A Dor No Desejo escrita por reginapriestly


Capítulo 17
Favores


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, peço desculpas pelos erros.
Espero que gostem.



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Regina acordou com o barulho estridente do seu telefone indicando que alguém havia lhe enviado uma mensagem. Abriu um dos olhos e sua visão turbulenta rodou por alguns instantes antes de finalmente parar na direção da tela brilhante ao seu lado. Seu corpo estava dormente e uma pontada na cabeça a fez fechar os olhos novamente. Alguns segundos de confusão se passaram até que ela tateou em busca do celular e abriu os olhos novamente.

Era uma mensagem de Emma Swan.

‘Você contou pra ela?’ Se lia.

Regina franziu a testa, levou um minuto ou dois para se lembrar do que essa mensagem era sobre... Sua esposa era uma traficante de acordo com a Miss Swan.

Outra pontada a fez perder o fôlego. Não, ela não contara nada à mulher sobre suas suspeitas.

Ela olhou ao redor e se sentou rapidamente, sua visão bem turva, ao não reconhecer o quarto em que estava.

Regina tinha certeza que havia dormido em seu próprio quarto, mordeu os lábios enquanto tentava se levantar, a cama mais dura do que o normal a fez perder o balanço, seus olhos encontraram a mobília vermelha de mau gosto que ela nunca usaria para decorar qualquer cômodo de sua casa. Seus pés tocaram o chão ao mesmo tempo em que o pensamento passou pela sua cabeça.

’Eu fui drogada.’’ Ela sussurrou para si mesma.

Quem teria feito isso com ela? Sua mente voou na esposa, não podia acreditar que Mal teria sido capaz de fazer isso com ela mas depois de tudo o que ouviu de Miss Swan ela não duvidaria.

Miss Swan...

Ela agarrou seu telefone, desbloqueando o aparelho,  a tela de conversa com a loira abriu automaticamente, seus dedos acariciando as teclas decidindo se ela poderia ser de ajuda.

Sem pensar muito ela digitou que não, ela não tinha contado nada, e que tinha acordado em um lugar desconhecido. Enviou a mensagem sem pensar muito e tateou seu corpo à procura de um bolso ou qualquer lugar em que pudesse guardar o aparelho mas sentiu a camisola de cetim que lhe cobria.

Ela estava nua por baixo da pequena camisola preta.

A morena suspirou tentando se acalmar e olhou de novo, dessa vez com mais atenção, sua cabeça não doía tanto. Avistando uma janela na parede à sua direita ela não demorou muito para mover as cortinas e olhar para fora em busca de uma resposta sobre onde estava.

O céu estava tão escuro que ela supôs ser madrugada.

Da janela onde estava a morena não conseguiu ver nada que pudesse ajudar na sua localização. Segurando seu celular com mais força na mão ela se perguntou como a esposa pudera ser uma traficante renomada se não sabia nem sequestrar uma pessoa direito, a deixando com o aparelho dentro do quarto... Talvez ela pensasse que a esposa não fosse acordar tão cedo.

Regina bufou passando a mão pelo cabelo, esse jogo de gato e rato que Mal a obrigara a entrar estava ficando cansativo. Estava exausta de ser pega de surpresa, de ser a idiota e a manipulável. Ela era para ser a porra da ‘Rainha Má’ e aqui estava. Assustada.

Ela foi em direção a grande porta do outro lado do quarto.

“MAL” Gritou, “Abra essa porta nesse instante ou eu juro por Deus eu vou acabar com você.”

Com raiva a morena atacou a madeira com os punhos, fazendo um barulho absurdo, sua mão latejou mas ela continuou.

“Você acha isso engraçado? Acha que isso vai mudar alguma coisa?” Ela socou a porta com mais força.

“VOCÊ PASSOU DA PORRA DOS LIMITES” Ela gritou pontuando cada palavra com uma batida na madeira mas quando levantou os punhos pela última vez a porta se abriu e a mulher teve que se esforçar para não cair nos braços da pessoa que estava agora parada na sua frente.

Assim que recobrou o equilíbrio a morena pulou em cima da silhueta bloqueando sua passagem, sem prestar atenção em nada à sua volta ela tentou lutar contra seu captor mas foi jogada para trás com facilidade. A pessoa claramente era muito mais forte que ela, e só quando olhou novamente em sua direção que Regina percebeu o porquê.

O corpo bloqueando sua passagem pertencia a um homem, se é que ela poderia chamá-lo disso pois sua altura o fazia parecer um gigante, seus braços eram tão grossos quanto as coxas da empresária e quando ele finalmente pisou para dentro da luz do quarto onde acordará que ela viu seu rosto. Uma cicatriz se fazia prevalecer no lado esquerdo e seus olhos eram azuis como o oceano. O homem bufou.

“Não tão corajosa agora não é pequena?” Ele deu um sorriso de lado e a morena prendeu a respiração quando ele veio em sua direção.

“Você,” Ela pausou. “Você trabalha para a minha esposa? O que quer que ela tenha te oferecido eu posso pagar o dobro se você me tirar daqui agora.” Ela tentou dizer com confiança.

O homem na sua frente abriu a boca para responder mas foi interrompido por uma voz vindo do corredor.

“Sua esposa?” A voz zombou.

Regina semicerrou os olhos enquanto a figura se aproximava. Outro homem, ela notou, mais baixo e mais velho e carregava consigo uma bengala parecendo mancar. Se ela ficasse sozinha com ele poderia tentar fugir.

Ele riu.

“Você vê, Senhora Mills,” Ele começou posicionando sua bangala no meio do corpo se apoiando em uma pose de poder. “Maleficent e eu, bom, nós somos, como se diz... Concorrentes.”

Regina se manteve firme apesar da sua mente girar com todas as informações que recebeu nos últimos dias.

“Não que eu tenha nada contra um pouco de competitividade,” Ele se aproximou. “É bom para os negócios, eu imagino que saiba disso, sua reputação é impecável nessa área.” Ele fez um gesto com as mãos e Regina não pode deixar de concordar afinal, eram.

Algo a fez pausar.

“Maleficent?” Ela perguntou incrédula.

“Bem... É assim que todos a conhecem.” Ele continuou. “Meu nome é Mister Gold, falando nisso, foi rude não me apresentar.”

Regina bufou.

“Claro, me drogar e me sequestrar foram um ato de gentileza da sua parte não é?”

Mr. Gold gargalhou por um segundo antes de sua expressão se tornar sombria.

“Eu posso ver o porquê dela amar você.” Ele balançou a cabeça. “Eu também amo alguém, minha Belle.” Suspirou.

“De um jeito ou de outro eu a entendo... Ter alguém que te torna melhor faz com que você se senta merecedor.” Regina franziu a testa. “Eu nunca envolveria a família nos negócios, ao contrário do que dizem, eu tenho escrúpulos.”

“Não foi Mal que me trouxe para cá.” Regina disse em súbita clareza.

“Não,” Ele confirmou. “Você vê, sua esposa e as amiguinhas dela sequestraram a minha esposa, Belle.”

Mr. Gold inclinou a cabeça e estalou o pescoço.

“Eu me vi obrigado a retornar o favor.”


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Notas finais do capítulo

Não deixem de me dizer o que acharam.



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