Miraculous Dragons escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 28
Heroes




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Genocídio (parte 5)

 

 

 

Não me lembro de muita coisa desde aquele momento...

Lembro-me apenas de um grande vazio, um nada.

Mas estou sentindo muita dor para pensar direito agora, parece que fui esmagado. Minhas costas estão me matando, meus braços... mal posso movê-los, quem dirá as pernas, agora.

Acho que nunca fora tão difícil abrir os olhos assim, está tudo embaçado novamente, não sei onde estou. Está frio, muito frio... Estou no hospital? Espera, o que aconteceu?

Dou um salto quando as minhas memórias voltam, ouço o som dos aparelhos cardíacos apitando desesperadamente, vejo vários tubos ligados as minha veias com sangue e soro... Estava internado... Meus deuses...

Só consigo relaxar quando minha visão volta por completo e posso ver que não estou em um hospital, estou em casa, no meu quarto. Bom, ainda estava em coma, mas são pequenos detalhes. Nicole sabia o quanto eu detestava hospitais, provavelmente ela me transportara pra casa assim que possível mesmo com todos esses aparelhos me vigiando aqui.

Olho em volta, meus olhos param felizes ao ver Banguela e Astrid deitado numa pilha de travesseiros e cobertores no chão, Banguela estava muito maior do que quando o conheci, do tamanho de um dragão se tivesse alguma comparação. Astrid dormia aconchegada usando o reptil como travesseiro, mas Banguela estava acordado e alerta com as orelhas de pé, deveria ter acordado com os sons do meu coração na máquina.

Ele veio na minha direção calmamente pondo a cabeça de Astrid sobre um travesseiro, ela parecia exausta e, do jeito que eu a conheço, ela deveria ter passado mais tempo aqui do que em casa.

— Oi, amigão – minha voz parece um sussurro agora – Você cresceu, hein?

Banguela não disse uma só palavra, apenas rosnados. Ele lambeu meu rosto, foi nojento.

Tirei todos aqueles tubos e maquinas do meu corpo, queria me levantar assim que notei que o sol está lá fora sendo que a última coisa de que me lembro fora uma Berk em pleno um inverno.

Mas foi na hora em que eu me levantei que notei, uma dor terrível em uma de minhas pernas me deu a grande noticia. Perdi uma perna lutando contra Drago.

Respirei fundo e tentei dar um passo, falhei miseravelmente, teria caído se Banguela não estivesse ali me dando apoio. Caminho até Astrid e me ajoelho ao seu lado.

O rosto dela tinha alguns machucados e curativos, pelo visto não fora somente eu que me machucara. Sua respiração estava calma enquanto ela dormia profundamente, ela vestia sobre a blusa vermelha a jaqueta que um dia dissera que nunca mais iria me devolver novamente, mesmo tendo deixado aqui em casa da ultima vez que estávamos juntos.

Toco em sua bochecha e assisto seus olhos se abrirem, ela não se mexeu, mas rodeou os olhos pelo quarto até chegar a mim.

— Soluço... – Ela sentou-se novamente

Sorri pra ela.

— Oi, Asty.

Astrid me abraça devagar, notei que era porque estava com uma faixa no peito, mas isso não me impediu de retribuir. Ela estava se esforçando para não chorar, eu sabia disso.

— Eu fiquei tão preocupada com você! Para de fazer isso comigo!

— Não prometo nada... – Deito minha cabeça sobre seu ombro.

Ela se separa de mim e me beija. Nunca a vi tão feliz assim.

Astrid me ajuda a levantar, mas deixa que Banguela fique me apoiando.

— O que foi que eu perdi?

— Depois que Drago causou aquela explosão, as forças armadas chegaram, seu pai mandou prendê-lo e disse que ninguém deveria tocar nos dragões até que você decidisse o que fazer então estamos tentando viver com eles por aqui enquanto esperávamos.

Não deu pra evitar sorrir.

— Por quanto tempo eu dormi?

— Você meio que hibernou, o inverno acabou faz pouco mais de uma semana – Astrid veste a jaqueta em mim notando eu estava com frio.

Banguela me soltou quando notou que eu já estava conseguindo andar por conta própria, infelizmente doía muito, era como acochar o aparelho dentário, só que na perna, mas eu mal podia esperar pra voltar a ativa novamente com meu amigo e a garota que estava ali do meu lado.

Abraço os dois antes de chegarmos a porta.

— Amo vocês dois, sabiam disso?

— Socorro, Banguela – Astrid brinca – O Soluço está sentimental de novo...

***

Os dias se passaram calmos desde então, muita gente veio me visitar e eu nunca comi tanta torta na minha vida (mesmo sendo da tia Anne Hofferson) que já adotara a pose de sogrinha do mês, Asgard e Heather passaram semanas trabalhando no nosso esconderijo e agora parecia melhor do que nunca, meu pai e eu nos juntamos para montar uma sociedade pacifica com dragões, Banguela conseguia voltar ao seu tamanho de bolso quando quisesse, mas preferia ficar um dragão inteiro e voar comigo.

Acho que eu não poderia ter uma vida melhor agora, não sou mais um anoréxico infeliz (não se depender das tortas da Anne), agora eu tenho amigos e uma nova e bagunçada família, acho que não poderia pedir nada melhor do que isso.

Os dias foram passando e logo se tornaram meses, eu e Astrid lutamos contra vários vilões juntos, houve tantos momentos em que não podia desejar pessoa melhor ao meu lado, eu amava essa garota; logo também nos formamos, fiquei feliz em ser aceito para engenharia mecânica enquanto ela decidira seguia a carreira dos pais treinando e estudando para ser aceita como membro da policia de Berk, futuramente fora, como detetive Hofferson para ser mais exato, Heather fora nomeada milhares de vezes como repórter do ano mesmo tendo começado num pequeno estagio na emissora e Asgard fora um musico de sucesso ao seu lado.

Ocasionalmente, outras pessoas entraram em nosso time, salvamos outros lugares além de Berk, perdemos alguns e compartilhamos vitórias também. Tanta coisa aconteceu com o tempo, cinco anos depois mal podia me imaginar como noivo dela, mesmo quando começamos a morar juntos três anos depois do meu primeiro e não ultimo coma. Banguela também cresceu conosco, felizmente não no sentido literal, e me acompanhou muita nessa jornada, amor mais tarde, me confessou algo que nunca vou esquecer: ele me contara em como eu era diferente de todos os fúrias da noite antes de mim porque e me recusei em ser um assassino, eu escolhera ser um herói. Um herói do jeito mais difícil.


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Notas finais do capítulo

Obrigada para os que acompanharam até aqui, obrigada pela paciência, obrigada pelo carinho.
O-B-R-I-G-A-D-A
Do fundo do coração, muito obrigada por serem meus heróis no meio da confusão da minha vida. Eu vou continuar escrevendo sim (porque é o que faço), mas será de um jeito melhor porque sexta vão acabar minhas aulas durante a tarde (desta vez, pra sempre YAY) e eu vou poder trazer desenhos para as histórias futuras, além de uma organização impecável novamente e capítulos com mais do que mil palavras!
Passei por uma fase dificil e bagunçada da vida real enquanto escrevia esta história, mas muitos de vocês não desistiram e serão recompensados com mais e mais histórias no futuro, mas agradeço de coração mesmo!
ENTÃO VEJO VOCÊS ALGUM OUTRO DIA, SEUS LINDOES!
NYE HEH HEH!

/o/ *saindo montada em unicórnio*