Divided escrita por Pat Black


Capítulo 19
Suffering


Notas iniciais do capítulo

Não me matem por favor.



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Sam se aproximou do errante, o atingiu com o facão e voltou dois passos para voltar posição anterior, de costas para Axel e Chase, que cavavam a sepultura coletiva dos prisioneiros do Bloco D.

Uma promessa era uma promessa e Sam havia dito a Axel que o ajudaria com aquele assunto.

Linn tinha saído com Glenn há pouco mais de três horas, deixando um clima de pesar que Sam não conseguia deixar de sentir e lembrar.

“Já está fundo o bastante.” Avisou para Chase e Axel.

O buraco batia neles pela cintura, o que certamente não chegava a sete palmos, mas à época de seguir os trâmites normais de sepultamento passara, e quanto mais ficassem ali fora mais daquelas coisas apareceriam.

Estavam do lado esquerdo, bem longe do portão principal, onde a maioria dos errantes parecia se agrupar, mas Sam já tivera que se livrar de cinco daquelas coisas no espaço de meia hora e não queria arriscar que mais se aproximassem.

“Ok.” Chase ofegou saindo do buraco, jogando a pá de lado e estendendo a mão a Axel, para ajudá-lo a sair também.

Passaram a colocar os corpos na sepultura com cuidado e estavam no último quando Rick se aproximou da cerca, um pouco zangado pelo que estavam fazendo, lhes olhando duro, mas nada dizendo diante do olhar desafiador de Sam.

Ele sabia que a garota ainda estava se adaptando a não dar ordens, a segui-lo sem restrições, por isso, aquele gesto de independência, devia lhe ser necessário de uma maneira que Rick não poderia entender no momento.

Apesar de tudo, sentia que devia conversar com ela, se não sobre o que ouvira ela conversar com Chase sobre a mudança para outro bloco, pelo menos sobre Linn e a situação das duas.

Respirando fundo se afastou ao longo da cerca, descendo, até encarar alguns errantes e se dar conta de que um deles agia de modo estranho.

Se aproximando do cercado percebeu que era uma mulher, afro-americana. Que a mesma lhe encarava com olhos muito vivos, estava ferida e segurava uma cesta com alguns mantimentos, no que pode identificar duas latas de leite para recém-nascido.

Hesitou por alguns segundos, tempo suficiente para o errante perceber que ela não era um deles e lhe atacar. Ouvindo um grito, olhou para trás e avistou Carl correndo para o portão, no momento em que a mulher desembainhou uma espada e atacou um dos mortos, cambaleando após atingir um segundo e caindo depois do terceiro.

Carl já estava no segundo portão quando Rick chegou perto o bastante dele para gritar:

“Não abra, Carl.”

“Sam e Chase estão indo ajudar ela.” Carl informou e só então Rick percebeu que os dois tinham se aproximado, derrubando errantes e salvando a mulher.

“Axel!” Sam gritou depois que Chase se afastou carregando a mulher até o portão.

O prisioneiro estava com uma pá e tinha atingindo um errante, mas ainda não tinha técnica nem experiência suficiente para lidar com os desmortos.

Sam se afastou de Chase e correu na direção dele, derrubando uma ave carniceira que se aproximava pelo flanco esquerdo.

“Vem Axel!” Chamou se livrando de outro errante, percebendo que Rick estava perto e lhe ajudava.

Voltar para a segurança dos portões foi fácil, com Sam agarrando a sexta pelo caminho e Rick a espada da mulher ferida.

Lá dentro a mulher tinha recobrado a consciência e os olhava com um misto de desafio e temor.

“Quem é você?” Rick perguntou se aproximando dela assim que entraram.

A criatura não respondeu, se limitando a encará-lo com ódio e depois com anseio pela espada que ele segurava.

Rick apontou para a cesta com as latas de leite.

“Por que estava carregando isso?” Questionou com sua voz mais ameaçadora, onde o sotaque pesado lhe dava um ar ainda mais temível pela forma como ele ficou parado a fixá-la.

“Eu peguei.”

“Onde?  De quem?”

“De uma garota ruiva e um rapaz asiático.” Ela respondeu muito baixo.

“O que fez com eles?” Sam se aproximou dela, mas foi detida por Rick.

A mulher notou a respiração alterada da garota de olhos castanhos frios como aço, seu rosto estava pálido e o ódio que ela parecia emanar podia ser sentindo por todos que estavam ali.

“Não fiz nada.” Respondeu. “Mas eles foram levados por um cara.”

“Quem?” Rick questionou se aproximando o bastante para sentir o cheiro de errante que a mulher emanava.

“Ele vive numa comunidade próxima daqui.” Ela ofegou e segurou a coxa, gemendo baixo. “Woodbury... Um lugar cercado, com homens armados e um chefe que se autointitula, Governador.”

“Como chegou aqui?” Daryl questionou se aproximando.

“Eles mencionaram uma prisão, não foi difícil encontrar.” Ela explicou.

“Onde fica essa Woodbury?” Rick questionou se afastando dela.

“Posso mostrar.”

“Vai acreditar nela?” Sam questionou tentando se aproximar da mulher e sendo detida novamente por Rick.

“Não acho que esteja mentindo.” Ele sussurrou, com as mãos nos ombros de Sam, apertando levemente, mas ainda firme.

“Ela pode tê-los machucado.” A voz da garota traía uma mescla de medo, raiva e remorso.

“Eu não teria vindo aqui se tivesse.” A mulher respondeu encarando Sam.

“Sua desgraçada.” Sam cuspiu, a voz baixa, fria e cheia de uma verdade que a mulher estremeceu levemente. “Se estiver mentindo... Se machucou Linn de alguma maneira, eu vou te matar bem lentamente, de uma forma que vai desejar ter sido devorada pelos errantes lá fora.”

Afastando-se de Rick, Sam passou as mãos pelo rosto e cabelo, depois encarou Chase que, parado, não deixava de fixar-se na mulher.

A garota se aproximou dele e colocou a mão em seu ombro, sentindo que o amigo tremia levemente.

“Ela está bem.” Sussurrou para ele. “Vamos encontrá-la.”

“Sam?” Chase deixou escapar em um sussurro estrangulado.

“Eu sei.” Sam o abraçou com carinho. “Eu sei.”

***

Linn podia ouvir tudo o que acontecia na outra cela. Cada soco e cada agressão, seguida por um palavrão, por mais uma pergunta, acompanhada dos gemidos do garoto, mas em nenhum momento por uma resposta.

O interrogatório de Glenn já durava quase uma hora. Com algumas pausas em que o maldito agressor descansava, ou deixava o coreano recuperar o fôlego, antes de continuarem com a tortura.

Linn reconhecia que o cara não batia apenas para machucar. Havia ali muito de tática militar para interrogatório de inimigos. Métodos para bater sem que a vítima apagasse ou ficasse tão machucada que não conseguiria falar. Coisas que se aprendia no exército e, de tão cruéis, nunca mais alguém esquecia. Linn aprendera sobre aquilo, ainda que nunca tivesse tipo a infeliz oportunidade de utilizar. Assim, que o desgraçado já tinha sido militar.

Fechou os olhos e segurou com forças na corrente que mantinha suas mãos presas acima da cabeça. Tentando não sofrer com a situação pela qual Glenn passava, ainda que não pudesse.

Pensou em como o infeliz maneta os pegara em frente aquele supermercado, lhe rendendo e usando para desarmar Glenn. Levando-os para esse lugar, onde pode perceber mais alguns homens fortemente armados, ainda que não conseguisse perceber onde estavam.

E Glenn o conhecia, o chamara pelo nome e há pouco o maldito havia mencionado Rick. Merle o irmão de Daryl. Mesmo que aquele homem em nada parecesse com o caçador.

Olhando ao redor mais uma vez, Linn notou o quanto o cubículo em que estava era nu e vazio, com apenas uma cadeira colocada bem em frente onde a tinham prendido pela corrente, com uma luz vinda do canto e as sombras tomando muito do ambiente.

Puxou a corrente com força, mas ela estava muito bem presa a uma viga no teto baixo e, mesmo com todo o seu peso, não conseguiria forçá-la a quebrar ou soltar.

Ficou quieta escutando quando de repente se fez silêncio na sala ao lado.

“Glenn?” Chamou, assustada, temendo que o infeliz o tivesse matado por fim.

“Estou aqui.” Ele respondeu.

“Conversando com a namoradinha?”

Ouviu a voz do carcereiro novamente, e algo mais, um som conhecido, que fez o sangue de Linn gelar.

Havia um errante na outra sala.

“Estava vendo meu amiguinho aqui?” Merle disse a Glenn. “Quero que sinta como eu me senti naquele telhado.” Riu com desgosto. “Uma mão, coberto pelo meu próprio sangue, cercado de errantes.” A raiva parecia impregnar cada palavra. “Última chance: Onde está o resto do seu grupo?”

Glenn não respondeu e Linn gritou quando ouviu as palavras seguintes do tal Merle. Os sons que vieram do outro cômodo remetiam a uma briga, coisas quebrando, gemidos, grunhidos. Até que se fez silêncio e Linn temeu que Glenn tivesse morrido. Mas logo então ouviu seu grito, não de medo, senão de vitória, de alguém que havia conseguido algo impossível.

Levou alguns minutos e a porta de sua prisão se abriu e o maldito Merle apareceu.

Ele lhe olhou de cima abaixo, se aproximou o bastante para que Linn pudesse notar seus olhos azuis injetados e deu uma volta ao seu redor, lhe encarando, apesar de Linn se fixar em um ponto a sua esquerda.

“Seu namoradinho acabou com um mordedor.” Ele riu, mas Linn ficou em silêncio. “Ele está diferente, mas forte.”

Linn deu olhada para ele e sentiu ganas de lhe cuspir na face pelo que ele fizera ao garoto, mas desviou o olhar e ergueu o queixo.

“Ele pode ser forte, mas vai contar onde seu grupo está. Onde aquele maldito xerife se esconde.” Merle se aproximou um pouco mais de Linn e ela viu o tanto de ódio que ele sentia por Rick. “Isso, é culpa dele.” Ele falou erguendo o braço onde faltava uma mão.

Linn suspirou entre dentes, engolindo cada palavra que queria dizer, se preparando mentalmente para apanhar quando o viu erguer o braço de maneira ameaçadora.

“Merle.” Alguém chamou da porta.

O caipira se afastou de Linn com um olhar um pouco contrito e cheio de algum tipo de temor. Ela soube que, quem quer que o tenha chamado, era o chefe.

Ele saiu e ela ficou sozinha por não mais que quinze minutos, até que um homem entrou.

Era alto. Muito mais alto que qualquer um de seus amigos ou dos homens que vira naquele complexo, até mesmo Merle.

Ele nada disse e sentou na cadeira em frente à Linn. Permanecendo sentando por alguns minutos, calado, os olhos passeando pela figura da ruiva algumas vezes, um sorriso maldoso nos lábios.

“Seu amigo aguentou bem uma boa surra.” Disse por fim.

A voz revelando que era o que Linn considerava o chefe de Merle.

“Aposto como você também aguentaria.” Ele se levantou e aproximou-se. “Eu poderia deixar o Merle te dar um pouco da mesma hospitalidade que ele estendeu ao seu amigo, ao tal Glenn, mas não faria diferença, por que você não falaria.”

Ele ergueu a mão e tocou uma mecha do cabelo de Linn. Esta se afastou do seu toque com um gesto brusco. Ele riu e deu a volta até ficar as suas costas.

Linn deu um gemido estrangulado quando ele puxou com força seu cabelo e aproximou os lábios de seu ouvido.

“Mas, há coisas melhores a se fazer com uma mulher bonita como você... Algo que te faria cantar como um passarinho e me daria muito mais prazer.”

A ruiva arregalou os olhos ao notar a ameaça implícita nas palavras, no seu tom lascivo de voz, na mão que, de repente, apalpou seu seio.

Com raiva ela jogou a cabeça para trás acertando o rosto dele, ouvindo algo estalar, sabendo que tinha lhe quebrado o nariz.

“Maldita.” Ele gritou virando sua cabeça e lhe dando dois socos seguidos, que deixaram Linn desorientada, o corpo pendendo pelos braços e balançando sem conseguir manter o equilíbrio, semi-inconsciente.

Quando o  zumbido passou, ouviu o som de tecido sendo rasgado, sabendo que era a calça que envergava, o seu precioso macacão não lhe cobrindo nesta hora. Debateu-se quando conseguiu força suficiente, as pernas nuas então, a mão do infeliz lhe restringindo pela cintura e a outra baixando sua calcinha.

Gritou desesperada quando o sentiu enfiar o joelho para separar suas pernas, debatendo-se o que pode para não facilitar a violência que ele lhe impingia.

O assalto foi rápido. Linn se deu conta que ele já entrara na cela para vê-la, com o firme propósito de lhe machucar daquela maneira. Ele pensava que possivelmente ela e Glenn eram amantes e usava da pior das táticas para fazê-los falar.

Logo a mão deixou sua cintura, rasgou sua camisa, deixando seus seios expostos, depois agarrou seu pescoço, apertando até que ela mal conseguia respirar, enquanto o sentia invadir seu sexo de forma dura e violenta.

“Vou mandar... Cada um de meus homens... Fazer a mesma coisa... Com você...” Ele falava aos arranques, invadindo seu corpo com seu membro a cada frase sussurrada, feliz ao notar que ela não facilitava a invasão, que ainda tentava lutar. “Eles vão te usar... Até que conte... Onde está seu grupo.”

Não demorou muito até que saísse e gozasse em suas costas, mas Linn o sentiu como se fora uma eternidade. As pernas bambas mal a mantendo em pé, o sexo seco em uma dor aguda, o rosto banhado em lágrimas e as marcas de uma mão já ficando roxa em seu pescoço.

“Vou matar você por isso.” Linn falou baixo quando recuperou o fôlego. “Juro que vou matar você.”

O desgraçado riu, ajeitando as calças.

“A propósito, me chamam de Governador.” Ele informou se aproximando da porta, abrindo-a e chamando Merle.

O irmão de Daryl parou a porta a visão da ruiva quase nua, mais firme sobre as pernas e, ainda que tentasse demonstrar força, a mulher estava tão machucada que o fez dar um passo atrás enojado pelo resultado de suas ações.

“Tire-a dali e me siga.” O Governador ordenou saindo.

Merle se aproximou dela o mais rápido que pode. Linn virou o corpo e tentou se proteger o que o fez desejar lhe acalmar e informar que jamais machucaria uma mulher daquela forma.

Tentando não olhar para seu corpo nu, puxou a calcinha para cima, procurando não tocar em sua pele, ainda que ela se sacudisse para escapar dele, dando dois passos para trás e tentando lhe acertar com o joelho, fraca demais para ser eficaz, e soluçando quando se deu conta disso.

“Calma, calma.” Merle sussurrou conseguindo ajeitar a peça intima, soltando suas mãos e a agarrando, com a ruiva tentando ajeitar a blusa rasgada sobre os seios.

Meio que a arrastou para fora, entrando na cela onde Glenn os esperava. O rapaz estava com um pedaço de madeira pesado a guisa de arma.

“Linn?” Glenn falou com a voz quebrada, os olhos marejados, incapaz de esconder a raiva e a aflição pelo que só pode imaginar que a ouviu sofrer.

A ruiva virou o rosto e Merle sentiu que ela não parava de tremer sob a sua mão.

“Onde está seu grupo?” Ele perguntou puxando o cabelo da ruiva, deixando a vista os hematomas em seu rosto e pescoço.

Glenn permaneceu calado. Linn permaneceu calada.

“Vou deixar meus homens usá-la até que vocês falem.” Ele ameaçou, mas Merle podia notar que não havia certeza nele. Como se o Governador soubesse que aqueles dois jamais falariam, não importava o que fizessem.

Empurrou Linn em direção a Glenn e este a abraçou para tentar esconder sua nudez. Havia um tanto de desconforto no toque, que não passou despercebido a Merle. Soube que eles não eram um casal, mas o garoto lhe endereçou um olhar tão assassino que não havia dúvidas quanto a lealdade que eles partilhavam.

Talvez aquela fosse a amante do xerife, talvez fosse de outro, ou quem sabe fosse de seu irmão. E a ideia de que tivesse deixado acontecer a ela tamanha violência lhe atingiu como uma punhalada.

Quando saíram tentou esconder sua raiva e desgosto pelo que acabara de ocorrer. Bater no garoto, ok, estava dentro de seu código de valores, mas estuprar uma mulher era uma ação que nunca executara ou fora conivente em nenhum momento da sua vida, nem nos mais negros.

“Desaprova?” O Governador lhe perguntou após caminharem um pouco.

“Não.” Foi rápido em discordar, sabendo que sua vida dependia de sempre estar em acordo com qualquer coisa que o homem no comando de Woodbury fizesse.

“Ótimo.” O maldito lhe olhou fundo. “Se daqui a meia hora eles não tiverem falado, quero que você tome a ruiva na frente do coreano.”

O Governador esperou notar algum sinal de discordância em Merle, mas ele era esperto o suficiente para saber quando estava sendo testado.

“Será um prazer.” Respondeu.

“Muito bem. Tenho que ir a enfermaria, verificar nosso outro convidado.” Disse e partiu.

Merle recuou e se escorou a parede.

Uma merda que ia fazer algo como aquilo. Pensou olhando para a porta onde o casal estava trancado.

Dois dos capangas estavam de vigia, por isso se afastou para meditar no que fazer, colocar suas ideias em ordem e esfriar sua cabeça, já que a razão de tudo aquilo se devia ao seu temperamento estourado.

Meditou que depois de tanto tempo seu irmão estaria mais do que afeiçoado aquelas pessoas. Glenn dissera que seu maninho estava vivo e apostaria sua outra mão se aquilo não era a mais pura verdade. Os Dixon nunca seriam fáceis de matar e, se o japonês conseguira, Daryl certamente não teria morrido.

Com a decisão tomada se aproximou do cárcere.

“Tragam eles para fora.” Falou para Roberts.

O careca abriu a porta e logo foi atacado por Glenn, o pescoço sendo perfurado por algo pontiagudo, uma arma que não imaginava onde o garoto tinha arranjado.

A ruiva tentou lhe acertar também, mas desviou e a restringiu com um braço, encostou a arma em sua cabeça e assobiou para Glenn que já avançava no guarda seguinte.

“Nem tente.” Avisou.

Glenn se desarmou e deu um passo atrás suspirando derrotado.

Merle lhe encarou, sorriu e piscou um olho. Afastando a arma da cabeça de Linn apontando-a para o outro guarda. E, sem hesitar, lhe dar um tiro na cabeça.

Jogou Linn para frente e apontou a arma para os dois.

“Estão livres.” Explicou. “Agora vamos sair daqui e vocês vão me levar para encontrar o meu irmão.”

“Seu desgraçado.” Linn tentou avançar nele, mas Glenn a abraçou por trás, menor, mesmo assim forte o suficiente para impedi-la.

“Olha aqui ruiva, eu não tive nada haver com o que ele te fez, ok?” Merle sacudiu a arma e meneou a cabeça sem graça. “Não sabia que ele ia fazer aquilo.” Ergueu o queixo. “Eu nunca faria.”

“A culpa é sua.” Glenn balançou a cabeça, no rosto uma expressão de repulsa.

Merle sentiu vontade de lhe dar um tiro bem no meio da cara, mas se segurou.

“Vai me levar ao meio irmão, ou vão continuar aqui para aquele filho de uma puta tenha uma nova rodada com sua garota?”

Antes que Glenn ou Linn pudessem responder, ouviram sons de passos e um grupo de cinco pessoas surgiu fortemente armado.

Merle reconheceu logo seu irmão, o xerife, mas não as duas mulheres e um homem com algumas tatuagens no braço.

“Glenn!” Uma garota bonita abraçou o rapaz e o xerife agarrou a ruiva.


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Notas finais do capítulo

Quem leu as HQs sabe que o que aconteceu com Linn, o Governador faz com a Michonne. Mesclei um pouco mais os quadrinhos com a série nesse capítulo, por que achei que glamorizaram muito o Governador na série, quando o cara era um completo lunático, desgraçado e filha da mãe nas HQs.