Early Sunsets Over Suna escrita por gaara do deserto


Capítulo 20
Proteção - My Eternal Fall Angel


Notas iniciais do capítulo

na tentativa de se redimir...



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- Temee!!! – ele correu na direção do inimigo, o Kage bunshin loiro ao seu lado – Oodama Rasengan!

Um sorriso vitorioso brotou de seus lábios quando o clone desapareceu. Naruto enxugou a testa, recuperando o vigor.

- Tajuu Kage Bunshin no Jutsu! – um time de Uzumakis se espalhou pelo campo de batalha, cercando um grupo de nukenins apavorados – Idiotas!

Súplicas ininteligíveis saíram das bocas dos inimigos sem escapatória. Naruto sorriu perversamente.

- Minna, vambora! – ordenou ele aos seus bunshins ansiosos – U- zu ma ki... – corpos chocaram-se no ar, ossos quebraram – Naruto Rendan!

Os nukenins caíram aos montes, derrotados.

- Pare de se exibir – recomendou Kakashi, aproximando-se num pulo do Jinchuuriki – Foco, Naruto! Eles são apenas distrações! Temos que acabar com eles rapidamente!

- Yoshi, Kakashi-sensei – acenou o garoto, apesar de inconformado – Só quero me divertir um pouco, ‘tebayo...

O jounnin estava para retrucar quando um pássaro de tinta foi ao encontro dos dois.

- Quais as noticias, Sai? – resolveu perguntar o copy ninja ao ver o shinobi desfazer o Choujuu Giga.

O pálido rapaz repassou a situação num tom indiferente.

- Hoshigaki Kisame está lutando com o Kazekage Gaara – resumiu.

- Nani?! – espantou-se Kakashi.

- Dattebayo, a glória vai ficar toda pro Gaara... – resmungou Naruto, irritado.

Kakashi deu-lhe um tapa na cabeça.

- Baka, não percebe que Gaara pode morrer? – exclamou – Lembra-se de Deidara? A Akatsuki não é brincadeira, Naruto.

- Eu sei – retrucou o loiro.

Uma repentina chuva de kunais foi à direção dos três.

Todos se desviaram, sem esforço.

- Temos que terminar com isso logo – ordenou Kakashi, e Naruto e Sai o acompanharam de volta a luta.

***

Gaara arfava. Achava que não poderia agüentar por muito mais tempo. Como poderia continuar a atacar Kisame se não chegar perto o suficiente? Qualquer tentativa de aproximação era interrompida pela fúria de Samehada, querendo sugar-lhe o chakra.

Não havia muito mais o que pensar.

- Suna no Mesou! – mãos de areia levantaram-se do deserto, avançando violentamente para Kisame, que se desviou, sorrindo malignamente, Samehada na mão direita.

- Suiton! – berrou, saltando e puxando o ar – Baku Suishouha!

 A água jorrou da boca de Kisame, inundando um bom pedaço de areia. Gaara foi atingido pelos jatos aquosos, caindo no recém-criado lago.

- Shine, Kazekage-sama – sibilou o nukenin – Suiton: Goshokuzame.

Tubarões se materializaram na água, famintos e indo de encontro ao ruivo.

- Primeira rfeição – entoou Kisame, passando a ponta da língua pelos dentes afiados.

- Errado, Hoshigaki Kisame – a voz de Gaara era divertida, às costas do Akatsuki, observando seu clone de areia se espatifar quando um dos tubarões avançou – Suna Kawarimi no Justu. – O jutsu se desfez então.

Kisame girou, procurando-o e achando-o alguns metros acima do chão, graças ao Sabaku Fuyuu. Irritou-se e berrou:

- Não irá escapar tão fácil, Sabaku No Gaara! – e numa velocidade que nem Zabuza teria acompanhado, ordenou – Suiton: Suiryuudan No Jutsu!

- Suna Ryuuna No Jutsu! – contratacou Gaara, elevando a areia das planícies.

E, furiosamente, os dois dragões se atacaram, um disposto a estraçalhar o outro. Ondas de impacto se espalharam em todas as direções.

- Kazekage-sama!

Matsuiri chegara à cena com esforço, por cima da água revolvida e das nuvens de areia, kunais entre seus dedos, pronta para defender até a morte seu ex-sensei.

O sorriso de Kisame tornou-se um pouco mais demente.

 

***

 

O sangue jorrava.

Nunca houvera tantas suplicas para se agarrar à vida. A mente se tornava delirantes.

Sakura respirava fundo no meio daquele horror. Todos os seus esforços eram empregados em salvar aqueles valentes shinobis, apesar de existir uma pequena parcela que, se tivesse uma segunda opção, certamente não deixaria sua vida nas mãos de uma estrangeira.

Mas a médica-nin não se importava com o desgosto que pudesse estar causando. Ela fazia por Gaara.

Ela enfrentaria tudo por Gaara.

Enquanto cuidava dos graves cortes de um shinobi de cabelos púrpuros espetados que agüentava firme a dor, ela ouviu uma violenta colisão do lado norte. Seu coração ficou apertado, mesmo concentrada em seu trabalho.

Ela confiava em Gaara, mas não em Hoshigaki Kisame.

E se a Akatsuki podia fazer uma vez, quem garante que não faria de novo?

- Ele... Ele vai vencer... – balbuciou o shinobi, entre arquejos.

Sakura olhou-a surpresa, mas teve um pequeno vislumbre da luta que ocorrera entre Gaara e Naruto.

Aquilo pareceu confortá-la de alguma forma.

 

***

- Shine, Hoshigaki Kisame! – gritou Matsuri, correndo na direção do nukenin.

- Pare, Matsuri! – ordenou Gaara, ciente do perigo – Saia de perto dessa água!

Mas a kunoichi não pareceu ouvi-lo, ou não quis, lançou as kunais, mirando nos pontos vitais de Kisame.

Ele se desviou, desaparecendo da vista dos dois.

E então, várias coisas aconteceram em rápida sucessão.

Um mizu bunshin ergueu-se da água.

- Suirou No Jutsu – Matsuri se viu presa dentro de uma densa bolha d’água, mais nervosa por ter falhado do que por estar perto de se afogar. O mizu bunshin olhou-a, divertindo-se de ser o carrasco.

A raiva de Gaara tornou a entrar em ebulição e decidiu acabar de vez com aquela luta, a velha sede de sangue proveniente do Shukaku alimentando-o.

- Suna Bunshin No Jutsu! – o clone de areia avançou para o carrasco de Matsuri, mas Kisame, escondido, conjurou um segundo bunshin, que imediatamente iniciou uma luta com o clone de areia – Lute comigo, Hoshigaki Kisame!

Ele não poderia deixar Matsuri morrer.

Não poderia.

A gargalhada de Kisame mexeu com seus sentidos. Instintivamente, Gaara soube onde atacar.

O ruivo saltou da nuvem de areia, acertando um ponto qualquer que descobriu-se ser o tórax do nukenin, novamente sendo lançado pelos ares com o repentino ataque de Gaara, que avançou uma segunda vez, chutando-o certeiramente no estomago. Nesse meio tempo a Samehada foi arremessada para o alto e, em seguida, capturada por um feixe de areia manipulado pelo Kazekage, já seguro em uma nova nuvem de areia.

Era sua chance.

Kisame levantou-se da água, cuspindo sangue. Realmente não estava lidando com o mesmo shinobi que enfrentara Deidara, ele tinha que reconhecer.

- Tudo bem, Sabaku No Gaara – disse, limpando o sangue da boca – Vamos fazer do seu jeito...!

- Solte a garota, então – propôs Gaara, cauteloso com o tom animado do adversário – Esta luta é entre nós dois.

O primeiro mizu bunshin continuava guardando Matsuri e observava, entretido, a luta entre o segundo bunshin e o suna bunshin eclodir no ponto em que os dois se destruíram ao mesmo tempo. Dentro da bolha, a kunoichi resistia à sufocação e sabia o quão estúpida fora, mas o sentimento de proteção, de obsessão que nutri por Gaara a impeliu àquele ato impensável.

Seu anjo caído não podia deixar de existir.

- Sem chance, garoto – sibilou Kisame, rindo – Vai ter que me derrotar primeiro se quiser a pirralha de volta.

E com um ágil movimento, partiu para cima de Gaara, o punho cerrado. Puro taijutsu.

“Será que esse infeliz não se cansa?”, pensou o Kazekage desviando-se dos potentes chutes e golpes de Kisame, que levantavam água por todo o lado.

Felizmente, os movimentos dele eram previsíveis e Gaara sabia o que tinha que fazer.

Matsuri assistia a tudo, abismada.

 

***

A poeira demorou a cessar, mas, quando o fez, o resultado não poderia ser diferente: os chamarizes da Akatsuki haviam sido dizimados.

Temari guardou seu precioso leque às costas, o sorriso arrogante de sempre. Localizou Kankurou alguns metros à frente, ajudando shinobis de Suna que pudessem estar feridos.

- Finalmente acabou... – suspirou a loira, indo auxiliar seu irmão.

Mas então, ouviu passos e se virou, pronta para atacar.

- Missão de paz, missão de paz! – disse Naruto, com as mãos pra cima, Kakashi e Sai ao lado, inexpressivos.

- E o lado sul? – perguntou Temari.

- Tudo limpo – assegurou Kakashi.

- E o Kazekage Gaara? – quis saber Sai – Como a luta acabou?

- Não acabou – disse a kunoichi, tensa – Temos que ir para lá.

- Onde está a Matsuri-san?

Kankurou aproximou-se do grupo, limpando as mãos, enquanto uma nova equipe de médicos-nin chegava ao local.

- Ela estava aqui – respondeu a irmã, olhando para os lados como se fosse materializar Matsuri a qualquer momento.

- Será que...? – a pergunta de Kankurou ficou suspensa. Todos se entreolharam.

- Baka – disse Sai, cruzando os braços – Que chances ela te...?

- Cale-se, Sai – interrompeu-o Kakashi – Você não conhece Matsuri.

- Quem é Matsuri? – perguntou Naruto, curioso.

Ninguém lhe respondeu.

 

***

O coração de Matsuri batia com mais velocidade, ansiosa e preocupada, fora a sensação de estar se afogando. Seus olhos não conseguiam despregar-se da cena à sua frente, embora fosse difícil acompanhar tudo.

Gaara defendia com perfeição os ataques de Kisam, mas este parecia estar à altura do ruivo.

O nukenin esticou a perna, dando uma rasteira no Kazekage, que pulou a tempo chutou o rosto de Kisame, mandando-o para longe. Porém, o akatsuki freou sua queda, desaparecendo em uma onda de água e reaparecendo, veloz, aos pés de Gaara; agilmente ergue-se, o punho fechado na direção do queixo do ruivo, que se desviou com um passo cambaleante.

Kisame aproveitou a chance e em um segundo apareceu às costas de Gaara, dando-lhe um chute nas costelas.

- Kazekage-sama! – arfou Matsuri, bolhas saindo de sua boca.

Kisame voltou a sorrir malignamente. Antes que um atordoado Gaara pudesse clarear os pensamentos, ele já estava lá. Parou o ruivo segurando-o pelo pescoço e ergueu-o, com o intuito de sufocá-lo.

- Você me irritou muito, “Gaara-sama” – riu Kisame, os olhos brilhando de loucura – Dê adeus a sua amada vila, ela será nossa.

E, tomando impulso, atirou o ruivo contra uma planície.

A garota chamou de novo por seu ex-sensei, desesperada. Isso divertia plenamente Kisame, que se aproximava dela.

- Me solte, seu desgraçado! – berrou Matsuri, a cabeça girando – SOLTE-ME!

- Ora, ora – sussurrou ele, tocando a bolha – Primeiro, eu irei buscar minha Samehada, depois lhe trarei o corpo de seu querido Kazekage... Se você se comportar, talvez eu te transforme em minha escrava, garotinha.

Ele mal de distanciou, quando foi surpreendido por mãos de areia, erguendo-se das planícies onde Gaara fora jogado.

Eram seus últimos esforços.

- Suna Missile!

Kisame foi pego pelo braço e arrastado. A pressão exercida pela areia era incrível. Se continuasse, provavelmente...

Subitamente, ele soube como Deidara perdera o braço naquela vez.

- Gaara...! – várias vozes gritaram o nome do Kazekage.

Ele tinha que recuar. No meio daquela insuportável dor em seu braço, Kisame viu um jeito de pagar na mesma moeda sua derrota.

Desfez o Suirou No Jutsu.

Gaara se preparou para o desfecho de seu ataque.

- SABAKU SOUS...!

Matsuri ficara surpresa com o estranho momento de liberdade.

- SUITON: SUIRYUUBEN!

Ela ainda olhava para seu anjo caído que nunca conseguira proteger.

Tudo virou trevas, então.


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Notas finais do capítulo

muito obrigada a vcs que estão me acompanhando até o fim!
Ano que vem posto o penultimo cap, okays?
Sei que naum sou a ficwritter ideal, mas eu tento fazer do meu sonho realidade!

Muito obrigada mesmo por lerem Early Sunsets Over Suna!