Trevas escrita por kevin henri


Capítulo 12
XII - Encontros e desencontros, a conexão entre passado e futuro.


Notas iniciais do capítulo

Enfim, mais um aqui, tava com tempo de sobra então aqui está.

Boa leitura



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  Era noite, os vento gélidos sopravam e levantavam as folhas secas de outono, as janelas fechadas impediam o vento de soprar algumas folhas (e o frio) para dentro de sua casa, para não lhe incomodar durante o sono.

  Por mais que tentasse dormir, sua mente era povoada por vários pensamentos, o treinamento, as caçadas, seu irmão… Fazia alguns meses que não o via,sentia algo estranho no ar, algo parecido com tensão, e isso não era bom, não era muitas vezes que seu pressentimento acertava, mas quando ele era certeiro, geralmente não era bom.

  Sentou-se na cama, levando seu olhar para o céu limpo e escuro, repleto de estrelas, ajeitou seu cabelo, mexendo em algumas mexas de seu cabelo dourado, os olhos azuis brilhantes sondaram o céu, tinha um olhar sonhador em seus olhos, um brilho maior do que outrora tivera, ela conhecia um pouco mais do mundo, do mundo maravilhoso (e perigoso) que a rondava.

  Era como Naruto lhe disse uma vez, “Eu só posso lhe mostrar a porta, é você quem tem que atravessa-la”, agora Aya sabia o que seu irmão sentia, ele se sentia em outro mundo, em um local ao qual ele sabia que pertencia, onde realmente era seu lugar, livre, livre do rancor, livre desta terra, livre do ódio daqui, do preconceito e da perseguição.

  Virou a cabeça, vendo seu arco encostado na aljava, ela sorriu, olhando-o longamente, sentia saudades do irmão, mesmo que tenha passado apenas uma semana ao seu lado, mesmo que ele a tivesse machucado, e, muitas vezes, a ignorando, mas, no final ela sentiu, mais do que se sentiu a vida inteira, ela se sentiu amada, de verdade, e isso, a lembrança desse vago sentimento que outrora preencheu seu peito a fez derramar uma pequena e solitária lágrima de felicidade, enquanto olhava o céu, sabendo que, até aquela hora da noite, Naruto deveria estrar treinando.

  Ela havia prometido se esforçar, por ela, e por ele, que a havia apresentado a esse mundo novo, ela tocou a janela, vendo-a ficar embaçada com a sua respiração quente, queria sentir aquilo vez modo, sentir-se daquela maneira de novo, claro, adorava a atenção dos pais, porém, Minato, como o rei, quase nunca estava presente no meio familiar, e a mãe era uma professora rigorosa, por mais que fosse sua mãe, ainda assim era sua tutora, sempre dura e rigorosa.

  Ela queria sentir de novo, aquele mesmo sentimento que sentiu no abraço, não queria  ser vista como a princesa do reino, nem herdeira do trono, mas sim como parte de uma família, como ela mesma, era o que Naruto havia feito.

  Voltou para a cama, deitando-se lentamente, sentia-se minuscula naquele quarto grande, cheio de quadros dela, pintado pelos mais habilidosos, mas ali, havia um quadro, que ela insistia em manter ali, era o quadro de Naruto, quando era criança, aquele mesmo quadro que ela havia encontrado.

  O autor dele o nomeou como “pequena raposa”, seus traços eram perfeitos, seu rosto, seus cabelos, seu corpo, seus olhos transmitiam um olhar enigmático, como se lhe mandassem uma charada, ele estava sentado em um muro, a frente de uma árvore quase sem folhas, a parte direita da árvore, quase alcançando o muro, com o vento soprando ao seu lado, jogavam as folhas alaranjadas para o lado, perto das costas, e, um pouco acima da cabeça, formando um contraste rápido, como se fossem orelhas e uma cauda de raposa, Naruto parecia sorrir, um sorriso quase desafiador e morto.

  Ele estava com suas mãos apoiadas no muro, as pessoas ao seu redor andavam para frente, ignorando-o, como se não existisse, como se ele fosse um fantasma, mas, ainda assim, existia beleza ali, uma beleza descomunal em cada traço, em cada cor, era um quadro quase todo em preto e branco, com tons de cinza ao redor, cujas cores apenas se concentravam apenas nas folhas, e apenas nele, seus olhos azuis lançavam uma grande charada, uma charada que desafiava quem os olhasse por tempo demais.

  Aya ainda procurava o segredo por de trás daqueles olhos, olhos que pareciam tão nobres, mas tão maculados por serem ignorados dia após dia, ele parecia sofrer, todas as noites, antes de dormir olhava para aquele quadro, e, quando pensava a fundo nisso, acabava chorando, como uma criança, um choro silencioso junto com certa tristeza que toava conta dela.

  Era lindo, um momento quase íntimo entre ela e o irmão mais velho, era como ouvir o coração dele bater, cada vez mais alto, ela quase conseguir senti-lo ali, naquela pintura, naquele quarto imenso, espaçoso, repleto de detalhes luxuosos, com todo o requinte que uma princesa poderia querer e exigir.

  Mas nada daquilo a ditava daquele mar de duvidas que era aquele quadro, ele parecia falar com ela, ele parecia vivo.

  Pensando nisso se deitou na cama novamente, enquanto sentia o corpo agradecer por ter voltado para debaixo das cobertas acolhedoras e quentes em plenas três da madrugada, logo ela precisaria sair, treinar, caçar, e era algo na qual ela tolerava apenas uma companhia, que era Kakashi, que era mais experiente do que ela e lhe ensinava todos os dias.

  Se perguntava quando veria Naruto de novo…



 [...]

 

  

  Ela acordava lentamente, enquanto se acostumava com a claridade do local em que estava, sentiu as cobertas por sobre seu corpo, que estava dolorido, sentou-se, vendo seu busto completamente enfaixado, braços e pernas também, e uma pequena faixa em sua cabeça, incluindo uma pequena em sua cauda, sentiu-se envergonhada, até perceber uma presença ali com ela.

  Ao lado dela, em uma adeira, sentado quase que confortavelmente, estava Naruto, com os olhos abertos, olhando-a, um sorriso contornou seus lábios ao vê-la acordada e bem, ela desviou o olhar, se sentindo envergonhada.

 

  -Achou que seria a melhor maneira de me contar ? - Ele olhou-o, surpresa, claro, ele não sabia quase nada sobre ela, mas ele estava apenas supondo que aquela era a melhor maneira de contar, já que Chiaoyu não era uma pessoa que se abria facilmente.

  Ela olhou-o, temerosa, até que ele se aproximou dela, junto com a cadeira, segurando sua mão com carinho, em seguida, ele a beijou, deixando Chiaoyu corada, com o rosto vermelho como pimenta e quente como o sol.

 

   - Achou mesmo que eu te julgaria ? - Ele acariciou seu rosto, mexendo em seus cabelos, colocando-os atrás de sua orelha direita, em seguida a mão voltou para o seu rosto.

 

   - Eu jamais vou te julgar, não importa quem você foi e o que você fez, está comigo agora, e eu irei protegê-la, assim como todos os outros - Ele aproximou sua cabeça da dele e a abraçou, com carinho, ela ouvia as batidas calmas de seu coração, o seu respirar lento, e isso a acalmou, enquanto ela se afastava, com um olhar meigo em seu rosto, sendo acariciado mais uma vez por Naruto, este, depois disso, se afastou um pouco, dando-lhe espaço para falar, ela suspirou, começando.

   - Eu venho de um clã muito antigo, cujo nome eu jurei nunca mais pronunciar, um clã de assassinos de reis, que distribuíam o poder onde ele coubesse, é um clã antigo, ninguém sabe quando ele surgiu, nem quando começou a atuar, mas seu objetivo é simples, eles manipulam a todos os reis por baixo das cordas - Tinha raiva na voz, seus punhos se apertaram em reação a isso.

 

  -Eu os conheço, das bibliotecas de Konoha, as lendas mais sombrias e os rumores relatam suas atividades, dizem que foram eles quem mataram o primeiro rei - Complementou Naruto, encurtando a conversa que deveria anteriormente ser longa, agora que Chiaoyu saia que Naruto estava ciente, seria mais fácil e direta.

 

   - Eu fui expulsa do clã, porque eu não era boa o suficiente, falhei na minha cerimonia de passagem, no meu primeiro assassinato, eu deveria ter sido furtiva, mas não foi o que aconteceu, eu fui pega.. - Apertou os lençóis, enquanto Naruto via seus olhos viajarem para aquelas lembranças, tão distante do agora que ela parecia submersa nela.

 

  - Meu alvo morreu mesmo assim, por pura sorte, mas eu comprometi o clã, então fui expulsa, e vivi viajando por todos os tipos de lugares, procurando uma casa, um lugar para chamar de lar - Sua voz soou branda, como se fosse uma lembrança preciosa para ela.

 

  -Foi por pura sorte nos encontrarmos naquele dia, você me deu uma casa, um lar, e uma familia, uma familia que eu tive medo de perder, medo de me rejeitar de novo, eu tinha…-

 

  -Nunca Chiaoyu, se esqueceu ? Você é uma assassina, no meio de assassinos, Zabuza, Reya, Aeryn, Kurama, até mesmo eu, um assassino não condena outro - Ele tocou suas mãos, juntando-as com as dele.

 

  - Você é importante pra mim Chiaoyu - Seu coração bateu mais forte, era a primeira vez que alguém dizia isso para ela, sentiu o coração apertar e um arrepio percorrer seu corpo, enquanto, sem saber por que, lágrimas começaram a rolar por seu rosto, não conseguia parar de chorar, e, mesmo chorando, sorria, até pronunciar uma palavra, com todo o seu coração.

 

  -Obrigada Naruto… -

   - Agora descanse, eu volto depois...- E saiu, deixando Chiaoyu sozinha no quarto.

  [...]

 

  - Aparentemente a princesa evoluiu rápido, em uma semana ela já conseguia esquematizar movimentos e executar ataques complexos, o garoto raposa fez algo com ela, e isso me preocupa, se ele fez isso com ela, ele pode fazer com outros também, imagine, em menos de seis meses ele poderia montar um exército e vir destruir Konoha - Danzou pronunciava palavra por palavra com certo pesar na voz, ele temia por todos daquela cidade, conhecia bem o poder da Kyuubi no Youko, o velho falcão de guerra percebeu o olhar de Minato, e dos outros dois conselheiros, que outrora fizeram parte do mesmo esquadrão que o terceiro rei, Hiruzen Sarutobi, que agora descaçava em paz.

 

  -Ele deixou bem claro que viria destruir Konoha apenas se fossemos atrás dele, não sou idiota de cair nessa provocação, além de que estamos em desvantagem, já que perdemos o único artefato que poderia controlar a raposa de nove caudas. - Ele estava certo, não podia arriscar sem te um plano.

 

  -Estamos em desvantagem, mas parece que ele não vai se mover por enquanto, ele ainda está na floresta ao redor de Konoha, só temos que procura-lo direito, a única coisa que achamos nesses meses foi um vilarejo abandonado há vários anos  no pé da montanha, não existem evidências de que alguém o habitava. - Minato pensava alto, enquanto via os conselheiros pensativos, procurando alguma rota segura para percorrer aquele caminho.

 

  -Neji disse que talvez haja uma maneira de rastrea-lo, mas não é viável para nós no momento, então o jeito é esperar, por mais que ele não planeje nos atacar a menos que seja legítima defesa, nada disso o impede que ele monte seu próprio exército e nos pegue antes de tentarmos pega-lo - Seu pensamento era prudente, conversaria com Kakashi sobre isso mais a fundo mais tarde.

 

  - Pois bem, a reunião está encerrada - Todos se levantaram e saíram, enquanto Minato olhava pela janela, a responsabilidade em suas costas era monstruosa, assim como deveria ser para um rei, a imagem de seu quarto ensanguentado voltou a sua mente, enquanto ele apertava os punhos.

 

  “O que planeja seu monstro?”

 

  [...]

 

  Aya voltava da caça, era perto de anoitecer, o sol começava a se por, nos portões de Konoha os guardas se curvavam mediante sua presença, cumprimentaram Kakashi, que a havia acompanhado e avaliado e em seguida voltaram ao seu trabalho, como normalmente faziam.

  Aya trazia consigo uma sacola de couro negra, contendo a parte comercializável de alguns animais, como cascos, chifres e  escamas raras naquela região, Kakashi havia ficado um pouco abismado, nunca fora um bom caçador também, mas tinha a noção de perseguição e rastreamento.

  Aya parecia uma perita no assunto de arco e flecha, claro, ainda cometia erros simples, mas ainda assim era muito boa, ele viu Hinata se aproximar dela, tampando um pouco o nariz por causa do mal cheiro das partes do animais caçados.

 

  -O que faz aqui ? - Perguntou Aya, surpresa, não era costumeiro de Hinata estar fora a essa hora, ainda mais depois de um dia duro de treinamento com o pais e a irmã mais nova, Hanabi.

  - Vim aproveitar um pouco que ainda há sol e vim comprar algumas coisas, você caça agora ? - Perguntou Hinata, curiosa sobre o arco e as flechas em suas costas e cintura, Aya sorriu e assentiu, respondendo sua pergunta.

 

  -Então você escolheu não seguir o caminho da magia… curioso - A Hyuuga disfarçou bem o seu tom triste, ambas costumavam treinar magia juntas, estudar magia juntas, praticar juntas, e agora tudo aquilo havia acabado, ela havia mudado muito desde que foi levada (e devolvida) pelo garoto raposa.

 

  -Algo errado ? - Perguntou Aya vendo o semblante da amiga, que a olhava.

 

  -Eu só sinto falta dos estudos, das nossas praticas, costumávamos pregar peças nas pessoas comuns apenas para praticar magias simples como levitação, agora acabou, aquele seu irmão levou isso - Sua voz era triste, quase deprimida, a mudança a havia abalado, Hinata nunca tivera muitos amigos, mas Aya foi a mais próxima dela, que sempre a havia ajudado a superar seus problemas, a tinha tratado não como uma Hyuuga, mas sim como Hinata.

 

   - Eu me senti igual, quando ele me levou e me mostrou como o mundo verdadeiramente era, eu me senti infeliz, era como se ele tivesse arrancado tudo o que eu amava, mas ele me deu algo em troca, nada nesse mundo é perdido sem ganharmos algo em troca - Suas palavras eram como uma mensagem indireta de Naruto, já que uma vez ele lhe disse isso, e esperava que surtisse o mesmo impacto em Hinata como aquele que foi causado nela.

 

   - Ele me mostrou uma porta, eu simplesmente escolhi atravessa-la, existe todo um mundo por detrás dela - Aya sorriu, enquanto Hinata tentava entender o que a amiga queria lhe dizer com todas aquelas palavras.

 

   - Eu aprendi a amar mais o que eu faço agora, do que o que eu fazia antes, desculpe por tirar tudo o que tivemos de você, mas é o caminho que eu escolhi - Seu sorriso alcançou os olhos de Hinata, que, ao ver aquele sorriso, entendeu que a loura estava feliz, verdadeiramente feliz fazendo o que fazia, e Aya estava certa, era como dedicar esse tempo para compensar o tempo que não teve cm o irmão, honrar o caminho que ele lhe ensinou como uma forma de estar sempre próxima a ele,

  Era isso o que Hinata não conseguia entender, já que vivia em disputa contra a irmã mais nova, que, a princípio era muito mais desenvolvida do que ele no quesito estudo, mais aplicada, e, consequentemente, mais poderosa, mesmo que esse ultimo fosse apenas um pouco.

  

  -Quando você tiver a chance de se aproximar da Hanabi, talvez me entenda - O olhar de Hinata se tornou surpreso, enquanto Aya andava a frente, passando ao seu lado com um sorriso em seu rosto, em seguida Kakashi passou por ela, que a acompanhava com o olhar, se perguntando o que tudo aquilo queria dizer.

 

  […]

 

  Zabuza estava pensativo, era noite e ele estava sentado em cima de sua espada, que estava cravada no tronco de uma árvore espessa, olhou as estrelas, estava com raiva, estava com ódio, passara o dia inteiro sem ninguém encontra-lo, nem mesmo Naruto, que estava ocupado com Chiaoyu, treinando, tanto que ouvira os rugidos de uma fera, que agora havia sido silenciada.

  Medusa, em seu segundo encontro, matou seu pupilo, Haku, que considerava um filho, filho que deu a vida para salva-lo, e outrora o destino quase se repetiu com Naruto, que quase fora morto por ela em um de seus encontros.

   Fora uma batalha destrutiva, destruíram metade de uma floresta inteira em uma noite inteira enquanto ela havia dado um jeito de distrair Zabuza, ele não deixaria Medusa lhe tirar outro “filho”.

  Sentiu uma presença atras de si, se quer se virou, sabia exatamente quem era.

 

  -O que faz aqui ? Deveria estar descansando - Sua voz soou fria e indiferente, bem diferente do habitual, a figura sorriu, enquanto subia lentamente a árvore, sentando-se ao lado dele.

 

  - Eu não sei o que é perder alguém importante… - Começou ele, enquanto olhava as estrelas, o vento soprou lentamente, lhe trazendo a inspiração nas palavras para ajudar seu tutor a superar aquele momento, e voltar ao que ele realmente era

  -Eu sei que um dia eu vou perder, eu sei que vou, não morrerei tão cedo pela idade, agora que eu sou o que eu sou, vou viver muito mais do que uma pessoa comum, sei que verei Reya crescer, achar alguém, ter filhos e até mesmo netos, minha irmã e Chiaoyu também… - Disse se olhando no reflexo da longa espada, que brilhava com a luz da lua refletida em sua longa lâmina, mostrando-o seu rosto sereno.

 

  - E eu sou muito teimoso para ser simplesmente morto por alguém - El riu baixinho - Mas sabe, enquanto eu tiver cada pessoa que amo viva, cada pedaço da familia que eu construí aqui, junto com você e todos os outros, mesmo que um deles seja morto, ou inevitavelmente venha a morrer por causa de alguma doença, em primeiro lugar, como qualquer um, eu lamentarei… - Naruto parecia não sentir raiva, ou qualquer emoção semelhante a ela, claro, na primeira hipótese ele iria atrás do assassino e o mataria de todas as maneiras cruéis que sabia que ele temia.

 

  - E depois, irei agradecer, pois eles me deram memórias maravilhosas, tesouros inestimáveis que nada nesse mundo poderá comprar, e isso me transforma cada vez mais… - Zabuza assimilava suas palavras, ele nunca teve ninguém próximo, tirando Haku, não havia ninguém que ele poderia chamar de amigo antes, mesmo agora, o mais próximo dele é Naruto, e tem um mínimo de contato com os outros.

  Naruto parecia saber sobre isso mais do que ele, já que Naruto vive nesse mundo desde os cinco anos de idade, quando sua inocência foi tirada dele, quando ele percebeu que não adiantaria ficar chorando, que ninguém o ajudaria por pena, ou por bondade.

 

  -...Mas como eu disse, eu nunca perdi ninguém importante, mas eu já estou conformado… A morte vem para todos, mais cedo ou mais tarde…. - Seu comentário realista fazia total sentido, e, após isso, ele saltou da espada, caindo graciosamente no chão.

 

  -Desculpe se acabei falando apenas besteiras Zabuza, é apenas o que eu penso - Disse saindo, deixando Zabuza a sós com seus pensamentos, enquanto voltava, Chiaoyu precisou descansar, então aproveitou para vir vê-lo, sabia que não estava bem, com a lembrança do seu primeiro pupilo morto por Medusa, e sabia que ele teria sua vingança.

  Foi até o “distrito Uchiha”, onde as tarefas de sua nova moradia foram divididas por igual, os camponeses tinham novos campos para cultivar comida, caçadores tinham caça, já que a floresta que rodeava Uzushio era vasta, dendo que esta era uma ilha, e levar tantas pessoas para lá fora complicado para Naruto, mas tivera sucesso.

  Ele iria ver Misaki, precisava de um favor...

 

  [...]

 

  

     Já era noite, havia escurecido outra vez, uma semana se passara desde sua conversa com Hinata, ela estava ocupada, com as provações de seu clã chegando para determinar seu desempenho Hinata não podia vacilar.

  Era por volta das onze da noite, Aya não conseguia dormir, seu pai estava cada vez mais distante, preocupado com Naruto, caso ele atacasse, o que Aya sabia que não faria, a menos que fosse provocado ou forçado a isso.

  Sentiu o vento soprar por uma fina fenda aberta na janela, mas, havia um problema, ela não se lembrava de ter, em momento algum, ter aberto a janela, o quarto estava escuro, apenas iluminado por algumas velas, incluindo uma que estava em sua mão, e a luz da lua, que, convenientemente, iluminava sua cama pela janela, andava a passos lentos, tão acostumada a caçar que eles se quer faziam barulhos, seu corpo estava completamente ereto, em uma postura próxima a de combate.

     Colocou a vela em cima de uma mesa perto de sua cama, uma escrivaninha, em seguida se afastou, e, logo depois, uma mão surgiu das sombras e segurou sua mão direita, depois outra que se manteve em sua boca, Aya, em um movimento rápido, acertou uma cotovelada em seu possível agressor, fazendo-o recuar, depois girou o corpo, imobilizando seu braço direito, aquele que havia segurado sua mão.

  Colocou seu pé a frente do dele, fazendo-o perder o equilíbrio, fazendo-o cair, em seguida ela sentou em cima dele, lhe prensando no chão, ela escutou uma risada baixa vinda dele, só depois disso ela percebeu seus cabelos negros sendo refletidos pela luz brilhante da lua, ele virou levemente o rosto, sendo possível ver uma marca peculiar em seu rosto.

  Aya se afastou rapidamente, enquanto ele se levantava devagar, mexeu o braço enquanto se virava.

 

  -Você andou treinando, estou orgulhoso - Suas palavras a atingiram, da mesma maneira que aquele sorriso que agora ele esboçava e desenhava em seus lábios, mostrando suas longas presas que brilhavam com a lua, no momento seguinte Aya o abraçava com força, e Naruto retornou esse abraço, rodeando o seu pequeno corpo com os braços dele.

 

  -Eu senti saudades - Sussurrou, mas sabia que ele havia escutado, alargou seu sorriso,, enquanto via a oportunidade perfeita para brincar um pouco.

 

  -Pare com isso, assim você me toca - Aya o empurrou, com o rosto vermelho, ela não gostava de ser provocada assim, ele caiu na cama e Aya pulou sobre ele, esta era tão recheada com cobertores que se quer fizeram barulho.

  Ela caiu sobre sua cintura, segurando seus pulsos, enquanto o olhar irritado em seus olhos o fuzilava.

 

    - Seu idiota, você me assustou - Sua voz estava embargada em raiva, enquanto seu olhar irritado o olhar e encarava, ele sorriu, em seguida se desvencilhou de seus braços e girou, ficando por cima de Aya, que segurou um pequeno grito de surpresa, eme a imobilizou, segurando seus pulsos com  força, porém, de forma gentil, ele se aproximou um pouco dela, o suficiente para seus narizes se tocarem.

 

    - É um jogo perigoso esse na qual você quer entrar- Sua voz, seu sorriso e seu olhar estavam cheios de uma malícia sem limites, ela corou, nunca tivera um contato tão íntimo assim com um homem, qualquer um.

 

  -Mas sabe, se eu fosse qualquer outro, eu não resistiria - Sussurrou em seu ouvido, fazendo-a ficar vermelha, sentia-se envergonhada, por mais que ele fosse seu irmão, havia algo nele que acabava mexendo com ela, e ele sabia disso, ele adorava brincar com as pessoas, manipuladas apenas para matar sua curiosidade de ver suas reações.

 

  -Seu pai está temeroso quanto a situação de Konoha com as outras nações, eu descobri algo e eu acho que você deve saber - Ele saiu de cima dela, ajudando-a a se levantar, ficando ereta a sua frente, sendo quase uma cabeça menor do que ele.sentou-se na cama macia da irmã, enquanto esta o acompanhava em sua ação.

 

  - Konoha tem certa rivalidade com todas as outras, mas ainda mais com a nação da areia, isso é um fato, como você sabe, eu já estive por lá, sou um “amigo” de Rasa e de seus filhos… Bom, nem todos eles, Temari e eu não nos suportamos - Levou sua mão até a cabeça, coçando-a levemente, fazendo Aya sorrir, então até mesmo Naruto não era bom com Todas as garotas.

 

  -Quando uma situação entre duas nações não vai bem, um casamento político deve ser planejado, mesmo que o rei não queira isso, todas as vidas que ele carrega sempre pesam mais na balança, até mesmo a dele próprio - Naruto olhou para Aya, que se perguntava o por que de eles lhe estar falando algo assim, ele sentiu sua duvida, sentiu seu medo, seu receio, ela não sabia se queria ouvir a resposta de seu questionamento.

 

  - Uma guerra está a ponto de estourar entre Konoha e Suna, eu sei sobre as rebeliões e sobre as missões ocultas de assassinato, eles não querem que eu saiba, querem, de certo modo, preservar minha inocência, mas eu já sei de tudo isso, e queria, se possível, evitar -  Aya juntou suas mãos, pensativa, pensava sempre no melhor para seu povo, assim como Minato, mas não havia solução melhor para aquela situação.

 

  -E existe, mas o sacrifício será grande, ainda mais porque ele será seu - Aya se assustou com as palavras de Naruto, que a olhava com seriedade, ele não aprovava o que estava prestes a dizer, mas ela precisava saber daquilo que seu pai, mesmo a contra gosto, estava planejando para ela.

  Naruto acreditava que cada pessoa era livre para escolher o próprio caminho, lutar por seus sonhos, e não serem trancafiadas e acorrentadas a caminhos que os outros lhe escolheram para seguir.

 

  -Antes de vir para cá, eu invadi alguns documentos que estavam na sala do trono, aparentemente Minato está tão sobrecarregado que está baixando sua guarda, e não imagina que eu poderia voltar em tão pouco tempo… - Suspirou, não sabia como ela reagiria - … Ele vai casar você com um representante de Suna para selar um acordo diplomático - Aya ficou surpresa, e demorou alguns segundos até assimilar o que ele havia lhe revelado, baixou sua cabeça, e lágrimas cristalinas começaram a rolar por seu rosto, Aya era, de certa forma, sonhadora, acreditava no amor, acreditava que, algum dia, iria encontrar alguém, se apaixonar, ter filhos e netos e viver feliz o resto de seus dias.

  Agora esse sonho havia sido destruído, destroçado, erradicado de seu ser, era um caminho sem volta esse que Minato escolhera, ele condenaria a filha a passar o resto de sua vida a ficar junto de alguém que não amava, a ter filhos com um homem que não conhecida, para uma mulher, era melhor morrer.

  Naruto não gostou disso, ficou irritado consigo mesmo por ter lhe dito, mas ela merecia saber, o assunto se tratava principalmente dela, e ela PRECISAVA saber, ele suspirou, enquanto a irmã soluçava baixinho, puxou-a para ele lentamente, enquanto ela chorava em seu peito.

 

  - Eu poderia tentar convencer Rasa a cessar as hostilidades - Sua voz não fez Aya parar de chorar, as lagrimas dela o faziam se sentir mal, o faziam sentir ainda mais raiva de Minato e Kushina, apertou o olhar, enquanto Aya parecia começar a se acalmar.

  Ele enxugou suas lágrimas, acariciando o fino rosto da menor, que o olhou, com um olhar triste em seus olhos.

 

  - Eu tenho mais uma solução para você - Ela se afastou dele, olhando-o, com um olhar curioso, se havia outra resposta para quilo, ela precisava saber, ela tinha que saber.

  Ele olhou para ela, se levantando lentamente da cama, indo até o meio do quarto, olhando para o quadro, ele o tocou, com um carinho quase palpável, ele realmente amava aquele quadro, foi o primeiro presente que recebeu em sua vida, o autor dele foi a primeira pessoa que o reconheceu, não como uma arma, não como um monstro, mas como um ser humano, como um ser vivo, como uma criança.

  Ele foi até ela, ficando de frente para a mesma, estendendo sua mão, lhe esboçou um lindo sorriso, os cabelos negros acompanhavam o vento frio que entrava pela janela, o olhar iluminado pela lua lhe trazia calafrios, o olhar convidativo lhe fazia sentir aquele sentimento que antes tanto queria sentir de volta, sentir-se valorizada, acolhida e protegida de forma que nem mesmo as piores criaturas do mundo poderiam lhe fazer mal, e as próximas palavras de seu irmão mais velho apenas confirmaria a confiança que ela tinha nele.

 

  -Venha comigo - Seu coração parou por um momento inteiro, quase um segundo completo, vê-lo ali, na sua frente, convidando-a a fugir do reino com ele, a sair daquele lugar, lhe aconselhando a aceitar aquela oferta, e sair junto com ele, voltar a sentir sua companhia perto dela, a voltar para aqueles braços tão aconchegantes que eram de seu irmão, voltar a conviver com Kurama e os outros, a se divertir com a ruiva, ter conversas de mulher para mulher, voltar a caçar com seu irmão, ela lhe estendeu a mão, um pouco temerosa, mas parou no meio do caminho.

 

  -Mas e quanto a possível guerra entre Konoha e Suna ? - Recolheu a mão, vendo Naruto recolher a dele também, com um pequeno sorriso, Aya era pura  demais, mais do que ele jamais poderia ser, ela ainda sabia a importância de se sacrificar pelos outros, claro, fora criada como a princesa que era.

 

  -Eu tenho um outro caminho para isso, sem guerra, apenas ganhos para ambos os lados, eu tenho como provar que todos esses incidentes foram causados por Orochimaru, que sempre tenta conseguir novas cobaias para suas experiencias, ele apenas incriminou um ao outro - Naruto tirou um envelope de seu bolso, contendo vários papeis, Aya os leu rapidamente, Naruto estava certo, aquilo eram documentos desaparecidos das tropas que havias sumido misteriosamente, ambas em território do outro, parecendo deixar clara as intenções tanto de Konoha com Suna e vice versa

 

  - Bem, agora que resolvemos o assunto das guerras… - Naruto alcançou os papeis e os deixou em cima de sua escrivaninha, Aya se sentou na escrivaninha, Naruto sabia que, se ela fosse com ele, ela deveria explicar o motivo de aceitar sua oferta, Naruto ficou ali, o tempo todo, olhando para o quadro, ele o pegou, com carinho em suas mão, e, segurando-o, olhou para cada traço, cada pincelada, que superava de longe as mais famosas pinturas dos mais renomados mestres da arte.

  Cinco minutos depois, Aya foi até seu guarda roupa, pegando tudo o que achasse necessário, usando a roupa que costumeiramente usava em seus treinos e caças, em uma pequena mala, onde haviam suas roupas, aquelas que mais gostava e julgava necessário que levasse par onde ia, mesmo que não soubesse onde era essa “onde”.

  Naruto a olhava enquanto trocava de roupa, a deixando vermelha, tinha apenas quatorze anos, mas seu corpo começava a ganhar curvas por causa de seus treinos e de suas caçadas, com toda a certeza seria uma bela mulher ao crescer.

  Depois desse vergonhoso momento, Naruto se levantou, indo até ela, ajeitando-a, trançando rapidamente seu cabelo, que agora estava amarrado em um rabo de cavalo baixo, prendendo as pontas de seu cabelo com uma simples fita vermelha, ele ajeitou sua gola, em seguida sua camisa e sua aljava, com inúmeras flechas, contendo o máximo que conseguia carregar, inclusive carregada outras quatro aljavas em seu ombro direito, enquanto a mão esquerda levava a mala com suas roupas.

 

  -Agora, posso ouvir aquele “sim”? - Naruto lhe estendeu a mão esquerda, enquanto um vórtice se abria atrás dele, ela sorriu e seu olhar se encheu de felicidade, enquanto ele tocava sua mão, sendo guiada carinhosamente por ele até o portal, ela não olhou para trás, apenas para ele e aqueles olhos vermelhos, se afundando neles, até desaparecer completamente em seus braços e o vórtice se fechar.



[...]

 

  - Os intrusos foram silenciados, fiz com que perdessem a memória com o veneno da minha picada, o que devo fazer com eles ? - A voz não podia ser ouvida porque era um elo mental, presos em fios transparentes estavam quatro homens, trajando armaduras leves e inconscientes, eles haviam chegado perto demais, e isso ele não podia permitir.

 

   - Deixe-os em algum lugar em que possam ser encontrados, em seguida se retire, pode voltar para cá, eu mesmo irei recebê-la - As palavras dele a fizeram ficar animada, poder voltar para a companhia dele, que a havia aceitado, a tornava feliz, enquanto descia os homens para uma carroça, ela estava feliz por dentro.

 

  -Vai ser bom poder vê-lo de novo- Andou, até sumir nas folhagens longas da floresta.



  [...]

 

  O vórtex se abriu no meio da sala, onde Surgiu Naruto e Aya, Misaki encarava o lugar, cm os olhos sangrando um pouco, quando o vórtex se fechou Misaki se ajoelhou, cansada, sendo rapidamente amparada por Naruto, que a segurou em seus braços.

 

  -Me desculpa por exigir tanto de você - Disse ele, enquanto limpava o sangue em seus olhos gentilmente, enquanto Misaki tossia um pouco.

 

  -Não, esta tudo bem Naruto, é o mínimo que eu posso fazer, eu sou a única que consegue fazer isso no clã agora, já que todos os outros capazes disso estão mortos… - Naruto tocou seus lábios com eu dedo indicador, fazendo-a parar de falar por um instante, ela olhou em seus olhos, ele estava preocupado com o estado dela, em seguida ele tocou seu rosto novamente, uma névoa avermelhada era liberada da mão de Naruto e era absorvida pela pele de Misaki, fazendo-a se sentir misteriosamente bem enquanto seu corpo recuperava suas forças.

 

  -O que você fez ? - Estava perplexa, não sabia por quê, apenas se sentia bem, e sabia que tinha algo a ver com Naruto, o questionamento foi deixado de lado ao Naruto levantar-se, carregando-a consigo.

 Aya abriu seus olhos, apenas para ver Kurama a olhando com um sorriso em seu rosto, ela o abraçou, e a loira retribuiu o abraço, com um grande sorriso no rosto.

  - Estou de volta querida - A frase de Naruto assustou um pouco a loira, enquanto das sombras daquela sala surgia Aeryn, andando a passos rápidos e ligeiros na direção dele, até que quando chegou até ele, tomou seus lábios com rapidez, ele acariciou seu rosto alvo, enquanto ela fechava os olhos, aproveitando o beijo voluptuoso e profundo dele, Aya estava corada, mais vermelha do que o cabelo de Kurama, que estava raivosa por dentro.

   - Eu fui muito duro com ela da última vez não é mesmo querida ? - Sua frase a fez ficar vermelha, porém feliz, enquanto escondia seu rosto em seu peito e ele beijava o topo de sua cabeça com carinho, aninhando ela em seus braços.
  Alguns segundos depois ela se desvencilhou dele, se afastando um pouco e cumprimentando Aya novamente, não costumavam se falar muito, mas ela se esforçaria para se dar bem com todos ali.
  
  -Naruto, podemos libertar as memoria dela em relação a nós agora ? - Viu ele olhar em sua direção, esboçando um sorriso confiante em seus lábios, com um olhar feliz em seus olhos.

  - Claro, meu amor - Kurama esquentou, ele sabia que ela havia ficado um pouco irritada com o beijo entre ele e Aeryn, Kurama era possessiva, igual a vampira, mas sabia esconder, essa frase serviu como um agrado para ela.
    Aeryn tocou sua testa e, em um segundo, Aya lembrou-se de tudo, todos os detalhes, as causas, as orelhas, Zabuza, sabia que era apenas uma precaução para que eles não fossem caçados.
  Suspirou ela, enquanto ia de encontro a Kurama, a abraçando com forca e suavidade, estava feliz, e a raposa estava em igual intensidade.
  Saíram juntas enquanto Naruto ajudava Misaki a se levantar, de maneira gentil, colocando- a de pé, Naruto ajeitou as roupas em seu corpo, fazendo-a corar um pouco.
  Seu irmão há muito já havia se recuperado, e simplesmente não ia conseguir a cara de Naruto, o mesmo valia para Sasuke, que nada sabia sobre ele, apenas sabia que ele tinha o respeito de seu irmão mais velho, e que por algum motivo ele chamava a atenção de várias garotas.
  Mal ele sabia que o próprio Naruto desconhecia essa informação, claro, qualquer homem ficaria feliz em receber atenção de várias garotas, mas Naruto não, ele sabia que se ele se envolvesse com alguma garota ela passaria a correr perigo.
  Ele tinha ânsia de amar, era claro, menos para ele, que não compreendia o que acontecia com ele, com a chegada da adolescência, os hormônios estavam a flor da pele, se fosse apenas para descarrega-los Aeryn poderia cuidar disso, mas ele não queria "usa-la" como se fosse um objeto, e sabia que o que ela se tia por ele não era amor.
  E também não forçaria Kurama a ter algum tipo de relacionamento com ele além daquele que eles ja tinham, claro, roubava alguns beijos dela, muitas vezes quentes, mas não podia obriga-la a ama-lo, quando mais novo ela ensinou a Naruto que o amor não se compra, não se vendo, não se toma e nem se tira, ele é merecido e conquistado, e existiam diversos tipos de amor.
  Naruto conhecia o amor de pai com Reya, de irmão com Aya, de filho com Zabuza, de mãe, que já sentira por Kurama, amor de atração por Aeryn, e nada mais, mas aquele amor verdadeiro, aquele amor puro, ele nunca sentira.
  Depois de certo tempo viu una iluminação vinda de fora de casa,  pediu a todos que se preparassem para dormir, ele verificaria aquilo, quando saiu, viu una pequena garota, usando uma camisa vermelha, com uma saia negra e sandálias azuladas, o cabelo curto e vermelho o fazia se lembrar de Kurama, enquanto os olhos azuis tinha a inocência viva em seu olhar, de maneira que trazia certa esperança e felicidade ao coração daquele que a olhava.
  Ele saltou de onde estava, caindo a frente da criança, se ajoelhando e a abraçando com carinho, Asami era como uma filha pra ele, assim como Reya era.
   A menor cuidou para não queimar ele com a pequena tocha, o abraçando com o braço livre, enquanto sorria.
 
  - O que faz aqui ? É perigoso a essa hora da noite - Sua voz soava quase paterna, protetora e calorosa para a criança, esse era o ponto fraco de Naruto, crianças como Asami o encantavam completamente, assim como Reya, ela o olhou.

  - Eu vim te ver - Isso o pegou de surpresa, não esperava por essa, nem pelo sorriso que ela lhe lançava.

  - Por que ? - Ele só teve tempo de lançar seu questionamento apenas, pois a pequena mão da criança segurou a sua, o puxa do gentilmente para frente, a seguindo, a passos rápidos, o suficiente para cobrir uma passada do maior, já que tinha pernas curtas por ainda ser uma criança.
  Levou-o até sua casa, onde estava na porta a mãe de Asami, a esperando, enquanto via Naruto se aproximando com ele a seguindo, segurando sua mão.

  - Me perdoe Naruto, eu não pude impedi-la de trazê-lo aqui -Naruto sorriu em saudação, levantando a mão e acenando, sinalizando que não havia com o quê se preocupar, Asami pediu licença para a mãe, enquanto levava Naruto para dentro de sua casa, e ele se quer ousou questionar a pequena.

  O fez passar pela sala, feita de pedras com o piso de madeira, com vários detalhes talhados em ambos, realmente um trabalho excepcional, subiram uma escadaria curta, a menor se virou para Naruto, colocando o indicador em seus lábios, indicando que ele deveria fazer silêncio, em seguida ela abriu a porta, com um rosto zombeteiro, típico de criança que estava prestes a fazer arte, ela guiou- pelo quarto escuro, iluminado apenas por uma pequena vela, e então ele viu, de baixo das cobertas, coberta completamente, de forma que apenas o rosto estivesse de fora, os cabelos vermelhos estavam cobertos, com poucas mechas de fora, ela respirava levemente e de maneira pausada, ele viu o vento tentar abrir a janela, que se recusava a a abrir graças a uma corda amarrada a dois pregos, um em cada abertura da janela.

   Asami sorriu, enquanto pedia para Naruto olha-la, e logo seus lábios se moviam, formando uma palavra, ele viu seu nome escrito em seus lábios, sussurrados lentamente entre uma respirada e outra,  era difícil acreditar que alguém sonhava com ele, ainda mais alguém que viu um dos lados mais profundos dele, que ele controlava todos os dias, que ele lutava para não controla-lo.

  Ele tocou seu rosto, e sentiu algo novo dentro dela, que aos poucos ia aprendendo, cada vez mais, ele não sabia o nome daquilo que ele sentia, nem como descrever, sentiu algo quente em seu peito, ele não conseguia controlar, seu corpo ficou tenso, continuando a acariciar o rosto da ruiva, ficou tão perdido tentando entender o que sentia que se quer percebeu quando os olhos verdes da ruiva o encararam.

  Ela o olhava surpresa a medida em que o rosto avermelhava, ele sentiu sua vergonha e sua timidez, rapidamente ela se virou e se escondeu de baixo das cobertas, quando seu toque parou, quando sua mão se afastou da dela, sentiu algo mais, algo que ele nunca mais havia sentido.

  Ele não sabia como chamar aquilo, mas sabia que era agradável, sentiu aquilo crescer dentro dele, como uma planta, se enraizando no confins de sua alma, tornando-a menos sombria, ele queria sentir mais, por isso, quando ela se sentiu, de costas para ele, virando-se lentamente, ele rapidamente alcançou sua mão, reavivando o contato com sua pele macia, voltando a sentir aquele sentimento aflorar em seu ser, como se milhares de coisas acontecessem ao mesmo tempo em seu interior.

   Os olhos dela brilhava, enquanto o cobertor caia de sua cabeça, revelando a cabeleira ruiva por completo, ele se aproximava dela, cada vez mais lentamente, e, sem perceber ele olhou ainda mais, potencializando seu olhar curioso sobre seus olhos que lembravam joias das mais brilhantes em uma caverna escura.

  Ele nunca sentiu algo assim, era algo completamente novo para ele, e era algo que, agora, aprendeu a entender, mesmo que um pouco, mesmo que sua parte humana, mesmo que minúscula, ainda entendesse, não era o suficiente para ele, não era o suficiente para ele assimilar aquele sentimento a qualquer outra palavra.

  Ele sentiu o leve empurrão em suas costas, sendo a responsável a pequena Asami, que fazia isso com um sorriso no rosto, um sorriso sapeca, enquanto as mãos de ambos estavam juntas, com as de Naruto por cima da dela, gentilmente, os dedos começaram a se entrelaçar, assim como o olhar de ambos, que iam se fechando a medida que os rostos iam se aproximando.

  Ela virou um pouco o rosto, relutando minimamente ao que poderia acontecer ali, mas Naruto virou-o em sua direção de novo, com um toque sorrateiro e gentil em seu rosto, a pele alva, sem qualquer marca parecia seduzi-lo, mais e mais, sempre e sempre.

  Ele entendia, ou achava que entendia que isso era desespero, junto com certa tristeza, por nunca ter encontrado alguém, apenas pensou se ela não estava confundindo tudo isso em torno de algo chamado admiração, por ele ter trazido sua irmãzinha de volta dos braços da morte.

  Quando olhou de novo, sentiu que era algo diferente, que era algo que preenchia o vazio dele, um vazio que ninguém nunca conseguira preencher, nem Aeryn, Chiaoyu, Reya, Aya, nem mesmo Kurama, e isso o entristecia além do que ele podia suportar.

   Ele se sentia agonizado, a distância entre seus lábios pareciam apenas aumenta cada vez mais, mas sabia que era ele quem demorada, sem querer cometer qualquer gesto brusco, sem apressar nada .

 

Ele a olhou, ela tinha fechado seus olhos, esperando o seu movimento, ela apertou um pouco sua mão, o lembrando ainda mais daquele toque de ambos, ele acariciou de leve sua face, a pele alva avermelhou ainda mais, isso se fosse possível tal coisa.
     Quando sentiu o nais leve roçar de ambos os lábios sentiu como se um corrente elétrica percorresse todo o seu corpo, se concentrando na sua nuca.
      Ele aprofundou o beijo, não de maneira possessiva ou desesperada, mas tranquila e serena, ela afundou seus lábios timidamente, enquanto aproveitava aquela sensação, ela se sentia bem, e Naruto sentia isso também, através dela.

 Foi apenas alguns segundos naquele paraíso de sensações, até Naruto, com muito esforço, separar seus lábios em um movimento calmo e sereno, se afastando dela, abriu seus olhos verdes, ainda mais brilhante s do que antes, em seguida se afastou dele, com vergonha, ele não sabia como reagir, apenas continuou parado, enquanto ela virar de costas pra ele.

  Naruto teve a manga de sua calça puxada pela pequena garota, ele se virou lentamente para ver o rosto sorridente da pequena garota olhando para ele, sapeca e arteira.

 

  -Obrigada Naruto, já pode ir embora agora.

 

  Naruto teve como resposta um olhar duvidoso e curioso, junto com um pensamento que não tinha a muito tempo.

 

  -”... Hein?” - Depois ele foi alvejado por algo que não esperava, por algo que ele não imaginava receber, nem mesmo o golpe mais cruel, ou a pior tortura o faria repetir aquela sensação, uma das piores sensações que ele sentiu em sua vida.

  A dor fina em seu rosto, pulsante, gritante, lhe recordava a todo o momento do golpe de recebeu, o olhar em seu rosto, um pouco vergonhoso e tímido, mas feroz e irritado, a expressão dela, antes encantadora, exibia uma faceta quase furiosa.

  A marca do golpe começava a ficar vermelha em sua pele, o perfeito delinear de cinco dedos em seu rosto, acertados com toda a força da jovem, um pequeno vapor começou a ser expelido por aquela parte de seu rosto, até o vermelhidão sumir e voltar ao normal, mas quem dera Naruto pudesse fazer isso com todo ele, inclusive sua mente.

  Ele acariciou o local de seu rosto, mas ainda sentia a dor pulsante gritar em sua bochecha, até a pequena garotinha, Asami parecia chocada a media que sua irmã mais velha, Azuka, tomara para com Naruto.

 

  -... Desculpe… -   Sussurrou ele, enquanto abaixava o olhar, arrependido de se ter permitido ser levado por algo que ele não conhecia.

  Ele se afastou dela, com a cabeça baixa, virou-se para sair, sendo que até mesmo Asami saíra de sua frente e perdera aquele sorriso e olhares tão encantadores que o guiaram até ali e, portante, até aquele momento.

 

  -... Poderia ter dito não… - Em seguida ele saiu, fechando a porta vagarosamente em suas costas, parecia que ela levara anos para se fechar, Naruto não saiu pela porta da frente da casa, e saíra o mais silenciosamente e veloz que pudera ali, não poderia simplesmente sorrir para a mãe das ruivas e fingir que estava tudo bem, por que não estava, e também porque ele não conseguia sorrir mais.

  

 

[...]



  Kurama olhava a lua, não conseguia dormir, nunca conseguiu, não mais do que algumas horas, porém nunca acordou cansada, seu poder regenerativo era tremendo ao ponto de quase não sentir cansaço, chegava até mesmo a começar a curar um corte antes que a espada terminasse de cortar sua pele, mas dessa vez não foram os sonhos que a inibiram de seu “descanso”, e sim outra coisa.

  Ela havia sentido algo diferente em seu peito, algo quente e acolhedor, como um abraço de alguém que você ama, mas depois, uma ligeira e grande fina dor, que a fez se sentir mal, beirando uma dor que ela conhecia como a de quando foi selada pela primeira vez na esposa do primeiro rei, Mito Uzumaki, era uma dor que a fazia se sentir mal, seu corpo parecia inteiro doer.

  Ela rapidamente olhou para a floresta e se colocou a correr, preocupada com algo que tivesse acontecido, eles compartilhavam as emoções, não as lembranças, por isso estava preocupada.

  Corria o mais rápido que conseguia, saltando de árvore em árvore, galho em galho, até acha-lo, pelo cheiro, pelo som, pela vontade de chorar que ela sabia como era, o estado em que o achou a destruiu.

  Seu respirar era pesado, seus pulmões mais rápido descarregavam o ar que tinham do que eram capazes de reconstitui-lo, com poucos socos criara crateras no chão, quebrara galhos mais grossos do que um torso de um humano adulta, assustara animais ameaçadores apenas com seus passos.
      Ele estava furioso, furioso com ele, com Azuka, com esses malditos sentimentos, tudo o que uma pessoa normal sentia, Naruto sentia mais forte, porque ele era claramente diferente e especial. Mais do que qualquer outro, pois além de sentir as emoções alheias, ele podia manipula-las da maneira que lhe fosse conveniente.
      Menos com ele, isso não lhe funcionava, se ele perdesse a concentração, por um mísero segundo ele se descontrolada por completo.
      Ele demorou um pouco, mas notou o cheiro da recém chegada ao grupo, sentiu o olhar surpreso dela, as mãos próximas ao coração, as feições em seu rosto, preocupada com seu estado.
      O encontrou ajoelhado de frente para um árvore, com a testa encostada nela, ele ouviu seus passos, seu respirar preocupado, seu olhar sobre ele, e, quando ele se virou para ela e a olhou nos olhos, quando ela os encarou, ela terminou de ser destruída por dentro, era o olhar que ele tinha quando era criança, quando batiam nele, quando ele sofria, quando o machucavam.

  Seus olhos demonstravam uma dor que ele queria extinguir, lhe mandava a sensação de ter sido machuca-da o mais mortalmente que alguém poderia fazê-lo, a fez se amaldiçoar por não estar perto dele

  Ela correu até ele, se ajoelhando, abraçando-o o mais forte que conseguia, ele chorava, ela sentiu toda a culpa dele, toda a dor, toda a raiva e o ódio que ele carregava aumentar, era um peso muito pesado para qualquer um.

  Ele abraçou-a de volta, apesar de tudo o que sentia, o fez de maneira gentil, como se seu corpo não tivesse força contra Kurama.

 

  -... Por que?... Por que ainda continua ?... - Suas palavras se perderam no vento, junto com suas lágrimas de tristeza e de raiva, nem mesmo a grande raposa de nove caudas, nem mesmo Kurama tinha a resposta para essa pergunta, quisera ela ter, mas não tinha.

 

  - É da Natureza humana fazer os outros sofrerem - Sua voz saiu embargada em choro, em um sentimento que ela conhecia bem, e que queria que Naruto nunca conhecesse.

 

  - Por que dói tanto ? - Seu questionamento recebeu um aperto dos braços de Kurama, que se sentia ainda mais culpada por não estar perto dele.

 

  - Essa é uma dor diferente, uma dor nova pra você, por isso dói tanto - Sua voz o confortou, enquanto ele se levantou, a olhando com olhos tristes, olhos que Kurama havia jurado para si mesma proteger enquanto vivesse.

 

  [...]

 

  - Interessante… - Disse uma voz maligna na escuridão de certo quarto, eles ainda não haviam percebido sua presença, mesmo assim ainda estava no começo, fazia apenas uma semana que haviam chegado até Uzushio, as barreiras não haviam sido levantadas ainda, por isso ainda não fora descoberta.

  Ela sorria malignamente, enquanto olhava pela janela, seus olhos verdes exalavam uma aura arrepiante, que poderia matar alguém com um simples olhar, a compostura, completamente ereta, não denunciava a exímia assassina que era, com habilidades surpreendentes e desconhecidas para muitos e muitos.

  Ela se virou, deixando seus cabelos vermelhos brilharem com a luz da lua que atravessava a janela, olhou sua mão direita, enquanto suas unhas se tornavam garras escarlates e ela fora completamente encobertas por cristais transparentes, fazendo sua mão lentamente se tornar invisível.

 

  - Já sei como te deixar vulnerável… Naruto, só preciso da oportunidade certa... -

 

  Quando ela tivesse a oportunidade perfeita, ela iria captura-lo e leva-lo para o lugar onde ele realmente pertencia, onde era seu lugar, por enquanto, iria apenas sonda-lo e descobrir o máximo que podia sobre ele.

 

[...]

 

  

  Em algum lugar dos arredores, um vórtex se abria, completamente rubro de proporções grandes o suficiente para duas pessoas passarem, duas pessoas passaram, uma dela de estatura mediana, por mais que usasse um manto para esconder seu corpo, podia ver-se que ele era muito bem trabalhado, usando uma armadura que cobria seu braço direita, botas de cano alto com placas de metal, acompanhado de uma figura feminina.

  Esta por sua vez não usava um capuz, a mulher tinha longos cabelos ruivos e olhos vermelhos em fenda, usando uma camisa preta de mangas longas e negras, a calça bege realçava ainda mais seus cabelos, assim como as orelhas de raposa em sua cabeça e a cauda avermelhada, onde antes haviam mais, caudas que perdera, caudas que lhe foram cortadas.

  Não usava qualquer calçado além de uma sandália de madeira, carregando uma espada em sua cintura, assim como o homem, que havia tirado o capuz, exibindo os cabelos grandes e negros, os olhos vermelhos olharam para a lua, procurando uma orientação de onde estavam exatamente.

  Ele sabia que estava perto, podia sentir, ele olhou para a mulher, segurando sua mão gentilmente, saber que haviam conseguido, apesar de todos os sacrifícios, voltar para aquele lugar os legrava, eles tinham a chance de mudar tudo, de impedir o que aconteceria dali para a frente.

  Seus olhos brilharam em ainda mais vermelho, um brilho quase demoníaco, e, em seguida, eles desapareceram na escuridão, eles sabiam para onde tinham que ir, e com quem falar.

  Corriam rapidamente entre os galhos das árvores sem se quer fazer barulho ou serem notados, até acharem Naruto e Kurama, que se quer os perceberam.

 

  - Chegamos cedo demais ?  - Perguntou-se o homem, enquanto via a mulher lhe responder em negativo com a cabeça, ele suspirou, enquanto via Naruto ali, vulnerável, com Kurama o confortando aos poucos, em sua mente passava-se algo similar, olhou para a mulher, lhe alcançando a mão novamente, apenas alguns segundos depois Naruto se levantou, olhando para ele de forma ameaçadora, enquanto se colocava em posição de luta a frente de Kurama, a protegendo, com medo de que Konoha os havia descoberto e tivessem vindo pega-la.

  Mas não fora bem assim, os dois saltaram das árvores, caindo a frente deles, Naruto viu no rosto do homem uma marca que ele havia reconhecido, também pudera, era uma marca dele, uma marca que ele via todos os dias de sua vida, ambos o olharam no olhos, o vermelho intenso dele e do homem se encontravam em um choque de emoções, Naruto pensou em avançar, mas apenas o olhar sério daquele homem o fazia querer correr dali o mais rápido possível, sentia que nem mesmo todos juntos poderiam contra ele.

  Viu o homem se ajoelhar a frente dele e lhe tocar o ombro com cuidado, quase como se tivesse carinho por ele, exibiu um sorriso que poucos reconheceriam, mas que Kurama reconheceu, e ficou estática, em choque, depois disso Naruto olhou para a mulher, e sentiu a mesma sensação que sentia quando olhava para Kurama, e isso o deixou inquieto.

  Olhou de volta para o homem, que ainda o olhava e, enfim, proferiu palavras a ele,

 

  - Deixe eu me apresentar… - Sua voz era grossa, cheia de um instinto assassino inato, uma voz que nem mesmo Zabuza questionaria ser a de um assassino extremamente treinado, o ar, antes pesado, ficou melhor para se respirar e para se sentir vivo.

 

  -... Eu sou você daqui dez anos… -

 

 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam dessa reviravolta ? Não é por acaso não, nada do que está aqui é por acaso, se ficar difícil de entender mandem suas perguntas junto com os seus reviews ok ? E comentem, sério, não sabem o quanto é difícil continuar escrevendo quando se tem, no máximo do máximo, cinco comentários por capítulo.
A maioria é fantasma que eu sei.

Até a próxima o/