Era da Opressão escrita por P B Souza


Capítulo 19
04; Operação de resgate




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Rosa e Garofano. 23/02/0165

Sony e Grino atravessaram a via com cuidado para não serem vistos por guardas. E foram até o ponto aonde passaria o trem leve.

O trem quando chegou, estava apinhado de gente, era começo de noite e a maioria dos turnos de trabalho se encerrava naquele horário, então todos voltavam para suas casas.

Dentro do trem, Grino se segurou com um braço esticado na barra de metal superior enquanto com a outra mão segurava o casaco fechado para impedir olhos curiosos. Sony não tinha a mesma sorte, pois sua roupa destacava-se, enquanto todos usavam trajes puídos, um ou outro vinha com uma camisa e calças de alfaiataria, ele tinha roupas pretas apertadas e um tablet holográfico no braço.

— Sabia que a criminalidade em Rosa e Cravo é 72% maior em relação aos outros distritos? — Sony passara o dia tentando encontrar brechas nos sistemas de segurança do estado, e no caminho conseguira as mais diversas informações, e era simplesmente de seu feitio compartilhar todas elas. — Até cinco mortes por semana aqui é considerado “normal”, para os padrões do distrito, sejam acidentais ou assassinatos.

— E o comboio? — Grino perguntou com a voz baixa. Não tinha interesse naquelas informações, não agora.

— Vou cuidar disso assim que a gente sair do trem. — Sony respondeu percebendo que a discussão com Alayza havia deixado Grino irritado, então desistiu da ideia de distrair a cabeça dele até a hora da missão.

Quando desceram do trem leve, junto desceu um grupo de homens e mulheres, que começaram a se dispersar para todos os lados. Grino e Sony também andaram, quase sem rumo, mas o ponto estava repleto de guardas, então para não parecerem suspeitos, como homens sem rumo em uma cidade aonde não existia turismo, eles começaram a andar imediatamente.

Já com os guardas longe o bastante, Sony ergueu seu braço para ver o tablet preso ao pulso, as argolas metálicas iluminaram a tela flexível mostrando as informações que precisava.

— Serão três camburões, o primeiro é para mulheres, o segundo com homens e o terceiro com corpos para serem cremados, já que não há fornalhas aqui, além das para fundição de metal.

— Vamos abordar os dois. Os corpos não me importam. Consiga os horários.

Sony fez que sim, voltando a clicar na tela do seu tablet enquanto andavam. Grino era os olhos naquela situação, ele mantinha Sony atrás de si, dando passos lentos para Sony poder acompanhar sem perder o foco do tablet.

— Quantos dos nossos?

— Depende de quantos dos deles. Consegue saber?

— Não tenho como, não sem termos mais tempo, e ai perdemos a janela de transferência, mas posso tentar. — Sony disse depressa. As palavras eram baixas e Grino quase não conseguia escutar elas. — Vira na direita aqui.

Sony também acompanhava no mapa o destino que eles tinham. Assim que viraram, Grino tossiu. Sony baixou o braço e puxou a manga de sua camiseta por cima dos braceletes metálicos, a tela se apagou e ele continuou de cabeça baixa. Grino olhava para os lados com desinteresse, os dois continuaram andando enquanto dois guardas vinham na direção deles.

— Tem um beco a esquerda. — Sony disse. E então ambos desceram da parte elevada da via, cruzaram para o outro lado. Os guardas que ainda estavam distantes, perceberam dois sujeitos de aparência no mínimo estranha. Cruzaram a via também. Ali, sem o advento das muitas pessoas juntas, não conseguiram se misturar ao povo como no ponto do trem, para despistar a guarda.

— Encosta na parede do beco. — Grino disse quando eles entraram na pequena viela, pois na verdade havia saída pelos dois lados.

Não havia como escapar, Grino sabia. Aqueles trajes não eram exatamente criados para inspirar confiança, não mais que os dos guardas inspiravam compaixão no povo. Assim que nos viram, nos tornamos alvos. Grino sabia como era a sensação de olhar um homem naquelas roupas, antes dele as vesti-las, tinha estado do outro lado.

Assim que Sony encostou na parede, Grino se aproximou dele, o bastante para seus rostos serem cobertos pelo capuz. Grino podia sentir a respiração de Sony e vice-versa

— Gosto que chamem para sair antes do primeiro beijo. — Sony brincou e conseguiu tirar uma sorriso silencioso de Grino.

— Separem-se. — O guarda exclamou quando entrou no beco, o outro vinha logo atrás. — De acordo com as Leis de Topázio a prática pública de atos homossexuais é proibida. Ambos terão que me acompanhar ao CCC mais próximo.

Grino levantou um dos braços, levando-o para dentro do seu casaco, nos bolsos internos.

Sony parecia esperar o sinal dele. Grino, porém, fez um gesto com os olhos que dizia “proteja-se”. Indicava com os olhos para Sony ir para trás dele. Os dois continuaram juntos por mais alguns segundos, ignorando um segundo aviso do guarda, até que Grino ouvisse o som do coldre de um dos guardas, a arma sendo sacada…

Ele deu um passo para trás, girando de frente para os guardas e abrindo espaço para Sony, que correu para trás dele. O capuz cobrindo seu rosto, para os guardas era como lutar com um fantasma na viela porcamente iluminada. Puxou seus revolveres, completamente diferentes dos de Stato Cinque, que eram mais arredondados com gatilhos largos e munição não letal. Os de Grino eram heranças da primeira era aprimoradas com a tecnologia da segunda era, semiautomáticos com pente duplo de tiros letais e não letais, todo feito em metal, pintado de preto. Grino as puxou de seu casaco e quando os guardas foram pensar em abrir fogo, Grino já havia puxado o gatilho três vezes.

Seus revolveres eram muito mais potentes. Os disparos foram no joelho abdômen e peito dos guardas, um deles caiu no chão a se debater, o outro de joelhos, buscou se recompor apenas o suficiente para travar a mira em Grino.

— Parado. — O guarda disse, o braço tremia. Ele tinha levado um tiro no joelho, o outro que levara os disparos no peito e abdômen. — É uma ordem.

— Atira. — Grino engrossou sua voz, mesmo com o Miragi (um dispositivo do casaco próprio para distorcer suas cordas vocais) alterando-a, ele engrossava a fala.

O guarda ficou confuso, mas obedeceu. Puxou o gatilho e o involucro eletromagnético colidiu no peito de Grino, se desfazendo com raios azulados, sendo absorvido pela roupa. Grino então avançou depressa e tomou o guarda pelo pescoço, o levantando e jogando-o na parede.

— Deveria ter usado munição letal! — Disse para o homem, vendo que ele tinha medo. Se aproximou apenas o bastante para que o homem pudesse ver os traços de seu rosto, mas não pudesse o identificar.

O guarda ainda tentou ousar, e puxar o capuz de Grino. Mas quando os braços se ergueram, Grino abriu os próprios braços, e com uma cabeçada jogou o guarda para trás.

Rastejando no chão o guarda pegou seu rádio na cintura.

— Os rebeldes… — Sony chutou sua mão e o rádio voou para o outro lado do beco. Então Grino subiu em cima do homem e o encarou — Quem são vocês…

— Somos o fim da tirania. — Grino puxou-o pelo colarinho erguendo-o do chão. — E a rebelião começou!

Então o jogou contra o chão de concreto, batendo a cabeça do guarda no chão, fazendo que ele perdesse a consciência.

Na ponta oposta da viela alguém assistia a tudo. E quando o combate terminou o espectador saiu correndo dali.

— Problema? — Sony questionou.

— Só se demorarmos mais. — Grino respondeu ajeitando o casaco no corpo, então olhou ao redor.

— Eliminamos eles? — Sony apontou para o guarda tremendo no chão.

— Não. Eles tem famílias e vidas, são apenas bastardos seguindo ordens.

— Como preferir. — Sony deu de ombros sem realmente se importar.

Voltaram a andar, depressa dessa vez, pois haviam perdido valioso tempo com os guardas. Em dez minutos estavam chegando perto do Centro de Comando e Controle que os guardas haviam citado.

— Já enviei o chamado para nove dos nossos. Três para cada carro, três de vigia caso algo saia do controle. Eu e você para comandar o ataque um em cada carro. — Sony disse enquanto eles se punham de tocaia buscando um ponto com boa visão.

O CCC era uma construção simples, aproveitando de um prédio antigo, com uma porta dupla em uma varanda elevada, na lateral ficava o portão da garagem, eram dois andares e poucas janelas, mas o terraço possuía área aberta, o que indicava que talvez tivesse atiradores. A área ao redor era ampla, ao menos na frente, mas assim que fazia a curva, as vias se tornavam mais estreitas.

Grino e Sony contornaram um quarteirão até um beco aonde podiam ver a garagem do Centro de Comando e Controle na via ao lado.

— Eu preciso saber sobre nosso terreno. — Grino pediu olhando para os guardas do distrito parados em vigia na entrada do CCC.

— Estamos, como esperávamos, em desvantagem, seja por número, seja por conhecimento do terreno, ou por armamento em si. — Sony não pareceu exatamente o que motiva uma equipe. — O caminhão vai sair por ali.

Sony não apontou, apenas olhou e Grino seguiu o olhar dele. Os dois percebiam as mesmas oportunidades, fazer aquilo era parte constante do trabalho, de forma que bastavam ter um alvo em comum para o plano começar a se desenhar na cabeça dos dois. Mesmo assim não podiam ter riscos, então Sony começou a falar, passo a passo, a ideia que tinha.

— Esse é o Centro de Comando e Controle Dois de Rosa e Cravo. A garagem fica no térreo, o que é uma vantagem para invasões, mas tenho certeza que as celas ficam no subterrâneo, armaria deve ficar no andar superior, trancada, junto do escritório de comando. — Grino não tirava os olhos da porta da garagem enquanto Sony falava. — Se os caminhões saírem por aqui, e é o único lugar por ondem podem sair, vão precisar fazer a curva na Via Luetraferi. Podemos abordar ali, vamos ter um ponto cego com o andar de cima aonde os guardas devem estar, o que vai nos ganhar um pouco de tempo, além de ter um prédio de registro atrás do CCC, se esperarmos ainda conseguimos cobertura do prédio, bloqueando visual caso tenham atiradores.

— Sendo três veículos, vamos parar o primeiro e o último, o do meio vai ficar preso entre eles e conseguimos ganhar terreno entre um lado e outro, assim não precisamos arriscar perder um camburão de prisioneiro e ficar com o de corpos. — Grino viu dois guardas abrindo o portão da garagem, um portão corrediço, então entraram e fecharam o mesmo atrás deles, não conseguiu ver o interior.

— Eu cuido do carro da frente, você pega o de trás — Sony respondeu. Então olhou para o outro lado, na Via Luetraferi, aonde pretendiam fazer a emboscada, puxou a manga de sua roupa e iluminou a tela de seu tablet de pulso, sorriu vendo a mensagem que recebera e desceu a manga novamente, atraiu um olhar de Grino, mas ele sequer questionou preferindo focar na missão. — Tem uma tampa de bueiro ali na frente. Se conseguirmos fazer a emboscada no momento certo, podemos usar o SEDEC para fugir e evitar mais conflito e fuga.

— Não todos, vamos ter que despistar fazendo uma fuga por terra, só os rebeldes. — Grino ponderou. — então levamos os prisioneiros pelos túneis em segurança.

— Ótimo, porém e se chegar reforços? Temos um CCC cheio de munição letal, se demorarmos por qualquer motivo que seja...

— A ideia é não demorar. — Grino respondeu em um tom certeiro.

Sony não gostava daquilo, Grino sempre tinha um plano B, uma saída de emergência, uma ideia para contingência, mas naquele caso, era um pouco de pressa misturada à necessidade. E Sony mesmo não facilitava, com missões dentro das próprias missões, criava um cenário complicado.

— Se escolhermos outro lugar, talvez...

— Eles chegaram. — Grino percebeu um de seus homens aparecendo na rua que fazia ligação com a Via Luetraferi, lá longe, perto de onde ficava a tampa do esgoto. — Se junte a eles, você coordenará o ataque na frente.

— Só preciso esperar um pouco, tem algo...

— Vamos perder a oportunidade se você não estiver em posição, Sony...

— Estou esperando a oportunidade. Confie em mim. — Sony rebateu. — Vê, a ideia é boa, mas resgatar os reféns não é a única missão acontecendo aqui hoje.

— Como?

— Pietra está lá dentro baixando os dados do CCC para mim, só temos que esperar ela sair, a mensagem foi dela.

— Não combinamos isso. Pode colocar ela em risco, e pode colocar a missão toda, a missão inicial...

— Ali está ela. Vamos começar o show.

Grino não teve tempo de responder. Pego de surpresa, Sony se levantou e com sua roupa apertada saiu andando. Grino no beco olhou para a silhueta de Sony se misturar no meio dos transeuntes.

A frente do CCC era como a entrada de um prédio de serviço qualquer, com uma placa pequena em cima de uma porta dupla, por onde uma mulher descia os degraus de acesso rumo a via.

Na lateral a porta da garagem ainda fechada.

Haviam dois guardas parados na porta de entrada, eles olhavam para as pessoas andando, para o chão, entediados. O tédio logo vai passar. Grino então ouviu os passos atrás de si, eram Isaac e Lucious.

— Arachnid pediu para dar apoio aqui.

— Vamos resgatar reféns políticos — Grino olhou para os dois, os cumprimentou depressa, olhando novamente para a garagem. — Os reféns precisam ser levados em segurança, provavelmente pelos tuneis do esgoto, Sony vai parar o primeiro camburão, nós atacamos o último.

Sony, na “praça” em frente ao CCC esbarrou contra a Pietra, e então continuou andando. Grino olhou para os guardas, estes perceberam o esbarrão, mas não fizeram nada. Pietra foi para um lado, Sony para outro, andando rumo a via aonde o portão da garagem ficava.

Os três no beco esperavam o momento acontecer.

Sony caminhou tranquilamente até a Via Luetraferi, aonde olhou para Kylie, Dennis e Io. Então ouviu o portão do CCC começando a abrir. Sorriu.

— Vamos começar?

*****

 Grino viu um camburão saindo da garagem, já virando em direção a Via Luetraferi, então o segundo logo atrás. Mas não teve um terceiro. O portão começou a se fechar.

Grino esperou por um instante enquanto Alisson, a terceira rebelde, se juntava a eles, parada no meio da “praça” na frente do CCC.

— Ao meu sinal derruba os dois. — Grino disse no comunicador. — Depois pode deixar que Pietra cuida do resto.

Allison balançou os cabelos contra o vento olhando para Grino com um sorriso de quem havia compreendido. Na via estreita os camburões haviam sido forçados a parar.

— Vai. — Grino disse, também se pondo em movimento com Lucious e Isaac.

Allison saiu andando até a escada, fingindo que estava indo para o CCC, aonde simulou uma queda, atraindo assim a atenção dos guardas. Então Pietra juntamente com os outros dois rebeldes da terceira equipe foram para a entrada do CCC.

Grino e os outros dois foram para o camburão de trás, enquanto via o motorista do primeiro camburão descendo. Ele jogou o capuz por cima da cabeça, deixando as trevas cobrir o rosto e no mesmo instante viu a reação. O motorista do segundo camburão engatou a ré, as rodas patinaram o primeiro segundo, então Grino ouviu um disparo. Agora temos segundos.

Isaac e Lucious se esquivaram, mas Grino deu um passo para o lado, apenas. Esticou a mão pulando contra a lateral do camburão, quando esse deu um meio-cavalo-de-pau. Grino se agarrou na porta e ao retrovisor e abriu a porta. O motorista assustou-se em um instante, no outro Grino estava o puxando do camburão e as pessoas corriam desesperadas porque o camburão desgovernado na manobra inacabada invadiu a calçada.

Na frente do CCC, os dois guardas estavam rendidos pela equipe rebelde de apoio que deveria cuidar do terceiro e inexistente camburão. Sony e sua equipe tinham o primeiro camburão sob controle e abriam a porta dos fundos aonde ficavam os prisioneiros.

Isaac rendeu o motorista e Grino rendeu o guarda no banco do lado.

— Abre as portas, as chaves para os prisioneiros. Agora! — Ordenou com a voz mais grossa.

O guarda não obedeceu, mesmo rendido. Grino avançou para dentro do camburão e tomou a força o controle do camburão, abrindo as portas do fundo.

— Temos que ir! — Pietra gritou da entrada do CCC.

Grino correu até a porta do camburão, vendo as prisioneiras. Io veio até ele.

— Já resgataram os homens.

— Leva elas.

— Sony pediu para darmos em retirada por terra.

— Então vamos fazer isso. — Grino disse para Io.

Pietra vinha com Leslie e Miles, correndo da enxurrada de guardas que saiam do CCC.

Grino mandou que eles batessem em retirada, mas o próprio correu para o camburão sob a calçada, e pisou no seu acelerador, o carro avançou em um tranco, o bastante para cobrir a visão do que eles faziam; cobrir a visão dos reféns descendo pelo esgoto.

Então os guardas do CCC fizeram uma linha de tiro, ergueram suas armas. Grino se jogou para o banco do passageiro e abaixou a cabeça ouvindo os disparos, eram tiros fatais contra a lataria e contra o que mais estivesse no meio.

Abriu a porta do passageiro e pulou para fora do camburão olhando para a última mulher descendo pelo túnel do SEDEC. Kylie empurrou a tampa do esgoto fechando a passagem.

E então sobraram Grino, Miles, Allison, Isaac, Kylie e Io ali em cima entre um camburão e o outro. Com Sony foram Pietra, Leslie, Lucious e Dennis, escoltando os reféns resgatados.

— Ficou algum prisioneiro? Tem alguém ferido?

Ninguém disse nada.

Grino olhou ao redor, então outra saraivada de tiros. Os rebeldes se abaixaram. Grino olhou para os lados, viu o prédio que Sony havia citado servindo de proteção contra o terraço do CCC aonde eles teriam se tornado alvos fáceis.

— Ótimo, vamos despistar eles...

— Rebeldes! — Então uma voz estourou em um megafone. Grino e os demais, que se preparavam para a fuga, pararam por um segundo. — Esse é o único momento em que aceitarei sua rendição, caso neguem tão generosa oferta, aceitarei seu sangue com mesmo bom grado.


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