Férias do cúmulo do Inferno escrita por Marzipan


Capítulo 2
Capítulo 02 - Noite em claro no escuro


Notas iniciais do capítulo

Eu acabei escrevendo de forma meio séria, mas juro que é de costume. Não levem a fanfic tão à sério ok vlw obg -n
Espero que gostem ♥



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O sol batia muito forte na janela, entrando através da cortina semitransparente. Yato abriu os olhos aos poucos por causa da luz, mas nem mexeu um músculo. Estava ultra confortável naquela cama macia e quente. Então, quando começou a acordar de verdade, reparou que estava abraçado com alguém. Quando viu que estava encostado em Yukine, o empurrou para baixo e se jogou em cima de Hiyori e ambos caíram.

— MEU DEUS, QUE NOJO! – Esfregando o rosto.

— O QUE FOI ISSO, SUA PUTA?! – Yukine, ultra mal humorado, levantando e jogando o travesseiro em Yato com toda a sua fúria.

Hiyori nem estava processando direito o que aconteceu por causa do sono. Só viu Yato deitado em cima dela no chão gelado.

— HIYORI, VOCÊ QUEM VAI DORMIR NO MEIO! – Levantou, agora limpando o corpo inteiro em vez de só o rosto.

— Ahn...?  – Se arrastou até a cama e dormiu antes mesmo de chegar nela, ficando só com a cara deitada no colchão. Dormiu sentada.

Yato a colocou direito na cama e a cobriu. Apesar do susto, ele e Yukine ainda estavam com sono e voltaram a dormir, mas dessa vez um em cada lado por motivos óbvios. Dormiram mesmo com o sol batendo no rosto.

[...]

Yukine acordou com fome. Mesmo com janelas e portas fechadas, o cheiro delicioso de comida já tinha invadido o quarto, então ele concluiu que já estava perto da hora do almoço. Estava todo esparramado na cama, então estranhou o fato de ter espaço demais ali. Quando olhou para o lado, viu Yato deitado próximo de Hiyori. Já ela estava deitada no braço de Yato, apoiando a cabeça no ombro dele e, ele apoiando a sua na cabeça dela. Pareciam estar no décimo quinto sono de tão confortáveis. Como o ar condicionado estava ligado, os três estavam em baixo das cobertas, mas só até esse momento.

A porta se abriu num instante e o tio de Hiyori apareceu para acordá-la. Lembrando que ele não viu Yukine ali do lado e Yato grudado nela.

— Hiyori, já é meio dia! Se não acordar agora vai perder o almoço!

Hiyori e Yato não moveram um músculo. Seu tio ainda não havia reparado nos dois, mas Yukine estava entrando em pânico caso ele notasse. Afinal, o que um homem iria achar de sua sobrinha dormindo com dois caras na mesma cama?! Apesar de tudo, ele falou algo do tipo “volto daqui a pouco” e deixou que ela dormisse um pouco mais. Os únicos movimentos que fazia era afundar seu rosto no pescoço de Yato e ele acabava fazendo o mesmo involuntariamente. Talvez fosse por causa de seu cheiro ou por causa do frio do quarto e o fato de ele estar quente. Ou os dois.

Okay, agora sim seu tio insistiu em acordá-la. Desligou o ar condicionado, abriu as janelas e portas e deixou que o cheiro gostoso da comida invadisse o quarto. Hiyori acordou bem devagar, abrindo os olhos sem ver nada nítido. Só sentia um estranho conforto quente onde estava deitada e, após alguns minutos dormindo acordada e sentindo seu cheiro favorito, ela se tocou que estava dormindo com Yato. Só assim acordou de verdade, porque ela se jogou no chão com o rosto queimando de vergonha. Seu susto só não foi maior que o dele, que gritou.

— O QUÊ?! – Sentou rápido na cama, olhando Hiyori no chão.

— N-NADA – nem conseguia pensar direito por causa da vergonha, então só levantou correndo até a cozinha para seu almoço.

Yato não estava menos envergonhado do que ela. Afinal, quem chegou perto pra dormir desse jeito foi ele. Yukine riu (estava lendo um livro porque já estava acordado). Hiyori havia chegado à cozinha para explicar dos dois amigos dela e resolveu avisar logo que eles iriam ficar lá com ela por três semanas. Obviamente seus parentes se esqueceram do jantar anterior com eles, mas sorriram e ofereceram o quarto do lado (que tinha duas camas). Aliviada, ela voltou ao quarto antes do almoço ser servido para avisá-los que eles poderiam dormir lá. Por algum motivo desconhecido, ela ficou meio chateada por isso.

— Yato, Yukine, meu tio deixou vocês dormirem no quarto do lado. Tem uma cama pra cada um de vocês – falava tentando não olhar para Yato por causa da vergonha.

Desceram para almoçar. De fato sua família não se lembrou deles de cara, mas depois acabaram lembrando. Como fez só um dia, eles não os esqueceram totalmente. Só precisaram de um mínimo esforço pra conseguir tal proeza.

Um pouco depois do almoço, seus pais os chamaram para ir à praia. No entanto, começou a chover muito e o céu fechou totalmente. A chuva foi piorando e a luz de todo o condomínio acabou. Por sorte ainda era de tarde e havia luz. O problema é que iria escurecer em poucas horas.

Hiyori e os meninos subiram para o quarto para tentar achar algo para fazer.

— Querem jogar alguma coisa? – Yato perguntou, rindo.

— Não tem nenhum jogo aqui – Hiyori, deitada na cama, entediada.

Enquanto discutiam, Yato levantou e tirou uma coisa de sua mala. Era seu templozinho.

— Oh? Você o trouxe? – Hiyori sentou.

— Claro que sim! Não poderia deixar ele longe de mim. – Sorriu, corando sutilmente e o colocando sobre a cabeceira.

— E se você se esquecer dele? Eu não vou voltar aqui tão cedo-

— Eu nunca poderia esquecer ele aqui! – A olhava sério.

De fato: o amor incondicional de Yato pelo templozinho era assustador. Ficou um silêncio estranho até que Hiyori teve uma ideia.

— A gente podia brincar de mímica. – Riu com a ideia.

— Como se brinca disso? – Yukine perguntou.

— Ah, você imita alguém e quem acertar imita logo em seguida.

— A gente tá realmente entediado. Não é possível. – Yato se jogou na cama.

— E você tem alguma ideia melhor? – O olhou de cara feia.

— Podíamos brincar de desenhar, tipo... Cada um desenha algo e quem acertar é o próximo, tipo seu jogo da mímica. – Yukine olhava a chuva na janela.

— Não vai ter graça porque o Yato desenha bem!

— Verdade.

— Ei! Não tenho culpa dos meus dons artísticos! – Reclamou com os dois.

— Você devia usar isso pra ganhar dinheiro! – Yukine retrucou.

— NÃO ME TRATE ASSIM! EU SOU TEU DONO, SEU PIGMEU MALDITO!  – Gritou.

— DONO? EU NÃO SOU UM BICHO, SEU MENDIGO SUADO! – Gritou mais.

Começou uma mini discussão e Hiyori desistiu de tentar entender. Na verdade, ela acabou rindo.

(“Foi bom ter trazido eles dois comigo...”);


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Notas finais do capítulo

Não sabia como finalizar o cap então ficou isso aí. IEUOEUOIAUE
Próximo capítulo sairá fresquinho em breve. Obrigada por lerem! ♥