Only You escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 17
Restart


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiieeeee queridas e maravilhosas leitoras, eu não disse que voltaria? Pois bem eis-me aqui rss. E o Cap de hoje significa "Recomeço", será mesmo? Rss.....
Estou mais do que feliz pois tem surpresas nas notas finais...
Sei que não tive muito comentários nos caps passados, mas tbm pudera né, nem todos sabem do meu retorno e nem todos viram que atualizei rss, então aos que comentário muitas graças, e aliás, tenho que agradecer a algumas leitores que foram linda demais nos comentários, me emocionou bastante e dedico este cap a vocês.
Ps: sei que a Kat tá dando vontade de dar umas esbofeteadas, mas ela vai se sentir tão necessitada do Peeta que "Only You" Somente ELE será capaz de satisfazer toda a ansiedade dela(uau baita spoiler heim?)
Boa leitura...



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Após tantos beijos trocados, sem palavras ditas entraram na casa e se dirigiram até a sala.

Peeta sentou no sofá e puxou a esposa para sentar-se ao seu lado.

— O que aconteceu? – perguntou ela com a voz um tanto falha pela emoção de poucos instantes atrás.

— Primeiramente me responda, por que não leu a carta que lhe deixei? – Peeta segurava a mão da esposa que continha a aliança de casamento contra seu rosto, queria sentir o toque dela o mais próximo o possível.

— Medo... eu acho. – ela olhava para todos os lados menos para ele.

— Medo de que? – ele plantou um suave beijo na mão de Katniss - a que mantinha no rosto -, e ela fechou os olhos absorvendo a quentura dos lábios do marido no dorso da mesma.

— Pensei que... pensei que... você tinha me deixado... – Peeta retirou a mão da esposa de seu rosto e tomou o delicado rosto dela entre as mãos, fazendo com que ela o olhasse dentro daqueles olhos tão azuis quanto o céu.

— Por que pensaria algo assim a meu respeito? Jamais te abandonaria. Prefiro viver ao seu lado para sempre a ter que enfrentar este mundo sozinho. Para mim isso não seria vida. – a última frase soou como um sussurro já que ele tinha o rosto bem próximo a ponto de tomar os lábios carnudos e corados daquela que tanto amava incondicionalmente.

— Prometa que nunca me deixará. – ela também sussurrou, mas sua fala era firme – Prometa. – insistiu.

— Eu prometo querida. – ele beijou levemente os lábios da amada – Eu prometo. – repetiu e então tornou o beijo mais intenso.

Katniss podia perder o fôlego e mesmo assim não se importaria com mais nada que estivesse ao redor. Tudo o que mais importava naquele momento era que ele estava ali com ela. Uma promessa foi feita e com toda certeza não seria quebrada, pelo menos essa era a convicção que a jovem queria guardar em seu coração.

Foi um limpar de garganta que os tirou daquele momento só deles.

— Com licença Mrs. Mellark, o jantar está na mesa. – Rue anunciou com certo desconforto, talvez temendo ter atrapalhado algo.

— Obrigada Rue, nós já iremos. – Katniss sorriu para a jovem que lhe retribuiu igual.

Durante o jantar evitaram qualquer tipo de conversa que fosse desagradável. Peeta tinha algo importante para dizer a esposa, mas temia a reação dela.

— O jantar está maravilhoso querida. O lombo com o molho de laranja, está simplesmente fascinante. Até parece que sabia de meu retorno. – Peeta comentou enquanto se servia um pouco mais do prato que acabara de comentar.

— Sei que é uma das suas preferências de prato, então pedi para que preparassem, mas não imaginava em tê-lo aqui... – ele afagou a mão da esposa que alcançava uma cabaça feita da abóbora moranga.

— Obrigado por lembrar deste detalhe. Saiba que minha admiração por você cresce a cada dia mais. – Katniss corou na hora com aquele comentário, realmente ela pensara muito nele nos últimos dias.

De sobremesa comeram torta de maçã. E para esperarem a digestão voltaram para a sala e Peeta foi até a adega de vinhos e buscou por um tinto. Serviu duas taças e entregou uma para a esposa que primeiro absorveu o aroma da bebida para depois beber.

Ela sentia o efeito do vinho em suas veias e sabia que se não parasse não conseguiria controlar a língua e muito menos os atos.

— A noite está fria, não está? – comentou já esfregando os braços.

O marido se levantou do sofá onde estavam assentados e foi até a lareira e atiçou o fogo um pouco mais para ver se a temperatura aumentava um pouco.

— Está bom assim? Melhorou para você? – perguntou já retornando ao assento.

Katniss assentiu sentindo a mente variar um pouco. Acho que não deveria ter tomado a última taça, pensou quando Peeta já se encontrava ao seu lado.

— Eu sinto muito...  - disse de repente.

— Pelo o quê? – quis saber o rapaz.

— Por tudo... desde o meu silêncio até... – tentou pensar em algo mais, só que enquanto falava seu rosto ia se aproximando mais do dele, ficaram tão próximos que ela podia ver as chamas da lareira naqueles olhos que aprendia a amar cada dia mais.

Seu corpo se encontrava tão inclinado que fora inevitável não capturar aqueles lábios convidativos para si. Logo o beijo calmo se tornava avassalador, ela já se encontrava sentada no colo dele, suas pequenas mãos ladeavam o pescoço do rapaz que por sua vez desceu as mãos até os quadris dela. Como queria amar, venerar cada pedacinho daquele corpo, mas respeitaria seus limites, ele havia prometido isso.

Quanto mais pensava em iniciar o assunto, mais afligido ficava.

Katniss arfou quando os lábios de Peeta encostaram na curvatura de seu pescoço. Ele se segurou para não arrancar o vestido dela ali mesmo, mas tudo a seu tempo.

O casal parecia o mais apaixonado de todo o condado. Qualquer um que visse a cena pensaria que ambos já tinham se tornado um só. Eles se perdiam em beijos, caricias, aqui e ali. Algumas carícias eram até certo ponto respeitosas, já outras nem tanto.

A garota já se encontrava deitada sobre o corpo dele e sem pensar no próximo ato suas mãos encaminharam-se para a bainha da camisa que estava fora do cós da calça.

— Katniss... – ele sussurrou sofregamente então ela contentou-se em deitar a cabeça sobre o peito dele.

Tudo ficou no mais absurdo silêncio. Peeta ouvia os próprios batimentos cardíacos e nos minutos que se passaram respirou fundo e tentou falar algo. Tentou iniciar o assunto importante, mas era tarde, a amada dormia profundamente. Ele esperou por um tempo, em seguida curvou um pouco o pescoço para analisar o rosto sereno da esposa. Como amava aquela jovem que parecia já sentir algo por ele.

As mãos de Peeta acariciaram os sedosos cabelos espalhados pelas costas daquela que acabara de seduzi-lo. Sim, Katniss Everdeen Mellark não tinha ciência do que acabara de fazer com seu marido.

— Eu te amo, Peeta...— disse ela com a voz bem grogue e embaralhada.

— O que disse? – ele queria ter certeza do que acabara de ouvir, mas não foi desta vez que conseguiria arrancar daquela garota confusa tais palavras. O máximo que Peeta Mellark conseguiu dela foi mais algumas pequenas palavras desconexas do tipo “quero ir cavalgar” ou “deixem eu pegar aquela borboleta”.

Sentindo-se derrotado pelo vinho, levantou-se devagar levando a esposa junto de si e aconchegando-a mais em seus braços. Caminhou com um pouco de dificuldade até as escadas. Olhou para os lados talvez a procura de algum criado, mas se lembrou de estar em Meadow e que, provavelmente Seeder e os filhos tivessem ido dormir. Talvez não quiseram lhes incomodar e se retiraram.

Ele ajeitou o corpo de Katniss em seus braços e então subiu os degraus da escada com mais dificuldade do que em qualquer outra ocasião, novamente culpara o vinho.

Depositou a linda esposa na mesma cama em que passaram a noite de núpcias, mas claro, lembrando bem que eles não tinham consumado o casamento ainda. Retirou os sapatos dos pés e deixou-a com as meias. Observou-a por um tempo e tanta coisa lhe passava pela cabeça. Pensou se um dia viveria para vê-la de barriga, esperando um herdeiro seu, mas talvez isso nunca fosse acontecer.

Balançou a cabeça afastando tais pensamentos e meio cambaleando se retirou afim de tomar um banho mesmo que a água já estivesse fria, de repente ajudasse seus sentidos primitivos a se acalmarem. Dormir ao lado de sua esposa com toda certeza se tornara um desafio desde os muitos beijos ardentes trocados.

(...)

Katniss espreguiçou-se e notou que estava com seu vestido do dia anterior tentou se lembrar de mais detalhes, mas ao olhar para o lado o viu dormindo tão sereno que teve vontade de passar horas ali. Um sorriso se formou em seu rosto quando a lembrança da noite anterior lhe veio à mente. O jantar fora maravilhoso e o jeito que ele a observava e comentava o quanto tudo estava saboroso só a deixou mais apaixonada.

De repente se sentia incomodada por um detalhe. Como fora parar ali? E como ele tinha tomado banho antes de se deitar, enquanto ela se encontrava toda desmazelada?

Quase afastou a franja dele, mas se acariciasse sua face num minuto acordaria e a veria toda descabelada. Sorrateiramente se levantou averiguando vez em quando se ele despertaria. Foi até sua mala e retirou um lindo vestido florido cujo o fundo era branco e adornado de violetas bem delicadas. Buscou também por um novo par de meias e sapatos. Saiu dali sorrateiramente e por sorte encontro Rue que abria algumas cortinas e janelas para iluminar o ambiente.

— Bom dia Rue. – sussurrou e por pouco a garota não escutou.

— Bom dia, Mrs. Mellark. – a morena sorriu para a ama que retribuiu igual – Deseja algo?

— Sim, pode me preparar um banho em algum outro lugar, pois meu marido ainda dorme. – Katniss entortou os lábios em um pequeno sorriso ao se lembrar que o marido estava de volta.

— Prepararei agora mesmo, deseja alguma essência em especial?

— Flor de cerejeira seria ótimo. Obrigada.

Enquanto Rue se afastou para organizar tudo, Katniss explorou um pouco mais o andar de cima. Reparou nos muitos quadros espalhados pelas paredes e um chamou-lhe mais a atenção. Uma mulher com os cabelos cacheados e dourados, usava um lindo chapéu branco. Seu rosto quase não aparecia na pintura, mas a mesma segurava uma flor em uma das mãos. Katniss aproximou-se mais da pintura e percebeu que era prímula noturna uma das flores preferidas de sua mãe.

— Mrs. Mellark? – Katniss sobressaltou-se com a presença de Rue - Perdoe-me se lhe assustei, mas seu banho está pronto.

— Mais uma vez muito obrigada. – Rue fez uma reverência e antes de se retirar Katniss disse algo mais – O que teremos para o café-da-manhã?

— Pães de queijo como havia pedido, biscuit de nata e panquecas com geleia de framboesa. – o estomago de Katniss protestou com tamanha descrição do cardápio.

— Perfeito, meu marido gosta de tudo. – mal percebeu que disse numa animação inimaginável – E, Rue já disse que pode de chamar de Katniss. – lembrou-a.

— Eu sei, mas é que fico sem jeito de chama-la assim na presença de Mr. Mellark. – desabafou.

— Tudo bem, na frente dele você pode me chamar de Mrs. Mellark e longe só Katniss, combinado? – Rue assentiu então se retirou para terminar de abrir as janelas.

Após o banho Katniss conseguiu escovar os cabelos e ainda fazer um coque meio desajeitado. Ao retornar ao quarto seu marido se encontrava acordado, já arrumado e bem-disposto. Se entreolharam e logo estavam frente a frente desejando bom dia e trocando um selar de lábios. A harmonia parecia pairar ali.

— Pretende passar mais alguns dias por aqui? – Peeta perguntou antes de morder mais um pedaço panqueca.

— Se você não se importar, eu queria sim.

— De maneira alguma me importaria se não tivéssemos compromisso.

— Que compromisso nós temos? – arregalou ela os olhos.

— Um almoço no Forte.

— Hoje?

— Sim, hoje.

— Por que não me avisou antes? – ela não estava brava, mas sim preocupada.

— Me desculpe por isso.

— Ainda bem que trouxe roupa suficiente para algum evento especial. E, por falar nisso do que se trata? – a garota não tinha muito conhecimento daqueles tediosos eventos.

— Uma promoção. Alguns militares irão subir de patente.

— E, por acaso você será um deles? – perguntou curiosa.

— Ainda não. – ele não pareceu muito animado e logo ela buscou por sua mão e a acariciou tentando transmitir algum conforto.

Katniss logo arrumou as malas e despediu daquela família que aprendera a amar e admirar. Prometeu novamente a pequena Rue que lhe ensinaria piano. Dali foram diretamente para o Forte.

O que ela não sabia era que daria de frente com lorde Snow e seu sobrinho arrogante, o comandante Hawthorne. Ela que já tinha o braço enlaçado ao do marido fez questão de aperta-lo mais perto de si temendo uma separação.

— Sargento Mellark, por favor me acompanhe. – um oficial o chamou.

— Querida, tenho que me ausentar por alguns minutos, tudo bem?

Ela sentia que algo não estava bem, mas assentiu liberando-o. Uma criada passou por ali com uma bandeja e Katniss resgatou para si um copo de limonada, podia até ser fim de março, mas tinha dias em que o sol os castigava.

— Ora, ora, Miss Everdeen. – seu corpo congelou assim que escutou aquela voz e por pouco não se engasgou com sua limonada – Ou devo chama-la de Mrs. Mellark.

Assim que a garota girou o corpo viu que aqueles olhos de serpente a fitava.

— A que devo a honra milorde? – nem ela mesma entendeu como encontrou a própria voz.

— Sou um velho aposentado, vim acompanhar meu sobrinho e lembrei que seu marido estaria presente, logo me veio à mente que vocês se casaram há...

— Sete meses. – ela concluiu o que lorde Snow tentava se lembrar, ou enrolava.

— Oh, sim sete meses. – ele a analisou antes da seguinte sentença – Foi um grande casamento, pelo o que soube. Triste, porque mesmo perdendo seu pai teve de se casar. E, ainda não encomendaram nenhum herdeiro?

A vontade que Katniss sentiu fora de cuspir palavras ofensivas, mas ao contrário, pensou em outra maneira de sair dali.

— Na verdade, nosso primeiro herdeiro está bem aqui. – ela pousou uma das mãos – a que não segura o copo - em seu ventre e se odiou por mentir.

— Devo parabeniza-los e dizer que o amor de vocês tem sido algo inspirador, para nós que os observamos. – Katniss sentiu um nó se formar em sua garganta pelo modo que aquelas palavras eram proferidas – E sei que continuará a nos inspirar todos os dias pelo tempo que vocês viverem.

Aquilo poderia soar muito mais do que uma ameaça, mas a pobre garota mesmo sentindo a espinha se arrepiar levou aquilo como um elogio.

— Obrigada lorde Snow. – limitou-se apenas em lhe agradecer.

Alguns minutos se passaram e logo Peeta a encontrou debaixo de uma sombra se abanando com um pequeno lenço.

— Sente-se bem? – na verdade não se sentia nada bem, mas precisou transparecer que tudo ia bem.

— É, só o calor mesmo. – deu um meio sorriso.

— Vamos nos sentar, a cerimônia irá começar.

Um enorme discurso foi feito e duas fileiras de oficias foram montadas. Alguns oficiais passaram entre eles para receberem um novo cargo, uma nova patente. Tudo estava tão cansativo, mas o que despertara Katniss de seus devaneios fora as seguintes palavras:

— Dada a segunda ordem, os oficiais terão que se apresentar até o quinto dia desta semana para embarcarem para a próxima missão que lhes foram incumbidas.

De repente Katniss começou a sentir uma tontura descomunal. Seu marido que se encontrava lado a lado teve tempo apenas de segura-la antes que fosse ao chão.

(...)

Tudo estava tão confuso para ela. Ao abrir os olhos teve que forçar a mente para se lembrar como fora parar ali em seu quarto, já na propriedade Everdeen.

Aos poucos foi sentando-se sobre a enorme cama e ao olhar em direção as janelas percebeu que a noite ia caindo. Levantou-se de vagar sentindo uma leve tontura. O andar de cima estava em total silêncio. Se apoiando no corrimão, desceu os degraus da escada olhando para todos os lados, mas não viu ninguém por ali.

— Obrigada doutor, posso ficar tranquilo então quanto ela demorar a acordar? – havia certa preocupação em sua voz.

— Sim, Mr. Mellark. Ela teve uma queda de pressão e seria bom alimenta-la assim que acordar. – Peeta conversava com o médico da família e pela voz era o Dr. Wolf. 

Eles se despediram e Peeta fechou a porta principal logo caminhando-se até a sala de música para dar mais uma checada no presente que comprara a esposa. Ao adentrar deparou-se com ela que tinha uma das mãos sobre o novo piano, pois o seu já tinha doado ao orfanato.

— Você acordou querida. – suspirou aliviado já caminhando de braços abertos e antes de pensar em tocar a esposa, ela se afastou.

— Quando ia me contar? – disse ela em um sussurro.

— Sobre o piano? – ele pensava que ela referia-se ao belo instrumento que chegara naquela tarde mesmo – Queria te fazer uma surpresa, minha querida. Mas já que viu, eis aqui o último modelo de piano que lançou na Capital...

— Não me referia a isso. – sua voz saiu ríspida parecendo um floco de neve – Quando ia me contar sobre outra missão?

— Me perdoe... – o gesto foi rápido, mas ela pegou o primeiro jarro de flores que viu pela frente e lançou-o em direção ao marido que num reflexo desviou-se para não ser atingido.

— Te perdoar? – Katniss começou a tremer, seus nervos foram à flor da pele – É assim que diz me amar? Me abandonando. Me deixando para trás como se eu fosse ninguém! – ela começou a gritar, algo que ele desconhecia, já que não tinha visto a esposa daquele jeito, mesmo na época em que o pai falecera – Você nunca me amou de verdade. Enganou ao papai, enganou a todos naquela droga de casamento!

— Katniss, eu...

— Cale-se! Você prometeu... prometeu que nunca iria me deixar! – gritou mais alto e logo começou a lançar alguns objetos que encontrava por ali – Eu te odeio... eu te odeio... nunca serei sua de verdade. Casei-me com você para agradar ao papai. Você nunca foi minha escolha. – nesse momento ela se encontrava em prantos, suas lágrimas escorriam livremente pelo rosto e não era diferente com seu marido, ele tinha a testa vincada, o semblante triste e seus olhos se tornavam poças de lágrimas a cada insulto. E, a cada sentença daquela que ele achava ter conquistado aos poucos só fez seu coração sangrar e perder todas as esperanças que lhe restavam sobre isso.

Katniss tremia por inteiro. Juntando a fraqueza de mais cedo e as emoções de poucos instantes. Não tinha nem se quer controle sobre si. Melhor que permanecesse em silêncio, mas tudo que dissera estava engasgado dentro de si. Com toda certeza se arrependeria mais tarde por tais ofensas, mas já estava feito.

Ela pisou duro e passou por ele sem dizer mais nada e ao alcançar a saída a voz dele se sobressaltou.

— Me explique por que lorde Snow veio me parabenizar por um herdeiro que não tenho? – disse sem se alterar.

— Sinceramente não sei porque disse aquilo. – respondeu ela fingindo estar sem emoção alguma. Ao bater à porta atrás de si deparou-se com Layla, assistente da cozinheira.

— Mrs. Mellark, devo avisa-los que o jantar está na mesa. – Layla estava sem jeito, talvez tivesse escutado toda a discussão sem querer.

— Jantarei em meu quarto. Por favor, traga-me apenas sopa, pão e um maçã. – Katniss não esperou por mais nada e subiu as escadas sem olhar para trás.

Ela ainda tremia ao adentar o mesmo quarto em que tinha acordado. Se jogou na cama e começou a chorar como naquela noite em que seu pai falara de Mr. Mellark, o quanto ele seria um ótimo marido. Katniss queria crer que isso fosse verdade, mas em sua cabecinha um ótimo marido fazia companhia a esposa 24 horas. Como seu pai pôde enganá-la assim, casando-a com um homem que vivia mais fora de casa do que com ela?

Na noite em que beberam vinho e se beijaram de uma forma diferente, ela estava determinada a entregar-se a ele. Sim, ela vinha pensando nisso ultimamente. Mas como se entregar a alguém que nem permanece ao seu lado? Chorou ainda mais, pois agora o amava e seu choro era como de um sofrimento reprimido. Queria dizer a ele o que estava sentindo, mas dizer que o ama, para simplesmente deixa-la dali há cinco dias?

Talvez ela pensasse que com seu retorno pudessem recomeçar. Recomeçar do zero.


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Notas finais do capítulo

Muita tensão, né? E o que vocês acham que vai acontecer? Meninas sei pelos comentários que muitos estão com raiva da Kat, mas peço por um pouquinho de paciência, pois eu quis criar uma Katniss mais ou menos a de THG, só que um pouquinho mais mimada, mas já vou adiantar algo... sabe a consumação do casamento? Aquela que todos querem ler? Pois é será no cap 19 prometo...

Para compensar vocês vim convidar a todos para dar uma passadinha na nova fafic de JV que uma amiga há muito tempo tinha me convidado pra escrever com ela, gente essa fic é maravilhosa e por favor deem uma passadinha por lá e façam não só uma, mas duas autoras bem felizes, kkkkkkk. Beijos e responderei a todos os comentários. ;) tenham todos uma ótima noite.

Até...


https://fanfiction.com.br/historia/707483/Secrets_Of_Balance/



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