Only You escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 14
Separation and Ache


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo, não é nenhuma novidade kkkkkkkkk...tá certo...quem aqui tá estranhando que a Bel retornou em plena terça-feira, hã? Alguém aqui quer adivinhar, por que? Pois bem, é que eu não sabia que os meus leitores lindos e mais do que maravilhosos gostassem tanto assim de OY como eu gosto. Então aqui vai, dedico este capítulo inteiramente as minhas divas maravilhosas que recomendaram a fic: Perinatica, Dani Everdenn e Anny evellark... espero que gostem e não sei se lembram, mas eu disse que teria um pov do Peeta, então aqui está... ah o significado do título do nosso cap de hj é: Dor e Separação :( .....agradeço a todos os que comentaram no cap passado... aos novos leitores sejam mais que bem-vindos, saiba que é honra tê-los aqui comigo nessa aventura....boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/688943/chapter/14

POV PEETA

 Sempre tive uma ótima convivência com meus pais, mesmo não sendo a favor da escolha que tomei em servir à marinha, nunca deixaram de se importar comigo ou me amar.

Meu pai começou com um pequeno negócio de panificação e depois que teve uma grande desilusão amorosa - com a falecida Mr. Anis Everdeen – se isolou de todos até conhecer minha mãe que adorava a confeitaria. Aí o encaixe da perfeição se fez. Os dois começaram a juntar ideias e logo preparavam encomendas para o povoado no Condado Twelve, que era onde eles moravam.

Dentro de poucos meses se apaixonaram e acabaram se casando. Minha mãe não era de classe social alta. E, sendo órfã fora criada por uma senhora muito bondosa que abençoou a união dos dois, pois viu nos olhos de minha mãe que estava se casando por amor.

No começo foi bem difícil para os dois, logo de início minha mãe engravidou de mim. Mas como meu pai era bem determinado prometeu a ela que se possível fora trabalharia de dia e de noite para que não passassem por necessidades.

George Mellark era um homem de muita determinação e com pouco tempo após meu nascimento construíram a primeira padaria do Condado. Rapidamente começaram a fazer entregas até em outros condados e com isso cresceram financeiramente. Logo abriram uma grande padaria e confeitaria na Capital e com isso nos mudamos.

Cresci aprendo a fazer biscoitos, pães, bolos, diversos recheios e coberturas. Mamãe diz que a primeira palavra que aprendera fora pão.

Com o nascimento de Delly tudo ficou mais do que perfeito. Temos cinco anos de diferença. Minha irmã era tudo para mim. Eu me sentia responsável por ela. Até aulas de piano e canto tivemos juntos, só por não querer deixa-la fazer isto sozinha.

A idade foi se aproximando cada vez mais. Meu pai me mandara para a escola que havia ali na Capital quando ainda garoto, e estudava em tempo integral. A matéria que mais me identificava era História e Geografia. Quando via o mestre falar sobre cada continente e diversas guerras, eu ficava impressionado. Passava horas na biblioteca lendo fantásticas história sobre piratas e suas aventuras. Comecei a querer a me aventurar também e quando via a milícia da marinha atracar no porto queria ter aquela vida. O que para meu pai começara seu grande pesadelo. Ele relutou para que eu não fizesse isso, mas queria muito e no fim acabou me apoiando. Claro que não, sem antes me propor um trato.

— Sempre quando estiver em casa irá preparar pães, biscoitos e as demais especiarias relacionadas a panificação e confeitaria.

E assim foi.

(...)

Treinei bastante e depois de concluir os estudos entre dezesseis e dezessete anos comecei a velejar. Claro que no começo não fora nada fácil. Eu limpava o convés e cabines, mas quando descobriram o que sabia fazer, ou melhor de quem eu era filho me jogaram na cozinha do navio e lá eu demostrava tudo o que sabia de melhor sobre pães.

Com paciência fui demostrando aos poucos do que era capaz e logo subia de uma patente para outra até chegar a primeiro sargento. O que não me conformava era como Hawthorne chegou a ser comandante tão mais rápido do que eu a sargento, sendo apenas dois anos mais velho. Tudo bem que, quando estávamos no mesmo colégio ele queria sempre competir comigo mesmo não demostrando este interesse.

Ele se achava o tal e sua fama com as damas era impressionante. Não entendia como elas o queria, talvez por ser sobrinho de Lorde Snow contasse alguma vantagem a seu favor. As moças queriam compromisso sério e ele não assumia nada com nenhuma delas.

Ele sempre ficava em meu encalço e teve uma vez que me importunou tanto dizendo que eu não era homem suficiente para levar uma garota para a cama que, acabei cometendo o pior erro.

Cashemere era mais velha do que eu, pelo menos uns seis anos. Insistiu que me deitasse com ela e, por mais que fosse uma mulher atraente e bonita não queria aquilo em minha vida. Eu tinha vinte anos nessa época e já estava quase alcançando o meu tão sonhado cargo. Acabei tento meu primeiro contato íntimo com ela e foi apenas uma noite, mas a partir daquele dia prometi que faria aquilo apenas com uma mulher que amasse de verdade. Cashemere era experiente nessa área e não sabia na época, mas tinha um tipo de relacionamento com o Hawthorne e, descobri que era tudo uma farsa para me envergonhar. A garota espalhara coisas horríveis sobre mim.

Minha família ficou muito triste comigo e, depois de algumas semanas tinha conseguido transferência para o Condado Eleven onde consegui chegar a Primeiro Sargento. Quando me encontrava em alto mar esquecia de todos os problemas e quando recebi uma carta de transferência para o Twelve não fiz objeção alguma. Fui muito bem recebido no Forte e não demorou muito para me encontrar com um velho amigo do meu pai que, se tornaria mais tarde meu sogro.

Mas algo estava guardado para mim e foi quando a vi pela primeira vez ajudando as pessoas de condições baixa me encantei ou, melhor me apaixonei e queria conhece-la. A boa samaritana não saía de meus pensamentos.

Então surpreendentemente recebi um convite de Mr. Everdeen para um almoço em sua casa. Um dia antes desse almoço caminhava pela cidade com alguns dos rapazes da marinha quando a vi pela segunda vez e não poderia deixar aquela oportunidade passar.

Por obra do destino resgatei o lencinho que deixara cair e foi naquele primeiro contato que percebi que já a amava e desejei profundamente que tornasse minha esposa.

O que não imaginava que seu pai era o mesmo Mr. Everdeen que me convidara para almoçar. Ele dissera o quanto ficaria feliz em ter-me como genro. Então tudo parecia ocorrer perfeitamente com meus planos.

— Senhor! – um dos marinheiros me chama a atenção.

— Pois não? – pergunto de forma equivocada.

— Faz um tempão que estou lhe chamando senhor. – ele ri – Aposto que, estava perdido em pensamentos na esposa de novo.

Gloss é um ótimo rapaz e tem se tornado o mais próximo amigo que já tive. Ele estava comigo no dia em que tive o primeiro contato com Katniss.

— Como sabia? – perguntei já pensando no que iria dizer.

— Com todo respeito senhor a forma com que se despediram fora como um daqueles romances melosos que minha irmã caçula lê. – sua careta chega a ser cômica.

— Um dia que amar alguém como amo minha esposa, saberá o que estou sentindo neste momento. – ele bate continência e eu rio ainda mais, já disse a ele que não precisava ter essas formalidades comigo, mas insiste.

— Sargento Mellark, o Comandante Marvel deseja sua presença no compartimento de navegação. – fala com veemência.

— Já vou. Muito obrigado por me avisar. - assim que chego ao compartimento encontro alguns superiores a mim – Mandou me chamar, Senhor? – bato continência ao comandante.

— Mandei. Como o Comodoro não passa bem, pediu que eu orientasse vocês até que melhore. – há alguns dias o Comodoro Hans tem estado mal por conta de algo que comeu – Como sabem, recebemos uma mensagem, da qual até então, não era de conhecimento de vocês. Mas devo lhes dizer que se trata de um SOS. Estamos nos aproximando perto de algumas terras que estavam em guerra e isso causou alguns danos. Pessoas estão ilhadas sem ter o que beber e comer. Pode haver muitos feridos e desidratados. Nós ancoraremos próximo, com nossa bandeira hasteada para verem que não somos inimigos. É de grande importância vocês passarem calma a essas pessoas, eles podem não falar nossa língua e há muitas crianças, pois, se trata de refugiados de guerra.

Ele nos passa mais algumas instruções e logo somos dispensados para tomarmos nossos postos. Nos aproximamos cada vez mais da praia. A guerra pode ter acabado, mas as pessoas não se erguem da noite para o dia.

Os botes são preenchidos de mantimentos e materiais para cuidarmos dos feridos. Sou o primeiro a entrar num dos botes e conforme os remadores se aproximam da praia vejo o desespero das pessoas. Assim que ponho os pés na praia muitos correm até mim.

— Acalmem-se, acalmem-se. Eu irei ajuda-los. – falo, mas parecem confusos e, percebo que, realmente não falam nossa língua.

— Sargento pode deixar que cuido desses aqui.  Um dos marinheiros médicos se aproxima e aparte aqueles que se alvoroçaram para cima de mim.

Me afasto respirando profundamente e vejo algo ao longe próximo à costeira rochosa. Chego bem perto vejo um garotinho com aproximadamente três anos de idade. Ele se encontra de bruços. Viro ele de barriga para cima na intenção de checar seus batimentos, mas é tarde e a vida deixou seu corpinho há pelo menos algumas horas.

O pego nos braços para retornar onde estão fazendo o atendimento dos refugiados e um homem corre em minha direção e pega o garoto a força de meus braços e me empurra fazendo com que me desequilibrasse e caísse para trás.

— Você quer morrer, homem? – um outro sargento retira a espada de sua bainha e aponta para o homem desesperado.

— Brutus, não! – grito já me levantando – Ele não fez por mal. Acho que o garotinho devia ser seu filho, ou algo assim.

Consigo evitar uma tragédia e vejo o comandante Marvel se aproximar de nós.

— O que está acontecendo aqui? – ele intercala os olhos entre mim e Brutus – Eu disse para acalmar e atender essas pessoas e não criar alvoroço.

O Comandante fala com rispidez e logo olha em direção ao homem que chora desesperado com o garotinho morto em seus braços e começa a falar na língua do mesmo. O homem se acalma e vai até onde está tendo o atendimento.

— Foi o Mellark quem começou, senhor. – Brutus tenta jogar a culpa em mim.

— Dê o fora daqui sargento Brutus. – olha vitorioso para mim antes de ir – Não foi o que eu observei. Sei que quis ajudar aquele garotinho, mas melhor do ninguém sargento, sabe que a guerra tem suas consequências mortais.

Sim, realmente em todo esse tempo navegando sei exatamente o que uma guerra significa.

Passamos o dia todo fazendo atendimentos. Pouco antes do anoitecer o comandante nos avisa que um navio de um país aliado está se aproximando para resgatar essas pessoas e levarem elas para um lugar seguro.

Deixamos cobertores, curativos, água potável e alimento para eles antes de partimos. Pude ver gratidão no olhar de cada pessoa ali e isso me fazia pensar no quanto gostava de ajudar aqueles que precisam.

(...)

Após nossa missão com os refugiados há três semanas atrás, recebemos uma carta do navio mercante que agradeciam pela nossa prestação de serviço.

Atracamos num porto para podermos descansar um pouco e tomarmos banho de verdade.

Alguns marinheiros aproveitavam esse pequeno descanso para irem à procura de alguma diversão: mulheres. Mas eu ficava deitado no quarto da taverna descanso e escrevendo cartas para minha amada. É bem difícil este tipo de comunicação por muitas vezes estarmos em lugares diferentes. Mas acredito que ela esteja as recebendo, afinal fazem dois meses que estamos longe um do outro.

Sinto muita falta dela. Do cheiro de seu cabelo, da sua pele macia – mesmo que ainda não tenhamos estado juntos como marido e mulher -, mas dei minha palavra de esperar o momento certo. Sei que Katniss sente algo por mim. Pelo menos eu sinto quando me beija.

Alguém bate à porta. Com um cansaço extremo levanto da cama e visto uma camisa fechando apenas alguns botões.

— Pois, não? – digo ao abrir a porta.

— Venha sargento vamos beber. Os rapazes encontraram algumas moças. Uma mais linda do que a outra e acharam uma bem... parecida com sua esposa...

— Não iguale minha esposa com nenhuma outra mulher. – minha voz sai ríspida, mais do que queria.

— Venha Mohamed eu disse que o sargento não aceitaria seu convite tolo. – Gloss surge no corredor – Perdoe a insolência dele, sargento. Já está com a cara cheia, não vê? – diz o puxando.

— Só peça para tomarem cuidado com o que dizem sobre minha esposa.

Ele assente e logo somem. Fecho a porta me sentindo incomodado. Como podem vir até mim e me importunar deste jeito?

Quando Katniss e eu noivamos fui a piada da semana no Forte. A maioria me criticava. Diziam que estava me casando com a “garota fúria”. De nada adiantou ter socado a cara do insolente que me falou isso.

Eu, o Comandante, o Capitão, o Navegador e o Comodoro somos os únicos que permanecemos em nossos aposentos, já que pelo menos nós, somos fiéis as nossas esposas.

Antes de me deitar sento frente a mesinha e começo a escrever mais uma carta a ela.

(...)

Os dias se arrastam e ainda falta um mês para retornarmos. Eu contava os minutos para ver minha amada.

— Homens! Estamos nos aproximando de Portland. Estejam prontos para a ancoragem. – anunciam e logo todos tomam suas posições.

Portland é nossa última parada depois de executarmos nossas missões. Mesmo abastecendo o navio, aqui a nau recebe alguns cuidados e reparações.

Sou instalado num pequeno quarto e logo sou requisitado.

— Sargento tem uma carta endereçada ao senhor. O mensageiro que deixou aqui disse que chegou há pelo menos um mês. – pego a carta com um sorriso bobo e logo sou dispensado.

Mal sento e rasgo o envelope e quando começo a ler percebo que é a irmã de Katniss.

Caro, Mr. Mellark

O que tenho a lhe dizer infelizmente não são boas notícias. Desde que partiu e nós viajamos para o Four, minha irmã entrou num estado deplorável. Ela se fechou para todos. Se recusa a falar, a sair do quarto e a comer... estou preocupada, pois logo entrarei em trabalho de parto e sei que ainda falta um tempo para seu retorno, mas peço urgentemente que regresse. Sei que minha irmã supre algum sentimento por você e talvez com sua presença o brilho volte aos olhos dela. Tenho medo que ela morra...

Parei de ler a carta neste pedaço e comecei a recolher meus pertences sem ao menos saber se conseguiria minha liberação.

— Comandante peço permissão para meu retorno imediato! – esqueço todas as formalidades.

— E qual seria o motivo? – me pergunta seriamente.

— Minha esposa não está bem, senhor.

— Deve ser apenas algum enjoo gestacional...

— Não senhor, posso afirmar que seu estado de saúde não ter a ver com estar esperando um filho meu. – a última parte soa pesarosa.

— Ora rapaz, vai me dizer que não aproveitou a última noite com sua esposa como os demais? – tenta brincar, mas meu rosto se fecha – Oh, me esqueci que você se casou um dia antes de embarcarmos. Mas mesmo assim não deu tempo de aproveitarem, certo...?

— Senhor, pode ou não conseguir uma liberação para mim? – me altero.

— Claro, conseguirei agora mesmo. – ele caminha até a mesa e começa a escrever minha liberação – Por sorte tem um navio mercante saindo logo mais, com destino à Barem. Mas precisarei da assinatura do Comodoro, aguarde aqui só um momento.

Ele se retira e logo começo a andar de um lado para o outro. Assim que retorna me passa algumas instruções.

— Obrigado, Comandante Marvel. Estou em dívida com o senhor.

— Imagine rapaz, corra para o porto ou irá se atrasar.

O porto não é longe, mas se não me apressar ficarei para trás. Vejo um cavalo selado e essa é a minha deixa. Galopo rapidamente e assim que me aproximo do navio ele está alçando a âncora.

— Esperem! – desço do cavalo o deixando sem amarrar e corro até a rampa – Sargento Mellark, eu preciso retornar a Barem imediatamente.

— Entre rapaz.

Sou instalado com outros homens, mas não me importo nem sei se conseguirei dormir. A viagem demorará pelo menos duas semanas.

Com cinco dias de viagem me entrego ao serviço braçal do navio e alguns marinheiros estranham, mas não ligo. Sei que se ficar preso à cabine vou enlouquecer.

O capitão dá o aviso que em algumas horas estaremos chegando ao porto da Capital. Até que fizemos uma boa viagem e chegaremos bem antes do que imaginava.

Agradeci ao capitão e logo corri para a casa de minha família.

— Filho o que está fazendo aqui? – meu pai me recebe na entrada.

Estou ofegante, pois do porto até aqui são cinco quilômetros e tive que vim correndo.

— É a Katniss, pai...  Ela não está bem. – assim que falo meu corpo se desaba ao chão e não vejo mais nada.

Passado algum tempo acordo sobressaltado chamando pelo seu nome.

— Eu sei que você quer vê-la filho, mas você está fraco.

Minha visão antes turva vai melhorando e voz do meu pai que parecia a milhas de distância se torna mais compreensível.

— Pai... ela irá morrer, preciso dela... – tento levantar, mas ele me impede.

— Sua mãe e irmã estão lá com ela. Você precisa descansar mais um pouco, olha só o seu estado, filho! – meu pai está admirado e não é para menos.

Não faço a barba desde que saí de Portland. Provavelmente devo estar mais magro, já que quase não tenho me alimentado direito e muito menos conseguido dormir. Graesy Sea me traz uma sopa e consigo ingeri-la rapidamente. Bebo bastante água e me forço a levantar. Tomo banho e faço a barba. Pego algumas roupas limpas que acho no armário do meu antigo quarto e as coloco em uma mala.

— Pai estou indo. – digo entrando em seu escritório.

— Está tarde para viajar filho, vá amanhã de manhã. – nego com a cabeça – Sei que não irá sossegar enquanto não ir, não é mesmo? – ele suspira – Pedirei para prepararem uma carruagem...

— Não precisa, um cavalo já me servirá.

Me aproximo dele e dou-lhe um abraço.

— Dália deu à luz a uma menina. Foi batizada de Marian. – diz assim que me afasto.

— Vou conhece-la. – me despeço com um aceno -  Até pai.

— Até meu filho.

Selo o cavalo mais veloz, e com isso começo a levantar poeira por onde passo. Paro no Condado Three apenas para dar água ao Netuno. Em seguida monto novamente nele e em poucas horas chego à Propriedade Odair.

Sou recebido à porta por um dos criados que rapidamente diz a outro para cuidar do cavalo.

— Onde está minha mulher? -  pergunto ao mordomo sem ao menos cumprimenta-lo.

— Está no quarto à direita ao da pequena Annie...

Balbucio um “obrigado” e subo as escadas correndo. Com toda certeza a maioria ainda está dormindo já que o sol está começando a nascer.

Chego à porta e abro bem devagar para não, assustá-la. Seu corpo está de costa para mim e ando lentamente até a cama. Sento sobre o macio colchão e passo lentamente a mão em seus cabelos que caiem como ondas sobre o ombro.

Ela parece tão fragilizada.

Retiro o sobretudo, o terno e as botas. Deito na cama abraçando-a por trás. Enterro meu rosto sobre seus cabelos e beijo sua nuca. Inspiro aquele aroma que só pertence a ela e que pouco desfrutei.

— Katniss querida. – sussurro e ela se mexe.

— Papai...? – sua voz soa fraca e rouca.

— Não meu amor, sou eu, Peeta. – viro seu corpo lentamente até ficar de frente para mim. De repente escuto um gemido seguido de choro – Estou aqui querida, por favor, não chore.

Fico um tempo tentando acalmá-la, mas nada acontece. Parece que está sentindo uma dor a qual, talvez, não tenha nem a capacidade de fazer parar.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí Divas, querem me matar? Ou acham melhor fazer com que eu volte mais cedo? Pois é a Kat tá mal né, mas pessoal tudo isso estava no planejado – e era bem pior – eu é que dei uma aliviada rss. Agora nosso amado sargento terá de lidar com a esposinha melancolicamente depressiva, onde será que tudo isso vai dar? Prometo não enfadar com o próximo cap, okay? Nos vemos nos comentários e até mais meus lindos amo vocês, vcs merecem muitos chocolates da CACAU SHOW kkkkkkkkk... o/