Katherine Cullen

Depois de explicar toda a historia do que havia acontecido para a minha família, todos ficaram em silencio, tirando suas próprias conclusões sobre o assunto. Estávamos em uma área de lazer do hotel, mas em função do horário ninguém, além de nós, se encontrava ali. Camile não foi convidada para o momento, e não fazia a mínima ideia de onde ela poderia estar. Mas esse não era o maior dos meus problemas. Tudo o que aconteceu não saía da minha cabeça, e as hipóteses de quem realmente foi Safira não paravam de rondar a minha cabeça.

— Isso é bem complicado – Jasper comentou, tentando quebrar o silencio – É apenas o que sabe sobre Safira?

Assenti, agarrando-me mais ainda ao meu namorado, que de volta-e-meia olhava para mim, certificando-se de que eu ficaria bem.

— Calisle, você conheceu Safira? – Edward perguntou, com o cenho franzido.

— Na verdade, não. Creio que possa ter acontecido depois de deixar de ser um Volturi – falou.

— Mas, o senhor conheceu Alexander, não? – foi a minha vez de perguntar, interessando-me ainda mais no assunto. Pude vê-lo assentir, com um certa duvida estampada na face – Acha que tenho alguma chance de que ele possa me ajudar?

Ninguém sabia a resposta, pude perceber isso quando se voltaram para olhar o vampiro mais velho dali, esperando para ver o que diria. Algo me dizia que nem mesmo ele sabia responder a pergunta com firmeza e isso fez uma certa esperança crescer aos poucos dentro de mim, mas mantive isso em segredo.

— É difícil dizer, Katherine – falou – Safira pode, ou não, ter mudado Alec. Não posso confirmar. Além do mais não sabemos sua real relação com Dean. Mas, não acho que deva perder as esperanças. Por que não descansamos por hoje e pensamos em algo amanhã? Foi uma noite complicada.

— E quanto a Camile? – Paul perguntou.

— Ela não fez nada que possa nos prejudicar – Renesmee disse – Ainda está ao nosso lado. Mas, não acho que devemos confiar tanto nela. Portanto, sugiro cuidado.

Paul levantou da cadeira, erguendo a mão para me ajudar a levantar. Não me despedi da minha família, estava cansada demais para isso. Apenas entrelacei meu braço no dele e fomos em direção ao nosso quarto. Me senti mais relaxada depois de adentrar a porta do mesmo. Não avisei que iria tomar um banho nem nada do tipo. Peguei uma roupa entrando no banheiro em seguida, ele percebeu que precisava ficar sozinha e não interferiu nisso.

Não tenho noção de quanto tempo fiquei ali, deixando com que a agua quente acalmasse o meu corpo. Mas, tinha a certeza de estava muito melhor depois daquilo. Não totalmente, porem mais relaxada.

As luzes do quarto estavam escuras, e apenas uma das cortinas abertas. Paul estava sentado na cama, de costas pra mim, olhando através da janela.

— Tudo bem? – perguntei, me aproximando dele.

— Tudo bem? – perguntou, acariciando o meu rosto.

— Vai ficar – sorri para ele que em seguida retribuiu.

Em nenhum momento tive duvida do que estava fazendo. Era o momento certo. O nosso momento certo. Meu corpo irradiava amor por todos os cantos e eu nunca havia me sentido tão realizada. Nessa noite esquecemos completamente do mundo lá fora, dos problemas e das pessoas a nossa volta. Nos entregamos de corpo e alma um para o outro.

Eu sabia, era do que precisávamos.