Amoridade: Lembranças Danificadas escrita por Ella


Capítulo 8
Broadway




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Sexta, 13 de Novembro (continuação)
A caminho de Nova Iorque Georgia descansa no avião enquanto Taylor lê revistas de fofocas, e Sra. Wood conversa com o marido sobre a maturidade de Tony.

EUA, Nova Iorque.

Ao chegarem na cidade mais populosa dos Estados Unidos Sr. Wood aluga um carro, guardam as malas no porta-malas e seguem caminho. Chegando perto do destino o olhar deles vibra vendo a beleza do lugar:
  - É aqui tio, nesta casa branca e vermelha! - Georgia informa. 

Ele para o carro:
  - Bem, vamos tirar as coisas do porta-malas. - Lucas acentua.  

  - Caramba! É muito bonito! - Taylor olha ao redor. - Que bairro é este? 

  - É TriBeCa. A Taylor Swift mora por aqui, só que é mais no sul. - Diz eufórica. - Nunca encontrei com ela mas uma vez tive a impressão de a ver, só que até hoje acho que foi coisa da minha cabeça. - Explica. - É o sonho de qualquer Swiftie (fãs da Taylor), encontrar com ela inesperadamente! - Geor sorri.
 
  - Quem é Taylor Swif.. Swit... Swi... ? - Questiona confusa.

  - É uma cantora, muito famosa. Nossa maior influência! - Pega uma mala. - Ainda vai se lembrar! - Caminha até a porta. 

  - Onde está a chave querida? - Luna a pergunta. 

  - Ah, está na minha bolsa. - Começa a procurar. 

  - Não tem ninguém em casa? - Taylor questiona. 

  - Não. Ninguém vem aqui faz 6 meses, então a casa deve estar bem empoeirada e os freezers desligados. Vamos ajeitar tudo! - Destaca otimista. - Estranho, não estou achando a chave.

  - Procure mais querida! - Luna exclama. 

  - Aqui não está! - Abre a mala. - Onde estão essas chaves? - Resmunga. 

  - Aff, anda logo, está escuro, estou cansada, estou com fome. - Taylor reclama. - Não quero dormir na rua!

  - Você não vai dormir na rua Taylor Alyce! - Luna a chama a atenção. - Tem certeza que você guardou a chave? 

  - Sim, tenho. Eu tenho as chaves de todas as casas da mamãe, é um grande chaveiro com vários chaveiros menores pendurados, cada um tem as chaves de uma casa. Não posso perder! - Fica desesperada. 

  - Calma Geor, vamos achar! - Lucas pede. - Vamos olhar as nossas malas. Não sabemos se por acaso caiu nas nossas coisas. - Explica. 

  - Está bem amor, boa ideia! - Luna concorda.

  - Mamãe vai me dar uma bronca! - Georgia resmunga aflita. - Será que eu esqueci na casa da vovó?

  - Talvez querida! Ligue para Tony, ele pode ver se está lá. O hotel dele não é tão longe da casa de Georgette. - Luna sugere.

  - Está bem. - Pega o celular. 

Ela liga, o telefone chama mas ele não atende:
  - O que foi? 

  - Ele não atendeu! - Diz encabulada. 

  - Ligue de novo! - Manda.

  - Okay! - Ela liga e a ligação corta. - Eu acho que ele desligou! - Informa acanhada.

  - O quê? - Indaga. - Eu não dei essa educação para esse menino! - Luna fica irritada. 

  - Está tudo bem tia, vou procurar mais. - Ela pega uma outra mala. - Eu sei que não esqueci! 

  - Aish, que demora! - Taylor reclama sem parar.

  - Espera, acho que achei. - Sente algo no fundo da mala. - Achei! - Suspira. 

  - Finalmente! - Taylor exclama. - Abre logo essa porta!

Eles entram na casa e encontram uma bela residência:
  - Uau! 

  - É muito linda filha! - Lucas destaca.

  - Uma casa encantadora! - Luna exclama. 

  - Obrigada! - Georgia agradece educada. 

  - Vamos colocar as coisas no quarto e pedir umas pizzas. Acho que não tem nada no armário, estou certa? 

  - Sim tia. - Responde. 

  - Vamos fazer compras amanhã! Bom, onde é meu quarto querida? - Questiona.

  - O quarto principal fica no lado oeste tia, subindo aquela escada. - Mostra. - O nosso quarto fica no lado leste. - Diz para Taylor. - Por aqui!  - A chama.

Elas sobem a escada e caminham até o quarto:
  - Nosso quarto fica dentro de um corredor que está dentro de um corredor! - Georgia brinca. 

  - O quê?! - Indaga confusa. 

  - Nada não. - Abre a porta. - Bom, este quarto tem duas camas porque você costuma dormir comigo, mas se você quiser dormir em um dos outros quartos, tudo bem. - Acentua amável. 

  - Decido isso amanhã, por enquanto vou ficar aqui. - Coloca as malas no chão. 

  - Está bem! - Sorri esperançosa.

A pizza chega, eles comem e vão dormir após uma viajem cansativa.

Sábado, 14 de Novembro.
De manhã Luna vai ao supermercado com Georgia já que não sabe andar sozinha por Nova Iorque. Elas fazem uma compra grande e recheada de guloseimas; ao chegarem em casa se surpreendem. Lucas pega sacolas junto com Luna e levam para dentro, Georgia enche as mãos mas ao tirar do carro o peso a faz tombar:
  - Me dê estas sacolas! 

  - Tony! - Exclama surpresa. - O que está fazendo aqui?! 

Ele a encara, pega as sacolas de suas mãos e sai sem dizer nada. Na cozinha Luna se espantar ao ver o filho:
  - Por que veio mais cedo querido? Aconteceu alguma coisa? 

  - Nada demais mamãe. - Responde sério.

  - Ele e Catarina terminaram! - Taylor diz chegando de repente. 

  - Taylor, fique quieta! - Exclama frio. 

  - Filho, é verdade? Vocês acabaram? - Luna indaga.

  - Sim. O namoro acabou! - Afirma. 

  - Por que?!

  - O que houve filho? - Lucas questiona.

  - Um dia saberão. - Acentua. - Vou andar um pouco. - Informa saindo. 

Georgia on.

Não sei qual foi o motivo do término de Tony e Catarina, mas acho que isso mexeu com ele. Não imaginei que fosse acabar assim, depois de tanto tempo.

Observador on.

Na varanda Tony pensa tranquilo quando Geor aparece meiga:
  - Também quer saber como acabamos? - Interroga um pouco rude.

  - Eu só vim ver se está bem. - Engole seco. - Vou me retirar! Com licença.

  - Tudo tem um começo e um fim! - Ele cita sério olhando para o horizonte.

Ela para e volta:
  - Vocês já estavam juntos fazia tanto tempo! - Acentua. 

  - Dois anos! - Conta.

  - Sim, dois anos. - Sublinha.

  - O que começou, chegou ao fim. - Se levanta. - Nada é eterno Georgia Emanuelly! - Destaca. 

Ele a deixa na varanda e caminha para o quarto. Deitado na cama ele relembra como foi que acabou seu namoro.
...
Catarina chama Tony para o quarto, ele está vendo TV na sala do quarto de hotel:
  - Vamos para o quarto! - O chama. - Vamos brincar um pouco! - Sugere maliciosa.  

  - Catarina eu não estou afim. - Informa a ignorando. 

  - Eu estou usando aquela lingerie que você adora! - Se senta em seu colo. - Não quer ver?

  - Agora não Catarina. - Afirma.

  - Vamos amor! - Beija seu pescoço. 

  - Eu não estou afim Catarina! - Diz rude.

Ela se levanta irritada:
  - Você não me dá mais atenção, nem me olha mais! - Reclama.

  - Não estou com paciência para ouvir suas lamentações agora. - Ressalta. 

  - Eu achei que quisesse resolver nossos problemas, fazer as pazes de verdade, por isso tinha ficado comigo em Los Angeles. - Acentua.

  - Eu quero resolver nossos problemas Catarina. - Respira fundo. 

  - Então por que não resolve? Tony, você está muito distante de mim, não me dá atenção, não me dá carinho, nem amor. Que tipo de namoro é este que temos!? Você nem me deseja mais! - Se queixa. 

  - Eu sinto desejo por seu corpo, assim como qualquer outro homem sente. - Comenta. - Mas tente entender, minha família está passando por uma situação complicada e delicada, a minha irmã perdeu a memória, uma reviravolta aconteceu em nossas vidas! - Relembra. - Por favor, tenha empatia! 

  - Eu sei que a Taylor danificou a vida de vocês, mas o fato de você estar cada vez mais afastado, rude e grosso comigo não é algo recente, isso está acontecendo faz meses, e a cada dia que passa você muda mais. - Realça. 

  - Está exagerando! - Se levanta. 

  - Exagerando?! - Indaga. 

  - Não estou tão afastado como insinua. - Se defende. - Pelo menos eu não consigo ver isso. 

  - Você não vê o que vejo! Você simplesmente não me vê mais! - Exclama segura. 

  - Para de ser tão dramática. - Reclama. - Caramba, se está com crise se baixa autoestima me diga, mas não seja ridícula! - Ironiza.

  - Eu não sou dramática.— Grita. - Você está afastado de mim, está avoado e rude. Não é mais o mesmo de quando nos conhecemos. - Frisa.

  - Estamos juntos, não estamos?! Você me escolheu, sou o seu namorado, não sou?! Você é minha namorada, não é?! - Questiona quase afirmando. 

  - Não sou mais! - Informa séria. 

Batem na porta do quarto:
  - Filho? - Sua mãe o chama. 

Tony acorda do transe:
  - Sim mãe? - Abre a porta.

  - Querido, vamos sair daqui a pouco, se arrume! - Pede.

  - Está bem! - Entende e fecha a porta. 

No quarto de Georgia ela e Taylor se arrumam:
  - O que acha? O vestido azul ou lilas? - Geor pergunta.

  - Sei lá. - Resmunga. 

  - Acho que mamãe escolheria o azul! - Decide. 

  - Me diz, esta casa é mesmo da sua mãe? - Interroga curiosa. 

  - Sim. - Afirma. 

  - Sua família por acaso é rica?! - Ri sarcástica.

  - Sim, é. - Assegura e a olha.

  - Sério?! - Indaga.

  - Sim. É a minha mãe que está pagando nossa viagem, por exemplo. Ela já escolheu os melhores hotéis para nossas estadias, ela está mandando dinheiro para tia Luna, e também para mim, mas isso ela já fazia desde que se mudou para Noruega, digo, me mandar dinheiro. - Conta. 

  - Nossa. E vocês tem quantas casas? - Questiona.

  - Tem uma em Toronto, esta de Nova Iorque, tem uma no Brasil, uma na Itália e a da Noruega, que é a maior. Ah, a casa dos meus avós em Los Angeles foi mamãe que deu para eles, depois de um tempo que o papai morreu. - Comunica. 

  - Qual o tamanho da casa na Noruega? 

  - 820 m², mamãe quer ampliar um pouco mais final do ano. - Acentua.

  - Caramba! - Fica de boa aberta. - Como sua família é tão rica?!

  - A fortuna da minha família tem uns 170 anos, meu tataravô que começou, com uma pequena joalheria. Os negócios foram crescendo e ele vendo o resultado começou a juntar uma pequena parte no banco, todo mês ele colocava uma quantia lá. Bem, nem meu bisavô ou avô tocaram nesse dinheiro, apenas juntaram mais, a pequena joalheria virou uma grande empresa em pouco tempo, e quando meu avô assumiu os negócios ele abriu uma fábrica de chocolate, fábrica ao qual se popularizou muito rapidamente. Então minha mãe administra uma grande empresa de jóias e duas grandes fabricas de chocolate atualmente.

  - Ela administra?!

  - Sim. Lembra quando eu disse que meu avô ficou doente? Então, ele ficou sem condições de administrar todo aquele trabalho, foi quando minha mãe decidiu assumir os negócios da família. Em um ano de administração ela duplicou o lucro das fábricas de chocolate, e em dois anos e meio triplicou o lucro da joalheria. - Informa. - Ela quer abrir uma fábrica de chocolate na Inglaterra agora, é muito trabalho. 

  - Imagino! - Destaca espantada. - Sua família nunca vai ser pobre!

  - Ninguém sabe o futuro! - Diz modesta. - Bom, mas minha mãe, todo o dinheiro que ela usa para se sustentar, e me dar é o que está no banco, aquele que meu tataravô começou a juntar, até que o vovô pediu para mamãe usá-lo. - Conta.

  - Estou... Sem palavras! - Permanece espantada.

  - Não gosto de falar muito sobre isto. Minha família é muito mais que só a fortuna! - Sorri doce. - Estou pronta! Vamos?

  - Okay!  - Sai do quarto ainda raciocinando.

Chegando ao destino do passeio eles descem do carro. Luzes brilhantes iluminam as ruas:
  - O que vamos fazer aqui? - Taylor questiona chata.

  - Estamos no distrito teatral da Broadway. - Geor conta. - Qual peça quer ver primeiro? 
 
  - Peça? - Ri.

  - Sim, você ama teatro! Seu sonho é se apresentar em um destes teatros! - Explica.
 
  - Era meu sonho. - Sublinha. - Que peça sem graça vamos ver?

  - Comprei ingressos para um musical, depois podem escolher alguma outra peça. - Luna acentua.

  - Musical? AFF! - Reclama. - Teatro é uma perda de tempo.

  - Então está dizendo que sua vida era uma perda de tempo Taylor Alyce? - Tony questiona.

  - O quê?

  - Teatro era sua vida! - Destaca.

  - Que seja, só quero acabar logo com isso. - Ressalta.

  - Está bem, vamos acabar logo com isso! - Lucas acentua.

Eles entram no teatro, sentam num bom lugar e assistem a apresentação inibidos com as reclamações de Taylor.

Georgia on.

Não quero ficar ouvindo a Taly reclamar mais, só que também não quero brigar com ela. Acho que todos estamos em um labirinto, precisamos ser como os atores profissionais, eles já passaram por muita coisa para chegar nestes palcos. Talvez um dia tudo isso compense. Um dia a Taly vai se lembrar de tudo, e isso será a nossa Broadway!


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