My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 30
O que os olhos não veem, o coração não sente


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Capítulo novinho para vocês. Vejo vocês lá embaixo e me desculpem por qualquer erro



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P.O.V Matt

              Desde domingo eu sabia que havia algo errado e quando Clara me mandou uma mensagem dizendo que precisava conversar comigo, eu já não podia mais dormir. Essa frase “preciso falar com você”, pode significar muitas coisas e por mais que eu soubesse que ela não iria terminar comigo, algo havia acontecido com ela.

            Acordo com meu despertador e corro pela casa para me arrumar e ir até meu colégio e olha que eu sou o amigo/irmão que está sempre procrastinando para sair da cama de manhã e ir até os lugares. Mil hipóteses começam a rondar minha mente e, mesmo sabendo que ela jamais faria isso comigo, traição é um desses cenário. Bem como término ou uma mudança de país.

        Chego na sala e apoio minha mochila, quando minha namorada entra na sala e demora para falar algo, minha mente já tinha dobrado o número de coisas que ela poderia dizer. Quando ela me dá a notícia de que seu vizinho inconveniente vizinho havia entrado em sua casa sem sua permissão, meu sangue ferveu.

          Quando ela me contou que ele tinha a beijado a força, meu punho cerrou automaticamente e eu me imaginei socando o nariz – e o quebrando – naquele momento.  Por mais que ela tenha demorado para me contar, quando ela falou eu entendi o porquê da demora. Falar sobre um abuso abertamente não deve ser nada fácil, muito menos para alguém nunca passou por algo parecido. A única coisa que consigo dizer para a confortar é:

     — Ei pequena, vai ficar tudo bem, já está tudo bem. Mas, confesso que minha vontade é dar um soco nele. A minha raiva é enorme e eu queria muito que ele viesse hoje para que eu pudesse dizer tudo que está engasgado desde que o conheci, porém não o farei em seu respeito. – digo tudo isso enquanto está em meus braços. — A não ser é claro, que concorde e queira que eu dê uma lição nesse garoto. – beijo sua testa antes de me afastar.

 

     Ela me responde pedindo para não fazer nada, já que há um processo em andamento e que pode interferir na tomada de decisão. Eu concordo verbalmente com ela, mas não em pensamento. Afinal, ela não consegue ler meus pensamentos.

       Como dizem por aí “o que os olhos não veem, o coração não sente”, então não precisava contar a ela a raiva que estava sentindo de Danny e quais eram minhas vontades. Se Pink aparecesse na minha frente, e estivéssemos a sós, ele iria escutar várias e levar (como dito antes) um soco no nariz e, talvez, um na boca.

    Já que a sorte está sempre presente na minha vida, mal termino esses pensamentos e vejo o dito cujo caminhando em nossa direção. Enquanto ele anda, eu o mando tomar no cu e para a puta que pariu. Novamente, xingar na minha mente não vai dar problema para ninguém, porque ninguém sabe ler mente.

   Depois da minha namorada ficar brava com o vizinho e o expulsar da sala, eu decido mandar uma mensagem de texto para o menino e dizer uma coisa ou duas sobre o que aquilo significa para mim e como me sinto em relação a isso tudo. Sem atrapalhar a decisão dos juízes, promotores e da defesa.

  Eu: Hey! Eu não sei quem você pensa que é para poder entrar na casa de uma pessoa, o que caracteriza invasão de propriedade privada e prioridade, e abusar de uma garota. A única coisa que peço é que, em respeito a ela, seus  pais, seus irmãos e a mim, suma da vida dela e de qualquer ambiente que te conecte com Clara, ela não precisa ficar olhando para sua cara e se lembrando de tudo o que aconteceu todos os dias.

  Danny: Você é um babaca, pau mandado e que não pensa por si próprio. Só quer acreditar no que ela te contou e nem busca provas para saber se o que disse é verdade ou não. Eu sigo dizendo que foi ela quem me beijou.

Eu: Sinceramente, eu tenho muitos mais motivos para acreditar na palavra dela do que na sua e, nós dois sabemos que não foi isso o que aconteceu. Saia enquanto ainda dá tempo de deixar a escola com o mínimo de dignidade, afinal uma hora ou outra você vai ser expulso do colégio.

Danny: Eu só vou sair, porque já tenho outros planos. Faz um favor? Apague esse contato e nunca mais me procure.

Eu: Com o maior prazer.

   Depois dessa troca de farpas disfarçada de conversa civilizada, durante o intervalo, um anúncio feito pelo nosso diretor me deixa satisfeito: o filho de militares misteriosamente (ou não) resolve sair do colégio, porque encontrou um melhor.

     No final da aula eu chamo Clara para conversar e começo a pensar no que falar a ela, porque uma parte de mim diz que  eu deveria a bronquear por xingar o menino – o que poderia atrapalhar no caso – e a outra, sabe que o melhor é a acalmar, afinal ela já deve estar pilhada com medo de ter afetado a sentença que ele irá receber. Opto pela primeira opção.

— Você é mesmo uma garota impossível, eu sei que não iria se controlar em não dizer nada, afinal nunca foi boa em seguir com os planos. – ri de meu comentário. —Ao menos, consegui xingá-lo um pouco, não me senti muito bem dizendo o que disse, mas me senti bem em saber que ele não gostou nenhum um pouco de ouvir aquelas palavras. Faz sentido?

Ela me responde que “sim” e me pergunta se vou almoçar em sua casa, apenas para me provocar, uma vez que como em sua casa todas as segundas-feiras. Guardamos nossos materiais e deixamos a sala de aula para ir ao carro e esperar chegar ao nosso destino: sua casa e almoço.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não deixem de comentar. Beijos com gosto de cupcakes azuis.



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