My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 11
O pedido de namoro


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas como sempre tentei ao máximo postar no fim de semana. Mas devido alguns problemas de internet o capítulo não entrava. Optei por postar hoje quando tivesse um tempo. Desculpa o atraso e nos vemos lá embaixo.



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P.O.V John

Acordo uma hora antes do despertador tocar e chamo meu irmão, se depender dele eu não chego no horário nunca e hoje, mais do que nunca, preciso ser o primeiro a chegar.

Vou pedir a Rose em namoro e estou nervoso com sua resposta. E se ela disser não? Vou para o banheiro e jogo uma água no rosto, separo minha roupa e entro no chuveiro, deixo a água quente cair em meus ombros e pescoço para relaxar.

Minha mãe diz que sou uma pessoa muito tensa para minha idade, talvez eu seja mesmo. Aprendi com meus pais a ser assim, mas no fundo eu gosto de como eu sou. Pensamentos rápidos, ótimo raciocínio lógico e muito organizado também.

Pego o anel que está em minha cabeceira e coloco dentro do bolso direito de meu sobretudo, fico imaginando como será a reação dela. Gosto dela a tanto tempo que nem parece real.

Lembro de uma vez que fui me declarar para ela, mas não deu certo. Estava na Escócia visitando o país que meus pais mais amam e pensei que não fosse sobreviver até o final das férias, fiquei doente no meio da viagem e fui para um hospital, depois de uma semana internado e muitos exames feitos, descobri que tive uma intoxicação alimentar e começo de pneumonia, até hoje não entendo a relação entre as duas doenças.

Voltando à minha estadia no hospital, liguei para a loira chorando e dizendo um adeus, naquele momento meu pulmão doía mais que tudo. Ia dizer que a amava, mas a ligação caiu. Desisti de ligar novamente, na minha cabeça a ligação havia caído por um motivo bem específico, não era para ser.

Mentira que criei a mim mesmo, porque eu sabia que na verdade não estava pronto para me entregar a ninguém, mesmo querendo que ela soubesse do amor que nutria por sua pessoa. Corajoso em muitas situações, covarde para o amor, prazer eu.

Matt se arruma quase tão rápido quanto uma tartaruga que corre atrás de comida, chega a ser irritante. Acho que faz isso propositalmente, ainda mais sabendo que hoje será um dia de suma importância e que é vital que eu esteja cedo no parque.

Estou pronto esperando meu irmão no fim da escada, assim que ele desce agarro sua mão e corro com ele pelas ruas movimentas de Londres, quem nos olha acha que somos loucos ou que estamos indo ao tribunal, na pior das hipóteses, que somos loucos indo para o tribunal.

Chegando no parque rumamos para o local combinado e começo a colher algumas flores, quero fazer um buquê bem bonito, com várias flores variadas menos rosas, ela odeia rosas, por causa de seu nome as pessoas assumem que rosas são suas flores preferidas, mas não são.

Checo meu bolso e a caixa com o anel ainda está no lugar onde deixei, em pouco tempo as alianças estarão em nossos dedos anelares da mão esquerda. Quase não aguento de tanta ansiedade, acho que terei um colapso, hoje não coração, aguente firme.

Matthew diz que tenho sorte de não ter nenhum problema cardíaco e em alguns momentos, como esse por exemplo, sou obrigado a concordar com ele. Tenho sorte em ser completamente saudável, senão iria para o hospital a cada situação em que ficasse sob stress o que seria dia sim dia não, já que sempre me meto em confusão.

Aliás eu e meu gêmeo parecemos ter um imã interno que nos leva direto ao coração dos problemas, confusões e em alguns casos brigas. Me lembro de uma vez em que brigamos com um grupo que se auto denominavam Daleks. A influência do seriado é muito forte aqui.

Estávamos andando pelo bairro mais movimentado da cidade, centenas de pessoas na rua e diversos grupos, os dois é claro, tiverem que brigar com o único grupo que estava afastado de todos. Matt foi tirar satisfação com eles, porque estavam controlando a entrada do banheiro, alguém avisa eles que Daleks não são amigáveis, enfim eles brigaram e agora somos odiados pelos Daleks, literalmente.

Acho isso muito estranho, afinal esses saleiros de casa do mal, são de um seriado e são os inimigos do Doutor, ter um inimigo com esse nome é meio bizarro. Me acalmo assim que vejo três garotas caminhando até nós.

— Estão atrasadas. – Matt é direto.

Sim elas estão atrasadas, mas só são 5 minutos e tínhamos combinado de não dizer nada, está ficando parecido com a ficante. Antes não agia por impulso, agora age.

— Culpa da namorada do seu irmão. – Clara acusa.

— Na verdade a culpa é da Alice que ficou conversando com o namorado até tarde, já que o fuso horário é diferente, estamos na frente. É muito amor envolvido, só pode – Rose diz e ri com as línguas entre os dentes. Seu melhor sorriso ao meu ver.

— Caio precisava falar comigo e eu com ele. – Lice dá de ombros.

Nos sentamos na grama, Rose senta na minha frente e apoia seu corpo no meu, Clara deita no peitoral de Matt e Alice fica nos olhando como se sentisse falta de alguém e então me lembro que ela está sem seu namorado ao seu lado.

Conversamos por quase uma hora até que eu crio coragem para me levantar e preparar para pedi-la em namoro. Dou uma volta no parque dando a desculpa que saí em busca de água e pego o buquê que estava escondido em uma árvore qualquer.

— Rose eu preciso falar com você. – ela se levanta, eu me agacho e pego sua mão. — Você aceita ser minha namorada? – digo esperando por sua resposta.

— Sim, sim e sim. — pula em meu colo e passa seus braços por meu pescoço.

Começa a me beijar e a coloco no chão, para pegar sua cintura e trazê-la mais para perto de mim. Percorre meu cabelo com seus dedos e eu passo minhas mãos por sua cintura e coxa. A pego no colo novamente e sento com ela no chão, encosto numa árvore que havia ali perto e continuamos a nos beijar. Nos separamos quando o ar nos falta.

Os três começam a aplaudir, sinto meu rosto esquentar e nesse momento sei que alcancei os cinco tons de vermelho e Rose esconde seu rosto em meu peitoral tamanha é a vergonha. Com amigos como os nossos, não precisamos de inimigos.              

— Oi, John! – Alice agora vem me abraçar.

Acho que não quis atrapalhar o pedido antes, quando chegou apenas me cumprimentou cordialmente. Fiquei esperando o momento em que teria o seu famoso ataque de “saudades de vocês, por favor mantenham contato comigo” enquanto nos abraça jogando todo o seu peso contra nosso corpo, quando digo “nosso” é porque ela faz isso com qualquer pessoa que não vê há muito tempo.

— Lice! – grito a abraçando de volta.

— Estou chocada com o tamanho de vocês, menos da Clara e da Rose que não cresceram nada. – todos rimos.

— Eu que digo, olha só sua altura. Vai trabalhar como modelo? Como está a vida? E essa aliança? – indago com certe empolgação na voz.

— Eu? Modelo? Nunca. Estou ótima, meu ano letivo está bom, meus amigos e eu temos saído muito e comecei a namorar com o Caio.

— Que Caio? – meu irmão pergunta.

 Matt sempre foi mais curioso do que eu, na verdade a palavra certa seria: fofoqueiro. Ele quer saber tudo de todos. Posso dizer que nossas formas de curiosidade são distintas.

— O melhor amigo do Rodrigo, o que é surfista. – Rodrigues diz.

— Jurava que ia ficar com o Rô, todos achávamos. – Matt fala.

— Então podem me passar a grana apostada. – Alice estande a mão.

Rimos e nos entreolhamos, porque por uma fração de segundos pensamos em apostar que ela ficaria com o Rodrigo, mas achamos melhor não pelo simples fato de ela morar em outro país e não estar sempre presente em nossas vidas.  


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar. Vejo vocês no próximo capítulo, que se for como o planejado sai no fim de semana (4/6). Beijos com gosto de cupcakes azuis.