Trevas escrita por kevin henri


Capítulo 13
XIII - A obrigação de fazer o que se deve.


Notas iniciais do capítulo

Querem saber ? Eu acho que vou escrever algo como uma segunda temporada para não ficar longo demais ? O que vocês acham ? Assim não fica tão cansativo (tanto para mim quanto para vocês) acompanha a história, se o SIM ganhar talvez eu acabe essa fic no próximo capítulo e depois poste a segunda temporada, caso o NÃO vença continua tudo a mesma coisa e posto tudo em uma historia única ok ?
Recado dado, vamos à história.

Boa leitura



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Ele estava atordoado, aquele era mesmo ele dali a dez anos ? Não podia ser possível, não podia se real, olhou de relance para Kurama, que estava ao seu lado, em seguida olhou para  o “eu” mais velho, este olhou para a raposa mais jovem, com o mesmo olhar que o Naruto desta época tinha, um olhar amoroso e cuidadoso, nessa hora ele teve esticou a mão para ela, que, sem pensar duas vezes, segurou, ele a puxou com carinho para um abraço caloroso, cujo os braços do maior repousaram sobre sua cintura, suas caudas se enrolaram nele com carinho e cuidado, enquanto ele se afogava na lembrança de como era ser rodeado pelas caudas da outrora pequena raposa de nove caudas, ele sorriu, há anos não sorria.

  Depois de algum tempo ele se levantou, olhando para Naruto, há tempos não se lembrava de como ele era quando mais jovem depois dos eventos que o sucederam,

  Adquiriu uma postura séria, ameaçadora e mortal para quem o encarasse diretamente nos olhos, o ar ficou mais pesado a sua volta, ele parecia se lembrar de todo o caminho até aquele momento, o vento soprou, lembrando-o de onde estavam, as folhas farfalharam e a floresta estava silenciosa, parecia que até mesmo a floresta estava interessada em ouvi-los.

  

— Você quer mesmo saber como tudo vai correr ? Ele vão vir atras de nós, vão nos pegar, impedir que Kurama volte pro selo e cortar oito das nove caudas dela - Sua voz era embargada em um ódio desumano e sem limites, opressor e intimidador de um jeito que ele jamais quisera sentir, a Kurama mais velha se encolheu com as lembranças da tortura de Konoha contra ela, e isso o enfureceu ainda mais.

  - Nossa querida irmã foi forçada a assumir o trono e controlada por aquele conselho podre, enquanto nós fomos usados como armas e todos os outros mortos na nossa frente, um por um, Chiaoyu, Aeryn, Zabuza, Itachi, Reya... TODOS ELES! - Gritou a última parte de uma maneira que o mundo inteiro parecia ter ouvido, ele olhou para Naruto, com ódio no olhar, enquanto o mais novo "eu" estava indignado, tudo pelo que lutara haveria de ser destruído.

  - Não adiantou tentar seguir em frente, eles vieram atrás, nos pegaram de surpresa, nos acharam, aniquilaram e usaram ao seu bel-prazer, eu vim dar um basta, recuperar tudo o que nos tiraram, e pegar tudo o que eles tiverem - Kurama sentiu a raiva e o ódio de sua versão mais velha, que balançava a única cauda restante levemente.
  O Naruto mais novo foi até a Kurama mais velha lentamente, a passos pequenos e tímidos, e, em um ato não esperado por ela, ou talvez sim, a abraçou, com lágrimas nos olhos, por tê-la feito sofrer, por ter sido tao tolo, tão ingênuo, "idiota" ea o que se passava em sua mente naquele instante.

  - Me desculpa - Sua voz, cheia de culpa é remorso chegou aos seus ouvidos, ela o abraçou de volta, os cabelos vermelhos e desgrenhados não se comparavam a beleza que outrora tivera, e os olhos, apesar de iguais, lhe trazia um brilho diferente e menos intenso, em seguida ele se virou, enxugando suas lágrimas, se controlando o máximo para não descontar a sua raiva no primeiro ser vivo que cruzasse seu caminho, olhando para ele, sério e frio.

 

  -Conte-me o que me aguarda e como mudar isso… “eu”...-

 

  - Antes disso, vamos nos encontrar com os outros, Kurama, por favor, poderia reunir todos no salão central da casa? tem algo que eu queria falar com o Naruto a sós - Ele viu a mais jovem olhar para o mais novo, quase como se pedisse permissão para ir, ele assentiu e lhe sorriu, tranquilizando-a, depois disso em um salto ela desapareceu entre as folhas da floresta.

 

  -Ouça, o que tenho para te falar é importante, então não seja idiota e me ignore… Existe um espião entre nós…-

 

  [...]

 

  Sentados, perto da janela, todos estranhamente estavam reunidos, Kurama chegou, ofegante, acordando aqueles que dormiam, todos exceto Kiba estavam ali, ele não gostava muito de ficar em grupo, então ele ficou na casa mais isolada de Uzushio, perto da floresta, assim poderia treinar sem ser incomodado.

   Todos olharam para ela, enquanto até mesmo Aeryn se aproximava, temerosa de vê-la sem Naruto, pois sempre estavam juntos, por mais que não gostasse disso.

 

  - Aconteceu algo importante! Todos se reúnam aqui - Ordenou ela como se fosse a mais severa das generais, até mesmo Zabuza não questionara e fora até ela, todos ficaram até alguns minutos, sem dizer nada, Kurama parecia preocupada por algo, e isso estava incomodando Aeryn, uma vez que ela sabia que tinha a ver com Naruto.

  Quando pensou em dizer algo várias faíscas negras surgiram, enquanto começava a tomar forma rapidamente, o ar ficou pesado, quase rarefeito perante o poder contido ali, quase palpável.

  Em seguida Naruto surgiu, acompanhado de outro homem, extremamente semelhante a ele, ele olhou-os, com um olhar de saudades, ele foi até Zabuza, e, lentamente viu seus braços começarem a se por em guarda, até que, quando ele notasse estivesse preso em um abraço, mesmo antes que notasse ele sentiu o abraço apertado dele.

  Rapidamente o soltou, ainda repousando sua mão em seu ombro, olhou-o longamente, enquanto ele não entendia, não até o momento.

 

  -Eu mal me lembro da ultima vez que eu te vi, você parece ótimo - Ele se afastou, enquanto ia até Chiaoyu, deixando Zabuza estranha-lo, como se fosse familiar, ele acariciou as orelhas da garota gato, depois o rosto, recordando-se da sensação de tocas a pele dela, ele a puxou gentilmente pelo braço, até rodear seu corpo, relativamente pequeno comparado com o dele, em um abraço apertado.

 

  - Não tente, você nunca vai conseguir me fazer gritar de dor, nunca conseguiu - Sussurrou em seu ouvido, enquanto acariciava sua bochecha com a dele, os lábio contornados em um sorriso contagiante, ele quase se esquecera como sorrir, mas vê-los todos ali, juntos, vivos, o fazia realmente feliz, o fazia realmente querer tentar, de todas as formas, aprender a sorrir novamente.

   Ele foi até Reya, que  olhava como se o conhecesse, e sentia essa sensação, era extremamente semelhante a Naruto, igual até mesmo nas feições do rosto, ela foi a primeira a cogitar o que realmente acontecera, e, sem saber, acabara acertando.

   Antes que ele levantasse os seus braços ela o abraçou, enquanto ele se surpreendia, seu olhar parecia mais feliz ao ver Reya, ele se abaixou e a abraçou, fechando os seus olhos, enquanto sorria mais do que era possível, uma pequena lágrima de felicidade percorreu seu rosto, nunca mais havia chorado, por um longo tempo naqueles dez malditos anos não havia sentido nada, nada além de um intenso e infinito vazio dentro dele.

  

  -É tão bom poder te ver de novo minha filha - Disse ele, baixo, com uma voz chorosa, enquanto a felicidade inundava seu ser, Reya fechou seus olhos, apreciando aquele momento, que acabara de comprovar a teoria que ela havia criado, apertou-o com força, enquanto sentia seus olhos úmidos marejarem um pouco, ela entendia um pouco o que era isso, Naruto a havia explicado, detalhadamente, o que era esse sentimento, era algo relacionado a saudade.

   Depois disso ele a soltou lentamente, enquanto seu corpo parecia gritar por outro abraço da menor, depois disso ele enxugou suas lágrimas e se acalmou, chegou a olhar para Aeryn, até que esta se jogou em seus braços, se apossando de seus lábios enquanto ele acariciava seu rosto de pele alva, até que uma intenção assassina preencheu aquele cômodo, visto que ele pertencia a ruiva mais velha.

 

  - Larga ele sua vampira pervertida! Ele é meu! - A frase apenas a fez se aninhar ainda mais ao seus braços e abrir um sorriso malicioso, enquanto a Kurama mais nova corava, nunca se vira possessiva assim, nem nunca falara assim em público, ou seja, em frente a eles.

 

  - Cala a boca velha! Olha esse corpo e essa expressão madura! Que homem ele se tornou! Se um para ser meu é excelente, imagine dois! Ainda mais um sendo uma versão mais velha! Nossa! Estou tão excitada ! - Falou com uma voz dengosa, quase que chegando ao orgasmo apenas com o toque da versão mais velha de Naruto, que sorriu maliciosamente, puxando-a para mais um beijo.

  Um beijo intenso, cheio de malicia e luxuria, lhe mostrando a diferença entre aquele Naruto e ele, enquanto abafava gemidos longos e prazerosos da vampira, o beijo durou alguns segundos, o suficiente para levar Aeryn até outro mundo, se afundando em prazer, em seguida ele a soltou, apoiando-se no chão, ele havia levado qualquer força que poderia residir em seu corpo desenvolvido o suficiente para lutar por semanas sem parar, talvez meses com uma boa motivação.

 

  - Uau! - Ela disse enquanto respirava longamente, se recuperando da ação do mais velho, em seguida ele olhou para Aya, que logo o reconheceu, seus olhos vermelhos brilharam diferente ao vê-la, depois do que eles haviam construído, do laço que os prenderam um ao outro, dez anos sem vê-la.

  Ele esticou sua mão, ela olhou-o longamente, enquanto decidia se tentava entender o que acontecia ali, ela esticou a mão, tocando-o, sentiu como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo, enquanto seus olhos azuis se cravavam no vermelho dele e se perdia naquelas fendas tão negras quanto o futuro de onde ele viera.

  Puxou-a gentilmente para um abraço carinhoso, para um toque que ele havia esperado mais de dez anos para sentir novamente, deixou-se sentir o cheiro dela, a sensação de tocar sua pele mais uma vez, ficou alguns segundos ali, até se tocar do momento, e então voltar a realidade.

  Se separou dela, enquanto ainda a tocava pelo ombro, encarando-a nos olhos.

 

  - Todos os dias eu tive orgulho do caminho que você escolheu Aya, todos os dias - Em seguida ele olhou para Naruto, a versão mais nova de si mesmo, que olhou-o de volta, confirmando com o olhar, em seguida virou suia cabeça para voltar a vê-la, sorriu, enquanto via a razão se apossar de seus olhos azuis e brilhantes, ela reconhecera aquele tom, e aqueles olhos que a perseguiam tão de perto como se fosse algo como um perseguidos, descobrindo seus medos e fazendo-a enfrenta-los para supera-los e se tornar forte.

  Se levantou, enquanto todos ali pareciam reconhecê-lo, não com clareza, mas muitas pistas o entregavam, o cabelos negro e arrepiado, os olhos vermelhos com a pupila em fenda, as marcas nas bochechas semelhantes a bigodes de raposa, depois olharam para Kurama, que acenou timidamente, depois de tanto tempo, ver a todos a deixava confortável de um jeito que esquecera como agir.

  Todos juntaram as peças, enquanto olhavam indignados para ele, que exibia um sorriso inconfundível de raposa em seus lábios, Zabuza chegou a dar um passo para trás, descrente, enquanto que Reya foi a primeira a descobrir plenamente quem ele era, e, enfim recuperando as forças, se abraçou de novo, agarrando-se a aquele corpo musculoso e escultural, cheio de curvas e bem trabalhado, era isso o que ela teria no futuro para chamar de seu.

  Foi retirada de seus delírios eróticos ao ser separada dele pela versão mais velha de Kurama, que a olhava com raiva, que mesmo tendo um corpo de adulta, ainda exalava aquele fogo de quando ainda eram rivais no amor de Naruto.

 

  -  Saia da minha frente velha, ele está fadado a ser meu! - Sua voz exalava raiva, enquanto que rapidamente Kurama sorriu em malicia, chegando a assustar Aeryn, rapidamente Kurama levou suas mãos até seus seios, apertando-os com força, enquanto todos ali olhavam para elas.

 

  - Deve ser dificil, sendo que o seu corpo não cresce mais, ficar estacionada nesse estado tão deplorável- Suas mãos eram preenchidas pelos seios medianos da vampira, que gemia em protesto, por mais que ela apreciasse tal toque, Kurama não era Naruto, e era Naruto quem ela queria que estivesse fazendo o que ela fazia naquele momento.

  Largou-a no chão, arfando, enquanto se erguia, vitoriosa, cruzando os braços, elevando ainda mais seu busto avantajado, fazendo até mesmo a versão mais nova de Naruto corar e, inclusive, ter um discreto sangramento nasal.

 

   - É óbvio quem ele escolherá vampira sem peito - Ela sorria, enquanto via a vampira se levantar raivosa e avançar contra ela.

A vampira, em um pequeno momento, avançou contra a raposa, apertando com força seus fartos seios, enquanto ambas caiam no chão, a Kurama mais nova olhava aquilo enquanto cobria os próprios seios, envergonhada com o que acontecia ali.

  - Aqui está a minha vingança - Sorriu malignamente, enquanto apertava e acariciava de maneira bruta os fartos seios da raposa mais velha, que co tinha os gemidos com custo, o rosto virava e sua cauda se agitava.
  Ela levantou sua perna, em um movimento de reação, acertando a intimidade de Aeryn, que gemeu alto, estava sensível ali depois do episódio anterior.
    Seu toque baixou até perto da barriga, em seguida Kurama gemeu de dor, Aeryn percebendo isso saiu de cima dela, enquanto era rapidamente amparada por Naruto, que estava preocupado com ela.

   - Está tudo bem Kurama ? - Seu semblante era preocupado, quase desesperado, olhava-a, ajudando-a a se levantar, em seguida Aeryn se levantou, pedindo desculpa com o olhar.
  Naruto levantou um pouco a camisa de Kurama, revelando uma barriga bem trabalhada, que indicava que o seu corpo também era.
   Ele revelou uma faixa, coberta de sangue, uma ferida que Kurama não conseguia curar, se que conseguia cicatrizar.
  Naruto tocou-a, a ferida foi a gota de água para fazer Naruto tomar a decisão de voltar no tempo.

  - Sua mão começou a exalar vapor, enquanto ficava quente, tocou o ferimento, envolto por vapor avermelhado , ao encostar em sua pele ela miou de dor, dor que foi aos poucos diminuindo, enquanto a ferida era curada por ele lentamente.

  - Enquanto tentávamos vir para cá, ela foi golpeada, sabiam que não conseguiriam nos seguir jamais, então deram algo para que nos lembrassemos deles, a espada que atravessou Kurama acertou seu ventre em cheio - Disse Naruto, com os olhos unidos, controlando-se enquanto virava a sua raposa.

   - Enquanto eu não conseguir cura-la, ela não pode ter filhos - Suas respectivas versões mais novas se chocaram com a informação, enquanto elas deram as mãos, como forma de acalmar um ao outro.
      Alguns segundos depois o ferimento estava fechado, mas Naruto nunca foi, e nunca será um especialista em cura, Aeryn poderia tentar fazer algo, mas levaria tempo.

    Kurama se levantou enquanto as feridas mais severas haviam se curado, respirava normalmente olha do pará Naruto e lhe dando um beijo na bochecha como forma de agradecimento, aquilo incomodou Aeryn, muito.

    - Vocês acham que eles lhes deixarão em paz não é? Konoha quer a arma dela de volta, e tudo mais que conseguir pegar - Suas palavras eram fortes e traziam arrepios a todos.

    - Eu vi cada um de vocês morrerem, Zabuza foi morto em batalha assim que eles nos deixaram, escolheu focar para trás para dar tempo para que fugissemos, típico de você, apesar de quase ermos pegos, conseguimos fugir, graças a você, depois disso Konoha começou a nos procurar, por mais que você tenha revelado que fora Orochimaru que havia raptado tantas pessoas isso não ajudou, não por enquanto, mais tarde, quando eles começaram a chegar perto de nos pegar e matar a todos, recebemos a ajuda de alguém que não esperávamos… Orochimaru, o próprio, ele aparentemente também tem alguma discórdia para com Konoha, e concordou em juntarmos forças em função do mesmo objetivo… Mas não foi o suficiente, ele também caiu, por causa de seus antigos parceiros - Sua face se tornou pensativa, enquanto tentava se lembrar de onde eles estavam naquele tempo, no atual tempo em que ele se encontrava.



    - Ficamos fugindo, a maioria dos Uchihas havia sido destroçado e seus olhos roubados, inclusive Itachi e Misaki - Ele alcançou uma cadeira e se sentou, parecia que seu corpo perdia as forças toda a vez que lembrava, ou falava disso.

    - Aeryn, você foi selada, apenas para depois ter seu poder extraído, eu tentei avisar o seu clã de vampiros, mas fui capturado antes de conseguir, você se quer teve tempo de liberar o selo mestre, Chiaoyu, eu vi você morrer sem poder fazer nada, você foi colocada em uma arena, acorrentada em uma pilastra para servir de exemplo... - Ele parou, enquanto segurava o choro, enquanto Aeryn ficava surpresa por ele saber de seu selo mestre, mas, no final se conformou, ele sabia quase tudo sobre ela, e, com o tempo acabaria sabendo mais, relembrar a morte de cada um de seus queridos companheiros terminava de destroçar o que restara de seu coração, mas continuaria.

    - Reya, eles te deixaram crescer, você voltou para aquela cela, teve seu "treinamento" completado, todas as suas lembranças foram apagadas, e depois mandaram você me torturar em minha cela, sem que eu pudesse resistir - Reya sentiu-se mal, sem reação, surpresa e tinta, ela sabia o nome disso, estava chocada, estupefata, em seguida veio a raiva, enquanto sentia seus olhos úmidos, enquanto sentia vontade de chorar, mas se segurava, apenas para ouvir o que ele tinha a dizer, enquanto via ele fazendo o mesmo que ela.


    - Kiba foi morto por Neji, seu corpo se tornou cinzas, de todas as mortes creio que a dele foi a mais rápida, e isso meio que me conforta um pouco, não houve sofrimento - Pausou. Suspira do, reunindo toda a coragem que ainda existia nele para continuar a contar, e a lembrar.


    -Aya, você tentou nos ajudar a todo o momento, se recusava a herdar o trono, então fizeram com você o que achei que um pai nunca permitiria, ele permitiu que Danzou a controlasse, deixa do-a a mercê de Minato, que, assim como mestre de um escravo lhe mandava, e você obedecia, ficando a vista dele, mas ciente de tudo - Seu olhar se petrificou, e ela jurava que sentia seu coração rachar dentro de seu peito, enquanto diversas lágrimas percorriam seu rosto, ao ver aquilo, ambos os Naruto's se sentiram destruídos por dentro.
  - Kurama foi retirada de mim, fazendo com que ela não pudesse mais voltar para dentro do selo, sendo usada como motivo de risos entre a corte, sua energia foi drenada para que fosse usada em feitiços de destruição de larga escala, seu corpo foi violado inúmeras vezes, e inclusive eles cortaram oito das nove caudas dela, do jeito mais doloroso possível, de forma que nunca cresçam novamente - Kurama se chocou, dando um passo para trás, perdendo o equilíbrio, sendo amparada por Naruto, ele a olhou, seus olhos úmidos choravam, ela tinha um olhar de medo é desespero, e aquilo atingiu ele de uma maneira que nem mesmo o mais poderoso ser da terra poderia fazer.
    O Naruto mais velho foi até a Kurama mais velha, abraçando-a com força, enquanto ela retribuído, ela chorou baixinho, lembrando de toda a dor é sofrimento que passara em seu tempo, presa em uma jaula, com uma coleira de couro no pescoço, os braços e pernas acorrentados, completamente nua, tratada como um animal.

   - Eu , meu corpo e minhas habilidades foram usados como arma de guerra, eu matei, se não centenas, milhares, incluindo Rasa, Gaara, seus irmãos e até mesmo Sari, ela estava grávida de Gaara, e o pior, eu lembro de tudo - Ele abaixou a cabeça, deixando toda a mágoa que existia nele desabar sobre seu corpo como se fossem toneladas, ele chorou, não se importou se era alto ou não, apenas chorou, de tristeza, saudade, arrependimento, e, principalmente, raiva e ódio.
    Suas versões mais jovens faziam o mesmo, enquanto as palavras dele aí da ecoavam má mente de cada um presente ali.

    - Eu não vou deixar acontecer...- Todos olharam para ele, que aos poucos se levantava de seu lugar, levanta do Kurama com ele.

    - Eles não vão tocar nos meus amigos, na minha família, meus companheiros, muito menos na minha Kurama - Sua voz soou firme, o ambiente ficou pesado como nunca antes, enquanto o corpo de Naruto exalava uma  energia nunca sentida antes por ninguém ali.

   - Eu vou esmaga-lo, Minato, Danzou, e qualquer outro que ficar em meu caminho, quem quer que seja, eu vou oblitera-los da face desta terra, nada restará de seus corpos, nem seus ossos, se quer suas lembranças, vou fazer este reino podre conhecer a maior tempestade de todas - O olhar naqueles olhos indicava que ele virava a ser alguém que não era Naruto, alguém cruel e impiedoso, e seus olhos brilharam como o relâmpago na mais escura das noites.
    Eles viram em seus olhos o brilho da vingança, e de toda a maldade que podia existir no mundo, ele havia deixado o passado para trás, mas isso trouxe um futuro pior do que seu passado.
   Ele gentilmente soltou Kurama, enquanto seu olhar fulminante encarava a porta, até que uma mão tocou seu ombro.

   - Onde pensa que vai ? - Sua versão mais velha o questionou, enquanto todos o olhavam, curiosos e temerosos, sabiam o que Naruto era capaz de fazer quando tomado por aquele sentimento.

    - Conseguir aliados... - Disse secamante, começando a andar, porém o aperto em seu ombro se apertou ainda mais, impedindo-o de sair do lugar.

   - Nós precisamos fazer algo mais urgente no momento, por favor, fiquem aqui, Kurama explicará tudo o que quiserem saber, por favor, sejam cuidadosos nas palavras - Depois disso eles desapareceram em raios negros, enquanto todos passaram a olhar para a Kurama mais velha, e, logo, a primeira pergunta surgiu.

   - Então... Quem foi pra cama com o Naruto primeiro ? - A pergunta, que não poderia ter vindo de ninguém além de Aeryn surpreendeu todos os outros, fazendo as duas Kurama corarem mais do que seus cabelos, enquanto ela se negava a responder.

    - Fui eu né ? - Questionou, certa de que teria sido a vencedora de sua "disputa amorosa", Kurama se encolheu ainda mais, junto de sua versão mais nova, que também estava curiosa.


   - Pode me dizer se... O Naruto acha meu pai ? - A pergunta de Reya calou a todos ali, as Kurama olharam para ela, a mais velha, que sabia quem era, sentiu-se triste por ela, mas não lhe podia negar a resposta de sua busca.

   - Sim, encontrou, mas não foi como imaginava que seria - Seu olhar se tornou triste, enquanto Reya começava a lacrimejar, ela se aproximou de Kurama e a abraçou, com seus pequenos braços se quer concretizando volta completa em sua cintura.

    - Por favor... Não diga isso...- Suas palavras traiam negação, ela não aceitava que seu pai não a teria aceitado de alguma maneira, Naruto já havia compartilhado com ela, apenas uma teoria, mas ainda assim uma teoria viável, de que ela havia sido tirada de sua família quando ainda era recém nascida.

  Ela não queria aceitar, queria não acreditar, mas se Kurama estava dizendo, então era verdade, o silencio se formou ali, um silêncio enturpecedor, quase palpável, ela estava triste, e sabia o que era isso, era como sempre se sentia longe de Naruto, mas dessa vez era diferente.

  O sentido de sua vida, até aquele exato momento, era encontrar seu pai, ou sua mãe, ou qualquer familiar, e ela estava ali, naquele exato momento,, ouvindo que sua familia não a aceitaria.

  Seu corpo não a respondia, não conseguia parar de chorar, Kurama a abraçou, como se fosse sua mãe, rindo baixinho, acalmando-a, a presença dela era similar a de Naruto.

 

  - Você não precisa dele, não precisa daqueles que não te aceitam, você tem uma familia, cada um de nós daria a própria vida por você, isso pra não falar de Naruto - Sua  voz, por mais baixa que estivesse, foi ouvida por todos ali, que olhavam a cena inusitada com atenção e compreensão, todos ali sabiam do passado a garota, do quão próxima era de Naruto, do quanto o admirava e nunca o deixava esquecer de sua promessa, por mais que ele nunca esquecesse.

 

   - Por mais que o mundo inteiro a persiga, mesmo que ele inteiro caia sobre você, Naruto enfrentaria o mundo inteiro, só pelo seu sorriso, ele daria seu sangue, suas lágrimas e seu sangue, e até sua alma por você, ou por qualquer um de nós - Ela levantou seu rosto, enxugando suas lágrimas, todos a olharam, concordando com suas palavras, esse era o jeito do Naruto de proteger sua familia.

 

  -Você não está sozinha - Afagou seus cabelos brancos, acariciando-a como uma filha, Reya se aconchegou ali, repensando toda a sua tragetória, tudo o que percorreu, o que aprendeu, o que lhe foi dado, não negaria a bondade de Naruto para com ela, jamais, mas tudo parecia mais vazio agora…

 

[...]



  - Eles estraram em uma casa, que permanecia distante de todo o resto, o grupo de viajantes que se acumulou para acompanhar Naruto em sua viagem para a terra que o originou, várias familias menores também o acompanharam, fugindo da guerra, com medo do que poderia acontecer com seus entes queridos, e viram em Naruto um pequeno lampejo de esperança para um futuro melhor.

  O tamanho de seu grupo inicial mais do que dobrou, saiu daquele vilarejo no pé da montanha apenas com os Uchihas e poucos camponeses, agora haviam mais de dez clãs pequenos que haviam se juntado a ele, procurando manter seus sonhos (e suas familias) vivas e seguras da guerra.

  Mas Naruto tinha um problema, um problema que queria resolver o mais rápido possível, se havia mesmo um traidor entre eles, então tinha que captura-lo e mata-lo o quanto antes, se pudesse mesmo evitar o futuro da qual o seu outro “eu” veio, faria qualquer coisa que estivesse ao seu alcance.

  Chegaram até a casa, a casa mais velha, aparentemente, daquela região, a madeira estava podre, enquanto que as janelas abriam e fechavam lentamente com o vento, era uma cassa grande de dois andares, ampla, bonita o suficiente para poder-se dizer que fora a moradia de alguém importante dos tempos em que a terra do redemoinho era a nação mais poderosa que existia, até ser destruída pelas cinco nações elementares, que tinham medo de seu potencial, uma vez que eles eram um povo pacifico e evitava a guerra, mas as cinco nações, além do medo, tiveram inveja de sua prosperidade, uma vez que era a que mais lucrava com a guerra.

 

  - Quero deixar algo claro pra você antes de entrarmos - O mais velho disse, enquanto colocava novamente o capuz em seu rosto, evitando que fosse reconhecido por qualquer um, se fosse, seria um problema, algo que poderia comprometer toda a linha temporal.

 

  - Você vai precisar aceitar, eu sei que vai ser difícil porque pra mim também foi, apenas faça, quando eu mandar fazer, não se importe com as consequências, elas poderão ser contornadas, apenas… Faça - Ele entrou na casa, enquanto suas palavras eram absorvidas por sua versão mais nova, que não imaginava o que estava por vir a seguir, quem imaginaria ?

 

[...]

 

  “Querido pai e querida mãe, não pensem que o que fiz eu fiz porque fui obrigada, não, fiz o que fiz porque é o que eu acho certo a se fazer, nunca esquecerei tudo o que fizeram por mim, e sempre serei grata por isso, mas não acho que caçar meu irmão como se fosse uma arma de guerra seja certo.

  É por isso que decidi ir acompanhar Naruto, já que nunca deu ouvidos ao que eu achava sobre o assunto, não há o que perdoar, não há ressentimentos, esse é apenas o caminho que eu escolhi seguir, e espero que entenda, e que não venha atrás de mim, no tempo certo, eu irei até vocês.

 

  Com amor: Aya “

 

  Minato e Kushina estavam estupefatos, sua mãe chorava em desespero,tentando imaginar o que levou a filha a tomar uma decisão tão extrema assim, ainda mais tendo sucesso em fugir, as defesas de seu quarto haviam sido fortificadas, haviam guardas em todos os lugares na noite anterior a sua fuga, inclusive Kakashi estava responsável pela sua liderança, Neji ainda não se conformava com sua decisão, achava um grande desperdício o caminho que ela escolhera, depois de anos a ensinando e a aperfeiçoando para que o sucedesse algum dia, ele estava decepcionado em relação a ela.

  Konoha agora estava tranquila, completamente recuperada do ataque de Orochimaru, mandava sempre vários espiões procura-lo, mas nunca o achavam, ele era astuto como a serpente que realmente era, e sempre causava problemas para Minato.

  Que má sorte o terceiro rei, Hiruzen Sarutobi, teve para com um de seu três discípulos, pensando bem, ele teve um pouco de má sorte com cada um deles, Orochimaru era obcecado pela imortalidade e conhecimento infinito, que sempre o cortejavam a segui-lo, com promessas de poder.

  Tsunade Senju, neta do primeiro rei Hashimara Senju, era viciada em jogos e em bebidas, apesar do parentesco não herdara a habilidade que caracterizou na história, o elemento madeira, que era a junção de outros elementos que ele possuía, algo extremamente dificil e raro de acontecer, apesar disso era conhecida como a melhor médica que existia, uma mestra nas artes da medicina sem igual, que atualmente tinha uma aprendiz que trabalhava duro para algum dia a suceder e tomar seu lugar.

  Além disso havia sua companheiro Shizune, junto com seu porquinho Ton Ton, que sempre a alertava sobre jogos e bebidas desmoderadas, era praticamente a alma da senhora Tsunade, como era chamada por ela, além disso, Tsunade tinha muitas dívidas, mais do que uma vida inteira de trabalho ou um imenso tesouro poderia pagar, então vivia trocando sua aparência com uma técnica secreta, na verdade, Tsunade tinha quase cinquenta  anos, mas parecia uma mulher de seus vinte e cinco, iludia várias homens para jogar, tentando ganhar dinheiro, mas sempre perdia, o que lhe rendeu o apelido de “a grande otária”, rainha das dívidas.

  O outro do trio conhecido como os Sannins lendários de Konoha era Jiraya, conhecido como “Gama Sannins”, o sábio dos sapos, poderoso o suficiente para combater um exército inteiro por dias e noites a fio, mas seu poder só se comparava a sua “devoção” ao corpo feminino, simplificando, ele era um completo tarado, que, como desculpa para espionar mulheres nas termas, usava a desculpa de estar fazendo pesquisa para seus livros, era um hobby, mas dava dinheiro, inclusive Kakashi era um grande fã.

  Jiraya também era quase impossível de se encontrar, sempre viajava, investigando uma organização secreta que começava a surgir nas sombras, descobrira algo interessante sobre o grupo, e, provavelmente logo, voltaria a Konoha, além disso, Jiraya era o padrinho de Aya.

  Minato mandou que os chamassem imediatamente, enquanto sua cabeça ainda se ocupava com a filha, o mesmo valia para Kushina que, sem perceber, acabava aprouxando um pouco o treinamento de Yugao, que percebia isso, mas sabia que era pessoal, e que não era educado se intrometer na vida pessoal dos outros, ainda mais quando os “outros” eram seu superiores.

 

  - Precisamos contê-lo o mais rápido possível, ele já envenenou a mente da princesa, imagina do que ele é capaz de fazer - As palavras de Danzou traziam preocupação, e estava certo, afinal era a herdeira do trono que havia ‘sido levada“, de novo, apenas para lembrar a Minato que a segurança precisava ser ainda mais rígida, não só do palácio, mas sim do reino.

 

  -Não se preocupe, eu estou bolando um plano contra ele, quando eu terminar, só precisaremos que Neji o ache e então conseguiremos a raposa de volta, e a prenderemos de uma vez por todas - A voz de Minato trazia raiva, enquanto conversava com Danzou na sala do trono, sua mente se tornava cada vez mais pensativa, estava quase obcecado por recuperar a raposa, o peso da responsabilidade estava cobrando seu preço, quando as bestas foram capturadas pelo primeiro rei, em um acordo para manter as coisas em paz e em ordem, ele dividiu as nove para todos os cinco reinos, Konoha ficou apenas com uma, mas essa era a mais poderosa das bestas imperadoras.

  Mas agora Konoha não a tinha mais, se as outros reinos descobrissem seria um caso muito pior, poderiam aproveitar a oportunidade para destroçar Konoha como se fosse um palito de dente.

  Ele precisava reunir suas forças e pensarem um plano, agora mais do que nunca, e ja tinha algumas ideias para isso.

 

  -Danzou, convoque o conselho, temo algo importante a tratar com eles - Disse enquanto segurava um pergaminho em mão, lendo-o cautelosamente.

 

  - Parece que o reino do relâmpado tem feito movimentos em nossas terras, irei tratar disso, pessoalmente se necessário - Danzou curvou-se levemente enquanto saiu para convocar o conselho, o reino do relâmpago possuía os guerreiros mais rápidos já vistos, talvez estivessem atrás de algum criminoso ode suas terras, mas isso era pouco provável, nenhum até hoje conseguira escapar daquelas terras com vida, e se tivesse conseguido, não deveria ter durado dois dias, visto que a eficiência dos caçadores de recompensa daquele lugar deixaria qualquer um de queixo caído.

  Além do mais, vários de seus soldados haviam desaparecido misteriosamente, enquanto antes disso os havia mandado procurar por Naruto, em algum ponto algo deve ter acontecido, depois de algum tempo os homens voltaram, com certo trauma psicológico, trazido a suas mentes por uma grande dose de terror.

  Diziam que alguma criatura os havia cercado e capturado, apesar de não os ter devorado, mas não lhes fizeram nenhum mal intencionalmente, apenas os queriam fora dali, provavelmente protegendo seu ninho, inclusive o homem que “passava horas no bar sem ficar bêbado”, depois do episódio que passou, finalmente resolvera falar com a garota pela qual tinha sentimentos, afinal de contas, aquela situação lhe mostrou que ele não sabia quando iria morrer, então deixou seu medo de lado e falou com ela, convidando-a para sair quando ele recebesse sua merecida folga, a resposta não poderia ter sido melhor, ele foi respondido com um sorriso radiante, claro, seus colegas tiraram sarro dele depois disso, o que quase rendeu mais um nariz quebrado, mas ele estava feliz demais para isso, então decidiu dar de ombros, daquela vez.

  Ele se dirigia até uma sala especifica, depois de esperar vinte minutos, dava para sentir a tensão por de trás da porta, o conselho não era convocado há muito tempo, e nunca era feito sem um excelente motivo.

  Minato respirou fundo, enquanto girava a maçaneta lentamente, abrindo a porta e fechando-a lentamente depois de passar por esta, certificando-se de que não havia ninguém mais ali, ao se fechar, a sala havia ficado mais tensa, todos esperando o rei se sentar para começar a reunião.

  Ele olhou para cada um ali sentado, depois disso começou a falar.

 

  -Dou inicio a reunião do conselho, como justificativa, eu lhes digo que podem ter sido achadas pistas de alguns esconderijos de Orochimaru, pretendo iniciar buscas, dependendo do que for decidido aqui - Sua voz parecia ser a única ali, ele não poderia esperar simplesmente que concordassem com sua decisão, seria cometer o mesmo erro, teria que esperar a decisão do conselho antes de tomar qualquer medida, e isso poderia demorar…

 

[...]

 

  - Ah, caramba, eu ainda não aprendi direito como fazer isso, é tão irritante - A voz parecia familiar, enquanto era a única coisa que fazia barulho naquela casa envelhecida, seus passos eram silenciosos, eles pareciam não existir, eles subiram até o segundo andar, onde viram que havia um buraco, para que pudessem observar melhor o que a figura encapuzada fazia, ela parecia entretida demais para perceber qualquer coisa ao seu redor.

  Sua versão mais velha começou a expelir uma fumaça negra de sua pele, enquanto esta começava a  se tornar cada vez mais forte, dele surgiram correntes que lentamente rodearam a casa, ele lhe olhou, “te explico mais tarde” era o que seu olhar dizia.

  As correstes literalmente penetraram as paredes, que se escureceram um pouco mais e depois voltaram ao normal, isso lembrava uma barreira, o que não era muito diferente.

   Aos poucos eles se aproximavam, enquanto deixavam-na falar sozinha.

 

  - Onde é pra colocar isso mesmo ? Se me lembro bem essa posição serve para mandar a mensagem para alguém especifico… Não, não, é um local específico, droga, porque eu fui esquecer o meu diários de anotações logo hoje ? - Sua voz lhe pareceu familiar, enquanto alguns fios de cabelo escarlate escapavam do capuz, ela se remexia, enquanto parecia procurar algo.

  Ele viu um pequeno envelope em suas mãos, e logo reconheceu o brasão da familia, era a cabeça de um leão, cuja juba era formada por cinco espadas, quase como uma estrela, mas parecia não ser para ele, não para Minato, por que Naruto pensou isso ? Por que a figura simplesmente colocou esse envelope em outro maior, um envelope negro e vermelho, sua versão mais velha já sabia do que se tratava, então, com uma troca de olhares, ambos confirmaram e avançaram.

  Foi tudo muito rápido para se ver, em um instante correntes foram liberadas das paredes, imobilizando a figura e, logo em seguida descargas elétricas foram descarregadas, eletrocutando-a,  Naruto, com aquele grito, quase percebeu quem era, a vaga ideia passou por sua mente, mas não queria acreditar, não queria acreditar que depois de tudo era “ela” quem realmente o havia traído, que havia começado o “efeito dominó” que o havia tirado tudo, sua felicidade, seus amigos, sua familia, seu amor.

  - Se prepare, eu só posso matar aqui sob circunstâncias muito específicas, tem que ser você, o fato dela não ter me visto deixa tudo mais facil, então não demore - Ele foi até a figura desacordada presa nas correntes, torando seu capuz.

  O Naruto mais novo quase perdeu o equilíbrio, dando um passo para trás, negando com a cabeça, ele não acreditava que seu pensamento havia acertado em cheio, ele negava a todo o momento, pedia, implorava para ser algum tipo de ilusão ou algo do gênero, mas não era.

 

  - Espere, tenho uma ideia melhor - Analisando melhor a situação, aquilo era uma oportunidade de conseguir informações, o Naruto mais velho tocou a testa do Naruto mais novo.

 

  - Confie em mim, vou controlar o seu corpo por alguns instantes - O mais novo tirou a mão dele de sua testa, enquanto o olhava com raiva, ele não gostava de ser controlado, o mais velho sabia disso, mas ele não estava em posição de negociar nada.

 

  -Escute aqui, eu não vou botar tudo a perder por causa de um orgulho estúpido que eu costumava ter, por causa dela nós perdemos tudo, porque eu era imaturo como você, se você não permitir que consigamos alguma informação, eu mesmo vou te obrigar - Ele rapidamente tocou a cabeça de Naruto com seus cinco dedos, ele ficou estático, enquanto o mais velho mergulhava nas lembranças dele, compartilhando sentimentos e memórias, o mais novo viu como cada uma das pessoas que amava morrer.

  Foi então que se tocou que estava atrapalhando, sendo um fardo naquele momento, que não era forte o suficiente para proteger todos, então se permitiu ser controlado, enquanto o Naruto mais velho desaparecia em uma névoa.

  Seu olhar se tornou frio, tão frio quanto a montanha em que encontrou o velho dragão ancião, ele viu aos poucos a garota acordar, seu corpo completamente imobilizado, seus olhos verdes percorreram seu corpo, apenas para comprovar que não tinha saída, Naruto a revistou, retirando dela um pequeno punhal e uma folha com um selo específico que ele conhecia, um selo explosivo, característico de missões de infiltração, se ela fosse morrer, que levasse o máximo possível com ela.

 

  -Então, o que tem para me contar espiã ? - Começou ele, enquanto ela erguia a cabeça, deixando a visão de sua face livre dos cabelos vermelhos, seus olhos escarlates exalavam surpresa, enquanto dentro da própria mente o Naruto mais novo via a tudo, enquanto o mais velho controlava ele.

 

  - Parabéns, apesar de eu me perguntar como você descobriu, mas isso me mostra que eu devo tomar muito cuidado com você… -

 

  - Não se preocupe, não vai ter que se esforçar mais, essa é a ultima vez que nos vemos, mas eu vou extrair cada informação que você tiver, claro, eu poderia simplesmente entrar na sua mente, mas não seria tão prazeroso para mim…- Começou falando baixo, por mais que soubesse que ninguém o escutaria, não ali, ninguém viria ajuda-la,

 

  - Quem lhe enviou ? - A pergunta saiu curta e rápida como o corte de uma espada, ela não o respondeu, olhando-o com um olhar travesso, cuspiu em sua direção, mas Naruto desviou rapidamente, com um sorriso no rosto, isso tornava mais interessante, lhe dava motivação.

 

  - Eu tenho todo o tempo do mundo, você não, então vou usar uma técnica que eu aprendi, e você vai ser a primeira a experimentar, pode gritar o quanto quiser, eu coloquei uma barreira, então ninguém irá escuta-la… - Ele começou, enquanto sorria, vendo-a tentar se soltar das correntes, mas foi levemente eletrocutada, um choque que a fez parar de se mover, não sentia o corpo, mas sentia a dor latejante do choque.

  Ele se aproximou dela, acariciando levemente seu rosto, enquanto suas garras se projetavam para fora rapidamente e, em um movimento feroz a arranhou, fundo, dois cortes que preenchiam toda a sua bochecha direita.

  A dor a fez gritar, aquele choque fez algo com seu corpo e afetou o seu sistema nervoso, maximizando o que o corpo sentia, a esta altura seu corpo estava mais de dez vezes mais sensível, ela sentia tudo, o toque do vento em sua pele, o calor que emanava do corpo de Naruto, até mesmo sua respiração, era quase insuportável.

  Ele alcançou seu dedo indicador da mão esquerda e o girou, quebrando-o, ela gritou, o máximo que conseguia, aquilo era anormal, nunca sentira tanta dor em sua vida, enquanto isso o Naruto mais novo olhava, dentro da própria mente, e ainda se recusava a aceitar que ela era realmente uma espiã, de quem ? Por que ? Era o que sua versão mais velha iria descobrir para ele, para evitar o futuro desastroso que se aproximava, mas a esta altura ele já fora mudado, mas não quer dizer que não houvesse chance de ele ser ainda pior.

  Ele conhecia aquele método de tortura, mas nunca tivera a oportunidade de usar, Zabuza lhe explicou uma vez que se aumentássemos a capacidade sensitiva do corpo ao máximo, sem sobrecarrega-lo, não seria necessário tanto esforço para tirar alguma informação, mas ela parecia conhecer algo desse tipo de método, mas não podia aguentar para sempre, nada podia.

  Foi então que ele ouviu sua própria voz, repetindo a pergunta, não tendo nenhuma resposta, quebrou o dedo mindinho, outro grito de dor e agonia, foi quando ele fez algo para mantê-la acordada, consciente, pensando, para que a “diversão” não fosse interrompida.

 

  - Diga… Quanto é mil menos sete…?-

 

[...]

 

  - Foi assim então ? Tem certeza ? Não fez nenhum mal a eles né ? - Disse ela, a voz que falava da escuridão para com ela, uma voz gentil, quasa amável, se a pessoa que estivesse falando não estivesse em cima de uma montanha de ossos, tanto de animais quanto de pessoas.

 

  - Não, não fiz nada a eles, simplesmente o soltei na região ao qual pertenciam, levou tempo, mas foi bom para colocar as ideias no lugar, ainda não entendo direito por que ele me poupou, então queria pensar nisso - Ela levou a mão até sua garganta, enquanto acariciava levemente a cicatriz, olhou a sua volta, haviam apenas as duas ali, no meio do escuro, iluminadas apenas por uma pequena fogueira de fogo amarelo.

 

  - Ele é que nem você, ele foi negado pelo próprio povo, pela própria espécie, e desde então ele procurava aceitação, ele encontrou a dele, mas ele teve ajuda para encontrar, então ele decidiu te ajudar a encontrar o seu caminho, a sua aceitação - A dona da voz parecia entender o que aquele ato significava, porque ele havia poupado a vida de sua amiga, e era grata por isso.

 

  - Eu não sei como agradecer, se é que devo …-

 

  -Bem, iremos encontra-lo em breve, não se preocupe com nada, eu o conheço há mais tempo do que você, estou anciosa para vê-lo de novo, para fazê-lo sangrar de novo, como nos velhos tempos… - Ela levantou a mão, trazendo até a boca o pedaço de carne ainda grudado no osso, carne essa que ainda a poucos minutos estava sendo assada na fogueira, o gosto lhe trouxe um sorriso aos lábios, os olhos brilharam com o sabor da carne, em seguida gemeu deliciosamente, em resposta ao sabor.

  Apesar de tanto tempo haver se passado, ainda pensava nele, precisava dele, não era a mesma coisa, caçar se tornou tedioso, os combates monótonos, a diversão escassa, somente Naruto lhe proporcionava algum desafio de verdade, somente ele a havia feito sangras, somente ele era páreo para ela, mesmo que combate dos dois sempre fosse até a quase morte, sempre empataram, sempre houve rivalidade.

  Seus olhos se tornaram brilhantes, enquanto a caverna parecia cada vez menos escura, conseguia até mesmo enxergar a entrada há vários metros a frente.

  Sorriu, mostrando as presas brilhantes, enquanto continuava a se alimentar, a lembrança de Naruto voltou a sua mente mais uma vez, as memórias de sua ultima luta antes de se desencontrarem por tanto tempo.

 

  -Partiremos em breve Thly, se apronte - A voz parecia apressada, a ideia de ver ele de novo a deixava animada, se perguntava se o gosto do sangue dele havia melhorado, assim como ela havia feito com ele, era o único que a fizera gritar de dor.

  Ainda se lembrava do grito dele, não tinha sido fácil, mas ela o fizera gritar de dor, assim como ele fez com ela logo em seguida, ele era um lutador magnifico, mesmo tão jovem, apenas lhe faltava experiência, que rezava para quele tivesse obtido, caso contrário, seria massacrado por ela, mas mal sabia que, se não tomasse cuidado, seria o contrário.

 

  - Certo, vou aprontar as coisas - Subiu ela pelas paredes da caverna, desaparecendo na escuridão da mesma, enquanto a risada quase infantil de sua companheira traria arrepios a qualquer um que a escutasse de fora da caverna, estava ansiosa, muito ansiosa.

 

  [...]

 

    Ela arfava, estava quase perdendo a voz de tanto gritar de dor, o corpo completamente dolorido de tanto se espernear em reação à aquela tortura, os olhos vermelhos, cansada de chorar de dor, ele insistia em prender sua mente aos números para não desvanecer nos braços da inconsciência.

  Vários pequenos cortes localizados em seu corpo, quase todos os dedos das mãos quebrados, tirando o inticados, o dedão e o anelar da mão esquerda, as correntes apertavam seu corpo, fazendo o sangue circular mais devagar, evitando que ela desmaiasse por perda de sangue.

 

  -... setecentos e… sessenta e… - Gritou mais uma vez, ao sentir o osso se seu braço direito se deslocar por causa das correntes que a apertava. fora levemente eletrocutada mais uma vez, até quase se dar por vencida, mas, em um ultimo esforço, ela segurou sua lingua, sem entregar qualquer informação, mas não aguentaria muito mais.

 

  -Então, Asami está envolvida nisso ? Terei que tortura-la também ? - Sua voz exalava certa frieza, mas também certa excitação, Naruto, aquele Naruto, estava adorando torturar a pessoa responsável por ter lhe tirado tudo o que amava, era indescritível.

 

  - Não, infelizmente não… - Suspirou, tomando fôlego, falar era difícil -... Apenas eu daquela familia está envolvida… Se me matar, elas vão perceber, e correrão atrás…

 

  - Não está em posição de negociar aqui, mudar uma lembrança é facil para mim, ainda mais de apenas duas pessoas, só preciso mudar a lembrança de você, fazer com que pensem que nunca se quer existiu, ou simplesmente dizer que você decidiu viajar, não é como se fosse sua real familia não é mesmo ? - Aquilo a surpreendeu, ela não tinha o que barganhar com ele, o que negociar, ela sabia que iria morrer ali, mas qualquer esforço para sair dali com vida valia a pena.

 

  - Eu fui enviada para te fragilizar, sabemos que sua força vem das suas emoções, minha missão era te… desestabilizar, torna-lo fraco… - Sua voz saiu fraca, enquanto ele ouvia palavra por palavra, prestando atenção.

 

  - Nós ? -

 

  - Sim, um grupo de mercenários poderosíssimos que querem o mundo para eles… Não sei os detalhes de seus membros, apenas o nome de alguns, Hidan e Kakuzu, os imortais, Sasori da areia vermelha, mestre das marionetes… - Respirou - Konan, a anjo de papel, e Deidara, senhor das explosões… - Parou, olhando a feição de Naruto, ainda sério, algo naquele olhar lhe dizia que ele já havia encontrado algum deles.

 

  - E seu líder é ? - Sua pergunta foi direta e em alto e bom som, as correntes ameaçavam apertar ainda mais seu corpo, jurava ter sentido alguns de seus ossos racharem,, logo continuou.

  

   - Eles o chamam de Pain… - Ao dizer esse nome o céu brilhou com os rápidos relâmpagos, e os trovões vieram logo em seguida, parecendo não querer que esse nome fosse pronunciado, querendo que fosse esquecido.

 

  -Ele é mais poderoso do que você jamais será - Ela girava seu pescoço, lentamente, não vendo outra alternativa, não queria entregar mais nada, no final, se saísse viva e reportasse ao seu superiores, seria morta de qualquer jeito, ela iria morrer ali, mas não daria o luxo de dar a Naruto mais nenhuma informação.

  O que a intrigou foi ver ele sorrir, um sorriso que parecia que ele estava esperando desde o começo para libertar por entre os lábios, um sorriso que, se não parecesse que iria rasgar sua face, mostrando seus caninos afiados e pontiagudos, poderia ser considerado um sorriso de emoção e felicidade,

 

  - Vai mesmo quebrar o próprio pescoço ?  Que cena bonita, mas apenas eu posso te matar - As correntes se enrolaram ao redor de seu pescoço e cabeça, mantendo-os retos, impossibilitando-a de se mover.

  Ele encostou em sua testa, fazendo questão de feri-la com sua garras, em seguida adentrando em sua mente com um sorriso maléfico em seu rosto.   

  Viu a maioria dos membros, ela fora treinada para ser espiã desde cedo, seu treinamento começou com Danzou, que teve que abandona-la em um dos esconderijos por causa da guerra, depois disso ela começou a seduzir homens poderosos para conseguir informações para trocar por dinheiro, mas não fazia isso pelo dinheiro, fazia isso pela emoção, pela matança, e ela gostava disso, gostava muito.

  Só não foi morta por esse grupo porque acharam que ela teria alguma serventia, mas no final ela sabia que, se fosse descoberta, iria morrer de um jeito ou de outro, ele descobriu, enquanto lá, que ela não era a única espiã plantada ali, e agora Naruto já sabia quem eram os outros, não iria deixar nenhum vivo, iria exterminar todos, na surdina da noite.

  Ele não permitiria que nenhum ficasse vivo, que nenhum respirasse ou saísse de lá com vida, mataria todos, ao terminar viu a garota o olhando perplexa, não sabia como ele fizera isso, só sabia que agora ele sabia de tudo o que ela sabia, e isso a fez estremecer, falhara completamente em sua missão, sentiu vergonha de ser chamada de espiã e baixou sua cabeça.

 

  - Você matou, mutilou e roubou, fez sua escolha, agora irei te apresentar a consequência se suas escolhas - Fechou os olhos vermelhos lentamente, enquanto levantava sua mão direita, cedendo o controle do corpo de volta ao Naruto original daquela linha do tempo, que estava um pouco desnorteado, mas, ainda assim, manteve-se de pé, a troca demorava alguns segundos para acontecer.

  Quando abriu seus olhos novamente, ela viu um brilho diferente, um brilho de tristeza, enquanto aceitava seu destino, mesmo Naruto sabendo que nuca foi real, jamais esqueceria como ela brincou com ele, e isso o fez ficar om raiva.

 

  - Que na morte você encontre a paz que buscava em vida… - Suas garras se alongaram enquanto sua mão parecia ferver, ele aproximou as garras de sua garganta lentamente, olhando-a nos olhos, ele lentamente movia seu corpo, ele realmente não queria fazer aquilo, mas, se fosse para escolher ela e sua familia, escolhia sua familia sem sombra de duvidas

 

  -... Adeus… Azuka - Em seguida a madeira daquela casa foi manchada com seu sangue em um movimento rápido de seu braço, o ultimo pensamento da ruiva, antes de ter sua cabeça separada do seu corpo, foi se lembrar da sensação ao beija-lo, ela o mataria na primeira oportunidade, mas não queria dizer que ela não tivesse gostado da sensação.

  Quando terminou de se lembrar sua cabeça já estava no chão, rolando em direção a porta, Naruto se afastou, enquanto sua versão mais velha surgia de dentro de sua sombra, o mais novo se ajoelhou a frente do corpo sem cabeça de Azuka, cujas correntes suspendiam foram desfeitas, manchando ainda mais o chão com seu sangue.

   O mais alto tocou seu ombro com sua mão, enquanto ele o olhava, os olhares se cruzaram rapidamente, mas parecia que ficaram se encarando por anos e anos, o mais velho tocou o corpo e este se incinerou por completo com chamas douradas, se quer deixando pistas do que ocorrera ali, depois disse desfizera a barreira, a casa permanecia intacta, a unia coisa que restara fora a carta que ela pretendia mandar para seu superior, Naruto a pegou e a guardou, discutiria isso mais tarde na companhia dos outros, ele parecia feliz por vingar seus amigos de outro tempo.

 

  - Foi por uma boa causa, lembre-se disso - E desapareceu, junto de Naruto, reaparecendo em meio a floresta.

 

  - Você é muito instável mentalmente, então eu vou e ajudar a controlar isso, e a fera dentro de você, pode demorar, e vai doer, ma eu vou te ensinar, esteja preparado, seu primeiro dia de treinamento é hoje, e não vou pegar leve, não vou se como o Zabuza, eu vou fazer você gritar, vou te fazer sangrar, vou te fazer implorar para que eu pare… -  Ele andou até Naruto, e, em um movimento rápido, mais rápido do que ele conseguia enxergar, lhe acertou um soco em seu peito, o catapultando para trás a vários metros, chegando a ficar no ar por mais de dez segundos, e mais dez até parar de rolar no chão.

 

  - Eu não vou parar, não até que eu ache que seja o suficiente para você poder mantê-los vivos, todos eles, então se levante pedaço de merda… - Demorou alguns segundos para Naruto e levantar, o mais velho já havia avisado Kurama sobre seus planos de ensinar sua versão passada a lutar de verdade, o que poderia demorar um pouco, ela os avisaria e os deixariam cientes de que ele não deveria ser atrapalhado, muito menos por Kurama.

  Colocou-se em posição de luta, ele não estava com sua adaga dourada, e nem precisaria dela em um combate desarmado, seu corpo tremia, ele não conseguia estabelecer controle sobre ele, perante a intenção assassina, muito mais forte do que a de Zabuza.

  Não teve certeza, mas aquela sensação não era nada familiar, nunca a sentira em sua vida, não tão forte, ele sabia o que era, aquele formigamento que o seu corpo sente, a adrenalina subindo, aquilo era medo…


  - … Eu vou te transformar em um guerreiro de verdade… -

 

 


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Notas finais do capítulo

E então ? futuro ruim hein ? a coisa vai começar a ficar feia a partir de agora.
Comentem e recomendem, isso sempre me anima e me motiva a postar mais rápido ok ?

Até a próxima o/