Entre Livros escrita por Shadow


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Camilla finalmente chegou ao palácio!! antes disso tinha que me segurar para não pular todo o processo da nossa querida Cami antes da seleção. Ufa!
PS: Obrigado ao Gabriel Fernnandes por ter favoritado essa história e a Lisa Simpson por marcar- acompanhando e a camilasilva142801 por comentar!
Isso me incentiva muito, pois na hora em que eu vou escrever, fico pensando em vocês!!
Continuem assim!
Beijinhos e boa leitura!



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     Estava deitada na “minha” nova cama luxuosa do palácio. Era a minha primeira noite, e eu não conseguia dormir.

     Depois de ter passado por um processo exaustivo pré-seleção, cheio de funcionários do governo invadindo o orfanato, ligações intermináveis e perguntas sufocantes, eu estava muito cansada havia dias, e ansiosa ao mesmo tempo. E agora, não conseguia pregar os olhos.

     Uma das perguntas mais estressantes foi o porquê de eu ter me denominado Três sendo órfã. Arranjei uma desculpa qualquer falando que antes de meus pais morrerem em um acidente quando eu tinha cinco anos, me lembrava de ser chamada de Três e de meus pais serem Médicos.

     Infelizmente, no dia seguinte apareceu a policia querendo saber se aquilo o que eu disse era verdade, e que era pena de 10 anos de prisão mentir sobre sua casta. Merda, pensei na hora. O bom é que eu consegui fazer com que diversas provas e papeladas sobre meus supostos pais surgissem na minha frente com o piscar de olhos. Estava começando a me acostumar o fato de que eu além de poder entrar nos livros, conseguia criar coisas nele.

     No avião estava a Kriss Ambers e outras duas outras selecionadas. Kriss era bem simpática, e nos demos bem quase na hora. Acho que foi tipo “os opostos se atraem”, porque ela era bem diferente de mim, enquanto ela era doce, eu era mais grossa, embora tenha meus momentos de gentileza, ela era mais fresquinha, tipo: ai que nojo, lama no meu sapato, eu já não ligava com isso, era bem mais caminhoneira que ela. Mas gostava de sua companhia.

     Conheci também America no salão das mulheres. Estava sentada do lado dela, prestes a pintar as pontas do meu cabelo de roxo, até que ela perguntou:

—Porque você quer pintar o seu cabelo de roxo? Ele é tão bonito assim. Se for pra atrair atenção do príncipe, é bobeira- comentou, um pouco curiosa.

—Verdade. Só que eu não quero chamar a atenção dele. Quero pintar as pontas simplesmente porque eu quero. Lá em casa, meus únicos luxos eram o meu Pierce no nariz, meu skate velho e o que sobrava da sobremesa. As vezes, faz bem ter pelo menos algum luxo.

—Eu não acho. Ter vários luxos pra mim acaba sendo muito fútil, superficial. Nunca fui uma pessoa de luxos-indagou ela.

— Nem eu, pelo menos não de muitos, mas é bom dar uma mudada não é? Sempre quis pintar o cabelo, mas não ligava muito, já que não tinha dinheiro suficiente pra isso. Agora que eu posso, porque não?

—É, mas talvez essa sua mudança no cabelo seja interpretada de maneira errada pelos outros.

—Eu não me importo sobre o que os outros vão achar de mim- falei.

—Eu também não, apenas comentei.

     Depois disso, começamos a conversar sobre nossa vida até ficarmos prontas.

     Decidi sair do quarto e andar um pouco. Estava me dando nos nervos ficar olhando pro teto. Considerava ser tarde o suficiente e que provavelmente  Maxon já havia encontrado America no jardim, então eu não atrapalharia em nada.

     Acabara de descer as escadas, e estava totalmente perdida em pensamentos, cheios de dúvidas, que até então, eu as ignorava. Como eu tinha conseguido entrar dentro do livro? Será que o tempo no orfanato estava congelado ou tudo isso que eu estava vivendo não tinha tempo, que isso não existe nos livros? Volto pro orfanato ou continuo aqui? Até que, sem que eu percebesse, havia me chocado com alguém, quando me toquei sobre que tinha acontecido, estava de cara no chão e com o braço direito ardendo por ter batido na quina de um pilastre.

     Soltei um palavrão. Na minha primeira noite eu já havia sido desligada, e tinha trombado em alguém, que obviamente  estava com pressa, e não tinha me visto.

—Ei, toma mais cuidado cara- falei - e desculpa se eu acabei ter te machucado com o impacto.

—Eu que te devo desculpas minha querida. Por acaso você está bem?- Quando ouvi essa voz, gelei. Não por ter sido grossa com ele, mas sim por eu ter derrubado o príncipe .

     Lá estava ele, ajoelhado e com cara de preocupado, me ajudando a levantar. Quando ele pegou meu braço direito, dei um gritinho de dor.

—Pelo visto você se machucou feio, a quina em que você bateu entrou bem fundo na sua pele. Perdão senhorita- disse ele examinando meu braço. Dei uma olhada.

—Já fiz machucados piores com meu skate- falei, tentando demonstrar que aquilo não havia sido nada, mesmo ardendo muito- eu estou bem. Ah, e toma mais cuidado dã- disse, irônica.

—Pode deixar- falou Maxon sorrindo, até que me segurou em seus braços, que eram bem fortes- na próxima eu prometo não ser tão distraído.

—Pra onde você está me levando? Ah pode me colocar no chão tá, eu machuquei o braço e não a perna.

—Pra enfermaria. Eu sei, obviamente, mas me sinto com a obrigação de te carregar depois de machuca-la.

—Eu já te falei que estou bem, não gosto de ir ao médico. E não precisa se sentir obrigado a nada, eu me viro bem sozinha, obrigada- olhei pra ele, fazendo cara de piedade. Por mim, era só eu limpar a ferida, colocar um band aid  e pronto. Ele me ignorou e me levou até a enfermaria.

     Quando Maxon abriu a porta, a primeira pessoa que eu vi, deitada numa maca, foi America.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram??
Mal posso esperar pra postar o Capítulo 5!!!
Quero comentários falando sobre o que vocês estão achando da fanfic e se precisa melhorar em alguma coisa, isso me ajuda muito!
Beijinhos!



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