Os Caçadores: A Última Guerra escrita por Gustavo Ganark


Capítulo 22
Fairy


Notas iniciais do capítulo

Galera, eu esqueci de avisar sobre a divisão da fanfic. É o seguinte, a fanfic será dividido em SAGAS, que serão divididas em TEMPORADAS. Então estamos na segunda temporada [ou arco] da Saga NINGIRAMA. A próxima temporada vai finalizar a Saga Ningirama, por isso eu quero imediatamente começar a próxima e última temporada dessa Saga. Qualquer dúvida deixa no comentário. Obrigado.



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— De 14 magos eu sou o quarto mais forte. E sabe, eu analisei essa cidade, Chi por Chi, e vi que quatro magos da Yambakka foram mortos. Seguindo uma sequência cronológica, o sexto foi morto, o quinto, o nono e depois o sétimo.

— E o que eu tenho a ver com isso?

— São seus amigos, mas não é nesse ponto que eu quero chegar. O mago mais forte de sua guilda derrotou o sexto e o quinto. Ele é o que eu avaliei ser o mais forte. Uma, mesmo com uma resistência feita de gelo, teve um de seus braços arrancados, mas ela está bem. A outra teve seu olho arrancado brutalmente pelo sétimo Yambakka.

— Aonde você quer chegar? – Eu perguntei, sem entender o seu objetivo.

— Imagina: o sétimo arrancou um olho e a nona arrancou um braço, o que pode acontecer com você já que está enfrentando o quarto Yambakka, o quarto mais forte da guilda?

Eu ignorei e tentei o acertar com a minha espada, mas ele desviou rapidamente e parou atrás de mim. Eu senti um negócio em minhas costas. Eu fiquei imóvel. Não sabia o que era, mas logo descobri.

Ele atirou.

Blaze me acertou centenas de vezes com uma metralhadora de cinco canos a queima roupa.

Fui retalhado por centenas de balas, todas de uma só vez.

Quando eu olhei para a minha barriga, eu vi o enorme buraco que ele tinha causado. Dentro desse buraco “esmurrava” sangue para todo o lado. O chão do topo daquele prédio, o mais alto da cidade, tornou-se um lago de sangue. Do meu sangue.

Não aguentei. Eu caí. Deitei sobre o meu próprio sangue. Morto.

— Foi fácil demais lidar com você, mas não sei se posso dizer o mesmo das duas Caçadoras que estão vindo te ajudar. – comentou Blaze, sentindo a presença de duas pessoas.

Nanda e Aghata, por sorte, tinham se encontrado no caminho e ouviram o barulho da metralhadora de Blaze. Foram correndo ver o que estava acontecendo e quando chegaram, viram o mar de desespero vermelho que me envolvia. Eu estava morto e aquilo deixou Nanda aterrorizada. Aghata não tanto. Vaca.

— Anark? Ele está morto! – Gritou Nanda, chorando desesperadamente e se jogando para cima do meu corpo, batendo contra o sangue no chão e o espirrando para os lados.

Blaze sorriu e mirou nela, mas Aghata usou sua magia e com o corpo feito de gelo deu um soco em Blaze, que o fez atravessar prédios atrás. Furiosa, ela correu atrás de Blaze para dar um segundo golpe, mas foi em vão. Ele se recuperou do primeiro e desviou rapidamente do segundo. Tentou metralhar Aghata, mas ela se regenerava a cada tiro, inutilizando aquele poder de Blaze:

— Merda! As minhas balas não funcionam contra você. Você faz jus a sua posição de poder. – comentou Blaze.

— O que você está falando? – estranhou Aghata, furiosa.

— Antes de eu matar Anark, eu disse que ele era o quinto mais forte de sua guilda. Você é a segunda mais forte dos Caçadores. Vai ser um prazer acabar com sua vida.

Aghata nem ligou para o papo dele e o pegou pelo pescoço. Blaze não esperava por aquilo:

— A segunda, né? Que pena de você. Isso quer dizer que eu vou matar você tão facilmente quanto eu matei a outra de quatro braços.

— Enganada. – Retrucou Blaze, mal conseguindo falar, pois estava sem ar por estar sendo sufocado pela mão de gelo pesada de Aghata. – Sabri era a nona mais forte. Eu sou o quarto.

Blaze desapareceu. Sumiu. Apareceu. Mirou em Aghata com uma RPG (tipo uma bazuca) e atirou. Aghata foi atingida pela explosão e atravessou um prédio que estava atrás dela.

Com seu corpo pesado e cansado, Aghata não conseguiu se levantar da rua que havia sido trincada por conta de seu peso. Seu corpo de gelo voltou a ser de carne e osso. Blaze apareceu e novamente mirou a RPG, em seu rosto:

— O primeiro eu metralhei. A segunda eu vou explodir. O que será que vai acontecer com a terceira?

Quando Blaze ia puxar o gatilho eu apareci, pegando a RPG e a jogando longe.

Graças à Nanda e sua voz misteriosa que apareceu de repente querendo me ajudar, fui curado e estava disposto a enfrentar Blaze de uma vez:

— Você foi curado? Que ótimo. Agora vão ser vocês três contra mim? Que triunfo. Basta eu dizimar todos vocês e a Yambakka garante sua vantagem. – Comentou Blaze, forjando duas metralhadoras de canos longos. Uma em cada mão.

Aghata, Nanda e eu estávamos há doze metros de distância de Blaze. Ia ser uma batalha em equipe, já que o poder de Blaze era imensamente grande:

— Aghata? Você está bem? – Perguntou Nanda.

— Eu só atravessei um prédio e caí no asfalto com velocidade máxima. Fora isso estou bem. Perdi um braço em outra luta. – Ironizou Aghata.

— E eu perdi o meu olho. Pelo menos seu braço voltou. – Disse Nanda, tocando o buraco que estava no lugar de seu olho e lembrando do que a voz lhe falou, deixando-a com um remorso por não querer contar a verdade para mim.

Eu estava focado em Blaze e não na conversa das duas mocinhas que estavam ao meu lado. Se elas soubessem que eu tinha pensado isso, eu morreria de uma forma mais brutal do que metralhado por uma arma de Blaze.

Eu peguei o meu livro e clonei a página da Espada do Rei do Fogo. Agora eu tinha duas.

Tentei acertar Blaze, mas ele rapidamente desviou. Eu estava lento já que segurava duas espadas. Cada uma exigia uma grande força para segurá-las:

— Você ficou bem mais lento. – Comentou Blaze mirando em mim, mas eu fui novamente salvo por Nanda, que fez uma corrente de ar e me tirou daquela mira rapidamente. Aghata deu um super salto e caiu sobre Blaze, dando um super soco em seu rosto. Tanta força em seu soco que aquele pedaço de rua foi todo trincado e uma cratera espantosa ficou ali, em volta de Blaze. E não é que o filho da mãe estava vivo ainda?

— O quinto mais forte, a quarta mais forte e a segunda mais forte. Essa luta não podia ficar melhor. Essa é a sua força máxima, Aghata? Cadê a sua força, Nanda? Anark, vou metralhar você de novo e dessa vez você vai permanecer morto.

Nanda ficou séria:

Finale: Air Script.— Com seu Finale, ela tentou aumentar exponencialmente a gravidade de Blaze, mas não surgiu efeito. Blaze continuava rápido e preciso. Conseguiu acertar um tiro em Nanda, mas no ombro. Ela foi obrigada por mim a ficar de canto. Estava sangrando, mas a sua voz estava curando ela. Aquela voz que escutou um monte após ela derrotar Sylvester:

— Agora restam apenas dois. A mocinha vai ser a primeira. Finale: Gun Shop. — Inúmeras armas apareceram em volta da gente. Inúmeras? Centenas de armas tinha cercado Aghata e eu. Uma de cada tipo, de todos os tamanhos, de vários tipos e quantidades de cano e frequência de tiro. Um verdadeiro arsenal de guerra apareceu ali e eu estava sob a mira:

— Trezentas armas de fogo médio e quatrocentas de fogo avançado. Todas miram para vocês dois. Não tem escapatória, já que embaixo de vocês existem mais dezenas de minas terrestres. Se vocês saírem do lugar, essas minas explodem. Se ficar, são dizimados pelo meu poder militar. Eu sou um mago pistoleiro, com todos dizem. Minha magia foi construída para enfrentar exércitos e mais exércitos. Entretanto eu roubei o cristal que eu mesmo construí e absorvi o seu poder, deixando-o líquido e o injetando em minha veia. Uma das inúmeras formas de conseguir magia, já que eu não conseguia produzir e absorver Chi.

Aghata e eu estávamos assustados. Não tinha escapatória. Era morte certeira. Nanda não podia nos salvar, já que o dono da voz que ela escutava estava curando ela ainda. E a mesma voz tinha me curado antes, então estava enfraquecida.

Eu não podia me mexer, mas podia utilizar o meu livro. Eu abri ele de uma forma que Blaze não conseguia ver. Coloquei em uma página branca qualquer e mentalizei forte. Eu pedi ajuda para alguma dimensão. Alguém que pudesse me ajudar naquele momento aflito. Uma enorme luz me ofuscou e Blaze também reagiu, fazendo todas aquelas setecentas armas atirarem contra eu e Aghata.

Eu fechei o olho. Não queria sentir nada de novo. Afinal, já tinha morrido uma vez. Aghata fez o mesmo. Entretanto, nenhum tiro tinha me atingido. Uma mulher com um vestido branco, com asas cor de rosa e brilhantes e um cabelo branco curto apareceu:

— Quem é você? – eu perguntei, olhando para ela.

— Você me invocou e não sabe quem sou eu? Meu nome é Fairy. Vim da Dimensão Chrono, o reino das fadas. Obrigado por me salvar dele bem na hora certa, mas eu vou ser rápida para poder pedir a sua ajuda.

Eu salvei ela? De quem? Para que ela queria a minha ajuda? O nome dela era Fairy, a única esperança de combater Blaze.

— O que é isso? Vocês dois foram salvos por essa garota fantasiada de fada? Eu vou atirar novamente e... – Blaze foi calado por Fairy, que pegou a ponta de seu cajado branco e enfiou em sua boca, atravessando a sua cabeça:

— Você fala demais. – Fairy fez seu cajado desaparecer e o corpo de Blaze, morto, caiu sobre um carro ali presente. Fairy fez esse carro explodir, carbonizando o corpo de Blaze.

Eu fiquei boquiaberto. Isso era uma fada? Uma fada pega um cajado branco com uma lua na ponta, e com a outra ponta enfia na boca de um inimigo e depois carboniza seu corpo? Que fada mais assustadora. Entretanto era a minha segunda invocação e ela disse que precisava de minha ajuda, então perguntei:

— Obrigado. Pode me dizer mais sobre eu ter te salvado?

Fairy deu risada e seus olhos brancos brilhavam:

— Estavam dando em cima de mim lá em Chrono. Uma fada chata de lá. Nada demais. E eu queria pedir uma ajuda sua: será que você não tem alguma amiga para eu beijar, não? - Amiga? Beijar? A fada era... lésbica? – Eu estou brincando. Na verdade, quero duas amigas suas. Essas duas aí servem. Essa de gelo é linda, parece comigo.

— Não! Obrigado! Eu namoro e sou hétero. – Disse Aghata, dando risada.

Fairy deu mais risada ainda:

— Gente, sou uma fada brincalhona. Relaxem. Eu sou casada com o Imperador de Chrono. Minha irmã que é assim. Apenas imitei ela. Anark. Foi você quem me chamou, não?

— Sim. Eu te chamei. – eu respondi, passando por cima daquela palhaçada.

— Agora eu não posso voltar mais para Chrono. Eu sabia que um dia eu ia para essa dimensão. Não tão cedo, mas eu sabia. Quero saber: sou a primeira a ser invocada?

— Não. Teve um antes de você, Fairy.

— Entendi. Então isso quer dizer que eu posso visitar meu marido em Chrono, não é?

Eu fechei os olhos e sorri:

— Sim. Você pode, Fairy.

— Que pena. Eu não gosto dele.

Aghata e Nanda (já em perfeito estado) deram risada e eu também não aguentei e ri, mas eu tive que parar para explicar algo para Fairy:

— Estamos em uma guerra, Fairy. A minha guilda, Caçadores, está em guerra contra Yambakka, outra guilda. Eu agradeço por ter me salvado, mas eu preciso saber sobre a sua magia.

Fairy começou a voar bem alto, fazendo um show de glitter e magia:

— Eu me chamo Fairy Scheibe. Eu sou a Imperatriz de Chrono, esposa do Imperador. Eu sou uma Fada Sacerdotisa, ou seja, minha magia serve para curar as pessoas e aumentar algumas de suas características, como velocidade, força, precisão, mira etc. Isso será útil?

Eu fiquei feliz por ter alguém para me importar novamente e respondi:

— Você já é útil. Quero que você cure a gente e aumente o nosso Chi. Você pode?

— É claro, mas a minha magia melhora apenas uma coisa por vez e dura trinta minutos. Posso aumentar o vosso Chi em 25%, depois de 30 minutos vocês voltam ao normal e eu não posso mais aumentar nada por um dia inteiro. Curar eu posso, há qualquer momento e sem limite de tempo. Apenas não posso ressuscitar, então não vão com tudo achando que eu sou Deus, não. Sou uma fada e não a Dona Morte.

Eu achava Fairy um triunfo e estava feliz. E também preocupado. Que dimensão aquela guerra ia tomar? Restavam dois magos para derrotar: os três mais fortes da Yambakka, incluindo a líder. William já tinha vencido sua luta, então o que indicava era que restavam Lilian e Darcy contra Sagan, Martin e Yambe. Nós precisávamos quebrar essa desvantagem, mas tínhamos que nos curar primeiro. Será que ia dar tempo de salvar a líder e Lillian?


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Notas finais do capítulo

Galera, essa semana terá muitos capítulos, hoje mesmo postarei mais um. Assim que terminar essa temporada eu criarei um cronograma que será SEGUIDO a risca, padronizando o intervalo de postagem. É só essa semana.



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