Entre Livros escrita por Shadow


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela "demora" para postar o capítulo 5, é que a semana de provas está chegando....mas veja, aqui está!!!
Boa leitura!!



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     No primeiro momento eu havia levado um susto. O que America estava fazendo aqui? O príncipe não tinha encontrado ela quase desmaiando em frente ao Jardim? Até que eu me toquei. Não, o príncipe NÃO  tinha encontrado ela. E agora??! O que isso pode afetar? Fodeu. 

   Estava tão perdida em meus pensamentos e me sentindo a pior pessoa do mundo que nem me toquei que estava sentada em uma maca também e que o médico, sabe se lá de onde ele aparecera, havia perguntado algo pra mim, enquanto examinava o meu braço.

—Camilla? Camilla?-chamou Maxon, até que finalmente consegui “acordar” de meus pensamentos, respondi:

—O que?- Perguntei perdida, olhando pra parede.

—Você escutou o que o médico disse?                                                                                                           

—O que ele disse?- Perguntei. Maxon me olhou com preocupação.

—O que houve com ela Doutor? Está pálida, antes de vir para cá ela estava bem.

—Provavelmente ela deve ter perdido uma boa quantidade de sangue, por isso.

—Não, você não me entendeu, o que eu quis dizer é que se fosse isso, ela já teria ficado pálida durante o caminho, e só agora que ela ficou assim- Maxon falou, como se fosse óbvio.

—Vai ver ela não gosta de vir ao médico.

—Pode ser- falou Maxon, com tom de quem ainda estava achando que fora por outra coisa a minha palidez súbita.

—Eu ainda estou aqui, parem de falar como se eu não estivesse. O que você havia dito Doutor? Pode deixar, por mim não é nada sério, eu estou bem- falei, sentindo minha palidez sumir.

—Ah sim, eu havia dito que, como o corte foi largo e fundo, terei que fazer uns 6 pontos, ok?

—Ok- falei desanimada- ah cara, como eu odeio fazer pontos.

—Eu pensei que fosse a sua primeira vez- Comentou Maxon- você é tão desastrada assim?- brincou.

—Você não viu nada-falei, mostrando a grande quantidade de cicatrizes dos meus braços e pernas, na qual, o pessoal do salão das mulheres fizeram questão de esconder com maquiagem, mas como eu havia tomado outro banho, todas estavam a mostra.

—Da pra ver- O príncipe comentou, sorrindo. Sorri também. Até que eu me lembrei de uma coisa.

—Que tal você ir ver como aquela outra selecionada está?

—Eu já iria ver, mas você não quer que eu fique mais um pouco, enquanto o doutor faz os pontos?

—Não, obrigada, eu me viro.

—Certo- falou Maxon, surpreso- volto logo- disse indo em direção a America.

     Depois que o príncipe se afastou, o médico disse:

—Curioso. Pensei que você gostaria de ficar mais tempo com o príncipe, quando na verdade, o dispensa, falando para ele  ver como está sua concorrente.

—Não é isso. É que não acho justo receber  grande atenção do príncipe quando outra também não está legal.

—Entendo-falou o médico, enquanto limpava minha ferida.

     Olhei para o lado, e vi Maxon e America conversando tranquilamente. Nossa, se eu não tivesse interferido, isso seria BEM diferente. Pelo visto, é melhor conversar com America quando sua cabeça não está quente.

—Mas você não acha justo ou não quer ficar com o príncipe?- perguntou o doutor, sério.

—Por que toda essa curiosidade? Não é da sua conta. Mas, respondendo a sua pergunta, eu simplesmente não acho justo. Me inscrevi na seleção, não só pra saber se Maxon acabará me amando, mas também, se eu o amarei.

     O médico fez uma cara de quem não esperava  por essa resposta, mas pelo visto, gostara do meu argumento. Ele pegou uma seringa, indo em direção ao  meu braço.

—Espera. O que é?

—Analgésico.

—Pode parar. Não gosto desse tipo de coisa. Eu aguento sem isso.

—Certeza?- O médico perguntou, como se eu fosse louca.

—Aham- eu sei, devo ter parecido uma doida falando isso, mas é que eu não gosto dessa sensação de estar sendo “drogada”. Odiava remédios e qualquer outro derivado dele. Quanto mais eu pudesse passar longe, melhor.

—Está pronta?

—Sim- minha voz vacilou, mas não voltei atrás.

     Soltei um grito de dor quando o médico começou o primeiro ponto. Depois disso, eu tentava me segurar pra não gritar.

—Você está bem querida?- o príncipe perguntou. Nem havia visto ele chegando.

—Sim- menti. Eu não via a hora disso acabar, mas o doutor ainda iria começar o segundo ponto.

—Não parece. Você finge muito mal- comentou.

—A senhorita não me permitiu  aplicar o analgésico nela- comentou o médico- ela é bem forte, pelo visto.

—Já estou acostumada- falei- sentir dor não é novidade pra mim, pelo tanto de machucados que eu fiz.

—Você é louca- falou Maxon, brincando.

—“A loucura só depende do ponto de vista”, li isso em algum lugar e acho que vou tatuar na minha vida.

—Faz sentido.

     Senti outra pontada de dor no terceiro ponto, e instintivamente segurei a mão de Maxon e apertei bem forte. O príncipe me olhou com surpresa, mas parecia demonstrar estar gostando.

     Depois de mais alguns pontos o médico (finalmente) terminou, ele me liberou, falando que eu podia voltar para o meu quarto. Sai da maca com um pulo de alegria. Mas infelizmente, depois disso, o ferimento começou a doer mais ainda. Dei outro grito de dor.

—Querida, é melhor você não fazer muitas “acrobacias” com seu braço não é mesmo?

—Que nada! Ele está ótimo- menti- vou me retirar.

—Eu te acompanho- falou o príncipe. Decidi não contrariar, pois estava gostando de sua companhia.

—Não é meio solitário morar em um lugar tão grande?- perguntei a primeira coisa que veio em minha cabeça.

—As vezes. Mas depois de um tempo você se acostuma- falou, pegando minha mão. Balancei um pouquinho os braços, gostando de nossas mãos dadas.

—E o que você costuma fazer, pra matar o tédio, quando não está trabalhando?-perguntei, curiosa. Eu simplesmente não aguentaria ficar sem nada pra fazer em um lugar tão grande.

—Eu costumo fotografar tudo que eu vejo.

—Que legal. Então você gosta de fotografia.

—Sim. E você, do que gosta?

—Eu simplesmente AMO animais, quero ser veterinária um dia.

—Mesmo se você fosse a minha escolha?- Maxon perguntou, dando a entender que era apenas um exemplo, uma sugestão.

—Claro. Perto do meu orfanato- de verdade, pensei- tem um pet shop, e o dono é veterinário. As vezes, ele me deixa participar das consultas que ele tem e tudo mais. Aprendi várias coisas legais com ele.

—Então quer dizer que temos uma aprendiz aqui?- falou Maxon, surpreso.

—Teoricamente sim, embora eu não me veja como uma.

—Porquê?

—Sei lá, as vezes eu tenho a sensação de enche-lo de vez enquando, embora ele não demonstre.

—Como assim? você é tão adorável- brincou Maxon.

—Eu sei, é que eu sou tão adorável que chega a cansar- falei, fingindo mostrar o quanto isso era cansativo.

     Rimos juntos, até que, sem que eu percebesse, já tínhamos chegado no meu quarto.

—Então...boa noite querida- falou Maxon.

—Boa noite- falei, dando um beijinho em sua bochecha. Maxon ficou meio sem jeito, até que  foi embora, sumindo pelo corredor.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Que tal você deixar um comentário na minha fic? Eu iria adorar saber o que você esta achando da minha história.
Beijinhos!!



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