My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 2
Conhecendo Clara Oswald


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer a todos que comentaram em minha história e dizer que o apoio de vocês é muito importante para mim, afinal um escritor não é nada sem seus leitores. Vejo vocês lá embaixo.



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                          P.O.V Clara

Acordo um minuto antes do despertador tocar, o que me deixa irritada e mais nervosa do que já estou. Vai ser meu primeiro dia de aula em um colégio totalmente novo. Meu diretor da antiga escola que frequento desde que nasci, achou que já não me encaixava mais lá e resolveu me transferir. Porque mudar alguém em pleno segundo ano do ensino médio é a coisa mais óbvia a se fazer.

Sei que é para o meu próprio bem, uma vez que a escola que estou indo hoje é mais forte do que a antiga, mas eu gosto dos meus amigos e tenho medo de não ser aceita. Li que as meninas de lá estão sempre preocupadas com a aparência delas e que seus cabelos têm metros de comprimento, enquanto o meu para na altura do pescoço, não que isso me incomode, mas eu não sou nenhuma palhaça de circo para que fiquem me olhando como se fosse uma aberração.  

Pego meu exemplar do livro “ O Último Olimpiano”, sim é um livro infantil, mas eu amo essa saga, e me sento no sofá enquanto meu irmão mais velho não chega para me levar ao colégio. Minha família é bem grande eu tenho um irmão mais velho chamado Jack e um casal de irmãos gêmeos chamados Amy e Rory. Cada um com um sobrenome diferente, Jack herdou o da minha mãe (que era o mesmo que o do meu avô): Harkness, eu herdei o do meu pai: Oswald e os gêmeos herdaram o da minha avó materna: Pond.

Estou nas páginas finais quando meu irmão entra em casa correndo e pegando uma fruta qualquer para comer. Ele sempre chega atrasado, é incrível como sempre tem um encontro. Às vezes chega a ser irritante não ter com quem conversar, ele sabe que além de ser meu irmão também é meu melhor amigo.

  – Clara, vamos? – pergunta indo em direção ao carro.

 — Bom dia para você também, Jack. – sou grossa.

 — O que houve com minha irmã favorita? – Jack diz com seu tom de arrependimento.

 — Quase não te vejo mais em casa e sinto sua falta. Desde que começou a sair todas as noites nós quase não nos falamos e isso está errado. Você é meu irmão mais velho o que te torna meu protetor também e é meu melhor amigo. – me senti mais aliviada.

 — Se era isso era só ter me falado, sabe que me importo mais com você do que com qualquer um que saia comigo. Sexta será a nossa noite, toda sexta faremos um programa juntos, apenas eu e você. – Harkness ofertou.

— Combinado. Muito obrigada por me entender, irmão. – digo batendo meu ombro contra o dele. — Sabe que te amo muito né? Te vejo mais tarde. – me despeço dele quando vejo que estou na porta.

 Quando minha mão alcança a maçaneta eu paro o que estou fazendo e percebo que minha vida está prestes a mudar para sempre. Não vou mais para minha escola, nem ter as mesmas conversas, meu local de refúgio será outro e meus colegas talvez não me aceitem, sorte a minha. Por que tudo tem que mudar? Por que não posso continuar onde estou? Por que tenho que ser sempre eu a dar a minha cara a tapa? Porque eu sou Clara Oswald. E os Oswald/Pond/Harkness sempre completam seus desafios.

Saio do carro com a cabeça erguida e o livro na mão, pretendia acabar ele no caminho, mas me envolvi demais na conversa com o Jack, então terei que terminá-lo nos primeiros 3 minutos do intervalo. Espero que alguém me note, seria triste demais ficar sozinha logo no primeiro dia de aula, mas ao mesmo tempo não quero ser notada por ninguém, só quero ficar sozinha, afinal é meu primeiro dia de aula. Estou confusa e nervosa por dentro, mas por fora mostro toda a confiança que tenho e continuo andando até a minha sala como se realmente soubesse o que estou fazendo.

— Turma essa é a senhorita Clara Oswald. – a professora de literatura me apresenta. — Ela foi transferida para essa escola... – continua falando.

Sinto um olhar sobre mim e começo a encarar a todos, as meninas me olham como se eu fosse um brinquedo com o qual elas vão se divertir muito, já os meninos me olhavam com certa curiosidade e então há aquele garoto que senta ao lado da janela do lado direito da sala e ele não só me olha como tenta me entender.

Desvio o olhar e rumo para a única carteira vaga, que é ao lado desse garoto de cabelos escuros. Me concentro na aula e em copiar a matéria que está no quadro negro. Quando o sinal bate todos saem correndo e eu abro o livro para terminar as duas páginas que faltam. Vocês lerem direito, as duas páginas.

Estou na última linha quando o menino que está sentado ao meu lado fala comigo, tento parecer simpática, mas não consigo tirar os olhos das últimas frases.

 — Olá, sou Matthew Smith, mas pode me chamar apenas de Matt. – diz com a mão estendida.

— Sou Clara. – respondo sem tirar os olhos da página que está lendo.

 — Se quiser conhecer o espeço escolar é só falar comigo, estou à sua disposição. – fala sorrindo.

 — Está flertando comigo? Porque se estiver não vai acontecer. – fecho o livro e o guardo na mala

— Nunca diga nunca, você vai ver. Ainda vamos andar de mãos dadas pelo colégio. – provoca.

— Voltando ao assunto, eu já conheço o espaço escolar visitei antes de entrar. Meu antigo diretor achou que eu me encaixaria melhor aqui. – me levanto.

 Matthew Smith parece à primeira vista ser um garoto curioso e que passa muito tempo prestando atenção em outros assuntos que não estão relacionados à aula, notei isso quando o vi fitar a janela durante quase toda a aula de literatura, aparentemente a senhora Donna Noble não gosta muito dele, provavelmente por conta de um parente que era seu aluno. Desculpe a minha releitura de Sherlock Holmes, Jack diz que as vezes penso que eu sou o detetive consultor mais conhecido como Sherlock.

Vou para a biblioteca e sinto que estou sendo seguida, nem me dou ao trabalho de olhar para trás para saber quem é. Vou para a estante de literatura e começo a procurar um novo livro para ler, já que acabei o meu. Quero ler algo clássico, inglês e clássico. O que seria melhor do Shakespeare? Escolho “A Tempestade” e rumo para a mesa mais próxima a mim.

Matt se senta na minha frente e está lendo “Uma Breve História do Tempo”, continuo lendo as páginas do livro, mas não consigo me concentrar, dessa vez quem tem a necessidade de conversar sou eu. Ele me parece ser o tipo de pessoa que te apoiará sempre e talvez seja um ótimo amigo.

— Stephen Hawking, adoro os livros dele. Especialmente as teorias sobre buraco negro e tempo. O universo chama a minha atenção. – digo sem pensar.

 — Olha quem está flertando comigo agora. – ri e eu rio junto.

— Nunca. Conte-me mais sobre você, tem algum irmão? – pareço mais interessada do que realmente estou.

— Gêmeo, se chama John. Amo ele, mas todos os pensamentos dele giram em torno de apenas uma pessoa e isso está começando a me irritar. Seu nome é Rose, acho que ainda não a conheceu. É uma garota loira da outra turma, talvez tenham se esbarrado por aí, mas ela é uma ótima pessoa. – desabafa.     

— Rose? Rose Tyler? – soo surpresa, para ser sincera paro de dar atenção a ele ao ouvir o nome da garota.

 — Você a conhece?

 — Ela é minha melhor amiga desde que temos três anos, é minha vizinha. Eu entendo como é ter um irmão que só sabe falar de uma pessoa, ao menos, ele não some todas as noites e só aparece na manhã do dia seguinte.

— Alguém tem um irmão que é mulherengo.

— Esse é o mais velho, Jack. Em seguida sou eu e por último o casal de gêmeos Amélia e Rory. Eu amo o primogênito da família e ele é engraçado e atencioso quando quer, mas o fato de ser mulherengo ao extremo me incomoda. – agora sou eu que desabafo.

                — Eu gostaria de ter uma família grande. Às vezes eu me sinto meio solitário com apenas um irmão na casa. O ambiente fica mais quieto e tem certos assuntos que não consigo conversar com o John, porque ele também não sabe me explicar, mas em outros momentos sinto falta da energia que apenas as crianças têm.

— Acredite, se quiser pode adotar um deles, estou cansada de duas crianças de dez anos correndo pela casa.

 — Então vou para sua casa depois da aula e adoto um deles.

— Combinado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar e até o próximo capítulo. Beijos com gosto de cupcakes azuis.