A Dor No Desejo escrita por reginapriestly


Capítulo 9
hotel três estrelas


Notas iniciais do capítulo

Eu não ia atualizar tão cedo, mas os comentários de vocês me inspiraram então aqui está. Espero que gostem...



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Regina não voltou para seu hotel ou escritório, ela sabia que seriam os primeiros lugares onde Mal a procuraria. Ao invés disso, ela tinha perguntado a Emma onde ela estava para ir ao seu encontro. Para seu desgosto a loira estava em seu apartamento e aparentemente ela ‘não recebia clientes em casa’, o que a obrigou a mandar uma mensagem para sua secreária a mandando fazer reservas em outro hotel qualquer no coração de Manhattan. Regina notou com admiração que a mulher não fizera nenhum questionamento e só seguiu suas ordens. Ela valorizada esse tipo de comportamento.

E foi assim que ela se encontrou no presente momento, sentada na cama de um hotel três estrelas esperando a Emma – ela tinha mandado o endereço e número do quarto por mensagem para a loira – que disse que estava à caminho.

Regina sabia que ela levaria ao menos uma hora para chegar e ela usou esse tempo para se recompor. Ela não tinha nenhuma muda de roupa ou algo assim mas ela fez bom uso da pia do banheiro, jogando uma água no rosto como quem lava todos os problemas.

Foi só quando ela se olhou no espelho, o rosto ainda molhado, que ela percebeu a grande marca vermelha no lado esquerdo de sua face. Era por isso que todos a olharam quando entrou no hotel. Ela balançou a cabeça, pegando a toalha para se secar. Seu rosto ardia com ferocidade e seus lábios estavam inchados, a marca que a aliança da esposa deixara se mostrando orgulhosa. Regina gruniu.

Ela não podia acreditar que Mal tivesse feito isso com ela. Todos esses anos juntas e Regina nunca desconfiou que o temperamente da mulher fosse algum dia ser uma ameaça para sua segurança. Seus olhos se encheram de lágrimas, a humilhação que sentia finalmente tomando conta de si. E algo mais profundo, um sentimento de traição, de incompetência. Ela confiara em Mal e a esposa tinha traído essa confiança. Ela não se deixou chorar.

Ela estava tão inserida em seus próprios pensamentos que não percebeu o tempo passar. Foi só quando ouviu duas batidas na porta que se deu conta que Emma já estava aqui. Percebeu que estava esse tempo todo sentada no chão do banheiro e se levantou apressada, passando a mão no cabelo para tentar controlar as mechas que estavam soltas.

Antes de abrir a porta, Regina deu um suspiro profundo, em dúvida do que iria acontecer uma vez que deixasse a loira entrar.

“Fique a vontade, Miss Swan” Foi a primeira coisa que disse quando abriu a porta de seu quarto, se posicionando ao lado da mesma para que a loira pudesse passar com facilidade. E ela o fez, acenando em sua direção e olhando em volta, analisando o ambiente.

“Bom, estou aqui.” A loira disse enquanto Regina se virava para fechar a porta, ficando de costas para a mulher em seu quarto.

Ela segurou a respiração enquanto se virava para encarar a loira, sabendo que não tinha como esconder as marcas em seu rosto, se sentindo humilhada por Emma ter que presenciar a prova de sua fraqueza.

A loira segurou a respiração quando seus olhos percorreram seu rosto. Ela deu um passo cauteloso em sua direção, sua mão se levantando levemente com um caminho traçado, mas Regina não se deixou levar. A morena deu um passo para trás, e se moveu para o outro lado do quarto.

“Não faça perguntas, Miss Swan.”

“Não faça perguntas?” Emma bufou, deixando sua bolsa cair em cima da cama entre elas. “Parece que alguém te bateu com um bastão de baseball na cara Regina.”

“Muito obrigado pela sua observação. Eu não tinha percebido.” Sua voz era sarcasmo puro.

Emma balançou a cabeça, tentando novamente, se aproximar.

“Quem fez isso?” Ela perguntou friamente.

“Quem você acha, Miss Swan? Minha secretária?” Regina cruzou os dois braços na frente de seu corpo, um gesto automatico de proteção.

Emma ficou em silêncio por alguns instantes. As duas mulheres se encarando como em uma disputa. Os olhos da morena então, percorreram todo o corpo de Emma. Ela usava uma calça jeans que se fosse um pouco mais colada Regina poderia ver o contorno de suas veias, uma blusa branca simples e uma jaqueta vermelha, horrorosa por sinal, por cima de tudo. Era a primeira vez que Regina a via em roupas casuais. Nada de saias minúsculas e vestidos decotados.

Emma sentiu seu olhar.

“Você disse que era urgente, não tive tempo de trocar de roupa ok?” A loira disse na defensiva e Regina, contra sua vontade, soltou uma pequena risada que pareceu acalmar as duas.

“Porque eu estou aqui, Regina?” Ela perguntou, tão próxima da morena que se levantasse a mão ela a tocaria.

Regina se sentou na cama, seus ombros caindo levemente.

“Não sei.” Ela começou. “É loucura não é? Eu te vi duas ou três vezes, nos conhecemos à menos de uma semana, mas a primeira pessoa que eu pensei em ligar foi você.”

Os olhos das duas se encontraram. Emma assentiu, e mordendo seu lábio inferior, se sentou ao seu lado.

“O que você quer de mim?” Regina a olhou, as palavras da loira soando familiares em seus ouvidos. As mesmas palavras que Emma tinha dito em seu carro, assim que saíram do hospital.

Emma segurou sua mão, tão perto que suas respirações se misturaram. Regina não fugiu desse vez, com um movimento ela murmurou em seus lábios.

“Você.”

Era tudo que a loira precisou ouvir para avançar em sua direção, seus lábios se tocando pela primeira vez. Regina abriu espaço para que invadisse sua boca com sua língua, o gosto das duas se misturando. Ela jogou seus braços sobre os ombros da loira, sentindo uma mão firme em seu cabelo. Suas línguas se entrelaçando, seu coração batia a mil. Ela estava tão imersa nas sensações que nem sentiu seus lábios, machucados pelo tapa, latejarem em protesto, a dor tão pouca comparada com o prazer que a boca carnuda da loira a estava causando.

Regina nunca foi dessas que acham que beijar é tudo, é claro que é prazeroso, mas ela nunca tinha ficado satisfeita só com um beijo. Mas aqui e agora, ela poderia morrer satisfeita.

Elas se separaram, a necessidade por ar maior do que o desejo, mas isso não parou a loira. Seus lábios começaram a percorrer seu rosto, beijos sensuais sendo depositados na marca vermelha que sua esposa tinha deixado. Regina abriu os olhos, a ternura da mulher a fazendo pausar por um segundo.

Emma respirou fundo e se afastou, a olhando nos olhos. Ela abriu a boca como quem ia se comunicar mas Regina a cortou, se jogando em cima da loira e a beijando com firmeza.

Estava mais do que na hora de Regina ter essa mulher, ninguém ia estragar isso, nem a própria Emma Swan.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de me dizer o que acharam. Obrigada a todo mundo pelos incentivos e comentários.



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