Weaken escrita por Queen Jeller, Miss Solo, Wellers


Capítulo 9
No More Lies


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey :)
Como episódio de ontem foi um desastre, aqui está um capítulo fresquinho e agradável para nós, Jeller shippers. Se lembram do tal "arco-íris" que mencionamos há alguns capítulos? Então, chega de tempestades.
Well, aconselho que se você ainda é baby, cardíaco, epilético, hipertenso ou coisa do tipo, não leia este capítulo hahahah Vocês já deve estar imaginando o por quê, né.
Enfim, capítulo dedicado para as nossas queridas leitoras que tem comentado nossos capítulos e nos feito feliz.
Boa leitura e NÃO MORRAM. :)



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E lá estava eu prestes a cometer uma loucura. Ainda nevava quando deixei New York a caminho para Pensilvânia e a estrada estava um pouco tumultuada, por conta do feriado provavelmente. Porém, aquelas horas dentro do carro da Patterson me fizeram começar a pensar sobre o que eu estava prestes a fazer. A única coisa que eu sabia pensar era que aquilo era uma loucura. Eu estava agindo impulsivamente, como sempre fiz.

No inicio considerei voltar e desistir daquilo, mas algo em minha mente me dizia que eu deveria deixar as inseguranças de lado e ir logo atrás de Kurt. Ele estava profundamente magoado comigo e eu com ele. Precisávamos consertar aquela situação.

Considerei também a possibilidade de se ele não quisesse conversar comigo, assim como aconteceu há algumas noites. Sim, aquilo poderia acontecer porque Kurt Weller é a pessoa mais teimosa de todas, porém eu estava disposta a fazer aquilo. Ele iria me ouvir, nem que eu tivesse que o amarrar. Ele teria que me escutar e entender meu lado.

Após quase quatro horas dirigindo, lá estava eu parada em frente a casa dele. Precisei da ajuda do GPS para encontrar o lugar e quando  consegui, resolvi pensar um pouco. Eu sequer havia pensado no que falar.

Fiquei ali por um tempo, encarando a casa na tentativa de pensar em algo. Aquela era uma casa bonita, inclusive. Passei alguns minutos observando a vizinhança. Era um lugar tranquilo, calmo. Eu desejava ter mais memórias dali, afinal, morei por anos por aquelas redondezas. De alguma forma era um lugar especial para mim. Assim como era para Kurt.

Depois de alguns minutos decidi sair do carro e enfrentar aquilo de uma vez.  A neve havia voltado a cair e o frio era intenso. Momentos depois, me deparei com a porta da casa e sem hesitar toquei a campainha. Demorou um tempo até que a porta fosse aberta e um Kurt confuso me encarasse de forma surpresa.

— Jane. — ele disse com voz rouca. — O que você esta fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa?

— Eu vim conversar.

— Nós não temos nada a conversar, Jane.  — ele respondeu bruscamente.

Aquelas palavras doeram um pouco, porém eu tive de resistir. Ele teria que me ouvir. Eu não iria embora sem antes esclarecer tudo.

— Sim, nós temos. — eu rebati seriamente.  

— Por favor, — ele disse com os olhos fechados por alguns segundos — Eu não quero que isso se torne mais complicado.

— Então pare de complicar tudo e apenas me ouça, Kurt.

O observei suspirar fundo e abrir caminho para eu passar. Assim eu entrei na casa senti o ar acolhedor e quente. A casa não estava muito bagunçada, apesar de que haviam algumas garrafas vazias e outras pela metade sobre a mesa na sala.

Ele fechou a porta atrás de si e voltou a me encarar. O observei por um tempo e só então reparei os círculos escurecidos que estavam em volta dos olhos dele. Ele aparentava muito cansaço. Era como se não dormisse há dias, assim como eu.

— Eu sei que você está com raiva de mim. Sei que você não me queria aqui, mas eu preciso esclarecer as coisas. — fiz uma pausa. Ele abriu a boca, mas as palavras não vieram então resolvi prosseguir. — O que você viu naquela noite, não foi nada de mais. Eu sei que eu não deveria estar naquele lugar, naquele momento. Mas acontece que não foi minha culpa, ele veio até mim. Ele me seguiu.

— Mas você mentiu para mim dizendo que não tinha saído naquela noite. — ele disse com a voz um pouco alterada.

— E você também! — repliquei no mesmo tom que ele, talvez um pouco mais alto do que deveria. —Você também não foi muito sincero. Você também não me contou que tinha saído de casa naquela noite.

— Sim, mas eu não estive de mãos dadas com alguém do meu passado no meio da noite em um beco.

— Não aconteceu nada, além disso. Nada!

— Então me diga: por que ele te seguiu? Por que ele está atrás de você? Que coisas importantes são essas que você tem para tratar com ele? — ele contestou.

— Ele disse que estava ali para me dar respostas.  Apenas para isso. — fiz uma pausa. — Oscar não tentou nada de mais, ele apenas pegou minha mão quando ele me respondeu a minha maior dúvida: se eu sou Taylor Shaw ou não.  — esclareci olhando nos olhos dele.  — A resposta dele foi que sim. Eu sou Taylor Shaw. Eu sou sua amiga de infância desaparecida. A única coisa que eu ainda não sei é por que eu me tatuei dessa forma e fui mandada de volta para você. Eu preciso de respostas, Kurt.

Ele deu alguns passos em direção ao sofá que estava no canto da sala e sentou-se no mesmo. Permaneci em pé com meus olhos nele.  Kurt ficou encarando o chão por algum tempo, em total silêncio. As palavras que eu esperava que viesse da boca dele não vieram. Me senti desapontada. Eu precisava saber o que ele estava pensando.

Por mais que ele não tivesse falado nada, eu sentia a necessidade de continuar a falar.

— Você tem noção do quão doloroso é saber que eu fiz isso comigo mesma? Essas tatuagens, minha memória... Está tudo uma bagunça, Kurt. Eu só esperava que você me apoiasse um pouco. Acreditasse em mim por um momento. — sinto minha voz falhar. — Você me disse que não importava quem eu fui e o que eu fiz no passado, mas agora que as coisas estão começando a aparecer você simplesmente vira as costas para mim.  — fecho meus olhos ao sentir algumas lágrimas se formando. — Eu sei que baguncei sua vida. Sei que nada está normal desde que eu apareci com seu nome tatuado nas minhas costas. Mas infelizmente, não há nada que eu possa fazer a respeito disso.  Você não pode me culpar por querer respostas. —sinto uma lágrima involuntária correr por meu rosto e me viro de costas para Kurt, para que ele não me visse chorar.  Fico encarando a neve cair pela janela de vidro da sala.

O silêncio prevaleceu entre nós naquela sala. A quietude de Kurt estava me incomodando. Eu havia dito tantas coisas. Como ele poderia ficar em silêncio diante disso? Esperei por uma resposta, ainda de costas para ele. Permaneci assistindo a neve cair sobre a grama do pequeno jardim da casa. Comecei a sentir que eu deveria ir embora. Senti que foi tempo perdido ter vindo até aqui. Foi uma loucura.

Comecei a considerar ir embora e deixa-lo ali, já que ele não dizia sequer uma palavra. Mas, a partir do momento que eu fizesse isso, as coisas entre nós nunca mais seriam as mesmas. Eu já estava começando a me cansar de correr atrás de Kurt. Começando a ficar exausta de tudo isso.

— Quer saber, Kurt? Eu fui muito idiota em pensar que dirigir até aqui faria você mudar de pensamento. — digo exasperada. — Cansei. Cansei desse vai e vem. Uma hora estamos bem e outra você está me ignorando e me afastando. Chega, eu não aguento mais essa culpa. Para mim, esse foi o máximo que eu posso aguentar. — com a voz embargada e cansada do silêncio dele, eu despejei as palavras e me encaminhei até a porta, na intenção de ir embora.

Abri a porta e o vento gelado bateu em meu rosto. Quando coloquei meu pé para fora da casa, senti Kurt puxar meu braço. Virei-me para ele com certa raiva e o encarei quando ele começou a falar.

— Eu não te culpo por isso, Jane. — ele disse baixo olhando em meus olhos. —Eu sei o quão difícil isso tem sido para você.  — eu fechei meus olhos por um momento ao sentir a respiração quente dele. — A sua vida está uma bagunça, a minha vida também.  Eu entendo que você esteja atrás de respostas. Você merece tê-las.  — ele disse e levou uma de suas mãos até meu rosto secando uma lágrima que caia. — Só acho uma pena que tenha de ser com seu ex-noivo. — ele acrescentou me fazendo revirar os olhos e soltar uma risada abafada. — Se ele é o único que pode responder suas dúvidas, você tem todo o direito de ir atrás. Espero que você saiba o que está fazendo.

Ficamos nos encarando em silêncio. Ele havia colocado sua outra mão livre em minha cintura, nos aproximando mais. Nossos rostos estavam praticamente colados e eu podia sentir a respiração dele.

— Me desculpe por ter escondido as coisas de você. Eu realmente não queria ter feito isso. — murmurei.

— Eu sei. — ele disse segurando meu rosto. — Me desculpe por ter duvidado de você e ter estragado nosso Natal.

Pude sentir a sinceridade vindo das palavras dele, sorri disso.

— Chega de mentiras?

— Chega de mentiras. — Kurt respondeu antes de capturar meus lábios com os dele, me beijando intensamente.  Fechei meus olhos e levei minhas mãos ao pescoço dele. Pude sentir o gosto do álcool enquanto nos beijávamos. Aquele era um beijo urgente, um pouco possesivo e carinhoso ao mesmo tempo. Apenas nos separamos quando o ar se fez necessário.

— Eu senti muito a sua falta. — ele disse ofegante com sua testa encostada na minha.

— Eu mais ainda. — confessei e voltei a beija-lo de forma urgente.  Fui surpreendida quando Kurt me pressionou contra uma parede sem quebrar nosso beijo. Já não existia espaço entre nossos corpos. A mão dele que pousava em minha cintura me puxava para ele cada vez mais.

Kurt parou nosso beijo para fechar a porta rapidamente.  Segundos depois ele levou seus lábios até meu pescoço, espalhando beijos na região da minha tatuagem de pássaro. Senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo ao sentir o contato dele em minha pele.  

Fechei meus olhos novamente, sentindo o contato dele. Encostei minha cabeça na parede enquanto ele continuava a beijar e a dar pequenas lambidas no meu pescoço. Eu estava me sentindo diferente. Já estava totalmente sem controle.

Kurt parou subitamente o que estava fazendo para me encarar.

— Me desculpe, eu estou indo rápido de mais. Você deve... — ele começou a dizer, mas eu o interrompi colocando meu dedo sobre os lábios dele.

— Eu quero isso. Eu quero você — falei firmemente e ele sorriu para mim. — Agora. — sussurrei no ouvido dele.

Kurt voltou a me beijar de forma selvagem. Eu podia sentir o desejo dele por mim nesse beijo.

Ele tirou minha jaqueta, a largando no chão. Senti meus batimentos acelerarem quando senti as mãos dele irem para minha cintura e subirem para minha barriga por baixo da blusa, tirando a mesma momentos depois e a jogando em qualquer lugar.

Sem quebrar nosso beijo ele me pegou no colo, nos levando até seu quarto. Chegando lá, ele me deitou na cama gentilmente e ficou por cima de mim. Kurt parou por alguns segundos, me encarando com um sorriso nos lábios. Depois ele colocou seu rosto em meu pescoço, voltando a lamber, mordiscar e plantar beijos ali. O contato dos lábios dele com minha pele estavam me deixando fora de controle.

Quando Kurt parou os beijos, ele desceu suas mãos para minha cintura, desabotoou minha calça jeans, a deslizou para fora do meu corpo e a jogou para algum lugar no quarto. Apesar de estar vestida apenas com roupas íntimas, eu ainda me sentia a vontade com ele. E um pouco ansiosa também, mas me deixei levar por ele.

Kurt começou a depositar beijos sobre minha perna, como se fizesse uma trilha com seus lábios. Ele começou a subir os beijos por minha barriga, seguindo para entre meus seios. Não consegui me controlar e soltei um gemido abafado quando ele abaixou as alças do meu sutiã com os dentes, levou uma mão até minhas costas, abriu o mesmo e o tirou. Ele parou por um momento e começou a despir-se também, ficando apenas de cueca box. Kurt voltou a me beijar nos lábios, mas as mãos dele ainda percorriam todo o meu corpo sem parar. Senti meu corpo estremecer quando a mão dele parou sobre minha intimidade e começou massagear a mesma. Nesse momento eu já não lembrava mais de nada. Eu já não era mais capaz de segurar os gemidos. Eu estava longe de estar sã.

Abri meus olhos quando ele parou a tortura, quando eu já estava molhada. Por um momento encarei os profundos olhos dele. Olhos aqueles que também tinham o poder de me desvirtuar. Kurt estava me fazendo sentir sensações totalmente novas para mim. Ele tinha um sorriso nos lábios, claramente estava me provocando.

— Kurt, por favor. — supliquei e ele me deu um beijo rápido antes de começar a retirar sua cueca e atender ao meu pedido.  

Ele se desfez da minha calcinha ainda olhando em meus olhos. Estávamos completamente despidos e vulneráveis. Eu já não via a hora de me entregar a ele por completo. Meu corpo chamava por ele.

Fechei meus olhos quando o senti tocar minha intimidade. Ele entrou em mim lentamente e me preencheu por completo. Não tirei meus olhos dos dele. Apenas mordi meu lábio inferior para tentar evitar os gemidos, mas falhei quando ele começou a movimentar-se dentro de mim. Ele capturou meus lábios ainda se movimentando-se e eu levei minhas mãos às costas dele, correndo minhas unhas por toda a extensão.  Eu já não conseguia mais me controlar, os meus gemidos ecoavam pelo quarto. Algum tempo depois senti uma onda de prazer percorrer meu corpo. Perdi meu domínio por completo e me entreguei à situação. Momentos depois também pude sentir o líquido dele dentro de mim. Kurt retirou-se de dentro de mim e se deitou ao meu lado. Estávamos ofegantes e exaustos.

Ele puxou os lençóis da cama para cima de nossos corpos e me puxou para perto dele. Kurt tinha um sorriso estampado no rosto e seus olhos brilhavam de forma diferente. Sorri por isso.

— Você é linda, Jane. — ele sussurrou contra meus lábios, afastando alguns fios de cabelo que estavam caídos sobre meu rosto. — Nunca se esqueça disso.

Eu não pude evitar sorrir. Eu estava me sentindo diferente. Estar com Kurt fazia eu me sentir diferente.

— Eu não sei como eu era antes, no meu passado — começo a dizer, acariciando o rosto dele. — Mas eu sei que aqui, agora, com você eu estou mais do que feliz. Obrigada por fazer eu me sentir desse jeito. — ele sorriu em resposta e me beijou lentamente.

Passamos mais algum tempo trocando palavras carinhosas e conversando sobre os dias em que ficamos afastados, até que Kurt foi vencido pelo cansaço e adormeceu. Fiquei o observando descansar. Aquilo era simplesmente maravilhoso. Eu poderia passar o resto da vida assim com Kurt. Eu não me arrependo de ter vindo até aqui, foi a coisa certa. Minha vida podia estar uma confusão, mas eu tinha certeza de que queria estar ao lado do Kurt sempre.

Depois de um tempo o observando também fui vencida pelo cansaço e aquela foi a nossa primeira noite bem dormida das últimas semanas.

 


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Notas finais do capítulo

Matei alguém? Desculpas por mexer com os sentimentos de vocês assim (MENTIRA, EU AMEI ESCREVER ESSE CAP).
Quando se recuperarem, por favor comentem.
Amamos vocês, beijos.



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