A Dor No Desejo escrita por reginapriestly


Capítulo 8
Melhor do que Cigarros


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, então, esse capitulo é bem pesado.
Queria deixar um aviso de violência doméstica, então, quem tiver algum problema com isso, leia com cautela.
Desculpem os erros, não estou revisando nada.



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“Mal, você está louca?”

Na cabeça de Regina era a única explicação que seria razoavelmente lógica.

‘’Não, Regina’’ A loira continuou firmemente. ‘’Não estou louca, eu quero uma criança.”

Regina sacudiu a cabeça em sinal negativo, essa conversa a deixando completamente desnorteada.

“Eu não vou ter um filho com você, Mal” Ela começou e pode sentir os olhos da mulher penetrando os seus em completa raiva. “Não agora pelo menos?” Ela completou tentando amenizar a situação. Ela realmente não queria ter de lidar com a fúria de Mal.

Todos, que em algum momento da vida, passaram pelo caminho da editora sabiam de seu temperamento. Sabiam e o evitavam. Regina sendo casada com a loira por alguns anos era a primeira a se esconder, como uma covarde, todas as vezes que a fúria da esposa era dirigida a si.

“A escolha é sua Regina,” A voz da loira, fria e raivosa, interrompeu seus pensamentos. “Ou você concorda com meu plano ou você pode dizer adeus à sua puta.”

Regina respirou fundo, dando a volta na mesa de centro que as separava.

“E você vai me impedir, Mal?” Regina sussurrou, completamente tentada a dar um pé na bunda da esposa, agora mais do que qualquer outro momento em sua vida juntas.

Mal a encarou, olho no olho, e Regina sabia que tinha cruzado uma linha com a esposa que nunca tinha antes. Que nunca tivera razão para cruzar.

“Você está me desafiando, querida?” A editora disse com a garganta seca, com o tom mais sombrio que Regina já ouvira de sua boca.

Mas Regina eram tão, ou mais, apavorante quanto Mal. E seus olhos brilhavam com uma fúria e um sentimento que nunca antes tinha sido associado á nenhuma de suas brigas. Regina não se referia á horas de trabalho, a jantares perdidos, falta de carinho ou ao mesmo a chegada de Emma em sua vida. A briga das suas agora era pelo que sempre estava presente em seu casamento. Esse desejo incrotolável de Mal de controlar a vida da morena. Essa possessividade e teimosia da loira que faziam com que Regina cedece à todas suas vontades. Até agora...

“Eu não ceder às suas chantagens, Madalena.”

Mal respirou fundo ao uso de seu nome completo. Ela sabia que não poderia parar Regina se ela realmente quisesse ter um caso com Miss Swan, mas ela também sabia jogar.

“Eu não vou te perder, Regina.” Ela disse calmamente mas ainda raivosa.

“Mal...”

“NÃO...” Ela continuou se aproximando da morena. “Você não vai me deixar, Regina. Nunca.”

“Você me entende?” Ela disse segurando o braço da esposa com mais força do que o necessaário. “Nunca.”

“Me solta.” Regina disse tentando se livrar do aperto da mulher.

O temperamento da mulher nunca tinha sido testado à esse ponto, ela sempre fora obedecida. Regina sempre a acalmara antes que os olhos claros da esposa fossem tomados pela raiva. E com raiva eles estavam... Mal a segurou com mais força.

“Eu te dei duas opções, Regina...” Suas palavras sussurradas tão suavemente que se não fosse pela posição que elas se encontravam, qualquer um diria que era um suspiro romântico.

Regina estava um pouco assutada, mas ela nunca admitiria isso em voz alta. Seu instinto de sempre provocar e dizer o que pensa a fez deixar escapar as palavras que, há muito queria falar.

“Talvez...” Ela pausou olhando para a postura da esposa, um pouco mais alta que si mesma. “Talvez tenha uma terceira opção.” Mal a olhou com dúvida em seus olhos, ela podia sentir o que a esposa iria propor.

“Acho que está na hora de nos divorciamos, Mal” Regina mal sentiu a sofá batendo em suas costas quando a loira a jogou com força para trás. Ainda bem que ela tinha mudado a decoração da sala há umas duas semanas, ou ela teria ido direto para o chão.

“Você não sabe do que está falando, querida” Ela disse com rindo em desespero. “Você... não... tem... ideia...” Mal falou pausadamente enquanto se aproximava da morena mais uma vez.

Regina fez um movimento para se levantar do sofá, mas foi impedida pelo peso da loira, se sentando em cima dela.

“Como você ousa, você está lo...?” A morena disse com raiva, mas foi impedida pela tapa que recebeu da mulher. Ela só não caiu do sofá porque estava presa pelas pernas de Mal, que estava sentada em cima dela. Sua cabeça latejando, ela podia sentir a marca de sua mão no lado esquerdo do seu rosto, sua aliança cortando um pouco seus lábios, a fazendo sentir um gosto de sangue na boca. Ela teria tentando lutar para sair dessa posição se não estivesse em completo choque pelo que estava acontecendo.

Mal segurou seu cabelo com uma mão, e com a outra levantou sua cabeça, fazendo com que assim elas pudessem se olhar nos olhos.

“Eu...” A loira começou angustiada. “Eu não queria ter que fazer isso, meu amor.”

“Você me deixou sem escolha. Você vê isso, sim?” Ela disse enquanto beijava o rosto da esposa que acabara de bater.

Regina a ignorou, ainda em choque, mas já em controle de si o suficiente para tentar empurrar a loira de cima de si, tentando em vão, se libertar.

“Você me deixa sem controle, Regina...” Ela continuou ignorando a luta da esposa. “Se você apenas me amasse do jeito que devia...” Balançou a cabeça tristemente, ainda segurando a mulher.

“Você está louca.” Regina murmurou ignorando a dor nos seus lábios, finalmente conseguindo se desvencilhar um pouco da loira em cima de si.

“Eu sempre fui louca por você, querida.” Ela continuou, deixando a esposa sair da prisão que ela a estava segurando no sofá. Regina aproveitou o momento e se jogou no chão, tentando se afastar o mais rápido possível, enquanto Mal apenas se endireitou no sofá, observando cada movimento seu.

“Eu esperei anos, Regina, ANOS.” Ela continuou enquanto Regina se levantava. “Esperei para te conhecer, esperei o acordo entre nossas famílias... Esperei para nos casarmos, e desde então, eu tenho esperado.” Terminou também se levantando, fazendo com que a morena agarrasse sua bolsa e desse a volta na sala, colocando o máximo de espaço entre as duas quanto possível. Mal a observava como uma águia.

“Tenho esperado você me amar por anos, querida.” Ela começou suavemente, sua expressão indo de doce apaixonada para esposa raivosa em segundos enquanto continuou. “E agora, essa puta loira aparece para tentar estragar tudo...” Ela balançou a cabeça.

Eu nunca vou te amar.” Regina cuspiu as palavras, raiva brilhando em seus olhos pela a humilhação que passara nas mãos da mulher. Suas palavras fazendo com que Mal perdesse o controle e avançasse em sua direção, a prendendo contra a parede antes que Regina pudesse pensar duas vezes.

“VOCÊ É MINHA, REGINA” A loira gritou com raiva, segurando seus pulsos, mas Regina não se deixaria levar, dessa vez ela não fora pega de surpresa. Dando uma joelhada no estômago da mulher ela conseguiu se soltar.

“Vai se foder.” Ela falou para a esposa enquanto corria para a porta da frente. Foi só quando saiu e olhou a claridade do lado de fora que se lembrou que ainda era cedo. Sua conversa com Mal parecia ter durado anos.

Regina seguiu para a garagem, ouvindo os chamados da loira por seu nome, mas sem olhar para trás. Vasculhou sua bolsa, que tinha agarrado em um momento de desespero, e quase tremeu em alívio quando viu as chaves de seu carro ali dentro.

Foi só quando estava do outro lado da cidade que a morena se permitiu parar e respirar fundo. Suas mãos tremendo e seus pensamentos a mil. Ela vasculhou sua bolsa novamente por um cigarro- ela não tinha o hábito de fumar, mas nessa situação era a única coisa que iria acalmá-la- mas o que encontrou a fez pausar.

‘Você pode me ligar a qualquer momento.’ Ela se lembrou das palavras de Emma enquanto seus dedos tocavam o cartão que a loira tinha lhe dado na noite em se conheceram, quando seu motorista a tinha atropelado.

Ela procurou seu telefone.

Estava mais do que na hora de Regina ter aquela mulher, e sabendo que isso deixaria a esposa completamente fora de si só a deixava com mais vontade.

Ela digitou os números decidida, esperando que Emma, por hoje, não fizesse perguntas.

Talvez a loira pudesse acalmá-la melhor do que cigarros.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de me dizer o que acharam.



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