My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 3
Simplesmente acontecem


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, o plano era ter postado no sábado, mas aqui está. Atraso, porém pago hahahah. Sem mais delongas, espero que gostem do capítulo e vejo vocês lá embaixo.



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                            P.O.V Matt

Eu não acredito que me convidei para ir na casa dela, nos conhecemos a apenas quatro horas e o pior é que ela aceitou. Ótimo Matthew Smith como vai dizer isso ao seu irmão? É, então John eu não vou voltar para casa, porque me convidei para ir na casa da novata e adivinha? Ela disse sim. É claro que não posso falar isso.

Às vezes eu não penso direito no que vou fazer e acabo agindo por impulso, estou tão ferrado. O que a família dela vai pensar de mim? Eu sei o que minha mãe pensaria se descobrisse a real situação, diria que sou aproveitador. É só desmarcar e esperar um pouco para ver como nos relacionamos, se estiver funcionando eu vou na casa dela. Simples assim, se não fosse pelo fato dela ser Clara Oswald.  

Volto para a aula e tudo o que consigo pensar é em arrumar uma desculpa para não ir a casa dela hoje, pareço um garoto indefeso e nervoso. Que droga, queria ter a coragem necessária para desfazer o convite, não deveria estar tão nervoso, talvez ela nem tenha prestado atenção no que disse.

— Classe agora teremos aula de química. – o Sr. Tennant disse. — Quem é a aluna nova? – indagou.

— Clara, Clara Oswald. – se apresentou.

— Oswald? Tem algum parentesco com o senhor Jack Harkness?

— É meu irmão mais velho. – respondeu.

Então o irmão dela é o famoso Jack Harkness que sempre é mencionado nas aulas do Sr. Tennant por ser considerado um gênio da física. Como não notei antes? Uma aptidão para essa matéria, curiosa sobre o espaço-tempo, um irmão que nunca para em casa e que tem um nome comum. Tenho que começar a prestar mais atenção aos detalhes.

Olho para o lado e percebo que depois dessa revelação, sua expressão mudou, parece um pouco desconfortável. Então percebo que a pressão sobre ela deve ser gigantesca, o irmão mais velho é um gênio em física, logo em seguida ela começa a se destacar também na matéria, mas não quer ser comparada. E eu de certo modo a entendo, odeio que me comparem com o John.

Me manda um bilhete perguntando se está tudo de pé para hoje. Se eu quiser ser amigo dela posso começar hoje mesmo, literalmente, mostrar que vou estar lá para ajudá-la em todos os momentos, só espero que ela seja uma amiga leal.

O último sinal toca anunciando nossa liberdade, guardo todo o material na mochila e a sigo pelo pátio, paramos quando um carro estaciona na frente no portão e buzina para nós. Ela se senta na frente e eu atrás.

 — Clarita não vai me apresentar ao cavalheiro? – Jack indaga.

— Matthew Smith esse é meu irmão Jack Harkness, Jack esse é meu colega Matt irmão do John. – responde.

 — Daquele John? O John do colégio? – Harkness está mais surpreso do que eu quando descobri que a Clara era amiga da Rose.

 — Exato, daquele John. Rose vai me matar com certeza, mas eu não aguento mais a ouvir falar sobre o quão perfeito o garoto do cabelo spike é. – desabafou. — E você senhor Smith, nenhuma palavra. – diz com os olhos brilhando e um sorriso cínico nos lábios.

Nada respondi, apenas balancei a cabeça como alguém que assume os riscos e assina a sentença de morte logo em seguida. Pude ver que Jack me encarava pelo espelho o que fez com que eu me recostasse mais no banco. Apesar da sua reputação de palhaço da turma, naquele momento ele estava mais para maníaco do parque que iria me matar a qualquer momento.

Assim que chegamos na casa dela, fomos direto para a cozinha onde seu irmão esquentou a comida e se sentou conosco. É estranho estar sentando com eles em uma casa que nem é minha, mas na qual ao mesmo tempo me sinto acolhido.

 — Finalmente vai almoçar comigo. – Clara é firme.

— Caramba Clara nunca pode me agradecer por nada que faço. – Jack reclama.

— Não é isso, você sabe que eu te amo, só que as vezes sinto que não liga tanto assim para mim. Sei que já combinamos de sair toda sexta juntos, mas eu sempre almoço e depois de 10 minutos você se senta à mesa e come. O que estou tentando dizer é: talvez você pudesse almoçar comigo nos dias que está aqui. Eu entendo que seja um gênio da física, mas não precisa me ignorar para o resto da sua vida. – disse.

 — Você está ficando insuportável Clara! Eu quero muito te abraçar, mas sinto que se eu fizer isso vai arrumar mais um motivo para brigar comigo. Talvez vá dizer que eu não sou bom o suficiente para você ou que estou com um cheiro de perfume diferente a cada dia! – gritou subindo as escadas.

— Está tudo bem? – indago para a morena na minha frente mesmo já sabendo a resposta. 

— Não. – confessa e sobe.

 Eu a sigo e vejo que estamos no seu quarto. A cama fica de frente para a porta e é de casal, a colcha que está por cima é xadrez, vermelho e preto, o que combina muito com seu estilo, o armário está na frente da cama e está fechado, na parede da esquerda há uma escrivaninha e no criado-mudo ao lado da cama há uma pilha de livros. Deve ter uns 10 pelo menos.

Ela se senta na cama e eu me sento ao seu lado, sei que está mal, mas pelo pouco do que conheci sei que não vai dar o braço a torcer. Essa garota ainda vai causar muita dor de cabeça e muitos problemas. Pessoas assim entram na nossa sem escolhermos, são situações, emoções e eventualmente amizades que simplesmente acontecem. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, o review de vocês é muito importante para mim. Fico feliz em ler os comentários e até o próximo capítulo. Beijos com gosto de cupcakes azuis.