Weaken escrita por Queen Jeller, Miss Solo, Wellers


Capítulo 10
Hot in the cold


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de oferecer este capítulo (e todos os outros, claro) aos nossos leitores, que mesmo sendo fantasmas (APAREÇAM, POR FAVOR) nos fizeram chegar na semana passada na casa de mil visualizações. *---* Devemos muita felicidade a vocês (e ao Martin por ter criado este casal maravilhoso). ♥



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Já era tarde da manhã quando o sol resolveu aparecer em minha janela, irradiando luz para meus olhos e me acordando. Eu estava com medo de acordar, mas eu precisava daquilo. Precisava acordar embora tivesse medo. E se a noite passada não tiver sido real? Eu movimento as minhas mãos lentamente, procurando por um sinal de realidade e sinto um calor corporal inigualável: o calor do corpo de Jane.

Sorrio enquanto sinto minha mão em sua cintura, me fazendo lembrar dos momentos da noite anterior e abro lentamente os meus olhos, encontrando em minha frente ela ainda dormindo pacificamente. Ela parecia descansar tão profundamente… Sua respiração tão calma e pacífica demonstrava isso e pelos dias em que eu não a deixei bem, ela merecia o descanso.

Olhei para o relógio do lado da cama e já era quase meio dia. Decidi levantar para preparar o café antes que ela acordasse. Vesti o calção que estava na ponta da cama e fui pra cozinha. Não havia comprado muitas coisas para passar os dias em Pensilvânia, mas com o que comprei consegui preparar umas panquecas e café para nós dois.

Preparei e voltei para o quarto com o café em uma bandeja. Ela ainda dormia, mas parecia se mover lentamente. Coloquei a bandeja em cima do baú que havia na frente da cama e me deitei ao seu lado novamente. Coloquei minhas mãos em seu rosto e ela se mexeu, pedindo para que eu a acariciasse mais. Seus olhos ainda fechados pareciam tão ternos. Com a ponta do meu polegar, eu acariciei seu nariz e depois seus lábios, onde depositei um leve beijo, fazendo com que ela sorrisse.

— Bom dia, Weller. — ela respondeu depois do sorriso e encaixou suas mãos em minha nuca, me fazendo chegar ainda mais perto dela. Seus olhos finalmente abriram e me viram sorrir. Eu observei o seu semblante e cada pedaço dela parecia tão feliz em estar comigo. O meu corpo estremecia de felicidade por sentir aquilo. Como eu posso ter sido tão bobo de ter passado dias renunciando a isso?

— Bom dia. — respondi sorrindo. — Você é tão linda, Jane. Linda demais. — disse quando ela me olhou mais uma vez enquanto eu estava admirando mais uma vez cada pedacinho do seu rosto enquanto acariciava suas bochechas agora coradas. — Bom dia pra nós.

Dessa vez ela me beijou, puxando minha cabeça pra mais perto dela enquanto minha mão passeava em seu corpo que ainda estava nu debaixo daquele lençol. Eu a beijei forte, dando mordidas em seus lábios agora vermelhos e quando abrimos os olhos, encarando um ao outro, ela não pode deixar de sorrir.

— Você está me deixando louca. — ela sussurrou olhando meus lábios.

— Eu digo o mesmo a você. — respondi enquanto tentava roubar mais um beijo e tirando o lençol que havia entre mim e ela.

— Kurt… — ela disse ofegante se movendo e sentando na cama, com as mãos em meu peito. — Nós temos que comer algo. — complementou rindo e me dando mais um beijo. — Nos alimentar, eu digo. — e eu acabo rindo.

— Claro que sim, senhorita. Eu até trouxe comida para nós. — falei me levantando e colocando a bandeja em seu colo.

Ela sorri sugestivamente pra mim.

— A Pensilvânia sempre te deixa assim cozinheiro? — Jane pergunta enquanto eu sento ao seu lado, pegando um pedaço da panqueca e comendo. Sorri da cara que ela fez.

— Eu sempre soube cozinhar. Muito mais do que a Sarah, com certeza.

Ela riu e me beijou enquanto me entregava uma das xícaras de café.

— Estou provando, senhor convencido.

Nós rimos e ficamos conversando sobre a comida, e eu não parava de admirá-la a cada movimento que ela fazia ou sorriso que ela dava. Como ela poderia conseguir ser tão bonita ao acordar? Como ela conseguia parecer tão natural e feliz enquanto estava nua na frente do homem idiota que eu havia sido nos últimos dias para com ela? Como ela poderia ser tão maravilhosa? Eu precisava me desculpar de verdade. Precisava fazer de tudo para não perder mais aquele sorriso e aquela mulher.

— Você é muito maravilhosa, sabia? — eu disse enquanto ela falava algo e ela provou mais uma vez de seu café me olhando. Colocou a xícara e a bandeja no criado mudo ao lado e colocou suas mãos sob as minhas.

— Weller, você vai me deixar acanhada. — ela disse olhando em meus olhos.

— Minha intenção é a contrária. — eu disse rindo e me levantando, pegando a bandeja e as xícaras e indo deixar na cozinha.

Voltando pro quarto, ela não estava mais na cama e escutei o barulho do chuveiro ligado. Puxei a toalha que estava na porta e fui em direção ao banheiro. Ela estava de costas para a porta e eu não pude deixar de parar para observá-la mais uma vez. Seu corpo roubava a minha atenção e despertava em mim desejos que até a noite passada pareciam insaciáveis. Ver a água escorrendo em suas pernas e fazendo caminhos que eu desejava fazer me deixava louco. Meu olhar subiu e em suas costas estava meu nome. Não pude parar de pensar que aquilo era um aviso. Minha cabeça gritava que agora ela era minha, só minha e que eu não poderia mais perdê-la. Aquele era um sinal, não só uma marca pintada e cicatrizada.

Ela se virou e me viu na porta do banheiro observando-a com a toalha na mão. Não pude disfarçar que estava observando suas curvas e encontrei seus olhos sorrindo e se virando pra mim. Dei um riso sugestivo.

— Eu só vim entregar a toalha, mas com você me olhando assim é até covardia não tomar banho também, né? — eu disse enquanto entrava no box, sentindo a água quente começando a banhar meu corpo.

— É um pecado não gostar dessa água quente diante do frio que faz lá fora.

Eu a encostei na parede, deixando a água cair de vez em mim e coloquei minhas mãos sobre o seu corpo. Ela me beijou e eu colei de vez em seu corpo.

— Desse jeito eu não deixarei você sentir mais frio algum. — e ela respondeu rindo, jogando seu corpo ainda mais para perto do meu. O seu beijo era provocador, incendiador e fazia com que aquela água parecesse fria frente ao calor que ela me fazia sentir.

Nós ficamos com lábios encostados e minha mão colava sua cintura pra mais perto de mim. Ela colocou as mãos em meu calção, numa clara sugestão de querer explorar mais e eu desliguei o chuveiro. Ela abriu os olhos e ainda com os lábios próximos do meu sussurrou:

— Não faz isso. Agora que o banho estava ficando interessante.

Eu dei uma risada enquanto pegava o sabonete e tocava com as mãos ensaboadas em suas costas. Ela sorriu em resposta e eu não poderia deixar de admirar cada pedaço do corpo dela que minhas mãos exploravam com aquele sabonete. Ela parecia estremecer cada vez que minhas mãos passavam entre suas pernas e eu deixei minha mão lá enquanto massageava sua clítoris, encontrando seus lábios com os meus e sentindo o quanto ela estava gostando com a força com a qual ela me beijava. Conforme eu acelerava meus movimentos, vendo o desejo em seus olhos, nosso beijo era interrompido por gemidos. Ela colocou suas mãos em minhas costas, me arranhando com muita força. Depois separou seus lábios dos meus, mordendo a ponta da minha orelha e gemendo mais uma vez.

— Kurt, eu quero muito você.

Então ela ligou o chuveiro novamente, me olhou e tirou o calção que estava em meu corpo, o deixando cair de vez e me puxando pra um beijo. As minhas mãos foram de encontro ao seu corpo, abraçando-a com toda a força do mundo. Eu precisava estar dentro dela.

— Eu preciso de você, Kurt. — ela disse me dando abertura o suficiente pra entrar.

O seu corpo parecia em chamas e o meu corpo parecia querer ser queimado. Começamos a nos movimentar e ela não parava de beijar minha boca. Meus lábios encontravam os dela e às vezes fugia para uns gemidos no canto do ouvido. Eu viajava minha barba em seu pescoço enquanto intensificava nossos movimentos até sentir seu corpo tremer. Quando isso aconteceu, ela me beijou ainda mais forte fazendo com que meu corpo também tremesse de prazer. Nós ficamos ali abraçados por um tempo, sem querer sair um do outro até que eu desliguei o chuveiro e beijei sua testa.

Puxei a toalha e a entreguei, envolvendo seu corpo nela. Nós fomos pro quarto quando o celular dela estava tocando dentro de uma pequena mochila. Ela saiu de toalha pra atender na sala enquanto eu fui vestir uma camisa branca de algodão e uma calça por conta do frio.

— Era Patterson. Ela queria saber como… hum, nós estávamos. — ela disse jogando o celular em cima da cama e ficando novamente nua enquanto tirava as peças de roupa de sua bolsa.

— Ela sabe que você veio pra cá? — perguntei encarando-a enquanto ela vestia uma camiseta longa preta e uma calça da mesma coisa, querendo saber sobre a opinião da Patterson sobre eu e Jane.

— Eu vim no carro dela. Eu não falei para onde eu viria, mas ela disse que sabia. — ela respondeu rindo.

— Coisas de Patterson. — ri também.

— Quando saí de Nova York, ela disse que nos apoiava. — sorri ao saber disso e ela retribuiu sorrindo, chegando mais perto de mim e me beijando. — Colocou até apelidinho, dizendo que nós éramos “Jeller”.

Não pude não rir, nem deixar de beijá-la mais uma vez.

— Imagino a cara da Tasha escutando isso.

— Ela não estava lá. Mas acho que ela desconfia de nós dois. Tasha é sagaz. — Jane ponderou olhando em meus olhos.

— Nós podemos ir lá fora? — ela perguntou algum tempo depois.

A neve continuava a cair, ainda muito fria. A temperatura estava muito baixa, talvez aquele fosse um dos dias mais frios. Mas concordei em sair com ela mesmo assim.

Minha preocupação era que ela não estava agasalhada o suficiente. Eu abri a porta e saímos enquanto ela tirava a chave do carro.

— Jane... — eu puxo seu braço vendo que mesmo com casaco ela está pálida e tremendo de frio. — Nós não podemos sair desse jeito, nesse frio.

— Só vamos pegar algo no porta-malas. Patterson ligou pra avisar que havia algo para mim lá. Só quero ver o que é. — então ela puxou minhas mãos geladas e abrimos o carro. Lá estavam algumas sacolas com nome de Patterson e Tasha com presentes.

Fechamos logo o carro e entramos, com muito frio.

— Vamos abrir? — ela perguntou curiosa enquanto sentava no sofá e colocava as sacolas no criado-mudo.

Ela abriu as três sacolas com o nome da Patterson e lá estavam algumas saias e duas camisas, além de um cachecol amarelo. Ela parecia muito entusiasmada por estar ganhando algo e me fez sentir um pouco egoísta por não ter comprado nada pra ela.

Jane abriu a primeira sacola de Tasha onde havia um vestido preto e uma meia arrastão. Imaginar Jane com essa roupa me fez ter calafrios. No outro pacote, ela abriu lentamente e começou a rir.

— Você não acredita o que a Tasha fez. — disse e riu alto, fechando o pacote.

— Você não vai me mostrar? — perguntei puxando sua mão e lhe colocando de pé diante de mim.

Ela me olhou de modo provocativo.

— Agora não, Weller. — sussurrou se aproximando.

Eu a beijei intensamente e nos separamos apenas quando ela pegou seus pacotes e resolveu guarda-los. Confesso que fiquei curioso para saber o que havia ali dentro, embora soubesse que Tasha era sempre cheia de deboches.

Ela voltou enquanto eu estava sentado no sofá e se jogou em cima de mim.

— O que vamos almoçar? — Jane perguntou sentada em meu colo e eu a levantei.

— Você pode pegar o cachecol? A gente pode ir almoçar fora e comprar algumas coisas pra comer enquanto ficamos aqui. — propus e ela sorriu em resposta.

Fomos almoçar no centro de Pensilvânia e passeamos um pouco. Ela parecia maravilhada com as decorações de Natal e com a neve que insistia em cair. Depois de comermos, fomos ao supermercado. Eu adorei a sensação poder antes de mãos dadas com ela sem o perigo de ninguém do FBI ver e nos julgar. Embora não lembrasse bem de como fazia algumas refeições, Jane me ajudou a comprar alimentos, produtos de limpeza e fomos pra casa. No caminho, as luzes natalinas já estavam acessas e ela ficou ainda mais maravilhada. Entre um sinal e outro eu parava para admirá-la e seu sorriso era lindo enquanto estava comigo. Rezei conscientemente agradecendo a Deus por ter colocado ela novamente em minha vida.

— Jane, obrigada por ter vindo. — eu disse colocando a mão sobre a sua. — Obrigada por não ter desistido de mim essa semana. — ela me deu um rápido beijo.

— O que é uma semana na frente dos 24 anos que você passou me esperando, Kurt? - Ela me disse e eu estremeci, depositando um beijo em suas mãos e olhando em seus olhos.

Quando chegamos em casa, resolvemos arrumar tudo. Enquanto eu preparava um macarrão italiano para o jantar, ela recolhia as garrafas que eu havia deixado jogadas.

Resolvemos abrir uma garrafa de vinho enquanto degustamos da comida.

— Você cozinha muito bem. Gosta de fazer isso? — ela me perguntou enquanto colocava uma garfada na boca.

— Gosto. — respondi enquanto engolia e colocava minhas mãos em sua nuca. — Só não gosto mais do que beijar você. — sussurrei antes de roubar mais um beijo dela.

Terminamos de comer e Jane pediu pra irmos deitar. Eu fui tomar banho e deitei na cama e só depois ela foi entrando lá com a bolsa e um dos pacotes que ela havia ganhado. Minha curiosidade já estava aumentando quando escutei-a dizendo da porta do banheiro em direção ao quarto.

— Agente Weller… — voltei minha atenção à ela e vi apenas a sua sombra com um vestido curto transparente e uma calcinha minúscula vermelha. Seu corpo parecia ter sido mais do que bem desenhado.

— Uma colega me pediu pra aproveitar bastante o feriado com o dono do relógio, o que você acha? — ela perguntou chegando perto de mim e se deitando sobre o meu corpo, jogando um pacote de preservativos sobre a cama.

— Eu acho que ela está mais do que certa. — respondi rolando sobre o seu corpo e dominando-a debaixo de mim, com a certeza de que naquela noite eu a recompensaria por toda a felicidade que ela estava me proporcionando.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que estão achando desse momento de paz do nosso casalzinho o/ (podem comentar tbm sobre como eles nos arrasaram na Paley Live de ontem)



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