Never Stop escrita por Ellen Freitas


Capítulo 16
“This is my love song to you”


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!!!
Eu poderia (e deveria!) passar horas me desculpando pela demora, mas não tem desculpas. O fato que é que estive altamente ocupada esse último mês, me envolvi em novos projetos e voltei a atualizar todas minhas fics.
Mas isso não importa, porque voltei!!! E agora pra ficaaaaar... HAHAHAHAHAHAHAHA

Meu muito obrigada a todos que não desistiram, aos que me mandaram reviews, à Vanessa Stykles, deusmoak e Rafaela Queen que favoritaram!! São todos incríveis!!

Boa leitura e até as notas finais!! Bjs*



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Passei os dedos em batidinhas abaixo dos olhos para evitar que minha maquiagem borrasse, dando um suspiro profundo antes de dar uma última olhada no espelho do banheiro e resolvesse retornar à minha sala.

Se eu achei que as coisas estavam ruins, não fazia por esperar, pois a notícia seguinte foi ainda pior que a primeira.

Revelada a identidade da princesa

Felicity Smoak, o nome mais invejado pelas mulheres de Star. A tão famosa loira, agora tem um rosto, e ele não é nada do que muitos esperavam. Fugindo do seu padrão de atrizes famosas e super modelos, Oliver Queen parece ter assumido de vez seu papel de executivo, já que agora ele está pegando a secretária. Imagens de alta precisão mostraram que a menina, que até ontem ninguém tinha se importado em aprender o nome, já havia sido fotografada ao lado do ricaço e da ex do mesmo, mas como sua assistente pessoal, na controversa escolha de quem o ajudaria na presidência das Consolidações Queen. Toda a cidade está de olho, e na torcida para que a pobre Felicity não tenha nenhuma irmã.

Eu nunca fui do tipo cheio de frescuras e estava vencendo a batalha contra minhas lágrimas desde que o escândalo estourou. A imprensa estava sendo muito maldosa e preconceituosa, e essa exposição foi algo que sequer passou por minha cabeça quando resolvi dar uma chance para Oliver e eu.

O que você quer que eu faça, Laurel? ― A voz de Oliver sobressaiu-se à medida que me aproximei da presidência. ― Não tem mais como parar!

Você devia ter preparado a coitada, no mínimo. Os tabloides são seu mundo, não o dela, e você sabia disso! ― Laurel acusou de volta.

Eu sei, me desculpe.

E sem falar do fato que você já está pegando uma menina quase virgem há semanas e nunca nem se preocupou em fazer um bendito pedido de namoro!

E precisa?

Claro que precisa, retardado! Às vezes eu acho que você finge, sabia?

Mas com quem eu deveria me aconselhar? Com você, minha ex, ou com minha irmã recém-saída da adolescência? Ah não, com Tommy, de quem você fez questão de recusar o pedido! ― Quase pude ouvir o barulho da fumaça que saiu do nariz de Laurel.

Não sei, mas se for falar com Tommy, aproveita e corta a língua dele! Que cara mais fofoqueiro!

― Um fofoqueiro adorável. ― Me fiz notar, assustando ambos com minha presença. ― E não corte a língua do pobre coitado, Laurel vai se arrepender de ter um namorado sem língua. Quer dizer, não que eu saiba exatamente como a língua de Tommy trabalha, mas… Oh, Deus! Não que eu queira saber, nem nada, a do Oliver faz o trabalho muito bem, mas é claro que você já sabe disso. ― Meu rosto corava, à medida que Laurel me encarava não acreditando no que eu estava falando.

― Ela já está melhor. Conserta isso. ― A loira direcionou a última frase à Oliver, e deu dois tapinhas em seu ombro, nos deixando a sós.

― Meu amor, como você está? ― Ele veio em minha direção e envolveu os braços em torno dos meus ombros, me trazendo para si.

― Como se abraçasse um deus grego ― brinquei, aspirando o perfume delicioso em sua camisa social. ― Um deus grego que pode ser facilmente modelo de perfumes. Qual é esse que você está usando? ― Oliver me afastou apenas alguns centímetros, suas mãos agora me prendendo pela cintura, e me analisou com a sobrancelha arqueada.

― Isso não é um daqueles momentos que vocês mulheres fingem que estão bem para se fazer de fortes, quando na verdade estão bem ruins por dentro, é? ― Bingo!

― Claro que não ― menti. ― Isso aconteceu, lidamos e seguimos em frente. Onde está Diggle? ― perguntei casualmente, me soltando e olhando papeis aleatórios em sua mesa.

― Cuidando de alguns problemas… Lá em baixo.

― Não sabia que era tão famoso, Oliver Queen.

― Sério? Lembro do tempo que meu rosto estava em todas as primeiras páginas. ― Ele fingiu arrogância, sentando-se em sua cadeira.

― Não perdia meu tempo seguindo playboys encrenqueiros na mídia.

― Ouch! ― Oliver levou a mão ao peito. ― Você magoou esse playboy encrenqueiro. ― Nós rimos. ― Mas você quer que eu faça alguma coisa, tudo bem mesmo?

― Tudo bem mesmo ― repeti. ― Vou voltar ao trabalho. ― Indiquei com os polegares, antes de ir para minha mesa.

― Você mente tão mal. ― Laurel comentou apenas para que eu ouvisse. ― Sorte sua que ele confia demais em você, e tudo que diz vira verdade.

Eu até queria agradecer pelo que ela falou a Oliver, mas já éramos íntimas desse jeito? Escolhi ficar em silêncio e fazer o meu trabalho, para que aquele dia finalmente terminasse logo.

~

Com o passar das horas, vi que tentar trabalhar estava sendo inútil. A cada segundo chegava uma nova notícia, cada vez mais absurdas, fazendo com que uma por uma, minhas canetas fossem quebradas entre meus dedos.

― Você tem que parar com isso. ― Laurel levantou-se do meu lugar e pegou os caquinhos de plástico das minhas mãos. ― Você disse pro Oliver que estava bem, então fique bem! ― Já tinham passado cerca de duas horas do horário que ele deveria voltar de um almoço de negócios, mas o Queen e Diggle tinha tomado um belo chá de sumiço. Logo hoje.

― Eu estou bem, mas nessa matéria aqui, estão dizendo que minha vida amorosa não passa de uma comédia romântica nota 2,5! Eles te citam também, Laurel!

― Deixa isso pra lá...

― Olha só, vou ler para você. ― Minha colega de trabalho bufou diante da minha insistência. ― “A disputa pelo coração do (ex?)solteiro mais cobiçado da cidade deve ter começado quando eles ainda tinham espinhas na cara. Pelo menos, Felicity tinha, como mostra a foto ao lado. ― Mostrei uma foto minha com dezessete anos, que não sei como, eles conseguiram. ― A garota mudou radicalmente o visual e, com a intenção de dessa vez derrotar Laurel e ganhar o coração de Oliver, ela conseguiu se aproximar aos poucos das Consolidações Queen. Por isso meninas, nunca é tarde para um makeover!” Ridículo!

― Ei, para procurar o que ler! ― Ela desligou a tela do meu tablet sem cerimônias. ― Você não vai querer saber do que me chamaram com todo aquele lance com a Sara e Oliver, e eu aguentei. Me fez mais forte, você também vai ficar.

Laurel estava certa!

Meu Deus, nunca pensei que isso passaria um dia por minha cabeça, mas Laurel estava certa. Eu resistiria a isso e ficaria mais forte, ponto. Chama-se resiliência, Felicity, tire do seu âmago essa força e fique mais forte!

― Obrigada pelo que falou para o Oliver mais cedo. ― Sorri tímida e ela deu de ombros.

― Ele precisava ouvir e você não teria coragem de falar. E sempre é bom jogar umas verdades na cara do ex, dá uma paz interior que você não faz ideia. ― A loira sorriu, enquanto suspirava.

― Por que você está sendo legal comigo?

― Já estive onde você está, nerd, sei bem como é. Não me custa nada.

― Talvez eu deva parar de fazer sua caveira para Tommy ― comentei reflexiva.

― Toda aquela obsessão foi com você me detonando para ele? ― Balancei a cabeça em afirmação. ― Devo me preparar para o pedido de casamento, então? ― Ela encenou emoção, me fazendo rir junto.

― Você brinca, mas sei que hoje à noite ainda vai estar se pegando com o moreno mais lindo de Star. Depois do Ray, claro.

― Há controvérsias nessa sua classificação, Smoak. E deixa o Oliver saber que você anda soltando elogios pra concorrência... A beleza dele só convence até ele virar o ciumento, te jogar no ombro e sair te arrastando aos gritos de um lugar.

― Você e Thea precisam parar de tentar me assustar.

― Não é assustar, nerd, é avisar. Mas você que sabe.

O tablet mais uma vez avisou que uma nova notícia havia sido postada, e por mais que com a conversa de Laurel, eu havia me determinado a ignorar tudo aquilo, resolvi ver. Uma última vez, não custava nada. A foto da capa estava até boazinha, constatei antes de abrir a notícia.

Não tão anjo assim

Quem se encantou pela doce Felicity não poderia prever as notícias que estavam por vir. Imagens de câmeras de segurança de um restaurante mostraram a loirinha acompanhada de ninguém menos que Ray Palmer, concorrente direto de Oliver Queen no ramo da ciência e tecnologia. Parece que alguém aqui está atirando para todos os lados, não é mesmo? Correção, apenas para aqueles patos gordos que carregam sacos de dinheiro. A data e horário do encontro coincidem com o período que ela já estava trabalhando ao lado do presidente da CQ, e provavelmente, quando o affair Olicity do momento ainda era secreto. Quem seria o próximo alvo? Se eu fosse Oliver, manteria sua namoradinha afastada de Tommy Merlyn, afinal, bonito e rico? Parece ser o tipo dela. Mas é como dizem, Oliver, aqui se faz, aqui se paga!

Agora foi, tudo que tentei controlar, as lágrimas que tentei segurar o dia todo desceram como enxurrada. Quem me conhece é testemunha que nunca tive interesse em um centavo sequer de Ray ou Oliver, muito menos Tommy, e agora estava sendo chamada de alpinista social. Para ser bem sincera, eu preferiria que todos esses fossem bem pobres, daí não estaríamos nessa confusão toda.

― Que foi agora, Felicity?

― Eu vou pra casa. ― Joguei todos meus pertences em minha bolsa. ― Não aguento mais isso, não hoje.

― Eu disse para você parar de ler merda!

― Minha cabeça está doendo e não estou rendendo nada hoje, melhor ir mesmo. ― Caminhei rapidamente até o elevador, mas fui parada quando ela me deteve pelo braço.

― Ollie vai ficar preocupado quando não te achar aqui.

― Se o Ollie estivesse preocupado, ele estaria aqui comigo, droga! ― esbravejei. ― Eu estava tentando, Laurel, mas não sou forte como você e nem sou cabeça fria como Sara. Talvez um dia, mas hoje não. Diz pro Oliver que amanhã a gente se fala ― avisei antes que as portas do elevador se fechassem.

~

Meus pulmões cobravam que eu parasse de correr, mas eu não podia. Tirei meus saltos e prendi minha bolsa junto ao corpo enquanto dobrava em uma viela das escuras ruas de Star City. Nunca imaginei que a entrada das Consolidações Queen estivesse tão abarrotada de jornalistas e que eles me descobririam até pela entrada lateral e pouco usada.

Um peso estranho em meu ventre me fez olhar para baixo, e meus olhos quase saírem das órbitas ao me deparar com uma enorme barriga de grávida. O quê?

― E os quadrigêmeos já tem nome? ― Um repórter estava diante de mim quando olhei para a frente.

― Quadri...

― É verdade que você e Oliver estão construindo um novo castelo para abrigar a família que só cresce? ― Outra menina quase enfiou um gravador em meu nariz ao fazer a pergunta. ― Você acha que eles se orgulharão de como a mãe deu um golpe no pai?

― Eu não dei golpe nenhum!

― Moira e Robert Queen estão felizes em serem quadriavós?

― E a lua de mel, ainda será em Lian Yu?

― Lua de mel? O que diabos é Lian...

― Seu casamento não é hoje? ― Agora os repórteres já totalizavam quase trinta e me cercavam de todos os lados, eu me dando conta que usava um vestido de noiva que mais parecia uma lona de circo, considerando a quantidade de tecido que ele tinha.

― Eu não vou casar com Oliver Queen! ― gritei sentando de supetão na cama, e quase batendo de testa com Oliver, que me olhava preocupado, de joelhos ao meu lado. Droga, odeio quando caio de um sonho em outro!

― E eu ainda nem te pedi em namoro ― ele comentou pesaroso, suas sobrancelhas franzidas enquanto me olhava com estranheza. ― Você estava sonhando, morena ― ele explicou, abrindo aquele sorriso.

― E ainda estou, pelo jeito. O que você quer, Oliver do sonho 2?

― Eu ia te acordar de um jeito bem mais romântico, mas quase levei um soco por causa disso. ― O loiro fez uma careta, levantando-se da minha cama e me estendendo a mão. ― Levanta, a gente vai sair.

― São quase uma da manhã, não pode ser amanhã? ― Eu não estava mesmo a fim de entrar em discussão com mais uma de minhas ilusões, então apenas me virei para o outro lado abraçando o travesseiro e fechando os olhos.

― Que garota mais difícil! ― Senti minhas cobertas serem puxadas e Oliver me colocou em pé segurando meus braços. ― Se fosse tudo um sonho, aconteceria isso? ― As mãos dele emolduraram meu rosto e sua boca envolveu a minha com carinho e leveza me arrancando um suspiro.

― Espero que sim, já que você acabou de me beijar sem que eu escovasse os dentes. ― Comentei ainda com os olhos fechados e sua gargalhada ecoou pelo quarto.

― Você é única, meu amor. ― Senti o beijo em minha testa. ― Agora vá se vestir, vamos sair.

~

― Ai, Felicity! ― Oliver me olhou feio de relance, logo voltando sua atenção para a pista à sua frente, as mãos presas ao volante. ― Agradeço se parar de me beliscar a cada dez segundos.

― Não me leve a mal, Oliver, mas você aparecendo na minha cama de madrugada ainda não me parece muito real, principalmente depois do péssimo dia que tive hoje. ― Eu me odiava por estar melhorando apenas com sua presença e sorriso.

Quando virei uma dessas?

― Se você acha que está sonhando, não deveria ser eu a pessoa a te beliscar?

― Outra coisa: se te vi alguma vez dirigindo, não lembro. Onde está Diggle?

― Eu já te levei para casa no dia do nosso primeiro beijo. ― Ergui as sobrancelhas surpresas por ele lembrar. O Queen nunca foi conhecido por ter boa memória. ― E além do mais, são quase duas da manhã. Não vou fazer meu motorista trabalhar nesse horário, quão tirano você acha que eu sou? ― Ele testou uma risada e eu o acompanhei.

― Onde estamos indo? Não me leve a mal, até gosto de passar tempo com você, mas não podia ser em horário comercial?

― Até poderia, mas só consegui terminar de arrumar as coisas agora.

― Que coisas? ― inquiri desconfiada.

― Surpresa.

― Oliver...

― É surpresa! Laurel tem se mostrado minha voz da consciência, e ela me alertou que eu precisava fazer o pedido oficial. ― Apreensão me tomou instantaneamente. Estávamos em um bendito encontro? ― É, eu sei, deveria ter te chamado para sair e tudo, mas as coisas logo se complicaram com o Dark, daí eu meio que esqueci. Você me perdoa, não é? ― Como dizer não àqueles olhos suplicantes?

Oliver estacionou na frente de uma das filiais do Big Belly Burguer, meu lugar preferido no mundo todo, onde tudo já estava escuro e fechado.

― O que estamos fazendo aqui? ― Aceitei a mão que ele me ofereceu para ajudar a descer do carro. ― Isso está ficando estranho.

― Eu tinha mil e uma ideias, de coisas que vi em filmes. Voo de última hora para Paris, viagem romântica de trem pela Europa, até uma volta em um balão ou submarino. Mas daí liguei para o seu irmão e ele me disse que você amava esse lugar.

― Mas...

― Vamos? ― O loiro me estendeu o braço e puxou um par de chaves do bolso do jeans, abrindo a porta, entrando comigo ao seu lado e trancando logo em seguida. ― Isso tudo é pra você.

Nos fundos, havia uma mesa pequena, mas bem iluminada por velas, com apenas duas redomas metálicas e uma flor única adornando o centro. Uma ideia maluca passou por minha mente.

― Por favor, me diz que você não comprou esse lugar ― supliquei.

― Não, Felicity, não sou esbanjador assim. E Dig me disse que você ficaria com raiva se eu fizesse isso ― confessou. ― Na verdade, eu aluguei ele. Por uma noite.

― E por que não me trazer aqui durante o dia?

― Você merece o melhor. E exclusivo. ― Puxou uma cadeira para mim, beijando o dorso da minha mão antes de sentar à minha frente. ― Agora vamos experimentar a especialidade do chef.

Quando ele mesmo tirou as redomas, franzi as sobrancelhas ao me deparar com os sanduíches mais tortos e estranhos que eu já tinha visto serem produzidos pelo Big Belly.

― Assim, só pra saber, mas quem é o chef? ― Seu sorriso se ampliou. ― Você?

― Passei a tarde tentando, me desculpe se não saiu como você gosta.

― Meu Deus, Oliver! ― Levei as duas mãos à boca.

― Isso foi uma reação boa ou ruim? Por que eu achava que passar a tarde tentando aprender a cozinhar o que você mais gosta de comer seria um gesto romântico, mas agora deu um pouco de medo. Sabia que devia ter usado a ideia do submarino! ― Esmurrou a própria coxa em um gesto de revolta.

― É incrível, obrigada!

― Eu tenho sido um idiota, Felicity. Mas é que não sei fazer essa coisa de preparar encontros, ou namorar sério, nunca fiz antes. Mas quero ter tudo isso com você, e não importa o que nossos amigos, família, ou a imprensa diga sobre nós. Quero estar com você, quero namorar você! ― Pisquei repetidas vezes, sem uma palavra sequer escapar da minha boca.

Claro que imaginei aquele momento milhares de vezes, mas eu não estaria de moletom na frente de um hambúrguer feito pelo próprio Oliver no meio da madrugada. Mas ele tinha se esforçado, se preocupado, mais do que imaginei que o egocêntrico Queen conseguiria um dia.

― Você não quer? Quer dizer, eu sei que toda a coisa da mídia te assustou, mesmo que não queira admitir para mim, mas eu estou apaixonado por você, meu amor. E disposto a tentar ser o melhor e último cara de sua vida.

― Não, não é... ― Oliver me interrompeu antes que eu aceitasse.

― Você realmente não quer? Não queria recorrer a isso, mas... ― Oliver deu um assovio alto, e do nada saíram alguns músicos tocando uma música romântica no violino. ― Mais alto, pessoal, ela ainda não aceitou. ― Ele soou ligeiramente desesperado e eu não contive a risada. ― Não me faz cantar essa canção de amor, daí você desiste de vez.

― Oliver, não é...

― Quer saber, saiam! Vocês não estão ajudando! ― Os músicos pararam bruscamente de tocar e voltaram para o local que acredito ser a cozinha com caretas chateadas. ― Felicity, o que você quer...

― Oliver, cala a boca! ― Segurei sua mão sobre a mesa. ― Você me ganhou quando eu ainda achava que era um sonho. ― Levantei do meu lugar e avancei em sua boca, o fazendo sorrir e me beijar novamente, agora com mais vontade.

― Posso te chamar de namorada?

― Ahan ― murmurei afirmativa contra seus lábios, sentindo a urgente necessidade de tê-los novamente junto aos meus. ― Namorado. ― Seu sorriso aumentou ainda mais e ele me puxou firmemente pela cintura, minhas costas encontrando uma parede próxima.

Oliver forçou meus joelhos para cima, e logo minhas pernas estavam entrelaçadas em sua cintura, sua boca escorregando para meu pescoço e clavícula, sugando, beijando e mordendo de leve a pele, sua barba rala fazendo cócegas.

― Agora entendi o motivo do encontro na madrugada ― comentei para mim mesma, mordendo meu lábio para suprimir um gemido e o ouvindo rir.

― Você não quer comer isso, ou quer? ― O loiro indicou com o queixo a mesa ao nosso lado, ao que eu neguei prontamente com uma careta.

Que Oliver não me levasse a mal, até achei fofa a coisa toda dele tentar, mas aquele hambúrguer parecia meio nojento. Aliás, muito nojento.

― Tem algo mais em mente, Queen? ― Sorri de lado o provocando, e umedeceu os lábios encarando minha boca.

― Tem uma coisa, que Laurel e Dig me proibiram de sugerir, mas não consigo pensar em outra coisa há meses. ― Oh, minha nossa! Estava acontecendo!

― Em quanto tempo consegue dirigir até sua casa sem nos matar em um acidente?

Já estamos aqui mesmo, e não é como seu eu mesma não sentisse vontade arrancar as roupas dele cada vez que ficávamos juntos. Qual é, garotas também tem suas necessidades!

― Por essa e outras razões que eu amo você, Felicity Smoak.

Não tive tempo de digerir o que ele tinha acabado de dizer. Eu não sabia dizer se havia sido uma expressão do tipo “amo chocolate” ou um “amo você, amo você” de verdade, e confesso que Oliver conseguiu tirar minha atenção rapidinho daquilo. Correção, “rapidinho” não é a palavra que definiu exatamente nossa noite.


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Notas finais do capítulo

Eita, que agora foi!!
Oliver e Felicity são oficialmente um casal e tudo fica bem quando termina bem.
Peraí, termina bem? A fic não vai terminar agora, então supõe-se que os problemas também não!! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Vejo todos nos reviews!!
Bjs*

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