A Dor No Desejo escrita por reginapriestly


Capítulo 16
concessão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, seria isso mais um atualização? Sim seria...
Queria deixar registrado aqui o quanto eu ri do comentário da 'evil swen', eu tive um ataque de riso bem forte. Gostei muito.
Queria agradecer também à todo mundo que comentou, a galera que eu respondi e os que eu não tive tempo de responder...
Enfim, aqui está o capítulo, não me matem, e desculpem os erros como sempre.



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Não foi até depois que Regina ouviu as portas do elevador no final do corredor se fechando que ela se deixou desabar na cadeira que tinha sentado há poucos momentos. As revelações feita por Emma caindo pesadamente sobre seus ombros. O que ela deveria fazer agora? Seria realmente verdade o que a loira disse ou só uma maneira de fazer... fazer o que? O que ela teria a ganhar com isso?

Regina passou a mão em seus cabelos e olhou para a janela que ela tinha quebrado, teria que deixar uma mensagem para a Tink, sua assistente, para que ela chamasse alguém para consertar a bagunça que fizera.

Ela se levantou calmamente e começou a juntar suas coisas para ir para casa. Não sabia se Mal estaria lá e se estivesse não sabia como deveria lidar com a mulher. Afinal, ela tinha acabado de anunciar que se separaria dela. De repente as palavras da esposa voltaram como um flash em sua mente, lhe dizendo que ela iria se arrepender.

Teria sido uma ameaça?

Não, Regina balançou a cabeça. Pare de bobagens.

Com uma última olhada para a bagunça em sua volta a morena saiu em passos largos pelo corredor, parando somente na mesa do lado de fora para deixar uma mensagem com as providências que deveriam ser tomadas.

No elevador, ela continuou pensando em como lidaria com a situação caso encontrasse a loira. Será que deveria confrontá-la? Perguntar se era verdade e porque ela tinha escondido isso da morena? Ou deveria seguir o conselho da Miss Swan e fingir que não sabia de nada?

Até ontem ela não teria dúvidas, Regina teria falado abertamente com a esposa, sem nenhum receio ou dúvida, mas hoje, depois do que a esposa lhe fizera... Seu rosto ainda ardia se virasse na direção da palmada. Ela balançou a cabeça enquanto o elevador chegava na garagem.

Mas como ela poderia confiar em Emma Swan? Há quanto tempo ela a conhecia? Dois ou três dias. Como uma conexão tão forte pode ter se formado em tão pouco tempo?

Mas Emma havia mentido, a enganado. Fez um perfil da empresária e entrou na sua vida de propósito. Como ela podia confiar que isso não era apenas mais um truque para que ela espiasse na esposa?

Se Emma estava realmente tão preocupada com a sua segurança porque ela disse que a morena não podia se divorciar da mulher? Na confusão de explicações Regina acabou deixando isso passar. Ela bateu a porta do carro e jogou a cabeça entre as mãos.

Ela queria gritar e quebrar alguma coisa.

Contida, ela respirou fundo e ligou o carro.

Quando Regina abriu a porta toda a casa estava escura, ela segurou a respiração por alguns segundos antes de dizer a si mesma para deixar de ser ridícula enquanto sua mão tateava a parede em busca do interruptor.

A luzes se acenderam e ela soltou a respiração ao ver que estava sozinha na grande sala que ela sempre amou, uma das razões pelas quais ela aveitou comprar essa cobertura.

Suspirando ela andou até onde sua cadeira preferida estava jogada de lado no chão, uma evidência da briga que ela tivera com Mal, e a pôs em seu devido lugar. Com uma olhada em volta ela largou a bolsa no sofá e seguiu para a cozinha, sua boca salivava de fome e de vontade de tomar uma taça de sua cidra de maçã.

Ela parou abruptamente quando viu a silhueta da esposa sentada no balcão da cozinha, um garrafa de vinho na mão.

“Eu não achei que você fosse voltar para casa,” Mal comentou sem olhar em sua direção.

“Para onde mais eu iria?” Regina riu nervosamente enquanto ia na direção do armário em cima da pia pegar uma taça.

Seus olhares se encontraram e a loira apenas levantou uma sombrancelha.

“Eu não estou em uma relação com a Miss Swan.” Ela disse definitivamente.

Mal a fitou com precisão.

“Bom...” suspirou. “Ela parece pensar que sim.”

“O que ela pensa ou deixa de pensar não me interessa.” Ela disse com raiva, pensando em como a loira tinha mentido para entrar na sua vida.

“Hm.”

Regina podia sentir o olhar da esposa queimando em suas costas enquanto ela enchia seu copo.  Mal parecia tão derrotada que por um segundo a morena contemplou abrir o jogo e perguntar sobre as acusações que lhe foram feitas.

Ela tomou um susto quando sentiu a presença da mulher colado em suas costas, a loira se movendo tão silencioso que Regina não pode deixar de pensar em como ela tinha aprendido aquilo.

“Regina,” Ela suspirou. “eu sei que conversamos hoje mas se você pudesse me ouvir mais uma vez eu-“

“Mal, por favor.” Regina se desvencilhou da loira, se dirigindo para o outro lado do balcão, abrindo um grande espaço entre as duas.  “Eu não quero mais falar sobre isso hoje, estou cansada preciso dormir.” Ela terminou virando seu copo até o final.

“Eu-“ Mal engoliu seco. “Claro, o que você quiser.” Balançou a cabeça.

As duas mulheres se encararam e em um rompante Regina teve de perguntar.

“Você alguma vez já mentiu para mim?” Sua voz não parecia sua. Fraca, a morena quis bater com a própria cabeça na parede até que voltasse ao normal.

Mal arregalou os olhos e em passos rápidos se aproximou da morena.

“Regina-“ Ela começou. “Claro que não.”

Suas mãos eram firmes e apesar da sua mente gritar para que ela se afastasse e não desse corda para a esposa, seu corpo protestou. Ela estava cansada, física e mentalmente, e a presença da mulher mais velha era conhecida. Por anos essa mulher a tinha amado e zelado por sua segurança. Ela cedeu.

Mal a abraçou com força.

“Eu sempre só quis a sua felicidade, meu amor.” Ela murmurou em seu cabelo. “Eu nunca mentiria para você se não fosse absolutamente necessário.” Ela balançou a cabeça e Regina abriu os olhos.

“Necessário?” Sussurrou.

“Shiu,” Mal a balançou como uma mãe balança uma criança em seu colo. “Não se preocupe com isso agora, vamos, você deve estar exausta, vou te levar no quarto.”

Regina assentiu e deixou a loira a conduzir pelas escadas.

“Eu não mudei de ideia Mal,” Ela disse abraçada à loira. “Eu ainda quero me divorciar.”

“Não diga nada, querida.” Ela disse abrindo a porta do quarto e posicionando a morena na cama. “Não vamos discutir esses assuntos agora.”

Regina não tinha forças para brigar com a mulher então ela apenas assentiu.

“Eu vou cuidar de tudo.”

Foi a última coisa que a morena ouviu antes de entrar em um sono profundo.


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