Os Caçadores: A Última Guerra escrita por Gustavo Ganark


Capítulo 21
Retalhador


Notas iniciais do capítulo

Bom "capítulo de leitura" =D



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E aonde eu estava? Eu estava em cima de um prédio atrás de uma antena parabólica sobre uma caixa metálica. Eu estava com medo de quem eu ia enfrentar. Eu não tinha, ainda, a capacidade de sentir o Chi de outras pessoas de longe. Então eu poderia ser surpreendido a qualquer momento e assim aconteceu. Quando eu ia sair dali um tiro em meu ombro me fez ficar. Aquilo começou a sangrar e manchar a minha armadura branca. Como aquele tiro tinha perfurado a armadura? Eu não sei.

— Saia daí! Eu já te vi! – gritou alguém. Quando eu olhei por um buraquinho que tinha ali, vi alguém com uma sniper de longe. Era algum pistoleiro. Na verdade, era Blaze. O amigo de Sleepy que fugiu quando eu fui enfrentar ele. Lembram? Aquele que saltou de cima de um penhasco para poder fugir. – Estou mirando aonde você está olhando.

Um tiro quase acertou meu olho curioso. Quase que eu perco um dos meus olhos assim como Fernanda perdeu. Não estou brincando com essa tragédia. Foi apenas meu “ponto de vista”:

— Merda! Agora eu consigo sentir seu Chi. É gigantesco. Como eu vou sair daqui sem ser baleado? Preciso de um plano.

Eu peguei meu livro e invoquei um escudo. Agora no meu catálogo tinha a Espada do Rei do Fogo, A Armadura de Tormenta e o Escudo Versiano:

— Escudo Versiano? Acho que isso deve ser bom. Eu vou usa-lo para chegar até esse filho da mãe. – com o meu escudo eu fui correndo em direção ao atirador, defendendo-me de seus tiros.

Quando eu cheguei perto dele, joguei o escudo contra o seu rosto e vi que ele usava um óculo no olho esquerdo para poder mirar perfeitamente. Eu o arranquei com a mão e quebrei com a outra via um soco:

— Maldito! Você quebrou meu apoio de mira!

— Não fiz questão alguma. Se quer me enfrentar, que seja mano a mano. Eu considero franco-atiradores pessoas covardes.

Blaze deu risada e perguntou:

— Você é aquele que derrotou Sleepy e Zabara, não foi?

— Exatamente. E eu vou impedir você de continuar seu plano.

— Então você era a segunda arma divina. Fiquei sabendo que você é o quinto mago mais forte de sua guilda.

— Quinto? Só quinto? Como assim? Não somos classificados por poder.

— Não disse que vocês mesmos se classificaram. Se você não sabe um mago para ser considerado forte ou fraco tem seu Chi avaliado. Eu sou um avaliador de Chi, mas você acabou de quebrar a minha ferramenta capaz de fazer isso. Eu analisei todos de sua guilda e vi que o teu Chi é o quinto maior.

Eu, retardado, fiquei curioso e perguntei:

— E quem é o primeiro? Me conta? Me conta?

Blaze fez uma cara tipo “que bosta” e pegou uma arma do tamanho de um poste e mirou em mim:

— Morra em minhas mãos, Anark. Head Shot.

Blaze atirou e uma bola de canhão vermelha envolta de fogo veio em minha direção, mas eu usei a minha espada flamejante a cortei ao meio:

— Head Shot? Tiro na cabeça? Isso é tão ruim quanto os nomes que eu dou para as minhas invocações.

— Como “Blue”? Você nomeu o servo de Ningirama de “Azul”? Quanta falta de criatividade.

Eu fechei a expressão na hora e meu censo de humor desapareceu:

— Servo de Ningirama? Sleepy me contou que Blue é o próprio Ningirama.

Blaze deu um tapa em sua cabeça:

— Bosta! O Sleepy vivia dormindo. Eu disse à ele que Blue era um Ningirama, e não Ningirama. Ningirama não é uma pessoa. É uma guilda. Uma guilda de vinte magos considerado Deuses.

— Uma guilda? Então não foi eles quem matou metade da minha. Foi apenas um mago.

— Não. A Guilda Ningirama, conhecida como Guilda dos Deuses Menores, não podem vir para o mundo dos humanos. Eles estão presos em Verso. E Blue foi encontrado por eles e agora Blue se tornou o vigésimo Ningirama. O exército está completo e em breve o líder deles arranjará um jeito de destruir as dimensões.

Minha cabeça estava fervendo, mas eu queria saber mais:

— Quem é o líder dos Ningirama?

— Eu não sei. E mesmo se soubesse não iria te falar. Mas o líder é chamado de Deus Menor, mas Ningirama é um apelido. É a mesma coisa de eu chamar você de Caçador. Ou alguém me chamar de Yambakka.

Eu com minha espada parti para cima de Blaze, mas ele me deu uma rasteira e me arremessou contra o chão daquela cobertura:

— Sua velocidade é extremamente baixa. Nem mesmo eu que estou acostumado com golpes de longa distancia sou tão lento desse jeito.

— Lento? Segura a lentidão da minha lâmina. – Eu peguei na espada de uma forma que me daria mais liberdade e flexibilidade, mas mesmo assim Blaze desviou facilmente. – Se você está achando que vai sair daqui ileso, você está enganado.

— De 14 magos eu sou o quarto mais forte. E sabe, eu analisei essa cidade, Chi por Chi, e vi que quatro magos da Yambakka foram mortos. Seguindo uma sequencia cronológica, o sexto foi morto, o quinto, o nono e depois o sétimo.

— E o que eu tenho a ver com isso?

— São seus amigos, mas não é nesse ponto que eu quero chegar. O mago mais forte de sua guilda derrotou o sexto e o quinto. Ele é o que eu avaliei ser o mais forte. Uma mesmo com uma resistência feita de gelo teve um de seus braços arrancados, mas ela está bem. A outra teve seu olho arrancado brutalmente pelo sétimo Yambakka.

— Aonde você quer chegar? – eu perguntei, sem entender o seu objetivo.

— Imagina: o sétimo arrancou um olho e a nona arrancou um braço, o que pode acontecer com você já que está enfrentando o quarto Yambakka, o quarto mais forte da guilda?

Eu ignorei e tentei o acertar com a minha espada, mas ele desviou rapidamente e parou atrás de mim. Eu senti um negócio em minhas costas. Eu fiquei imóvel. Não sabia o que era, mas logo descobri.

Ele atirou.

Blaze me acertou centenas de vezes com uma metralhadora de cinco canos a queima roupa.

Fui retalhado por centenas de balas, tudo de uma vez.

Quando eu olhei para a minha barriga, eu vi o enorme buraco que ele tinha feito. Dentro desse buraco “esmurrava” sangue para todo o lado. O chão do topo daquele prédio, o mais alto da cidade, tornou-se um lago de sangue. Do meu sangue.

Não aguentei.

Eu caí.

Deitei sobre o meu próprio sangue.

Morto.


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Notas finais do capítulo

Até mais.



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