My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 10
Levantar cedo pra correr em Londres? Acho que não.


Notas iniciais do capítulo

Era para eu ter postado ontem, porém choveu muito na minha cidade e fiquei sem luz e só voltou hoje a tarde. Queria agradecer às recomendações da Zahra Lee, da Isabelle Furhman Ludwig e da Annie Teller Odair. Amei cada recomendação do fundo do meu coração, muito obrigada mesmo. E agora uma nota a todos os leitores, sintam-se abraçados virtualmente. Feliz dia do abraço e vejo vocês lá embaixo.



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                               P.O.V Clara

Assim que Matt foi embora, eu continuei conversando com Alice. Sei que deixei ele um pouco de lado, mas não a vejo há muito tempo e ele vive comigo. Acho justo dar um pouco mais da minha atenção a minha convidada e amiga.

Ela vem de um país completamente diferente do meu, lá eles têm um dos litorais mais bonitos do mundo, o povo é alegre e caloroso, as cidades grandes são caóticas, mas muito amadas por seus moradores, há passeios culturais e parques também, existe um cinema ao ar livre e avenidas que são fechadas nos domingos para pedestres, o clima é quente demais para um britânico e tem as festas que são as mais animadas possíveis.               

— Sabe Clara, só tem duas coisas que eu realmente vou sentir falta durante esse mês, além da minha família é claro. – desabafa. — Calor e feijão.

— Feijão, Alice? Sério? De todas as comidas típicas de lá a que mais gosta é feijão? Ô comida forte essa. – reclamo só de lembrar da vez em que passei ml depois de comer três pratos de feijoada.

— É obvio, você come três pratos de feijoada e acha que a comida é forte. É bom demais se comido na medida certa, tipo um prato por refeição seria uma boa pedida.                              

Ela tem razão, eu exagerei aquele dia, mas eu nunca tinha comido nada tão saboroso e diferente. Alice é uma garota muito especial para mim, ela é tão diferente das outras. Sempre sorrindo e fazendo piadas, me lembra um pouco meu irmão Jack.

Conversamos sobre nossas vidas e tudo o que mudou desde que fui para o Brasil, chamo Rose para vir em casa, já se conhecem e são dão bem.

— Lili quanto tempo. – Jack entra no meu quarto.

Sinto que Lice sempre teve uma paixão secreta pelo meu irmão, assim que ele entra na porta minha amiga pula em seu colo e dá um beijo me sua bochecha. Só por sempre o agarrar desse jeito acho que qualquer dia, ela ainda irá beijá-lo.

— Muito, Ja. – diz.

Eles e esses apelidos estranhos, nunca vou entender o que dizem. Primeiro Jack fala que ninguém o apelida, depois fica nesse melo todo com minha amiga. Vou mudar a minha aposta, no final acho que eles vão acabar juntos, como um daqueles casais de namorados que negam entre si, mas o resto do mundo prevê que um dia irão ficar.  

Assim que meu irmão deixa meu aposento e de brinde uma amiga ofegante, voltamos a nos sentar na cama e ela começa a mexer na mão, só então noto que há algo de diferente nela. Tem uma aliança prata no dedo anelar.

— Clara se lembra daquele meu amigo, o Rodrigo? – Lice diz animada.

— Como não lembrar? Vocês não se desgrudavam. – digo já imaginando que estão namorando.

— Então, estou namorando o melhor amigo dele. O Caio. – aprendeu comigo a nunca seguir o que é esperado.

— O surfista? – estou pasmada.

— Ele mesmo. Viajei com eles em um feriado e fomos para a praia. Quando estava anoitecendo, eu resolvi me deitar na areia para ver o sol se pôr, o Rô foi para casa e o Caio ficou ao meu lado. Naquele momento estávamos sentados e ele me abraçou, percebi que queria ter um namorado como ele. Na mesma noite ficamos e depois de alguns meses ele me pediu em namoro. – fala com animação.

— Lice isso é ótimo, fico muito feliz por você. Agora somos amigas e namoramos homens lindos e delicados, quer dizer eu ainda estou ficando, mas você entendeu. – causo risos na morena.

Sabia que ela ficaria com o Caio em algum momento de sua vida, só não esperava que fossem namorar. Eles sempre se deram muito bem e um fazia o outro rir, é lindo o modo como se ajudam.

Seu namorado é muito bonito, tem cabelos escuros e olhos verdes meio mel, ele é alto e tem aquele lindo bronzeado de praia igual ao da minha amiga e ele é gostoso, tem a barriga tanquinho, braços fortes e costas de nadador. Que foi? Ver não arranca pedaço nem machuca.

Talvez eu tenha nutrido algum tipo de sentimentos pelo surfista quando estava no Brasil, mas já faz tempo e agora eu tenho o Matt, o garoto mais carinhoso e compreensível que já conheci. E ele também é bem gostoso se querem saber a verdade.

Fico imaginando as pessoas que leem isso e ficam, nossa Clara, mas eu não sabia que você era assim. Todos são, culpo os hormônios à flor da pele e a adolescência por meu amor e atração ao físico dos garotos, sou diferente, mas não sou de ferro, nem burra.

E tem o fator da amizade, parece que quando estou com outra amiga, meu lado safado ganha mais força, sei que o dela também. Vejo que está sentada na cama conversando com seu namorado e entendo parte do diálogo, eles não param de falar do quanto estão com saudade um do outro.

Se algum dia eu chegar nesse nível de relacionamento meloso por favor me internem, porque eu não serei mais eu e se não responder mais por mim e a morte for a única alternativa, atirem em mim. Não aguento casais melosos demais e não quero me tornar aquela namorada grudenta, por favor não deixem com que isso aconteça.

Rose chega em casa e sobe direto para meu quarto, ela está nervosa, porque já faz pouco mais de cinco meses desde que ela está ficando com John e nada do relacionamento deles ir para frente, é o que se ganha quando escolhe alguém tão lerdo como ele.

Eu adoro o gêmeo do meu ficante, mas para alguns assuntos ele é lerdo demais, para ele é mais fácil calcular o que aconteceria com alguém que viajasse na velocidade da luz do que pedir minha amiga em namoro.  

— Olá loira oxigenada. – cumprimento.

— Olá anã de jardim. – me abraça.

— Rose! Quanto tempo. – Alice a abraça.

— Muito, saudades de você Alice Sumida Rodrigues.

— O que conta de novo?

— John e eu estamos ficando já faz mais de cinco meses. – a loira suspira no final da frase.

— Finalmente, né? – Rodrigues diz e Rose joga um travesseiro nela.

É claro que começamos uma guerra de travesseiros no meu quarto entre amigas e terminou entre família pela casa toda. Mulheres contra homens, tendo Amy ao nosso lado fica fácil vencer, ela é imbatível quando o tema é guerra de travesseiros.

As meninas vão dormir em casa, então começamos a arrumar suas camas e a nos preparar para dormir, amanhã ainda é domingo, mas Alice cismou que quer ir correr no parque de manhã cedo, à tarde quer visitar uma loja de esportes na Picadilly e depois do almoço quer passar em frente a 221B Baker Street e a noite é obvio quer sair e curtir uma boa música ao vivo, quem sabe um cover de sua banda britânica favorita, os Beatles.

Matt e John vão nos matar por terem que acordar cedo, mas não tenho outra alternativa senão a de seguir minha amiga. A culpa é inteiramente dela por nos obrigar a acordar cedo. Ninguém mandou ser uma garota louca apaixonada por essa cidade maravilhosa que é Londres. Não a culpo, eu também amo minha cidade natal, mas não a ponto de querer levantar cedo em um domingo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, o feedback de vocês é muito importante para mim, vejo vocês no próximo capítulo. Beijos com gosto de cupcakes azuis.