My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 29
A verdade precisa ser dita


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Voltei com mais um capítulo novinho em folha. Peço desculpas por qualquer erro de português. Espero que gostem e vejo vocês lá embaixo.



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P.O.V Clara

Quando acordei naquela segunda-feira cinzenta e chuvosa, constatei que não podia mais postergar. Eu teria que dizer a verdade e encarar o chilique de Matthew Smith durante a manhã e a tarde. Só não queria ter de acalmá-lo, porque não aguentava mais essa situação, torcia apenas para que ele me entendesse e não estendesse o assunto.

Me levanto com calma e me arrumo, tento enrolar até o último minuto antes de sair pela porta da frente e rumar para a escola, respiro algumas vezes antes de entrar pelos grandes portões e percebo que estou mais nervosa do que em meu primeiro dia de aula. Na noite anterior havia mandado uma mensagem para Matt e pedi para me encontrar mais cedo.

Assim que entro na sala, meu namorado já está me esperando sentado em seu lugar de sempre. Evito olhar em seu olho, enquanto coloco calmamente minha mochila em meu lugar e me sento, ele sabe que eu estou demorando propositalmente para dar notícia e nesse momento sei que já criou mil e um cenários sobre o que irei falar e o que ele irá responder.

­— Bom dia para a melhor companheira que há no universo. – Smith diz e me dá um selinho.

— Bom dia, meu amor. – respondo assim que nossos lábios se separam.

— Vou ser sincero com você, desde ontem é que estou com um sentimento estranho, como se algo de ruim tivesse acontecido.

— Eu sempre soube que tinha uma ótima intuição. – abro um meio sorriso. — Especialmente quando se trata sobre mim. Poderia dizer que nada aconteceu, porque já está resolvido, mas algo sério assim deve ser compartilhado, só não me peça por mais detalhes, por favor.

— Clara você está me preocupando.

— Bom, ontem Danny Pink foi até a minha casa e digamos que as coisas não terminaram muito bem. Ele tentou me beijar e eu bati nele, chamei a polícia e fui para a delegacia fazer um B.O. Ainda não sei quais serão suas consequências, mas acredito eu que será deportado do Reino Unido. – enquanto descrevo uma lágrima solitária rola por meu olho direito, Matt prontamente a seca com a manga de sua camisa e me abraça.

— Ei pequena, vai ficar tudo bem, já está tudo bem. Mas, confesso que minha vontade é dar um soco nele. A minha raiva é enorme e eu queria muito que ele viesse hoje para que eu pudesse dizer tudo que está engasgado desde que o conheci, porém não o farei em seu respeito. – diz tudo isso enquanto estou em seus braços. — A não ser é claro, que concorde e queira que eu dê uma lição nesse garoto. – beija minha testa antes de se afastar.

— Eu adoraria, mas não é uma boa ideia. Pelo menos não agora que tem um processo contra ele e que pode influenciar a tomada de decisões. Prometo que assim que ele estiver longe daqui, eu deixo você dizer tudo o que quer a ele. – sorrio durante minha resposta, mas logo fecho a cara ao ver quem entrou.

Respiro fundo e conto até 20, não posso acreditar na minha falta de sorte e, quando o vejo caminhando em minha direção, tudo o que consigo fazer é demonstrar desgosto e rolar os olhos, sinto que em algum momento eles irão dar uma volta de 360 graus.

Pink parou a minha frente, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ou emitir qualquer som do tipo “bufar para que a pessoa saia da minha frente”, Matthew abriu a boca para falar. Eu sabia que deveria ter contado a ele só depois que o garoto já não estivesse mais no colégio.

—Quem você pensa que é para entrar na casa e tentar beijá-la a força? – fala indo para cima dele e antes que meu vizinho pudesse responder. — Eu te digo, um grandíssimo filho da puta, é isso mesmo que você ouviu. – completou.

— Escuta aqui seu lunático, ela está mentindo. Nunca tentei beijá-la, foi ela que fez isso e está contando a história para não assumir o erro.

— Teu cu. – foi minha vez de perder as estribeiras. — Eu não vou admitir que você entre no meu colégio, depois de ter invadido a minha casa para contar mais mentiras. Agora, dê o fora daqui antes que eu te empurre tão forte daqui que nem vai lembrar seu nome. – estufo o peito, mesmo sabendo que nunca usaria a violência para nada.

Por mais  que seja contra agressão física, algumas pessoas só respondem a esse tipo de ameaça e foi isso que aconteceu com o garoto à minha frente, ele saiu da sala e, estranhamente no intervalo, recebemos a informação de que ele havia pedido para cancelar a matrícula e que iria mudar de colégio, alegando que já sabia para onde iria.

Confesso que respirei mais aliviada, temia que depois da minha resposta, ele fosse causar outros males e interferisse ainda mais em minha vida, por sorte ou medo, nunca vou saber a resposta certa, ele decidiu sair da escola.

Quando a aula terminou, Matt me pediu para conversar e, dessa vez, eu já sabia qual seria sua reação. Ele diria que era para ele ter feito o que eu fiz e que eu não deveria me expôr desse jeito, porque tinha feito um B.O e como eu mesma tinha dito antes, poderia atrapalhar o julgamento, mas na hora da raiva o sangue me subiu de tal forma que eu não pude me controlar.

— Você é mesmo uma garota impossível, eu sei que não iria se controlar em não dizer nada, afinal nunca foi boa em seguir com os planos. – rio de seu comentário. —Ao menos, consegui xingá-lo um pouco, não me senti muito bem dizendo o que disse, mas me senti bem em saber que ele não gostou nenhum um pouco de ouvir aquelas palavras. Faz sentido?

— Faz sim, de certa forma, eu também me senti assim quando o ameacei. É o que os adultos chamam de “fazer justiça com as próprias mãos”.

— Sempre tão inteligente. – passa seu braço por meus ombros.

—Vai almoçar em casa hoje? – pergunto despretensiosamente e ele acena que sim.

É claro que iria comer em casa, ele sempre almoça comigo de segunda-feira. Embora, dessa vez eu suspeitasse que ele tinha um motivo a mais para me fazer companhia e esse motivo se chama Danny Pink.

Tinha certeza de que ele iria querer se certificar de que o garoto não voltaria a me incomodar tão cedo e que, talvez, ele nem retornasse tão cedo para casa. A verdade é que, nesse momento, eu só quero paz e a minha cama.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não deixem de comentar e até o próximo capítulo. Beijos de cupcakes azuis.



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