Miraculous Dragons escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 27
Genocídio (parte 4)




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Genocídio (parte 4)

            Estava meio tonto, minha cabeça doía muito. Tentei me esforçar em abrir os olhos, ainda estávamos na sala do meu pai, minhas mãos estavam algemadas por frias correntes... minha vista estava um pouco embaçada.

            Fiquei horrorizado quando reconheci a cor e o formato os cabelos de Astrid na minha frente, ela estava caída no chão de costas para mim, parecia desacordada. Um homem alto e brusco nos encarava, deveria ser Drago.

            Com toda a força que tinha, consegui me ajoelhar. Balthazar estava de pé ao nosso lado. Parecia triste, vulnerável...

            - O que... – Não conseguia dizer uma palavra.

            - Poupe-me de suas perguntas, garoto – Drago diz estendendo a mão – Admito que fora um oponente bem irritante, menino. Mas agora acabou graças à ajuda de Balthazar, vamos acabar com isso.

            Sabia que não podíamos confiar nele. Por que não ouvi minha intuição?

            - Desculpe, garoto – Disse Balthazar com uma garota sem seus braços – Você teria feito o mesmo no meu lugar... Ela é tudo que um dia eu já tive...

            A garota... Deveria ser a Nadder dele. Ele estava tentando salvá-la?

            - Mas é claro que você também fora uma pedra no meu caminho, Balthazar – Interrompeu Drago.

            Balthazar se voltou para ele e, naquele instante, a garota se desfez no ar como poeira.

            - Não! Não, ela não! – Ele gritou.

            - Acha mesmo que teria alguma chance de ela estar viva, idiota? Ela se foi, seu tolo! Você deveria saber que nada detém a morte. Nem mesmo com todos os Miraculous juntos, eu teria interesse em interferir na morte – ele sorri – embora eu pudesse.

            Balthazar se ajoelhou no chão sem forças. Ele gritou, pegou o arco da Nadder caído sobre o chão e apontou para Drago. Viggo o interrompeu com um golpe, mas Balthazar desviou e atirou a flecha amaldiçoada nas minhas correntes enquanto descarregava sua raiva em golpes contra Viggo.

            - Oh, ótimo – exclama Drago sentando-se para assistir a cena.

            Os dragões estavam esperando a ordem para atacar e Drago a fez. Fiz o circulo de fogo com minha espada e eles se afastaram enquanto peguei Astrid no colo, mas os dragões ignoraram o círculo de fogo e nós caímos com força no chão.

            Astrid abriu os olhos, ela estava bem alerta, tanto que quebrou as algemas apenas abrindo os braços e armou o arco contra os capangas de Drago.

            - Perdi alguma coisa? – Ela pergunta me puxando rapidamente para ficar de pé.

            Balthazar assobiou no meio de um chute no peito de Viggo e a sua águia de prata apareceu destruindo a parede inteira atrás de Drago que não moveu um músculo mesmo sendo acertado por um caco de vidro da janela.

            - Já chega! – Ele levantou-se batendo um cajado no chão.

            - Nadder, agora – Indicou Balthazar.

            Astrid pareceu dividida em matá-lo ou não.

            - Não! – gritei.           

            A demora da sua decisão fez com que Drago a pegasse despreparada e a atirasse (a segurando pelo pescoço) pelo buraco da parede destruída. Ele aproveitou a oportunidade para pegar o Miraculous dela.

            - Nadder!

            Fiquei furioso. Saquei minha espada numa velocidade que nem eu conseguiria explicar e a lamina em chamas ficou a centímetros do seu pescoço, mas pude me controlar e hesitar em fazer algo horrível.

            Senti seu punho no meio peito, ele puxou meu Miraculous e me empurrou com força, porém Balthazar me segurou. Viggo e os capangas estavam desmaiados sobre o chão, havíamos apenas nós três ali...

            Só os deuses sabem onde Astrid havia caído, mas eu rezava que estivesse ainda viva, respirando, esperando por mim...

            Drago vestiu as pedras e um estranho brilho o envolveu. Tão forte que mal pude enxergar.

            - Obrigado por se livrarem deles por mim, esses humanos eram inúteis de qualquer forma, menino.

            - Não... – Murmurei.

            - No final das contas até que você foi útil, não? – Ele diz e parte montando em um dragão colossal que cuspia gelo por toda Berk.

— Eu não vou deixar!

— Soluço, não!

Pego uma das espadas do meu pai presas à parede e corro para o que restou das espadas, escalo até o topo do edifício em tempo o suficiente de alcança-lo.

Sem pensar pulei em seu dragão correndo com a espada pelo corpo da criatura em sua direção, ele não sairá dessa de pender de mim. Ele só notou minha presença quando a lâmina foi pressionada contra o seu pescoço novamente.

— Argh! Vocês humanos...

De repente flechas começaram a ser lançadas contra ele e eu soube que lá embaixo, em algum lugar, ela estava tentando me ajudar.

— Vocês não sabem a hora de desistir não é mesmo? – Drago tentou lutar, mas alguns Miraculous caíram nessa tentativa e os dragões, conforme cada espécie de Miraculous que caía, voltaram a ser livres e não precisavam mais cumprir ordens.

— Não! – Drago gritou.

— Já chega, Drago! A humanidade não vai desistir de lutar por si e, enquanto tivermos criaturas tão leais como dragões ao nosso lado, vãos juntar forças e impedir qualquer mal!

— Você não tem coragem de me matar garoto, esta é a sua segunda chance e estou vulnerável – Drago argumenta – Vá em frente, me mate!

Hesitei. Como eu poderia pará-lo? Eu sou só... Não, não! Eu sou alguma coisa, eu posso não ver isso, mas os deuses viram, as pessoas que salvei viram e Astrid vira. Não posso parar assim, mas precisarei do meu amigo aqui comigo.

Puxei o Miraculous do Fúria da Noite, mas Drago não perdeu a oportunidade em me empurrar dali, estava caindo para a morte agora. Não PE tarde demais, ainda tenho o Miraculous comigo, Banguela surgiu caindo ao meu lado.

— Pelo o que você está esperando humano? Vamos lá! – diz ele.

Me transformo, mas ainda caía. Foi então que eu notei que a cauda nova que eu havia feito para Banguela estava ali comigo, fazia parte do traje agora. Isso só podia significar uma coisa...

Abro as asas, estava caindo rumo à prefeitura novamente, dava para var Astrid dali. Ela, Balthazar (com aquele pássaro metálico), Asgard e Heather estavam tentando fazer amizade com os dragões, porém o que mais me surpreendeu foram as pessoas saindo de suas casas para ajudar... aquilo não era o fim para Berk ou muito menos para mim.

Abro as asas e descubro como é voar.

Vou na direção de Drago sentindo uma energia colossal em me corpo, a adrenalina correndo em minhas veias, é uma sensação indescritível e única. Meu corpo estava ganhando um brilho azulado sem que eu percebesse.

Drago se espantou quando nos viu, eu e Banguela.

Atirei explosões de plasma contra seu dragão que recuava cada vez mais, se locomovendo para o fundo do mar onde teria uma longa e profunda hibernação.

— Dragão estúpido! Volte! Acabe com esses humanos!

Mas este não obedeceu, Drago era invisível agora.

— Isso não vai acabar assim! Se eu vou afundar, você vai também! – Ao dizer isso senti uma dor insuportável.

Caí.

Drago provocara uma explosão.

Meu corpo caía, mas vi uma estranha e familiar silhueta negra vindo em minha direção.

Algo que não era humano.

 


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Notas finais do capítulo

Capítulo no meio da semana, April? Que inesperado!



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