homem continuava gargalhando, em forma de gozação pela briga dos outros — Se isso tivesse acontecido comigo, garanto que um de vocês estaria queimando no inferno nesse momento, não é atoa que vocês parecem com mulheres.

[...]

— Isso é bem perigoso — comentou Konan, após escutar o que Kisame tinha para lhe dizer.

— Nenhum de vocês dois são obrigados a ir — Kisame disse em sequência — A proposta foi dada pelo Deidara, ele viu esse momento como o apropriado para a vingança, mas não há como ele ir.

— Nós iremos — Sasori falou, olhando para a mulher — Bom, pelo menos eu irei. Se ela quiser ficar por aqui temos que entender. Será para sua segurança. Enfrentar um exército é muito mais complicado do que parece. Principalmente para uma mulher.

— Não deixarei você ir sozinho, Sasori — Konan sorriu timidamente para o rapaz, segurando sua mão — Mesmo sendo bastante perigoso, é para isso que estamos aqui. Não devemos ter medo de nada, durante esses anos Nagato me ensinou muito sobre a luta espadachim, creio que talvez eu possa me sair bem.

— Se vocês se sentirem bem, e tiverem de acordo — Kisame relaxou sobre a cadeira, dando um forte suspiro em seguida — Só resta para mim desejar boa sorte, e torcer que voltem vivos, não podemos perder ninguém nesse momento.

Kisame parecia nervoso, pela primeira vez desde o início da organização todos seus membros iriam partir para alguma missão de extremo risco.

— Por que vocês não deixam Nagato ir sozinho? Eu gosto muito dele, mas ele está pedindo para morrer, isso me preocupa. Ninguém sairá vivo dessa batalha que ele está travando com Naruto — Konan resolveu se pronunciar sobre os ocorridos entre os Uzumaki — Sabemos que Minato está vivo, mas Nagato não marcou esse encontro apenas para devolver o rei Luxúria. Ele planejou algo, e por isso resolveu levar consigo mais quatro pessoas. E todos são sanguinários doentes, com excessão de Itachi.

— Eu fiquei sabendo que junto com Naruto irá outras pessoas, guerreiros que são considerados fortes. Os melhores dessa geração — Sasori continuou — E se não me falha a memória pessoas que nossos homens tem desavenças estarão lá, Sasuke Uchiha e Neji Hyuuga são dois que temos que nos preocupar, e você sabe o motivo — o Akasuna levantou-se da cadeira, estendendo a mão para a mulher, convidando-a para se retirar do local junto com ele — Mas isso não é do nosso interesse, vocês sabem o que fazem, deve haver planos. Iremos arrumar nossos acessórios para missão, em poucos minutos partiremos. Boa sorte para vocês.
Kisame jogou a cabeça sobre a mesa, apoiando-se nela, assim que os outros saíram da sala. Ele permaneceu daquele jeito por alguns minutos. Refletia se tinha sido um erro apoiar Nagato desde o início.

REINO LUXÚRIA.

— Sei que todos querem ficar a espera de seus maridos e familiares, mas eu prefiro ir embora — revelou Hiashi, preocupado com seu reino — Tenho medo de deixar Hizashi sozinho, não sabemos o que pode acontecer.

— A escolha é sua, pai, não podemos lhe prender aqui contra sua vontade — Hinata rebateu, com uma feição abatida — Se qualquer outro também quiser partir... Estão liberados.

O silêncio apresentou-se no local, ninguém falou qualquer coisa após Hinata dizer tais palavras. Naquele momento ninguém parecia se importar com outra coisa a não ser como os jovens guerreiros poderiam está indo na jornada mais perigosa de suas vidas.

— Vou para o meu quarto — disse Ino, que estava junta com as demais pessoas — Se chegar novidades sobre a missão, peço que vão me avisar, não importa a hora — Jiraiya assentiu com a cabeça, em resposta a loira.

A Sabaku caminhou para seu quarto em passos largos, parecendo estar apressada para algo. Todos perceberam a velocidade da moça, olhares foram inevitáveis.

— Temari, posso lhe fazer uma pergunta? — questionou Sakura, que estava encarando a esposa de Shikamaru por um bom tempo.

— Claro — a loira virou-se para a mulher.

— Eu fiquei te observando todo esse tempo que estivermos aqui sentadas desde quando os nossos maridos partiram, e pude notar que você está diferente desde a última vez que nos virmos, que foi durante o torneio — a Nara arqueou as sobrancelhas mandando a Haruno prosseguir — Por acaso Shikamaru partiu sabendo disso?

— Não — a mulher respondeu monossilábica, abrindo um sorriso em seus lábios.

— Não estou entendendo o que vocês estão falando — comentou Kankuro, confuso com aquele diálogo.

— Ela está grávida — Sakura contou a todos, fazendo com que eles ficassem surpresos.

— E desde quando vo... Você... — Kankuro gaguejava, aquela notícia havia lhe pego de uma maneira inimaginável.

— Acredito que engravidei em nossa primeira noite juntos. Que foi mais ou menos há três meses atrás. Mas nunca lhe contei com medo, e queria ter a total certeza que realmente teríamos um filho, infelizmente eu cheguei a conclusão quando seu pai morreu, não havia como lhe contar naquele momento — a mulher revelou, relembrando que contaria a Shikamaru sobre a gravidez no dia seguinte da noite que seu pai falecera.

— E por que você obrigou ele a ir nessa missão sabendo que estava grávida e do perigo que ele corre? — questionou Jiraiya, não entendendo o porquê de Temari ter feito aquilo.

— Simples. Eu quero que meu filho saiba que seu pai foi um grande herói, mas é claro, espero que ele volte vivo para contar a história para nosso bebê do jeito que ele presenciou — a mulher respondeu, mantendo um sorriso esplêndido em seus lábios, orgulhosa por ter Shikamaru Nara como seu marido.

ESTRADA DE LIGAÇÃO DOS REINOS.

— Preciso de algumas horas de descanso — revelou Shikamaru, enquanto galopava — Estou começando a sentir sono.

— Mas já? Você é realmente um inútil — Gaara bradou, irritado com a preguiça do seu colega.

— Não é que eu seja um inútil, é apenas porque estou começando a ficar cansado e não podemos chegar aonde eles mandaram nós irmos, exaustos — explicou Shikamaru, tentando se defender — E me surpreende o fato de ser esse inútil aqui a ter ganhado o maldito torneio que todos vocês estavam querendo. Irônica essa sua afirmação.

Todos os cavaleiros olharam para Shikamaru, o Nara acabava de cutucar uma pequena ferida que todos tinham por não ter conseguido o seu primeiro objetivo como um espadachim.

— Shikamaru Nara não venhas di... — Kabuto não conseguiu completar, acabara sendo interrompido.

— Sir Shikamaru Nara — o rei Preguiça corrigiu o rapaz, que sorriu com o desaforo do garoto.

— Querendo que fale seu nome com os títulos que tens. Você é um verdadeiro boiola! — Gaara ironizou, enquanto mantinha-se rindo.

— Mas é claro, se temos títulos, devemos usá-los. Agora se você não tem nenhum, o problema não é meu — Shikamaru continuou provocando Gaara, que diferentemente do que imaginavam, parecia não se irritar.

— Ganhar o torneio não significa nada — Sasuke intrometeu-se na conversa — Veja só o Naruto, foi o primeiro que caiu entre os que estão aqui, e é o primeiro que está comandando uma missão. A colocação não significa nada, ainda mais quando você é favorecido durante o campeonato.

— Não houve favorecimento quando lhe enfrentei. Esqueceu de como meu soco lhe apagou? — Shikamaru continuou a provocar, não ligando para as consequências.

Naruto, que estava a poucos passos na frente dos rapazes, finalmente comentou, o rapaz permanecia calado desde que entrara na estrada.

— Vocês estão se gabando demais, espero que toda essa confiança esteja presente quando precisarmos — o Uzumaki comentou, dando alusão ao embate que poderia vir em instantes.

— Eu espero que sim, até porque não podemos morrer e deixar que outros caras coloquem seus pênis dentro de nossas esposas. Não estou correto?! — o Sabaku debochou, fazendo com que Naruto virasse o cavalo e parasse em sua frente.

— Mas isso é algo que sua mulher já está acostumada. Não estou correto?! — o loiro retrucou, fazendo com que todos rissem, até mesmo Gaara, que apenas deu de ombros — Acho melhor pararmos aqui, já está escurecendo e deve faltar uns duzentos passos para chegarmos ao local. Aqui é um local perfeito para guardarmos nossos cavalos — disse, voltando a se por na frente do esquadrão e dirigindo-se para uma parte arborizada que havia próximo dali.

— Naruto dois, Gaara zero — Shikamaru disse, ao passar ao lado do Sabaku, que sussurrou algum palavrão.

Os rapazes pararam próximo de grandes rochas, fizeram pequenas camas com folhas e palha – que pegaram de um moinho de vento perto de onde estavam –,ligaram uma fogueira, e nela colocaram carnes de coelho e passarinhos para assar, enquanto conversavam sobre assuntos aleatórios.

— Aliás, Sasuke, se me permite perguntar: você e a Haruno já se casaram? — Neji questionou, enquanto desfiava com os dentes a carne de coelho — A minha dúvida é apenas porque...

— Porque você sempre foi afim dela. Eu te entendo, Neji. Ela é bem atraente mesmo — Sasuke interrompeu a explicação do Hyuuga, fazendo com que todos concordassem com o último comentário feito por ele — Mas não, não me casei com ela ainda. Pretendo fazer isso assim que voltar dessa missão.

O Hyuuga assentiu para o Uchiha, agradecendo por ter lhe respondido e voltando a comer sua carne.

— Arrisco dizer que todos vocês se saíram bem — comentou Kabuto — Suas esposas tem qualidades únicas, e admiráveis. Temari principalmente, é a liderança pura, orquestra como um homem. A única que eu tenho minhas dúvidas é sobre a Ino, não a conheço o suficiente.

— Pelo menos ela é mais valente e sensata que seu marido — Neji cutucou Gaara, fazendo-o gargalhar.

— Primeiramente, nenhum de vocês dois tem o direito que comentar aqui — o Sabaku disse se referindo a Neji e Kabuto — Somente nós quatro podemos falar algo, e esse aí, o Naruto, só pode opinar porque ele é o cabeça dessa operação, se não fosse por isso ele estaria no mesmo esgoto que vocês. Nós três — o homem apontou o dedo para ele, Shikamaru e Sasuke — Fomos os que mais chegamos longe no torneio, e sim, aquela porra valeu muito. Mediu o nível de cada um de nós, e infelizmente vocês não se deram bem. Aliás, você Neji, perdeu para o lixo do Rock Lee, ou seja, sua moral despenca lá pro chão.

— Você desmerece Neji por ter sido derrotado pelo Lee, mas foi para esse cara que ele perdeu, que você quase morreu. E sem contar que você não venceu de mim, rei Sarutobi lhe deu a vitória de graça — o Yakushi rebateu, fazendo com que pela primeira vez no dia o Sabaku se irritasse.

Gaara deu um pulo rápido, recolheu algo do chão, e pressionou esse objeto contra o pescoço de Kabuto.

— Eu passei o dia todo aguentando provocações de vocês, aceitei. Mas nada aqui irá me impedir de que eu tome iniciativas sangrentas. Repito. Nada — a forte ventania causava assobios pelo céu, dando um ar mais macabro do que se podia imaginar.

— Se você me matar, tu também irá morrer. Será quatro contra um, lhe garanto que não tens chance alguma — Kabuto parecia não temer pela sua vida, estava bastante calmo.

— E quem não garante que todos os aliados de Naruto irão me apoiar? — Gaara retrucou rapidamente, pressionando mais ainda o graveto na pele do homem.

— O único que ficaria ao seu lado é o Uchiha. Todos os outros tem desavenças contigo — o Yakushi colocou a mão no graveto, colocando força sobre ele e o quebrando — Seria três contra dois, e não aches que somente você e o Uchiha seriam capazes de derrotar os outros sozinhos, eles são mais fortes do que vocês imaginam. Sasuke teve o prazer de enfrentar dois deles, ele sabe do que estou falando.

Percebendo que aquilo começava a tomar proporções maiores do que poderia se imaginar, Naruto resolveu tomar as rédeas da situação, e contorna-la.

— Acho melhor irmos dormir, partiremos ao nosso destino antes do amanhecer — avisou Naruto, levantando do chão e indo até uma cama que eles haviam improvisado.

REINO ORGULHO.

— Até que chegamos rápido — comentou Konan.

— Está com tudo aquilo que eu lhe dei? — Sasori questionou, a mulher confirmou — Então vamos fazer que nem combinamos, você distrai todos. Eu só auxílio quando preciso.

— Isso é realmente eficaz? — ela perguntou, mostrando o objeto que tinha em sua mão.

— O líquido foi eu que fiz, essa parada que introduz foi obra do Deidara. Ele afirma que funciona — o homem respondeu, deixando a mulher com um pé atrás — Mas ele é um gênio, como pôde ver conseguiu criar explosivos. Mas enfim, vamos logo fazer o que viemos fazer.

Konan saiu de dentro da floresta e começou a caminhar em direção ao castelo. Mais precisamente aos guardas que protegiam o local.

— Quem é você? — um guarda alto e forte questionou, amendotrando um pouco a moça.

— Bom, pode parecer audácia minha, mas eu trabalho em um bordel aqui próximo e meu chefe, que é meu pai, mandou eu passar pelo Castelo Hyuuga para oferecer meus serviços aos soldados, e se possível ao rei Hiashi — um frio subia pela espinha dorsal de Konan.

Os guardas se olharam, abrindo um sorriso mútuo.

— Iremos abrir o portão, aqui dentro dialogamos melhor — um dos guardas disse, com um sorriso malicioso em seus lábios.

Um pouco longe dali, Sasori atravessava o cano de esgoto para chegar facilmente dentro do castelo. O rapaz tinha conseguido escutar apenas duas vozes diferentes, logo concluiu que a guarda do local estava fraca, e com isso Hiashi poderia não se encontrar dentro do castelo.

Saindo do tubo, o homem deu de cara ao banheiro, abriu a porta silenciosamente, não percebeu a presença de nenhum guarda, apenas a de Konan andando em passos largos.

— Já consegui matar oito — ela revelou, atordoada — Esses guardas são uns pervertidos, você acredita que todos os guardas acordados do castelo se reuniram apenas para transar comigo? Isso é nojento.

— O quê? Eles chamaram todos os guardas acordados para transar contigo? — Konan apenas assentiu com a cabeça — Isso só pode significar que Hiashi não está aqui.

— Só tem o Hizashi e a esposa de Neji — ela disse, entregando a injeção para Sasori — Vá até o quarto dele e mate-o. Com ela não podemos mexer.

Sasori recolheu o objeto das mãos de Konan e andou ao quarto de Hizashi. O homem entrou delicadamente no local, ligou uma vela, deparou-se com o Hyuuga dormindo, sentou ao lado dele na cama, colocou o líquido na seringa, encostou ela no pescoço do senhor, que de imediato abriu os olhos.

— Não era a intenção acorda-lo — o ruivo desculpou-se.

— Sasori Akasuna, é bom revê-lo após todos esses anos — Hizashi permanecia parado sobre a cama — É triste saber que você entrou nesse mundo apenas por causa do inútil de seu amigo, mas é a vida, não tenho nada para falar, então... Mate-me logo, e poupe nosso tempo.

— Corajoso — Sasori exaltou a braveza do Hyuuga — Não era você que viemos matar, mas como seu irmão não se encontra...

— Posso saber o que é isso que você irá injetar em meu corpo? Acho que tenho o direito de saber como vou partir — Hizashi estava rendido a situação, parecia não se importar que iria morrer.

— É um veneno que eu preparei. Em pouco tempo você estará morto, bem pouco mesmo — Sasori apertou a seringa, colocando o veneno dentro de Hizashi — Eu dei o nome dele de veneno Hiruko.

Sasori levantou-se da cama e seguiu para fora, deixando Hizashi se debatendo em sua cama, agonizando pela morte.

ESTRADA DE LIGAÇÃO DOS REINOS.

O sol começava a aparecer no céu, e com isso os guerreiros já estavam no local que Nagato havia pedido para que eles esperassem.

Ao contrário da ideia inicial, foi decidido levar um cavalo para servir como apoio para levar Minato para o local do acampamento, já que ele estaria ferido e sem condições de seguir até o lugar a pé.

Um borrão começava a aparecer na frente dos espadachins, nele dava para ver um homem em seu cavalo. As madeixas ruivas não deixava a enganar que se tratava de Nagato, e o loiro que aparecia era o de Minato.

— Matar ele será mais fácil do que imaginamos. Ele está sozinho — comentou Gaara, já sacando sua espada.

— Não iremos mata-lo, somente faremos algo se ele fizer primeiro — Naruto ordenou, conseguindo ver a feição de seu rival pela primeira vez.

Nagato chegou em uma distância considerada ao rapaz, desceu de seu cavalo, ajudou seu amigo a encostar no chão. Pela primeira vez Naruto via seu pai depois de dias de desespero. Mas a imagem vista não era das melhores, ele havia encontrado seu herói totalmente mutilado.

O braço esquerdo de Minato estava arrancado, seu rosto tinha grandes ferimentos, sua orelha direita estava mordida, um de seus olhos estava saltando para fora, um pedaço de sua pele tinha sido retirado.

A imagem dele chocava a todos, ninguém imaginava vê-lo daquela maneira, até mesmo Gaara havia se assustado. Finalmente Nagato resolveu se pronunciar.

— Olá, Naruto, fico feliz em conhece-lo. Achei que Jiraiya viria junto contigo. O que fez meu mestre não lhe seguir? Estava ansioso para revê-lo — o loiro permaneceu em silêncio — Você foi bem covarde, meu amado sobrinho. Achei que viria sozinho. Por que trazer mais cinco pessoas? Isso não era necessário. Marcamos apenas para devolver seu amado pai e depois voltarmos a nossas medíocres vidas.

De repente todos viram um objeto vindo em direção a Neji, que parou ele com seus dedos.

— Ele não está sozinho, Naruto, tem mais quatro com ele — o Hyuuga avisou, após examinar a área — E um deles é seu irmão, Sasuke.

— O meu é o loirinho que está nos vendo ao leste — avisou Sasuke, dizendo quem queria para combater — O último loiro que eu enfrentei acabei vencendo, eu gosto de usar estatísticas a meu favor. Kabuto, eu gostaria que você ficasse com meu irmão, pode ser?

— Será uma honra enfrentar o Uchiha mais temível que existe — Kabuto sacou sua espada da cintura, analisando se ela estava afiada o suficiente.

— O mais forte é o meu. Quero ter um bom adversário — Gaara olhava justamente para o local que Kakuzu estava — Será uma honra matar esse brutamonte.

— Acho que teremos que dividir nosso oponente, Neji — Shikamaru disse, sorrindo para o Hyuuga, que se mantinha sério — Espero que a foice dele não esteja tão afiada.

Nagato sorriu sadicamente para o que via, não esperava encontrar guerreiros tão espertos do outro lado.

— Pessoal, isso não será preciso, já falei, eu vim em paz — Nagato ironizava sua ida ao local, esperando provocar mais ainda Naruto.

— Você realmente acha que sairá disso impune? — finalmente Naruto disse algo, seus olhos clamavam pela vingança — Você será morto, e depois voltarei com meu pai para nosso reino. Lá eu convencerei todos que ele não está mais apto a viver, e assim terá uma morte gloriosa de um cavaleiro!

Nagato retirou uma espada de suas costas e cravou-a no coração de Minato. Matando em definitivo o homem.

— Deixe eu te poupar de todo esse trabalho — o ruivo empurrou o corpo de Minato ao chão, assim retirando a espada dele — Agora vamos começar a brincadeira, venha me pegar, Naruto Uzumaki, pegue-me se for capaz.

O homem subiu em seu cavalo e correu para longe daquele local, Naruto não acreditava no que tinha presenciado. Atordoado, o loiro montou em seu cavalo e perseguiu Nagato.

A luta mais perigosa da vida de Naruto estava prestes a se iniciar.