My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 12
Conhecendo Alice


Notas iniciais do capítulo

Gente sinto muito pelo tempo que me ausentei, mas meu computador estava com vírus e não tinha previsão de concerto, porém aqui estou eu novamente, Firme e forte e com um capítulo novinho para comemorar minha volta e dizer que não, eu não abandonei a fic. Nos vemos lá embaixo.



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P.O.V Alice

                Meu nome é Alice e moro no Brasil, fiquei amiga de uma garota que mora em Londres, porque meu irmão foi para lá e ela veio para cá.

                Agora estou prestes a embarcar no avião para visita-la. Nunca fiz uma viagem tão longa sozinha, mas acho que estou preparada para entrar no avião. Não é como se eu nunca tivesse viajado para fora do país, eu já viajei, mas nunca sem meus pais ao meu lado.

                Caio, que é meu namorado, me acompanha até passar pela polícia. Olho para trás e o vejo sorrindo, cruzo os dedos, respiro fundo e continuo andando reto. Passo por toda parte burocrática e vou para o portão de embarque, tiro um livro dentro da minha mochila e começo a ler “ Um estudo em vermelho”.

                 Finjo ler, mas não consigo passar das duas primeiras páginas, minha cabeça está doendo um pouco e fico imaginando o que esperar. Odeio ser ansiosa e parece que quando menos preciso me desesperar, mais tenho os sintomas de uma pessoa que sofre por antecipação.

                Me sento na poltrona que por sorte é na janela e me acomodo, não estou preocupada com quem vai se sentar ao meu lado, pois pretendo ir vendo filmes e lendo o caminho inteiro, mas quando uma pessoa como aquela se senta ao seu lado, você para tudo o que está fazendo para admirá-la.

                Um garoto que aparenta ter a minha idade senta-se ao meu lado, é alto, tem olhos azuis e cabelo preto, usa uma camiseta com o perfil de Sherlock Holmes e um casaco com a estampa da TARDIS. Além de bonito, tem um ótimo gosto para série.

                Como tenho vergonha de falar com ele, pego meu livro e finjo que estou lendo. É claro que faço isso propositalmente para que ele possa ver que temos um interesse em comum. Devo estar parecendo uma garota desesperada para começar um romance com alguém.

                Entretanto a verdade é que sou uma garota desesperada para encontrar alguém com quem possa conversar durante o voo. Fico entediada facilmente, coisa que não aconteceria se fosse companheira do Doutor ou ajudante do Holmes.

                — Então a senhorita também gosta de Sherlock Holmes? – o garoto fala.

                — Como não gostar? E pelo que estou vendo, você também tem um interesse no alienígena viajante do tempo. – quebro o gelo de uma vez por todas.

                — Está é uma pergunta para qual eu não tenho a resposta. Quem não gosta desse detetive que é divertido, inteligente e ao mesmo tempo irritante? – ri.

                — Muita gente. – afirmo com uma entonação de dúvida.

                — De acordo, mas não nós. – sorri e nesse momento tenho a certeza de que está flertando comigo.

                — Não. Shakespeare Code é com certeza um dos meus episódios favoritos. – digo sem pensar.

                — O meu também. Eu amo o escritor e ver como os roteiristas usaram a figura dele com um suspense digno de Doctor Who, fiquei muito satisfeito com o resultado. – diz.

                — Exatamente. E amo o episódio em que Sherlock Holmes é o padrinho de John Watson, afinal tinha de tudo para dar errado, mas mesmo assim ele nos surpreendeu. – dou continuidade.

                Continuamos conversando até que ele vai no banheiro e eu resolvo colocar um filme qualquer, escolho A Culpa é Das Estrelas, gosto dessa história e já faz tempo que vi o filme. Sei que não vou chorar dessa vez, pois já sei como termina e já sei o que esperar.

                Quando esse filme acaba, resolvo ver O Jogo da Imitação outro filme que julgo ser maravilhoso, mas que muita gente não gosta por se tratar da história de um matemático e ser contada basicamente em flashbacks, eu por outro lado, acho que esse fato valoriza o enredo.

                Olha só, poucas horas no avião e já estou ficando louca, estou até fazendo crítica de filme para mim mesma. Acho que ficar muito tempo trancada em um só espaço não me fez bem. Torcemos para que chegue em sã consciência.

                Desembarco e chamo um táxi, entrego o endereço de minha amiga e começo a imaginar se ela também está namorando, se cresceu muito, se vai ficar abismada com meu namoro, se seu irmão continua mulherengo, o quanto os gêmeos cresceram, se Rose finalmente se declarou para o John e se seu pai está bem.

                O carro para na frente da casa dela e eu desço, Clara já está me esperando e o irmão gêmeo do John também está aqui. No caminho, as pessoas ficaram me olhando ainda não descobri se por causa do meu tom de pele ou por estar usando shorts em Londres.

                Acho que a segunda opção é a mais plausível. Abraço todos e espero Jack chegar em casa para que tenha meu pequeno surto de “Jack você parece meu irmão mais velho que não tenho. Me abraça, me beija, me adota, cuida mim”. Clara deve achar que quero ficar com seu irmão, essa será com certeza a melhor opção.

                Se ela souber o verdadeiro motivo é capaz de ficar com ciúmes de mim. Eu também ficaria se alguém se jogasse em cima do irmão pedindo para que ele o adotasse, só porque ela se sente protegida ao lado dele.

                Jack chega e vai para o quarto de Clara, estou guardando as coisas quando ele entra. Paro tudo o que estou fazendo e corro para seus braços, pulo nele e ele me abraça, nesse momento tenho certeza de que minha amiga está imaginando que eu e ele teremos algo junto.

                Matt disse que está ficando com a Clara e pouco tempo depois dele ir embora Rose chega lá. A novidade é que ela e John estão ficando. Sabia que era só uma questão de tempo, esse meu comentário gerou uma guerra de travesseiros que envolveu a família Oswald inteira.

                De volta ao quarto, arrumamos os colchões e eu ligo para o Caio pelo Skype, as duas ficam deitadas só ouvindo o que estamos dizendo e tenho a certeza de que não entendem um terço do que é dito ali. A única coisa certa é que querem me matar por não conseguirem dormir.

                — Oi, como está? – indago.

                — Bem, vejo que fez boa viagem. Está gostando? – Caio continua.

                — Muito. Estou com saudades.

                — Eu também, mas um mês vai passar mais rápido do que imagina. Março vai chegar logo.

                — Sim, eu sei. Meu único medo é de que quando eu voltar, nosso amor já não seja mais o mesmo.

                — Não vai ser, vai ser maior por termos ficado tanto tempo separados.

                — Tem um ponto. Tenho que ir, amanhã levanto cedo. Te amo, beijos e boa noite.

                — Boa noite meu amor.

                Desligamos ao mesmo tempo, posso ser meio melosa, mas não suporto casal que fica “desliga você. Não, desliga você”. Minhas amigas tem a típica expressão de “hum safada” no rosto e rio. Apagamos as luzes e vamos dormir.

                Acordo com o despertador tocando e jogo os travesseiros nelas para levantaram também. Entro no chuveiro enquanto elas levantam e tomo um banho rápido para acordar. Coloco uma calça cotton, uma blusa regata, meu casaco favorito que é vinho e calço meu tênis de corrida.

                Após cumprimentar todos e o lindo e atrasado pedido de namoro que John fez à Rose e muitas palmas, conversamos um pouco até que decido me levantar e correr. Sou uma garota do esporte, gosto de correr ao ar livre.

                Quando o relógio marca meio-dia se que cumpri meu dever de correr uma hora seguida. Chamo o grupo para irem comigo até uma loja de esportes que se encontra na Picadilly e dou uma olhada nas bolas de futebol que estão nas prateleiras.

                Demoro meia hora para escolher um tênis de corrida, já que o meu está pedindo para se aposentar e aqui está mais barato do que comprar no Brasil.

                — Podemos ir almoçar? Eu imploro. – Matt diz com os olhos de cachorro que caiu do caminhão da mudança.

                — Vocês que mandam, por mim podemos sim. -digo o que causa um efeito de alívio no moreno.

                Todos concordam em ir comer e rumamos para o Speedy´s por ser famoso e digno de Sherlock Holmes, se tivermos sorte os atores estrão lá filmando uma cena qualquer para mais um dos episódios da minha tão amada e adorada série. Após o almoço, seguimos até a Baker Street para que eu tire foto da fachada da casa do meu detetive favorito.

                Voltamos para a casa de Clara e nos reunimos na sala para conversarmos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar. Beijos com gosto de cupcakes azuis.