Early Sunsets Over Suna escrita por gaara do deserto


Capítulo 19
The War Begins


Notas iniciais do capítulo

Pois é, desculpa a demora como sempre.
Desta vez foi um motivo realmente sério que me acometeu.
Além de uma terrivel terceira avaliação no colégio, a porcaria do ENEM vazou na net e com a nova data, EU, que não tinha nada, NADA, a ver com isso vou ter que fazer meu PRISE mais cedo!
E a linha telefonica daqui de casa morreu, teve um derrame, sei lá, e me deixou quase um mês (pode contar!) sem net.
Chega de choro, então!



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O sol nascia preguiçosamente nas planícies rochosas de Suna e a areia era tocada com suavidade pelo calor que ele emanava, desprendendo lentamente o ar frio do chão.

Era a manhã despertando em todos os cantos, acordando os vivos e aquecendo as mortalhas daqueles que já haviam partido.

A janela do quarto de Gaara ainda estava aberta e as cortinas balançavam de um lado para outro, movimentadas pela brisa matinal. A luz adentrava o quarto, invasora e curiosa, examinado peças de roupas largadas pelo assoalho; próximos ao tapete jaziam um par de botas femininas; perto do pé da cama, uma toalha branca e uma blusa rosa.

A claridade chegou à cama, onde as cobertas estavam desarrumadas sobre dois corpos desnudos. Não demorou muito para que os olhos de Gaara se abrissem, seguidos de um leve espanto ao ver uma cabeleira rósea em cima dele.

E então, ele se lembrou do que acontecera na noite anterior. Ficou um pouco mais espantado com a própria ousadia, com a irracionalidade que o dominara. Mas afinal, ele era homem, e aquilo fazia parte do processo de maturidade...

Permitiu-se um suspiro vitorioso.

Com cuidado, para não acordar Sakura, ele se levantou, apoiando-se nos cotovelos. Contemplou-a adormecida.

Sorriu, imaginando como chegara a ponto de se apaixonar verdadeiramente por alguém, querer alguém com tanta intensidade que quase o deixava ensandecido.

Sakura se mexeu ao seu lado.

- Gaa... kun – sussurrou, sorrindo levemente.

O ruivo se curvou para ela, aproximando-se dos lábios dela e beijando-a. Imediatamente foi retribuído pela garota, que acordara.

As mãos de Sakura puxaram-no pelos cabelos, arrepiando-os.

Ambos riram quando interromperam o beijo.

- Ohayô, Sakura – murmurou Gaara.

- Ohayô, Gaara-kun – desejou-lhe a kunoichi – O que aconteceu? Você está rindo... O mundo vai acabar ou isso é um milagre?

- Talvez eu não tivesse motivos suficientes... – respondeu ele.

A kunoichi arqueou as sobrancelhas, desconfiada.

- Eu sou o motivo dessa felicidade? – arriscou.

- Não tenha dúvidas – respondeu o ruivo, acariciando o rosto dela com as pontas dos dedos – Mas não conte para a Temari que ela estava certa.

- Sobre o quê?

- Sobre me apaixonar. – disse ele, sério.

Sakura rolou por cima dele, se apoiando em seu peito nu.

- Eu te amo, Gaara – e beijou-o novamente.

Uma batida na porta quebrou o clima entre os dois.

- Gaara, você está aí? – a voz de Temari surpreendeu-os do outro lado.

- E agora? – sussurrou Sakura, em tom de riso.

O Kazekage encostou o indicador nos lábios dela, calando-a.

- O que você quer, onee-san? – perguntou ele, à guisa de resposta. Devia ter previsto algo do tipo. Ele costumava acordar cedo e deixar a porta de seu quarto geralmente destrancada, mas sua irmã provavelmente a encontrara trancada ao verificar se ele já saíra. E como era esperta, já devia estar somando dois mais dois...

- Ah... Não é nada, não... – e sua voz se distanciou. Gaara quase podia visualizar o sorriso que despontara no rosto da loira.

Concluiu que Temari já devia ter inspecionado o quarto de Sakura também.

- Ela sabe que você tá aqui – disse, depois de alguns minutos quanto teve certeza de que a irmã se fora.

- Que droga... – murmurou a kunoichi, despreocupadamente – E agora? – perguntou de novo, rindo.

- Agora acho que está na hora de ir para o meu trabalho – anunciou ele, olhando para o pedaço de céu que podia ver pela janela.

- Nós dois temos – concordou Sakura, saindo de cima dele – Eu não costumo me atrasar.

Ele esperou para ver se ninguém estava por perto quando abriu a porta e puxou Sakura até o outro lado do corredor, para dentro do banheiro. Os dois tomaram banho juntos e voltaram pro quarto de Gaara para se vestirem, sem encontrar ninguém para sorte de ambos. A casa já devia estar vazia.

Quando Gaara terminava de abotoar seu casaco e a kunoichi ajeitava sua bolsa de kunais, o que o Kazekage estivera temendo durante meses aconteceu.

Um estrondo ecoou pela cidade.

Os olhos de Gaara se arregalaram de espanto. Ele olhou para a kunoichi, que parecia tão aterrorizada.

- Um ataque inimigo!

O ruivo soube imediatamente o que tinha que fazer.

- Vamos – disse, correndo com Sakura para o corredor e quase se estatelando com Naruto, que irrompera inesperadamente de algum lugar.

- Gaara! – berrou ele ao vê-lo – E... Sakura-chan?

- Não temos tempo para explicara agora! – cortou ela – O que está acontecendo, Naruto?

- Acho que é a... Akatsuki, Gaara! – respondeu o loiro.

- Onde estão Kankurou e Temari? – perguntou Gaara, tentando manter a calma.

- Kankurou já deve estar lutando – respondeu Naruto – A Temari acabou de ir pra linha de fogo, esbarrei nela quando ‘tava vindo pra cá e ela me avisou que você ainda tava aqui.

- Então o que estamos esperando? – exclamou Sakura, puxando os dois shinobis pelos braços – Temos que lutar!

Os três saíram correndo em alta velocidade pelas ruas, na hora em que o alarme de emergência da vila, que a Gaara mandara instalar havia um ano, soou, avisando para que os civis fossem para os abrigos subterrâneos.

E enquanto disparavam, viram barracas viradas e pertences abandonados pelo chão, provenientes da pressa dos cidadãos em fuga.

- Cadê o Kakashi-sensei e o Sai? – perguntou Sakura, enérgica.

- No forte sul! – berrou Naruto – ‘tebayo, Sakura-chan, estávamos lá, vigiando... Se o Sai não estivesse voando naquele pássaro de tinta dele nunca saberíamos os desgraçados chegando pelo norte também! Logo pela entrada de Suna!

De repente, uma figura pulou de algum lugar, alçando-os com esforço. Era Matsuri.

- Gaara-sama! – gritou ela, ao emparelhar com o ruivo – Eu pude reconhecer um dos integrantes da Akatsuki no grupo que veio pelo norte, senhor! É Hoshigaki Kisame!

- O QUÊ? – berrou Sakura, horrorizada.

- Também houve uma distração para que não víssemos o principal grupo vindo pelo norte. – continuou Matsuri, ignorando a médica-nin.

- E essa distração atacou aonde? – perguntou Gaara.

- Lado sul, senhor!

Gaara, Sakura e Naruto engoliram em seco. O loiro se manifestou primeiro.

- Eu vou voltar, Gaara! – decidiu ele, e antes que os outros pudessem falar algo, o Jinchuuriki se foi.

- Para que lado os médicos-nin estão baseados, Matsuri-san? – perguntou Sakura.

Matsuri mais uma vez a ignorou. Gaara notou a expressão raivosa que perpassou o rosto de sua ex-aluna.

- Matsuri – disse ele implicitando sua autoridade -, Sakura lhe fez uma pergunta.

- Ào norte também, só que um pouco mais longe da fronteira - respondeu a kunoichi, indicando rapidamente um ponto um pouco mais ao longe da batalha – A maior parte dos shinobis foi para lá depois que avisaram sobre a esparrela do sul.

- Então irei para lá dá suporte hospitalar – anunciou Sakura, olhando para o ruivo com apreensão – Depois... Eu dou uma surra nos desgraçados que sobrarem!

- Tome cuidado, Sakura – pediu Gaara, o cenho franzido.

 - Você também, Gaa-kun! – desejou-lhe a kunoichi, partindo por cima de um prédio na direção que Matsuri lhe apontara.

Os dois remanescentes continuaram correndo sem, contudo, ver claramente o que vinha à frente, pois uma densa parede de poeira cobria tudo, como neblina.

- Teremos que arranjar uma idéia melhor para atacar – disse Gaara, conjurando a cabaça de areia – Sabaku Fuyuu – a areia sob seus pés desprendeu-se do chão e elevou o Kazekage, que agarrou o braço de Matsuri e puxou-a para cima do monte flutuante – Venha, vamos por cima da multidão! – continuou, segurando-a pela cintura – Você está em condições de lutar?

- Hai, Kazekage-sama! - respondeu ela, mesmo que sentisse seu corpo tremer, mais por estar presa ao ruivo do que pelo confronto que se avizinhava. Ela não podia falhar agora.

- Eu confio em você, Matsuri-san – sussurrou Gaara, parecendo ler os pensamentos da garota.

Uma sensação de felicidade preencheu-a e ela sentia que poderia morrer por aquelas palavras.

- Arigatô, Gaara-sama – disse ela quando uma chuva de kunais subiu do campo de batalha. A areia da cabaça facilmente as laçou e as jogou de volta. O tempo acabara e ele precisava agir.

Não deixaria ninguém morrer.

- Pronta, Matsuri-san? – perguntou.

A kunoichi prontamente confirmou sua lealdade.

A nuvem de areia foi abaixando e, a uma distância aparentemente segura, os dois pularam e ela se dissipou.

Gaara se desencontrou de Matsuri em questão de segundos; seus sentidos estavam ao máximo, atentos à gritos e cheiro de sangue fresco.

Algo pesado veio em sua direção. A areia quase não chegou a tempo.

Houve mais uma explosão.

Ele precisava atrair o principal inimigo para longe da luta que acontecia ali.

Um urro antecipou o segundo ataque e Gaara sentiu o suspiro da morte em seus ouvidos quando se desviou novamente.

Era Hoshigaki Kisame. (N/A: Que me lembra muito o Ryuuku...)

- Vamos, Kazekage-sama! – berrou Kisame escandalosamente. Ele disparou mais uma vez a Samehada na direção do ruivo, que tornou a se desviar com uma agilidade impressionante.

- Lute comigo, Hoshigaki Kisame! – gritou Gaara em resposta – Lute comigo fora daqui!

A gargalhada do nukenin sumiu por um instante, reaparecendo às costas de Gaara, enquanto empunhava a espada, preparando uma nova investida.

- Isso nem será necessário!

Mas o ruivo abaixou-se com antecedência, no instante em que as escamas de tubarão enfaixadas quase roçaram nos fios de seu cabelo. Ele encontrou uma brecha no ataque do Akatsuki e chutou-o com violência no estômago.

Kisame puxou o ar desesperadamente enquanto era lançado em alta velocidade metros à frente.

O Kazekage pode ouvir vários corpos se chocando com o projétil que era o nukenin. Então refez o Sabaku Fuyuu, acelerando para chegar até Kisame.

Com dificuldade localizou-o quase no começo da entrada de Suna.

A Samehada voou um pouco mais longe, há certa distância de seu dono.

Kisame parou, tentando levantar-se.

Uma furiosa corrente de areia pegou pelos pés e o atirou mais além.

Gaara prometeu a si mesmo que não deixaria aquele Akatsuki lhe escapar como acontecera com Deidara.

E ele não morreria daquela vez. Ninguém se sacrificaria.

O ruivo olhou o deserto, procurando o nukenin de novo. Achou-o correndo por um paredão rochoso que cerca Suna. E de repente, desapareceu.

 Uma alucinante seqüência de kunais chocou-se com o muro de areia que se levantou para proteger o Kazekage. Porém, os olhos do ruivo captaram algo mais naquele ataque. Papéis-bomba.

Uma explosão mais agourenta chegou aos ouvidos de Sakura. Ela cuidava de um shinobi com hemorragia interna e tentava controlar, com seu chakra, o sangue que ameaçava afogar o rapaz. As mãos dela tremiam, pensando no que poderia acontecer a Gaara.

“Não...!”, ela conteve os tremores à força, “Ele vai ficar bem!”

- Desça agora, Kazekage! – berrou Kisame, rindo estridentemente – Desça, moleque, antes que eu inunde essa sua cidade.

Areia e água... Essa não era a melhor combinação do mundo.

Pelo menos para Gaara.

A nuvem de areia começou a baixar, sem escolha. Gaara via nos olhos de Kisame o quão difícil aquilo iria ficar.

A Samehada voltara a seu dono.


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Notas finais do capítulo

Digamos que com esse, só faltam três caps para o fim da fic. Estou profundamente contente por tanta gente ler e, se parece que às vezes eu não dou a minima pra fic, não é verdade, gente!
Ficarei muito feliz se vocês continuarem me acompanhando nessa jornada, viu?
Arigato! o///