Todos nos olhavam enquanto passavam pelos corredores de mãos dadas. Castiel  estava com sua cara de badboy  de sempre, nada de sorrisinho ou sei lá alguma coisa que indicasse que algo tinha mudado. Alguns dos alunos murmuravam, outros apenas encaravam, é tinha aqueles - no caso, apenas o Nathaniel - que ignoraram.

Fomos o centro das fofocas durante um dia inteiro, mas acho que acabamos ficando o período de intervalos inteiro juntos. Na sala de aula às coisas foram normais, Castiel sentou-se próximo a Lysandre e eu me sentei perto de Violette, recebendo olhares contentes de Rosália.

No dia seguinte, eu me sentei no banco do pátio, tinha chegado antes de todos os outros. O primeiro que chegou foi Kentin, e, ao contrário dos outros dias, ele estava sozinho, parecia um pouco atordoado.

–Ken! - gritei para que ele me visse. Ele me olhou e depois sentou perto de mim, olhando para os lados, mesmo quando ele era aquele garoto de óculos fundo de garrafa, nunca o tinha visto daquele jeito - O que aconteceu?

–Catiel não está aqui? - ele perguntou e eu assenti - Ah Emma, você não vai acreditar.

–Você nunca vai saver se não me contar - o incentivei, ele engoliu em seco e jogou a cabeça para trás.

–Tá, é  sobre Alexy, eu fui na casa dele ontem e... e ele... ele... - Kentin hesitou, fechando os olhos com força - Alexy me beijou... ele me beijou, Emma... na boca!

Fiquei o olhando, acho que Kentin era o único que não  tinha percebido os sentimentos de Alexy.

–E o que você  achou? O que sente por ele? - perguntei sorrindo.

–Tire esse sorrisinho do rosto garota. - ele me cortou - Mesmo se... mesmo se eu gostasse dele... desse jeito... o que meu pai iria dizer? Emma, você  sabe que ele quer que eu seja um homem de verdade, ele me mandou para uma escola Militar pra isso...

–Kentin, seu pai não  pode te provar de seus sentimentos, as escolhas são  suas assim como a vida. - falei colocando uma mão em sei braço, acariciando-o.

–Você  está  certa - ele murmurou.

–E o que você  vai fazer?

–Dar uns amassos no Alexy - ele sorriu.

¤

Dois meses tinham se passado desde que Castiel e eu começamos a namorar, e bem, meus pais ainda não  tinham conhecimento sobre tal relacionamento.

O inverno estava cada dia mais próximo, o vento frio já  estava por toda parte, abraçando cada pedaço  de pele exposta.

–No que está pensando? - Castiel perguntou, brincando com meu blusão de tricô.

Estávamos  no parque, debaixo da mesma árvore onde tivemos nosso primeiro encontro. Ignoravamos o frio da grama embaixo de nós.

–Meus pais - falei - Quando eles vão  saber sobre isso?

–Você  se refere ao nosso amor como isso? - ele brincou mordendo minha orelha - Quando você  quiser, se estiver afim podemos ir lá  agora.

–Está  brincando? - perguntei me apoiando para olhar seu rosto - Vamos chegar lá  e dizer o quê? "Então, eu estava lá  no parque, achei meu namorado e com apresentar ele à vocês."

–Ótima ideia - falou ele rindo, ele envolveu minhas mãos entre suas palmas, meus dados pareciam tão pequenos e frios, ele também notou a parte do frio, persebi, já que levou-os próximos a boca, esquentando tais com seu hálito.

–Acho que isso precisa ser planejado, hoje, as sete da noite, você  vai ir lá em casa para um jantar formal e então meus pais vão saber de você. - falei, ele assentiu e me puxou, juntando nossos lábios, suas mãos percorrendo meu corpo até achar a barra de meu blusão.

Me afastei, meus olhos arregalados.

–Castiel! - o repreendi.

–O que foi? - ele perguntou de forma zombateira, apoiando a cabeça em meu ombro - Tudo bem, eu vou respeitar seu tempo, tábua.

–Você é impossível - falei sem conter o riso - Agora eu tenho que ir pra casa, te vejo as sete.

–Eu não mereço um beijo? - ele perguntou - Quer dizer, sou o melhor namorado do mundo, não?

–Claro! - comecei a rir e beijei ele e forma suave algumas vezes antes de ir para casa.