Early Sunsets Over Suna escrita por gaara do deserto


Capítulo 17
Prólogo de Guerra


Notas iniciais do capítulo

Bem, sejam mais uma vez bem-vindos a compartilhar o prazer que sinto em escrever essa fic!
A chapa tá esquentando, hein?



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   Gaara se sentia inquieto, muito inquieto.

   Uma sombra se aproximava de Suna, cada vez mais próxima.

   Faziam três dias desde o “combate mortal” entre Gaara e Naruto, e ambos sentiam-se satisfeitos com seus próprios resultados, que seriam desastrosos se Sakura tivesse investido com toda sua força em seus ataques ao Jinchuuriki.

  Naruto ainda exibia alguns arranhões e poucos hematomas, mas reclamava em lugares onde Sakura não pudesse ouvi-lo.

A estadia do Time Kakashi estava chegando ao fim, mas eles não viam motivos para deixarem de se preocupar, já que as duvidas e receios de Gaara mostravam-se muito solidas.

  Mas Sakura não estava totalmente atenta a esses fatos. Toda vez que pensava na partida para casa, sentia uma fisgada no estômago que não tinha relação alguma ao seu nervosismo.

Refletia a respeito de seus sentimentos pelo Kazekage. Não podia mentir para si mesma: aquilo não era mais uma brincadeira. A ansiedade, o medo e o ciúme... Estava claro.

  Ela se apaixonara por Sabaku No Gaara.

“E ele? Será que ele realmente sente a mesma coisa por mim?”, pensava confusa. O relacionamento deles se limitava a alguns encontros às escondidas e olhares durante as refeições. Era um romance onde havia pouco espaço para palavras e declarações e a kunoichi não tinha razões para se queixar, mas ouvir um “eu te amo” vez ou outra não tinha nada de mais.

  Não tinha para quem confessar seus pensamentos, e ainda que tivesse, será que teria coragem de expô-los?

  Sakura refletia sobre tudo isso em seu pequeno consultório, mas foi rudemente interrompida pelo chamado ao dever.

***

- Fronteira de Sunagakure e Iwagakure -

  Eles estavam observando atentamente. Havia um leve cheiro de sangue pairando no ar. Alguns faziam preparativos extras; um suprimento de shurikens e kunais e papéis-bomba que garantiriam uma linha de frente excelente para distrações.

- Está tudo pronto, Kisame-sama. – um shinobi franzino com uma máscara que deixavam visíveis somente os seus olhos fez uma reverência a outro shinobi.

- Excelente. – grunhiu Kisame, saindo das sombras.

   Hoshigaki Kisame conservava um ar demente e sombrio, com sua pele azulada refulgindo contra a luz do meio-dia. Tinha uma das mãos segurando o cabo de sua espada Samehada, dentes pontiagudos que esboçavam um sorriso maligno e olhos injetados, como se não dormisse há dias.

- Quando atacaremos, Kisame-sama? – perguntou o shinobi franzino.

- Ao amanhecer. – respondeu Kisame, alisando o traje negro com nuvens vermelhas que usava – Você foi muito útil, Satoshi Masaro-kun...

  E com um movimento quase imperceptível, atacou com a Samehada em um único golpe. Sangue espirrou.

Satoshi Masaru, o médico que tratara Sakura de modo bastante amigável, tombou no chão, dilacerado.

-... Mas não podemos nos arriscar com testemunhas. – completou, sorrindo ainda com mais demência.

***

  Uma batida na porta. Uma permissão para entrar. Matsuri engole em seco, trêmula.

- Kazekage-sama. – cumprimentou, fazendo uma rápida reverência e quase tropeçando nos pés. – O relatório do forte de vigilância da Área Norte.

  Gaara levantou os olhos para a garota, fitando-a seriamente. Ela enrubesceu. Passaram-se alguns segundos.

- Matsuri-san? – chamou o ruivo, preocupado – E o relatório?

- Ah! – exclamou ela, ficando ainda mais corada – Sim! É mesmo!

  E apressou-se a entregar o rolo de pergaminho que trazia consigo. Gaara estendeu a mão para pegá-lo e seu indicador roçou levemente na pele de Matsuri. Ela se afastou com o coração em ritmo acelerado. Gaara desenrolou o pergaminho e leu umas poucas linhas antes de voltar a encará-la.

- Algum problema, Matsuri-san? – perguntou, estranhando a coloração rubra no rosto da kunoichi.

- Nada! Me... Desculpe, K-kazekage-sama! – apressou-se em responder, voltando seus olhos para os próprios pés. – Eu só... Não, não é nada!

- Tem certeza?

- S-sim, K-kazekage-sama!

- Você me parece cansada – disse Gaara, franzindo o cenho – Espero que toda essa situação não esteja te pressionando demais.

- Ah...! – ela sentia que seu coração inchava e a impedia de respirar – Obrigada pela preocupação, mas eu... Estou bem! Tenho que ir, d-desculpe pelo incômodo, K-kazekage-sama!

  E se encaminhou rapidamente para a porta.

- Matsuri-san? – chamou Gaara.

  A garota virou o rosto num movimento brusco para vê-lo.

- Você se transformou em uma ótima kunoichi, sabia? – disse Gaara, sorrindo.

- A... Arigatô, Gaara-sama! – e saiu.

  Matsuri caminhou às tontas pelos corredores; passou pelo time de Temari, onde a cumprimentaram jovialmente, mas estava surda à tudo.

  Gaara a elogiara e se preocupara com sua saúde. Ela mal conseguia acreditar no que ele tinha dito, apesar das palavras soarem em seus ouvidos.

  Ela se transformara em uma ótima kunoichi? Gaara reparara nela por um instante... Sorrira pra ela, seus olhos e seus lábios voltados para ela... Ele encostara em sua pele...

  Como sempre... Pequenos atos que significavam muito para Matsuri.

“Eu ainda não o perdi, sei disso”, pensou reconfortada.

  Mas então, seus devaneios foram quebrados quando ela a viu. Há uns cinco metros de distância: Uma garota de cabelos róseos, olhos verdes que pareciam ansiosos e um sorriso brincando nos lábios.

  Sakura passou como um raio por Matsuri e desapareceu de vista. A outra kunoichi apertou o punho.

- Não vou entregar meu anjo caído para você, Haruno Sakura. – sussurrou ela, veementemente decidida.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capitulo!
Obrigada a todos!