Amoridade: Lembranças Danificadas escrita por Ella


Capítulo 9
New York




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Domingo, 15 de Novembro.
Depois do almoço a família Wood e Georgia decidem passearem por Nova Iorque, refazer os passos do ano passado. Como escolha do dia vão para a Estátua da Liberdade, umas das sete maravilhas do mundo:
  - É realmente muito linda! - Geor exclama encantada.

  - Ela parece abatida. Deve estar morrendo de tédio. Eu estaria! - Taylor acentua sendo chata.

  - É só uma estátua Taylor! - Tony rebate.

  - Que seja! - Resmunga e anda até Luna.

  - Vamos para mais perto. - Chama Luna. 

Bem próximos ao monumento, eles a apreciam pela segunda vez:
  - Venham queridos, vamos tirar fotos. - Pede Luna espontânea. 

Todos se juntam e sorriem "alegres":
  - Digam X! - Exclama.

  - Xiiiiiz! - Falam. 

  - Droga, está chovendo! - Taylor reclama.  

  - São só umas gotas Taly! - Georgia tenta convencê-la.

  - Eu não vou ficar na chuva. Vamos embora! - Ordena autoritária. 

  - Filha, não está forte. Se engrossar, então vamos. - Seu pai explica.

  - Aish, okay. - Compreende um pouco estúpida. 

Momentos depois a chuva começa a ficar mais forte, as pessoas que também ali estão começam a correr para se protegerem:
  - Acho melhor irmos embora garotos. - Luna sugere. 

  - Sim querida. - Lucas concorda.

Eles andam apressados até o carro, quando esbarram com força em Georgia:
  - Wow, desculpa. - Uma garota pede e sai correndo. 

  - Tudo bem! - Diz modesta. - Espera, onde está minha pulseira? - Olha para o chão.

  - Não sei Geor. Como saiu de seu pulso? - Sua tia questiona.

  - Acho que prendeu em alguma coisa e eu puxei, não sei. - Continua procurando. - Achei! - Anda até ele. 

Ela caminha para pegá-lo no meio de pés e água, a chuva deixa o chão encharcado. Um moleque aparece de repente, pega a pulseira do chão e sai correndo:
  - Ei! Espere! Isto é meu! - Georgia grita.

Com o impulso ela não pensa e começa a persegui-lo imediatamente, ele corre rápido tentando fugir, e Geor acelera ainda mais veloz:
  - Geor! Geor! - Luna chama preocupada por a ver saindo daquele jeito, no meio da chuva.

  - Vai atrás dela! Encontramos vocês. - Lucas diz a Tony.

 — Aissssh!— Resmunga começando a correr.

Pela cidade de Nova Iorque Georgia corre atrás do moleque ao qual roubou sua pulseira. Ela passa em frente de lojas, pula bancos, desvia de pessoas, passa na frente de carros, mas não desiste de recuperar seu bem:
  - Pare agora! - Manda firme.

Bem próxima dele, ela o puxa pelo braço e joga na parede de uma loja de roupas com força:
  - Me devolva minha pulseira! - Frisa séria.

  - Se eu não devolver, o que vai fazer bonitinha? - Pergunta irônico.

  - Eu vou furar seus olhos! - Ressalta fria o encarando. 

Intimidado ele joga a pulseira na calçada e foge. Geor o vê fugindo e a pega do chão:
  - Você ficou louca?! - Tony indaga chegando até ela.

Os dois estão totalmente molhados, seus cabelos pingam, assim como as roupas colam no corpo:
  - Não se sai correndo atrás de alguém que lhe roubou, Georgia Emanuelly! - Sublinha sério. - Ele poderia estar armado, ou com um estilete, ou qualquer coisa assim. Ele poderia ter te machucado! - Acentua. 

  - Mas não estava, mas não me machucou! - Frisa tentando não se mostrar inibida.

  - E se tivesse machucado?! Tudo isso seria por causa de uma pulseira! - Reclama. - Uma pulseira que você conseguiria igual muito rápido! 

  - Você sabe que não encontraria esta pulseira igual! - Ressalta. 

  - Conseguiria sim! - Insiste. - Sua mãe é dona e administra uma empresa de jóias! 

  - Esta pulseira foi o meu pai quem fez para mim. Ele ia me dar no meu aniversário de sete anos! - Diz um pouco alterada. - Mas ele morreu, antes que pudesse me dar! - Conclui. 

  - Devia se preocupar mais com sua segurança. - Fica sem saber o que falar.

  - Eu sei me proteger sozinha muito bem! - Assegura. - E você sabe disso! - Relembra.

  - Sim, eu sei. - Concorda. - Mas isto não muda o fato de que você é mortal! - Afirma.

Se olhando sérios eles se calam:
  - Vocês estão bem? - Luna pergunta dentro do carro que para ao lado deles.

  - Estamos! - Georgia responde. 

  - Que bom! Entrem! - Manda. - Enxugamos o carro depois.

  - Está bem! - Entende.

Eles entram e vão para casa.

Na cozinha Luna faz o jantar com Taylor, a tenta ensinar a cozinhar novamente, Lucas vê TV, Tony descansa no quarto e Georgia toma banho. Caminhando distraído pelo correr, Tony entra no banheiro que não está trancado:
  - Aah! - Georgia grita assustada enfiando a cabeça na banheira.

  - Wow! - Ele fecha a porta rápido e fica segurando a maçaneta sem reação.

Por sorte a banheira cheia de espuma a cobriu, mas sua expressão assustada o vem na mente, fazendo ele rir cativante:
  - Será que ele me viu?! Nua?! - Ela resmunga entre as paredes. - Meu Deus, que vergonha! - Fica vermelha cobrindo o rosto com as mãos. - Aish! - Mergulha envergonhada. 

Durante o jantar o rosto de Georgia doura toda vez que lembra da situação no banho, não consegue esconder a vergonha. Ao cair da noite ela se deita na sala, enrolada num edredom e abraçando um urso de pelúcia ela se aquece perto da lareira; na TV passa um filme de romance. Tony aparece na porta e a vê no sofá, logo na sua expressão séria surge um sorriso leve de lado a vendo tão fofa.

Segunda, 16 de Novembro.
Quatro e meia da tarde, Georgia termina de ver seus álbuns de fotos, ela os guarda e corre até a varanda onde estão todos:
  - Taly, vamos ao Central Park! - Sugere.

  - Fazer? - Pergunta sem ânimo.

  - Vamos refazer nosso passeio do ano passado. Tirar fotos, conversar, rir! - Acentua esperançosa. 

  - É uma boa ideia filha! - Luna exclama. - Vá! 

  - Está bem. - Concorda.
 
  - Eu levo vocês. - Lucas informa.

  - Obrigada tio, mas não precisa. Vamos de metrô. - Explica. - Agradeço de novo! - Reponta educada. - Vou me arrumar, vamos! - Chama Taylor.

  - Okay. 

As duas se arrumam e logo saem. No Central Park elas procuram um local bem calmo, com brisa e muita natureza. Uns momentos depois delas terem chegado Georgia ainda não tem conseguido fazer Taylor conversar direito com ela:
  - Você quer tirar foto? - A pergunta.

  - Não sei. - Diz neutra.

  - Vamos tirar. - Se levanta da grama. - Venha!

  - Hum. - Resmunga e levanta. - É para tirar foto de que? 

  - Do que quiser. Registrar cada momento do dia, ou cada detalhe da vida era seu hobby preferido! - Conta alegre. 

  - Cada detalhe do dia?! - Questiona confusa. 

  - Sim! - Afirma. - Bem, você pode tirar foto do pôr do sol. - Sugere. - Vamos subir mais para ficar mais perfeito! 

  - Okay! 

Por mais que tente Taylor não entende como registrar àquele acontecimento, nem nada do que Georgia a sugere. Às horas passam sem parar, a noite cai e a paciência de Taylor também:
  - Olha, você foca no que quer e acha mais interessante, então tira a foto! - Geor explica meiga.

  - Eu não acho nada interessante. É tudo muito comum para mim. - Diz sem criatividade. 

  - Você adora os detalhes que mais ninguém admira! - Sublinha doce.

  - Que detalhes!? - Indaga. - Que droga, estou cansada! - Fala estúpida. - Você fica aqui falando estas bobagens enchendo os meus ouvidos de besteiras, isto só me enche de irritação. Não tenho tolerância o suficiente para isto! - Ressalta. - Você é muito esquisita! 

  - Quero te ajudar Taly! - Acentua abatida.  

  - Sua ajuda.. Não resolve nada. Na verdade, talvez já esteja na hora de fazer algo realmente proveitoso. Suas conversinhas e historinhas são irritantes demais. - Sublinha.

  - É a nossa história! - Frisa.

  - Então talvez tenha sido bom eu a ter esquecido. Oh história chata! - Realça. 

Enquanto isto no quarto Tony entra em transe relembrando seu término de namoro com Catarina.
...
  - Está acabando comigo?! - Tony indaga sério.

  - Sim, estou! - Catarina assegura.

  - Isto é totalmente ridículo Catarina. Como consegue transformar um probleminha em uma avalanche de neve?! - Questiona perplexo.

  - Não é um probleminha, é um grande obstáculo! - Sublinha. - Sua falta de consciência chega a me assustar. 

  - Sei que está exagerando. Me dê os motivos deste término tão repentino! - Pede.

  - Você não me nota, você está afastado, grosso, rude, está frio. Não me quer mais, não gosta mais de mim! - Ressalta seguramente. 

  - Ora Catarina, por que não gostaria mais de você?! - Interroga.

O celular dele toca, o pega e vê quem liga:
"Georgia Emanuelly"

  - Por causa dela! - Catarina afirma. 

Tony acorda do transe, sai do quarto e caminha até a sala:
  - Mãe, Georgia Emanuelly... - Pensa. - E Taylor ainda não chegaram? - Questiona sério. 

  - Não querido. - Responde. Por que? 

  - Está ficando tarde, não acha? - Insinua.

  - Sim, um pouco. - Concorda. - Vou ligar para elas! - Pega o telefone. 

  - Não precisa, já cheguei! - Taylor diz grossa batendo a porta. 

  - O que houve? - Sua mãe a interroga. - Parece irritada.

  - Nada. - Diz ríspida. 

  - Onde está Georgia Emanuelly? - Tony pergunta. 
 
  - Estava vindo atrás de mim. - Responde. 
Ele abre a porta e a encontra no jardim. Ela aparenta estar irritada e zangada:
  - O que houve Georgia Emanuelly? 

  - Houve que eu tento ajudar a Taylor, tento muito, mas ela simplesmente não reconhece nada do que faço. Eu estou ficando tão... tão... eu não sei como estou. Uma confusão bate dentro do meu peito, puro e descontrolado, mas eu não sei exatamente o que é. Quero arrancá-lo como se arranca um dente mole e cheio de sangue. - Começa a falar estressada. Ligeiramente as palavras saem de sua boca.

  - Se acalme. - Ele pede. 

  - "Adeus mundo cruel, parto deste mundo sabendo como é injusto". - Declama. - O mundo é injusto Tony, ele pode ser redondo, fazer parte de um universo, ter milhares de lugares belos e maravilhosos, mas ele tira os pais de muitos todos os dias, ele tira mãe, pai, amigos, vizinhos, tios, tias, avós, irmãos, primos, ele prende inocentes e solta culpados, ele machuca amantes do amor, ele dá uma rasteira em quem estiver na frente dele, seja tal ser bom ou ruim. - Cita automaticamente.

  - Do que está falando? - Indaga confuso.

  - Nossas vidas foram transformadas, PORQUE SOU CHATA, ESQUISITA E IRRESPONSÁVEL! - Grita. - Não tenho nem o direito de morar neste mundo, neste mundo que julgo ser tão mal!  

  - Não lamente por sua vida Georgia Emanuelly. Se acalme! - Acentua.

Ela em transe não para de falar:
  - Não estou lamentando, tenho minha vida, e agradeço por ela. Mas, será que a mereço de verdade? Eu sou uma pessoa ruim, sou má, sou feia, sou cruel. EU CARREGO COMIGO UMA CULPA IMENSA!— Grita. - EU NÃO MEREÇO TER AMIGOS, FAMÍLIA, OU ALGUÉM QUE ME AME. OLHE PARA MIM, SOU RUIM, MEU GOSTO É AMARGO, MEU CORPO É VISCOSO, MEUS OLHOS SÃO DE COBRA E MEU CORAÇÃO DE PEDRA. CADA DIA QUE PASSA ELA ME DETESTA MAIS, PORQUE SOU UMA ESTRANHA, ESTRANHOS NÃO SÃO BEM-VINDOS, SOU UMA PARTE EXCLUÍDA DA SOCIEDADE. - Se queixa amargamente. 

Tony caminha até ela sério:
  - Acalme-se! - Diz neutro.

  - VOU FAZER UM FAVOR PARA TODA A SOCIEDADE E PARA O MUNDO. EXISTE APENAS UMA FORMA DE SE NASCER, MAS MILHARES DE FORMAS DE SE PERDER, TIRAR, ARRANCAR, ACABAR... COM... A.. VIDA! BANANA PODRE NÃO SE COME, TOMATE ESTRAGADO SE JOGA FORA, OVO NOJENTO É LIXO, FEIJÃO QUE PASSOU DO PONTO DÁ ÂNSIA DE VÔMITO, CEBOLA É CRUEL, MAÇÃ É A FRUTA DO PECADO, CARNE SÓ COME QUEM É PECADOR, PÃO MOFADO É FEIO COMO UM SER MACABRO. INJUSTIÇA, CRUELDADE, MALDADE, VIOLÊNCIA, ABUSO, IMORALIDADE, PECADO, DESRESPEITO, DESUMANIDADE... GEORGIA EMANUELLY VAI SE EXCLUIR DESTE MUNDO SEM IGUALDADE! 

Tony a puxa com a mão em sua nuca e a beija. Ela bate em seu ombro assustada. Ele beija apenas seus lábios lentamente, ela continua o batendo na segunda vez que toca sua boca, mas já na terceira sente ao desconhecido, o empurra assustada; o que parece ter durado séculos foi apenas segundos.
  - Você me beijou! - Exclama espantada.  

  - Beijei. - Concorda sério. 

  - Nunca me beijou antes. - Olha para baixo sem reação. - Você... Você nunca me beijou! Por que fez isso?! - Indaga o olhando.

  - Você não parava de falar. - Acentua. Ele dá um passo para frente. 

Com os olhos um pouco arregalados e rosto pálido ela se esquiva:
  - O que foi? - A pergunta neutro.

  - Não... - Resmunga. - Eu.. Eu vou entrar. - Sobe na varanda. 

  - Georgia Emanuelly! - A chama. 

Ela entra correndo na casa e encontra Luna em pé na sala mexendo no celular:
  - O que houve querida? - Pergunta por vê-la branca.

  - Eu... Eu vou para meu quarto. Desço para o jantar. Com licença! - Corre disparada.

Momentos depois Tony aparece:
  - Tony, o que aconteceu? A Geor passou por aqui muito estranha! - Sua mãe comenta.

  - Eu a beijei! - Conta neutro.

  - O... O quê?! - Se surpreende.

  - Vou para meu quarto. Desço para o jantar! - Informa se afastando.
 
  - Tony, volte aqui! Tony! - Luna o chama.

No quarto ele retoma seus pensamentos no término.
...
  - O quê? O que tem Georgia Emanuelly? - Ele deixa o celular tocar sem perceber.

  - É por causa dela que está ficando tão afastado e estranho! - Frisa. - Ela faz isso com você! 

Georgia liga novamente:
  - Não vai atender? - Catarina questiona. 

  - Não. - Ele desliga e joga o celular no sofá. - Você está falando muita bobagem hoje!

 — NÃO É BOBAGEM!— Grita. 

  - Claro que sim! - Ressalta. - Está vendo coisas ao qual não existem. Reclamar dos nossos problemas de sempre até tem lógica, mas falar de Georgia Emanuelly... É uma futilidade! - Sublinha. 

  - Futilidade?! - Indaga. - O que dizer do modo como a olha, a trata, e se preocupada com ela?! 

  - Crescemos juntos, é normal que eu tenha simpatia e afeto por ela, caramba! Que droga! - Reclama perdendo a  paciência.

  - Concordo com você, é normal que tenha. Mas no seu caso não se trata de uma simples simpatia. Quanto mais gosta de Georgia Emanuelly, mais distante fica! - Realça. - É um sentimento bem mais forte que afeto, Tony! 

Ele engole seco e fica tenso:
  -   Seu raciocínio está errado. - Afirma sério.

  - Eu vi você a beijando! - Ela conta.

  - O... O quê? - Indaga.

  - Você a beijou! - Frisa. - A beijou àquela noite, no sofá. - Relembra.

  - Essa não! - Murmura com a mão na cabeça.

  - Está se lembrando? Eu lembro muito bem! - Exclama.
...
Los Angeles, casa dos avós de Georgia.

Tony caminha na escuridão da casa sem sono, ele vai até a cozinha, bebe um copo de água e come um pedaço de bolo de flocos. Ao terminar caminha pelo corredor voltando ao quarto, passando pela sala vê Georgia dormindo no sofá profundamente:
  - Você deveria estar no seu quarto! - Sussurra se aproximando. 

Pega algumas almofadas que estão no chão e às coloca no sofá novamente. Ele percebe que seu vestido está bem desarrumado, com isso mostra parte de seu corpo, Tony a admira sério:
  - Aish! - Sai do transe e a arruma a roupa.
Subindo até seu rosto ele ajeita sua almofada cuidadoso, seu olhar é atraído por sua bela expressão dormindo; ela respira lentamente. Tony a sente respirar, observa sua boca com o rosto bem acima do dela, hipnotizado ele a toca os lábios os selando docemente. Sério ele se retira, Georgia acorda em seguida.
...
  - Catarina... Aquilo... Aquilo foi... - Tenta explicar. 

  - Aquilo não foi nada?! - Ressalta. - Ora Tony, eu não sou idiota!

  - Eu nunca tinha feito aquilo antes, foi a primeira vez! - Conta.
 
  - Mas você já quis beijá-la outras vezes. VOCÊ JÁ QUIS! - Aumenta gradativamente. 

  - EU NÃO VOU DIZER QUE NÃO! - Se altera. - Não quero mentir! 

  - Você está apaixonado por ela! - Deduz. - Está apaixonado por ela!

  - Eu não estou apaixonado Catarina! Por favor, pense antes de falar! - Acentua rude.

  - ESTOU PENSANDO! - Grita. - Você gosta daquela pivete, você quer ela. Eu não vou ficar ao lado de alguém que quer outra pessoa Tony, é humilhante. Eu tenho orgulho próprio, todo o carinho que devia ter por mim você tem POR ELA. É... Angustiante.

  - Nós já não estamos mais juntos Catarina, não precisa se preocupar. - Debocha.

  - Não, não estamos! E o que vai fazer agora!? Vai se declarar para ela!? Isso se você tiver coragem! - Ironiza. - Você é um fracote Tony, é fraco, mole e medroso. VOCÊ É UM FRANGOTE! - O insulta.

 — CALE A BOCA! — Ele grita enraivecido.

Com muita raiva Tony chuta a mesinha de centro, que cai fazendo os vasos quebrarem.

Ele se levanta da cama bagunçando o cabelo, sua cabeça dói.

Georgia está sentada no canto da cama, segura as pernas e encolhe o corpo, ainda assustada pelo acontecido ela não sabe o que pensar. Resmunga confusa:
  - Por que ele me beijou? Isso é tão... tão... tão.. Aish, não sei descrever. - Ela toca os lábios com os dedos. - Me sinto tão estranha, nunca imaginei beijar o Tony. A boca ao qual Catarina conhece perfeitamente. - Fecha os olhos relembrando o beijo. - Meu Deus! Tem alguma coisa dentro de mim, eu não senti isto quando Felipe me beijou! - Se encolhe mais. - Meu rosto está queimando. - Toca o rosto com as mãos. - Meu lábios estão formigando. - Toca os lábios. - O que está acontecendo?! Céus, ele é um homem, tem 19 anos! - Murmura relembrando. - Ele... Ele me beijou! - Frisa inconformada. 

Batem na porta do quarto. Assustada Geor permanece calada:
  - Georgia Emanuelly, sou eu. Preciso falar com você! - Tony informa. - Abre a porta. 


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