My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 13
Brigas e vizinhos


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sinto muito, sei que dessa vez demorei demais para postar, mas com final de ano e meu computador quebrado fica muito difícil de postar capítulos semanalmente e por isso vou recompensar vocês e postar dois hoje. Isso mesmo, dois. Nos vemos lá em baixo.



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P.O.V Clara

Alice quase nos matou hoje, não que eu não ande a pé pela cidade, mas o que essa menina faz é descomunal, qualquer lugar que dê para ir caminhando, ela vai. Eu gosto de praticar esportes, mas ela corre durante uma hora todos os dias.

Claro que o corpo dela é maravilhoso por isso, e o que mais dá raiva é que ela come tanto quanto o Matt e continua magra. A corrida diária ajuda a manter o peso, o surfe e a dança também, mas ela não para.

Chegando em casa começamos a conversar sobre tudo o que aconteceu desde a última vez em que nos falamos antes de vir para cá. Matt é muito fofoqueiro e o John apresenta certa curiosidade em relação às pessoas que não conhece direito, resultado? Bombardeio de perguntas.

— Como seu amigo se sentiu sabendo que você está o melhor amigo dele? – Matt foi direto ao ponto.

— Normal, ele nunca gostou de mim desse modo e nem eu dele. Sempre gostei do melhor amigo dele mesmo. – dá de ombros,

— Qual sua matéria favorita na escola? – John muda o foco.

— História. – responde de forma natural.

— E como é sua vida sexual? – Matt nos faz engasgar com a própria saliva.

— Não é da sua conta é uma resposta? – diz de modo irônico.

 — Ouch! Essa doeu em mim. – John provoca. — É uma garota de humanas então? – completa.

 — Com certeza. Cinema, livros, escrita e direito na veia. Humanas por completo. – ri e as perguntas acabam.

Um traço de sua personalidade que gosto muito é o modo como responde às perguntas que lhe são feitas, age de forma tão natural que parece que já está acostumada com um interrogatório diário.

É como se estivesse ensaiando para responder as perguntas dos fãs quando for famosa e ela também é muito irônica e sarcástica, o que me faz a respeitar ainda mais. Adoro quando alguém é irônico e a pessoa atingida não percebe o tom de ironia na voz.

Jack chega em casa acompanhado de Gwen e no momento em que os vejo é impossível não me lembrar da cena deles na cozinha, Matt também se lembrou posso ver que tremeu levemente. Balanço a cabeça repetidamente tentando me esquecer das imagens que inundaram meu cérebro.

 Meu irmão e sua ficante se sentam no sofá, acho que o medo de se relacionar é de família, já que eu e Jack ainda não tomamos coragem para começar a namorar. As pessoas devem pensar, nossa Clara, mas ele que não te pediu em namoro. Colega se eu quisesse já o teria pedido, afinal quem tomou a iniciativa de dar nosso primeiro beijo fui eu. Com o namoro não seria diferente.

Paramos o que estamos fazendo ao ouvir um carro buzinando, todos saímos e vamos até o portão para ver o que está acontecendo. Acho que uma pequena parte de todos nós é fofoqueira, menos do Matt essa é a maior parte de seu ser.

Eu, Alice, Rose, Matt, John, Jack e Gwen nos posicionamos nessa ordem na grade que separa a minha casa da rua para observarmos o que se passa na lá e o porquê de um carro ter buzinado bem em frente ao meu portão.

Vejo o carro que havia emitido o barulho segundos atrás estacionado na garagem da casa que se localiza na frente da minha. Finalmente venderam aquela casa e agora terei vizinhos novos. O casal nos cumprimenta e entra no seu novo lar, pouco tempo depois sai um garoto de lá de dentro, presumo que seja filho deles.

O garoto caminha até nós e estende a mão para mim, eu estendo de volta e ele a beija. Olho de relance para Matt e percebo que está se segurando para não bater no garoto.

— Sou Danny Pink e como a senhorita se chama? – flerta comigo.

— Clara, Clara Oswald. E eu sou o namorado dela, Matthew Smith. A loira é a Rose Tyler e é a namorada do meu irmão John Smith. O outro rapaz é Jack Harkness irmão da Clara e moça que está ao seu lado é Gwen, sua namorada. A garota bronzeada é a Alice, nossa amiga que mora no Brasil. Prazer em conhece-lo. – Smith toma a frente e nos deixa sem graça.

— Por favor nos perdoe, nunca o vi desta maneira. Juro que ele é muito legal se der a chance de conhece-lo melhor. – tento concertar um pouco o estrago.

— Ah, claro. – diz assustado e com os olhos arregalados. — É... Hum... Eu te-tenho que ir, vou ajudar minha mãe. – atravessa a rua correndo praticamente.

Sinto que se nossos olhos soltassem algum tipo de raio lazer, Matthew Smith teria sido dizimado neste exato instante. Não é uma simples encarada de cada um, é uma chuva de olhares que está recaindo sobre ele.

Entramos e nos sentamos novamente no sofá, exceto Lice que se senta no chão. Segundo ela é o melhor local para se sentar, essa menina é louca. Ela ama sentar no chão, odeia usar sapato e roupas de frio, sempre brinco dizendo que tem sangue indígena.

Matt agora está encolhido no sofá, provavelmente com vergonha do que fez. Eu nunca o vi com tanto ciúmes quanto hoje, talvez ele nunca tenha se sentido tão ameaçado. Resolvo falar em particular com ele e o arrasto até a cozinha.

— O que foi?

— Matt eu preciso saber o que aconteceu com você para ter dito aquilo hoje. Sei que não é sim, eu te conheço.

— Ele já chega dando em cima de você, eu não me contive foi muito atrevido. Mas eu me arrependi de ter dito aquilo no mesmo momento em que o fiz, eu não sou assim, nunca fui. – lamenta.

— Fica calmo, eu sei que não é assim. Acho que eu teria feito o mesmo se fosse o contrário.

— Muito obrigado por me entender, é por essas e outras que eu te amo. – se aproxima e me beija.

Não retribuo direito, pois estou pasma. Nós nunca havíamos dito a palavra que começa com “a”. Isso nos leva a um patamar completamente diferente, está um passo do namoro, estou pasma para conseguir me mover e sinto algo estranho dentro de mim, não sei se estou preparada para começar um relacionamento. Me acho nova demais para isso e ao mesmo tempo estou curiosa demais para saber como é se entregar a alguém completamente.    — Clara? – passa a mão na frente de meu rosto.

Devo estar paralisada a um bom tempo para que ele tenha que me fazer voltar a realidade. Perco o foco facilmente, começo a pensar em mil possibilidades, desde um pedido de namoro singelo até um pedido de casamento na Disney com direito a valsa da Bela e a Fera e fogos de artifícios rompendo no céu.

— Também te amo. – o beijo com vontade dessa vez.

Retornamos para a sala e vejo que todos estão nos olhando, como disse anteriormente hoje o lado fofoqueiro de todos resolveu aparecer ou só estão curiosos porque é a primeira vez que temos uma discussão mais séria. O celular da Alice toca e toda a atenção se volta para ela.

Se levanta e sobe para meu quarto, já sei até de quem se trata. Talvez eu não seja a única pessoa a ter a primeira briga de casal hoje, espero que não seja isso. Não faz nem três dias que está aqui, seria demais brigar agora com o Caio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e nos vemos no próximo capítulo (que saudades estava de dizer essa frase). Espero que dessa vez consiga voltar com tudo. Não se esqueçam de comentar. Beijos com gosto de cupcakes azuis.