Beatriz escrita por Revoltada


Capítulo 4
Rafael


Notas iniciais do capítulo

Bunnies amados, desculpem essa demora de seis meses.
Oh, pelo menos não desisti da fic. Vou usar só uma desculpa: Estou fazendo cursinho pq quero cinema na usp, e sabem como é difícil entrar lá?? Sério é mais difícil do que conseguir entrar pra SanFran. Vou tentar postar o máximo de capítulos nessas minhas duas semana de férias!
Não me deixem, amo vcs!!!!
Boa leitura.
Ps1: Ah, vejam o Rafa como o Bradley Tesão Amado Cooper.
Ps2: Ele é o meu segundo ator favorito.



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Quem muito quer e nada faz

pouco se adquire.

Um homem com seus trinta e cinco, quarenta anos tomava seu café bem ao fundo do Starbucks, olhou no relógio e checou novamente o celular. Seu cabelo tinha um corte reto, estilo militar, o que de certa forma combinava com a sua postura firme e correta. O ambiente repleto de empresários e estudantes davam um grande contraste com o sargento.  Puxou uma pequena fotografia da carteira, mirou a imagem por alguns instantes e a guardou. Se levantou e virou para ir embora.  

— Olá! — Uma menina de cabelos encaracolados e grandes olhos sorria para  ele educadamente — Me desculpe, a culpa foi minha! — A mão dela ficou suspensa no ar na espera de uma resposta. 

O Sargento estava surpreso, não conhecia ela, mas mesmo assim... "me lembra tanto alguém!". Ela pigarreou e olhou para sua mão, ele então a cumprimentou. 

— Desculpa, quem seria a senhorita? 

— Ah desculpe-me, sou Beatriz Campos Coppole.  Acredito que você será a minha mais nova babá! — disse ironicamente. 

— Beatriz! Não foi assim que eu te criei! Rafael, quanto tempo — Pietro que chegava agora abraçou o amigo mais próximo, com um certo sentimento de felicidade e esperança — Como anda o exército? Vejo que conheceu a minha filha. 

—  Pietro! Eu aposentei depois de uma acidente há dois anos atrás. Como ela se parece com Kiera. Com quantos anos você está mocinha? 

— 15 anos, faço 16 mês quem vêm. O senhor têm filhos? Você era do exército?  

— Sou sargento e não, não tenho filhos.  

— Bia, compre um café para mim e algo pra você — o pai entregou o cartão na mão da filha. 

 Assim que  ela saiu, ele afrouxou um pouco a gravata cinza que usava, tossiu e começou a falar com o amigo. Explicou a situação, disse que ele deveria estar sempre perto dela e que não deveria se preocupar, pois a apesar de tudo ela foi muito bem criada e com bons modos, não deveria dar trabalho. Rafael perguntou  quando começaria e se ele tinha conseguido um lugar para ele ficar, afinal estava vindo do Sul.  

— Sim, já separei um quarto em minha casa, na verdade se lembra daquele quarto nos fundos que você costumava ficar? Reformei e ele será todo seu. 

— Caramba vocês ainda moram na mesma casa? 

— É que... 

Rafaela então se lembrou que o tumulo da esposa de seu amigo ficava naquela casa. 

— Ah sim, perdão. Havia me esquecido. 

 Bia chegou com os cafés e um mocha branco para si. Entregou um café para seu pai e um para o Rafael. Ele sorriu e agradeceu.  O celular do Pietro tocou e ele atendeu, fez algumas caretas exasperadas, respondendo "uhum" e "sim". Desligou o celular e se virou para  filha: 

— Bia, a Catarina acabou de me ligar, um cliente recebeu queixas e preciso ir pro tribunal agora. Você vai ficar com o Rafael, mostre a ele o novo quarto e se quiser pode ir fazer a compra da semana. 

Ela sorriu feliz, adorava quando podia comprar as coisas para casa, porque aí comprava exatamente o que precisava para fazer os seus pratos. Deu um beijo em seu pai e seguiu Rafael para fora do café.  Estava um pouco curiosa para saber como seria o carro de um sargento. Imaginou uma Pajero, algo esportivo, para sua surpresa ele parou em frente a um one, que se parecia bastante com um mini cooper, porém era um pouquinho maior e todo preto. "Mas esse é um carro de mulher!" Julgou em seus pensamentos o militar.  Rafael abriu a porta traseira para que Beatriz entrasse e depois que ela entrou ele fechou, deu a volta no carro e entrou. Precisou pedir algumas orientações para a menina, fazia muito tempo que não visitava Pietro, assim ele não  se lembrava mais do caminho. 

Bia estava animadíssima para apresentar a casa para a sua nova babá, ela que havia decorado o quarto para ele.  

««« 

Finalmente quando  ela terminou de apresentar cômodo por cômodo,  Rafael entrou para dentro de sua nova casa e desfazer as malas. Estava feliz por rever o amigo, mas não poderia dizer se esse seria realmente um emprego para ele. Nunca tinha cuidado de crianças antes, contudo ele lhe devia esse favor, e o salário era bem rechonchudo — um fator bem agradável! 

Toc toc toc 

Rafaela abriu a porta e encontrou Beatriz já pronta para ir ao supermercado, ela tinha até tomado banho, julgava pelos seus cachos molhados. Respirou fundo e foi pegar as chaves em cima da cama, Bia aproveitou e entrou dentro do quarto para poder observar como ele havia o arrumado.  Uma moldura com a foto de uma jovem ruiva chamou a atenção dela, inocentemente pegou a foto que estava no criado mudo, ao lado do abajur. 

— Ela é muito linda, quem é ela? 

— Era o amor da minha vida, ainda continua sendo. Era muito amiga de seu pai e da sua mãe. 

— O que aconteceu com ela? 

— Morreu em um ataque na África, era médica de uma ONG que cuidava de muitas pessoas e crianças desnutridas e carentes. Certo dia os rebeldes invadiram o lugar e começou uma guerra com outra tribo que se encontrava lá. 

Ele parou de falar e franziu o cenho, nunca comentava sobre com ninguém, porém com ela ali lhe pareceu tão certo e as palavras fluíram para fora da sua boca antes que ele mesmo percebesse. 

Beatriz percebeu no silêncio daquele homem o mesmo do seu pai e tentou deixar a situação mais leve. 

— Ela devia ter sido uma ótima médica, e ao meu ver era bem corajosa por ter ido para lá. 

— Ela era sim, tanto corajosa como uma ótima médica. Teve uma vez que eu, Ana, seu pai e Kiera viajamos juntos... se eu me lembro bem foi para Amazonas. Estávamos fazendo uma trilha por um floresta e seu pai resolveu se pendurar naqueles cipós de árvores, imitando o Tarzan. Inventou de virar de cabeça para baixo. 

— Meu deus e ele conseguiu? 

— Ele até chegou a conseguir só que o cipó arrebentou e ele caiu de cara no chão, e quem ficou cuidando dele foi a Ana. Depois, repara que ele tem um pequena cicatriz na testa, bem na lateral. 

— Ahh, então foi assim que ele conseguiu aquela cicatriz?! — Eles riram um pouco e seguiram para o supermercado. 

Bia pegou um carrinho e falou para que Rafael pegasse outro que hoje ela estava inspirada. Passaram em todos os corredores pegando de tudo um pouco, ela ficou mais tempo no  lugar que se encontrava das frutas, gostava de tortas e bolos feitos com frutas, era muito exigente ao escolhe-las. Enquanto colocava uns cinco pêssegos dentro de uma sacolinha, desabafou com seu motorista: 

— Não consigo imaginar meu pai tão espontâneo e extrovertido assim! 

Após dizer isso foi andando, pensativa, sem olhar para frente. Só escutou o aviso do Rafael tarde demais, ela já tinha atropelado alguém com o carrinho. Toda desesperada e atrapalhada foi tentar ajudar a vítima. 

— Você! 

— Você! 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Bem me digam o que acharam do capítulo e em quem ela esbarrou haha

*Joguinho*
1- Ator favorito
2- Uma dica de série pra que eu possa ver (Constando que eu já vejo: GOT, Teen Wolf, Reing e Bettwen)
Beijinhos :*



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