O Irmão Do Meu Sócio escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Ponto de Vista de Elle Karnezis.



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    - Você está completamente louca. – disse minha prima Sophia pelo que parecia ser a décima vez em uma hora.
    - Já te disse, vai ficar tudo bem. Nada para se preocupar, apenas um passeio de negócios, e eu vou levar meu advogado para tomar conta do contrato e dos termos legais. Essa oportunidade é única, é perfeita! – comemorei, abraçando meu rottweiler, que só reclamou um pouco.
    - Você vai jogar seu nome numa loja desconhecida. Não é uma jogada muito inteligente, Elle. – ela insistiu.
    - Você está brincando, não é? Já posso até ver as manchetes. “Herdeira do império Karnezis se estabelece em pequena loja do interior”. Os jornalistas do mundo todo vão ficar loucos atrás do Leigh para saber o que a loja tem de especial. – eu sorri.
    - E pelas fotos que eu consegui do lugar, não tem nada. – disse ela, me mostrando as fotos de uma pequena loja.
    - Não se preocupe, eu já pensei nisso. – pisquei marota - Vou levar também a minha equipe de transformações de lugares. – eu disse pensativa enquanto encarava a simplicidade e elegância do lugar.
    - Você quer dizer os pedreiros e os engenheiros. – ela me corrigiu.
    - Não seja estraga-prazeres. No mínimo, isso será uma importante experiência de aprendizado para a minha pessoa! – falei, abrindo a terceira mala e colocando meus sapatos e bolsas prediletos nela.
Eu amo minha prima. Não a leve a mal, ela é um amor de pessoa. Porém, enquanto eu faço tudo antes de pensar, ela pensa tudo antes de fazer. Vivemos em conflito, mas sou muito apegada a ela. Além de tudo, ela ainda é linda. Com cabelos castanhos claros, lisos e curtos, olhos verdes, quase azuis, e feições delicadas como a de uma dama. Ela realmente é uma dama, e principalmente existe um fato sobre ela que me aborrece: ela tem 1,70m. O que a faz cinco centímetros mais alta que eu.
A altura de 1,65m é perfeitamente na média, ok? Agora espalhem isso para todo o pessoal do colegial, que me chamava de “Tip Toe” (ou “Pontinha dos Pés”, se traduzido para a língua do país ao qual estou indo agora). A culpa não é minha se o Leigh é anormalmente alto! Ter 1,95m de altura não é normal! Ele sempre me ajudou no colegial, mas andar com ele não ajudou a minha fama de baixinha. Até hoje fico muito irritada quando sou importunada sobre isso, de modo que aprendi a andar em saltos absurdos, como os de dez a quinze centímetros, sem problemas. Recuso-me, recuso ser baixinha. Mas apesar de todo o conflito entre mim e Leigh no colegial, ele sempre fora um amor comigo, e estou muito feliz de poder ajudá-lo.
    - Senhorita Karnezis? – chamou meu mordomo.
    - As malas estão prontas! – anunciei e ele as levou – Venha, Sophia. Acompanhe-me até o avião.
Peguei a minha bolsa bege que estava em cima da cama com meus documentos e chamei Boss para nos acompanhar. Ah, claro. Eu não mencionei o Boss ainda. É meu rottweiler, ganhei há muito pouco tempo, cerca de cinco meses. É bem agressivo e só aceita carinhos de mim e da Sophia. Uma vez, ele mordeu o papai. Foi a maior confusão e foram precisos vários dramas para que eu continuasse com o cachorro. Desci as escadarias para o salão de visitas e daí eu fui para o carro. Após alguns minutos, chegamos à pista particular.
Sim, tudo isso é um absurdo. Quando eu digo escadarias, quer dizer que a propriedade do meu pai na França tem sete lances de escadas. O salão de visitas tem um lustre de cristal importado de eu nem sei de onde e meu pai tem três jatos particulares. Já perdi a conta das vezes em que o pedi para doar tudo aquilo, mas ele afirma que, se ficar humilde demais, os sócios irão achar que ele é pobre e não vão querer continuar negociando com ele. Por isso que eu odeio negócios.
De qualquer forma, eu abracei Sophia e prometi ligar todos os dias e toda vez que fizesse alguma decisão importante, e também que iria me cuidar. Fora isso, fomos somente eu e o pessoal de transformação de lugares. Coloquei uma música do Avenged Skull, uma das minhas bandas prediletas, no meu mp5 e relaxei durante a viagem. Quando acordei da minha pequena soneca, estava escutando Beethoven. Sim, super normal.
    - Senhorita Karnezis, nós já pousamos. – me informou a comissária de bordo.
    - Obrigada. Vamos, meninos? – perguntei para o pessoal, que concordou amistosamente.
Descemos do avião e fomos até os carros que nos esperavam. Como o pessoal estava em boa quantidade, foram precisos cinco carros, mas nós conseguimos chegar à loja de Leigh a tempo. A sua casa era do lado, então eu simplesmente desci e toquei a campanhia. Um garoto de cabelos brancos e olhos diferentes veio me atender. Um dos seus olhos eram dourados e o outro era verde. Eu me perdi naquele olhar. Tanto, que quando ele me chamou, parecia bem aborrecido.
    - Desculpa minha falta de educação, seus olhos são lindos. – eu disse – Eu sou a Tip Toe. Colega de Leigh no colegial, ele não está aí?
    - Eu achei que você seria mais velha. – ele disse, também parecendo divagar.
    - Eu pulei algumas séries. – dei de ombros.
    - Por favor, entre. – ele disse, e abriu os portões.
    - Ok. – eu disse e acenei para o pessoal que estava nos carros – Eles são uns amigos, vão ajudar a remodelar a loja.
    - Remodelar a loja? – ele disse, e não parecia muito feliz.
Parando para analisar, o garoto era lindo. Provavelmente deveria ser o irmão mais novo de Leigh pela sua semelhança com o meu ex-colega, mas eu não lembrava seu nome. Era bastante alto (maldita família), forte e usava roupas vitorianas. Pelo menos podemos dizer que o garoto tem senso de moda. A casa também era linda: grande, de dois andares, um jardim enorme e a casa recuada, com janelas amplas e portas duplas. Além disso, o portão era todo rebuscado. Todo o lugar emanava estilo e imponência. E, no meio de tudo isso, surgiu uma menina de longos cabelos prateados e olhos castanhos com um olhar desconfiado. Atrás dela vinha Leigh. Ele estava exatamente como era anos atrás, somente com um olhar mais triste e roupas novas.
    - Você não mudou nada, não é? – sorri para o moreno.
    - Você cresceu! – ele disse, impressionado.
    - Haha. – eu ri ironicamente – São os saltos.
    - Ah, sim. – ele disse, percebendo meus saltos absurdos – É ótimo ver você novamente. – ele me sorriu e estendeu uma mão ao se aproximar.
    - Não seja chato, venha aqui! – eu ri e lhe abracei, mas recuei devido ao olhar mortal da garota de cabelos prateados – Espero que nos demos maravilhosamente bem. E que, ao contrário do seu irmão, não tenha nada contra algumas reformas na loja.
    - Não, eu realmente estava pensando nisso. Se vamos ter você lá, precisaremos de um visual novo. – ele disse.
    - Pode falar disso com a minha equipe. – eu disse, e percebi que os homens se curvaram para Leigh – Ah, e esse é o Boss. – eu disse, chamando meu cachorro, que veio como enlouquecido do colo de um dos encarregados.
    - Acho que vai ser um prazer tê-la aqui, Elle. – sorriu Leigh e eu lhe sorri de volta.


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Notas finais do capítulo

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