Os Caçadores: A Última Guerra escrita por Gustavo Ganark


Capítulo 20
Consciência


Notas iniciais do capítulo

Capítulo surpresa!



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Nanda estava andando pela Rua San Mage, uma das maiores do centro de Most City. Estava perseguindo um Chi suspeito:

— Mas que caramba. Parece que eu estou andando em círculos. Isso está me deixando enjoada. – Comentou Nandinha, ui.

Sylvester, sétimo mago mais forte da Yambakka, estava bem atrás de Nanda. Ela não tinha percebido, mas estava sob efeito de sua magia:

— Andando em círculos? Talvez não. Você apenas está com o sentido de direção um pouco confuso.

Nanda virou para trás rapidamente e arremessou uma bola de ar comprimido em Chi contra Sylvester, que se esquivou quase deitando no chão:

— Essa foi por pouco, garotinha. Você é boa de mira. Até parece o Blaze treinando.

— Quem é você? – perguntou ela.

— Eu sou o Yambakka número 7. Não faz diferença saber quem eu sou.

— O sétimo mais forte? Fiquei sabendo desse padrão.

— Eu achei que todas as guildas tivessem essa classificação de poder. Pelo menos na minha é isso que faz com que escolhemos o líder.

Fernanda (ou Nanda) saiu correndo em direção à Sylvester, mas ele fez um leve movimento de maestro e um som perturbador deixou Nanda zonza, quase para cair:

— Há dois magos dentro da Yambakka capaz de controlar o som. Eu sou um deles, mas a minha diferença do outro é que eu consigo perturbar todos os seus sentidos com apenas um movimento. Essa é a Maestro. A minha magia.

Fernanda se ajoelhou, com as mãos no ouvido toda aflita. Um “piii” estava em seu ouvido e ela não conseguia escutar barulho nenhum:

— O que você fez comigo, seu imbecil?

— Eu simplesmente retardei a sua visão. Agora tudo se tornará confuso para seu cérebro funcionar. Resumindo, seu reflexo foi reduzido à zero.

Fernanda ficou intrigada e pegou a sua espada.

Ah! Uma curiosidade paralela, gente: sabia que alguns pesquisadores mágicos descobriram que cerca de 80% dos magos usam espadas ou outras ferramentas letais? Isso porque um mago comum, que utiliza apenas magia, tem boa defesa mágica, mas a defesa física é praticamente nula então ter uma espada, uma faca ou algo assim pode reduzir as chances de um ataque físico. E desses 80%, cerca de 95% treina mais a arte das espadas do que a própria magia, que aumenta involuntariamente com o tempo.

Voltando para a briga, Fernanda estava com bastante tontura já que seus reflexos foram reduzidos, então seu corpo estava um pouco desabilitado. Oportunidade perfeita para que seu inimigo tirasse vantagem.

Sylvester pegou a sua espada e a arremessou contra Fernanda, mas a mesma antes de a atingir foi completamente destruída ainda no ar:

— Se você reduziu os meus reflexos, o ar me direciona corretamente. Hurricane.— Uma ventania considerável começou a girar em volta de Fernanda. Sua magia Hurricane a torna capaz de controlar o ar e o vento. Quando ela apontou para Sylvester, uma enorme ventania correu em direção a ele, tirando ele do lugar e o arremessando dez metros atrás, chocando-se com um carro vermelho que estava estacionado naquela rua de arranha-céus:

Sylvester fez um leve movimento com as mãos e um dos olhos de Fernanda saltaram de seu rosto, criando uma poça de sangue via gotas enormes de desespero. Ela começou a gritar feito uma alucinada pela busca de sua própria loucura. Tinha acabado de perder um olho e a luta já não era mais a sua atenção. O inimigo aproveitou a oportunidade e pegou a sua espada. Quando chegou perto dela, Sylvester enfiou a sua espada em Fernanda, por trás, nas costas. Além de um sangramento excessivo pelo olho de dentro para fora, a sua boca entrou no mesmo estado de hemorragia externa:

— Maldito. O que você está... fazendo... – ela se ajoelhou, quase para tombar.

— Estou seguindo ordens de Ningirama, perdoe-me. Uma garota tão linda como você ter que morrer brutalmente. Infelizmente eu sigo regras.

Fernanda fechou o punho e deu alguns passos rápidos para frente, afim de se livrar daquele espeto metálico. Em uma rajada de vento, ela ficou há dez metros de distância:

— Depois de todos esses ferimentos, como você consegue se movimentar dessa forma?

— Você ficou surdo pelo próprio som?! Eu disse que o ar ao meu redor me direciona. Não foi eu quem me movimentei.

Sylvester começou a dar risada, zombando do que Aghata tinha acabado de falar:

— Foda-se. Fiz você perder um olho, agora vai perder o resto. Uma única melodia vai fazer seu corpo todo vibrar até explodir.

Fernanda pegou a sua espada e a arremessou para cima, fazendo ela girar:

Finale: Air Script.

Fernanda executou o seu Finale e Sylvester caiu com tudo no chão, não podendo se mover:

— Mas que merda? Eu não consigo me mexer. Meu corpo está tão... pesado! – Reclamou ele, tentando se levantar.

— Esse é meu finale. Eu peço permissão para usar todas as propriedades do ar. No caso, o Chi que nos cerca e que absorvemos para lançar magia fica mais pesado para você e no caso, você não consegue absorve-la. Então ela faz uma força para baixo, aumentando o seu peso. É como se a gravidade fosse maior para você.

Sylvester ficou com medo daquilo. Jamais ele poderia imaginar que algo assim existiria. Uma pessoa capaz de controlar a física dinâmica daquele jeito.

Agora era a vez de Fernanda aproveitar a oportunidade. Ela se aproximou de Sylvester, pegou as duas espadas e enfiou em sua cabeça, já que ele estava deitado, na reta dos seus olhos. Sylvester foi morto e ao mesmo tempo teve seus dois olhos espetados para o chão bem distante de seu rosto, também espetados:

— Se mexer comigo, é pedir para morrer. – Disse Fernanda, caindo no chão e perdendo a consciência.

“Vou cuidar de você, menina. Irei curá-la. ” – Disse uma voz misturada naquele ar em forma de brisa. Era a voz da magia de Fernanda.

Seu olho esquerdo já não podia mais ser regenerado, então a sua “magia viva no ar” enrolou uma facha branca em seu rosto. Na posição do olho tinha uma estrela azul, para combinar com a sua roupa.

Em poucos minutos, o ferimento que Fernanda tinha por causa da espada havia desaparecido e uma quantidade brusca de ar foi puxado para ela voltar a respirar. Fernanda se sentou e olhou para Sylvester, brutal e fatalmente morto:

— O que aconteceu?

Você venceu, Fernanda. Parabéns.

— Venci? Não. Você venceu. Jamais mataria alguém assim.

Para de ser reclamona! Ele arrancou um de seus olhos. Veja.

Fernanda tocou em seu rosto e sentiu a falta de um de seus olhos. Ficou assustada e começou a chorar de vergonha:

Para com isso, garota. Até que você ficou estilosa.

— Isso tudo é culpa sua! Eu não deveria ter te chamado.

Você não tem escolha. Você sabe que se ficar por muito tempo sem me chamar você voltará a ser o que era antes. Sem mim o seu “furacão não gira”.

— Eu te odeio.

Você não disse isso quando me chamou pela primeira vez. Eu devolvi para você o que era teu por direito e além disso, te dei permissão para usar todas as propriedades dinâmicas do ar e suas relações. Você sabe que eu posso te dar o universo inteiro, não sabe? E sabe o que tem que fazer para isso acontecer.

— Foi você quem colocou essa faixa de mim?

Sim. Eu te dei ela junto com um novo poder, uma nova magia. Um Finale foi enviado para a sua alma. Um poder capaz de destruir uma cidade inteira. Use-o para destruir você sabe quem.

Fernanda ficou nervosa e gritou:

— Você sabe que eu não posso fazer isso! Você disse que ia me ajudar a proteger todos em minha volta e não destruir todos.

Você é fraca! Se eu pudesse eu assumiria de vez o seu corpo e acabaria com ele.

— Cala a boca! Vá cuidar do seu exército de deuses e me deixa em paz.

A voz sumiu e Fernanda estava bem para seguir adiante, mas ficou ali sentada olhando o corpo de Sylvester:

“Aonde eu vou chegar? Ou melhor, aonde ele vai fazer eu chegar? Eu preciso contar para Darcy antes que seja tarde demais. Preciso contar para Anark que Blue... Não. Eu não posso contar. Isso iria atrapalhar seus planos.”


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Notas finais do capítulo

A SEGUNDA TEMPORADA já está acabando. Faltam poucos capítulos para terminar, então estou aceitando fichas para a terceira temporada que... vai ser bem sangrenta!



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