Amoridade: Lembranças Danificadas escrita por Ella


Capítulo 16
Peru




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Segunda, 23 de Novembro.
  - Vamos, vamos... Arrumaram tudo? - Luna fala com todos apressada.

  - Já sim, tia. - Georgia responde pegando as malas no quarto. 

  - Peguem as malas e desçam. O táxi já está chegando. - Avisa. 

  - Isso é um saco! - Taylor reclama descendo com as malas. - São 07h da manhã e estamos aqui, correndo mais uma vez para o aeroporto. 

  - Essa viagem é para ajudar você. - Tony ressalta aparecendo atrás dela. Pega uma mala de suas mãos e sai sério.

  - A correria faz parte, Taly. - Geor comenta colocando as malas no chão da sala.

  - Eu só sei que estou cansada e quero dormir. - Diz inquieta.

  - Cansada de que, filha? Dorme o dia todo! - Lucas exclama. - Vamos, temos que ir. Me dê as malas, te ajudo, filha. - A ajuda. 

Ele leva as malas de Taylor para o táxi, Georgia tenta segurar as dela, se equilibra andando devagar. Uma mão se aproxima e pega uma das malas:
  - Ajuda? - Tony sorri de lado levemente continuando a caminhar. 

  - Obrigada. 

  - Que pena... - Mex aparece. - Nem pude te ajudar. - A olha malicioso.

Ela o encara e ignora.
  - Vamos, vamos. Entrem logo! - Luna os apressa. 

No aeroporto o vôo começa a atrasar, eles esperam na praça de alimentação. Comem alguns pães de queijo, conversam.. Pelo menos Taylor, Luna e Mex. Georgia olha a vitrine cheia de livros de uma loja enquanto come um tablete de chocolate com castanha.
  - Gostou de algum? - Lucas sem paciência para Mex prefere fazer companhia a sua sobrinha. 

  - Bom... Basicamente todos. - Conta e sorri. 

Ele ri:
  - Então compre algum, para ler durante a viagem. - Sugere.

  - Eu...  - Os chamam.

  - Hey, o vôo chegou. - Luna os chama.

  - Estamos indo, querida. - Seu marido grita. - Vamos! 

  - Como eu ia dizendo, eu já tenho muitos livros. 

  - Livros nunca é demais. 

  - Sim, é verdade. Sempre me dizia isso. - Lembra. - Até porque... Me dava muitos livros. 

  - Acho que vou voltar a dar. Taylor parece que não gosta mais de ler, todos os livros que eu conseguir serão seus. - Conta.

  - Está bem. - Sorri com a notícia.

Eles embarcam.

No meio do vôo começa uma turbulência, mas sem exagero. A aeromoça avisa que logo passará e que não precisam se preocupar.
  - Aff, que saco! Odeio isso. - Tony se segura. 

O avião balança e ele segura firme no assento.
  - Vai passar logo. - Georgia diz meiga.

  - Hamram. - Resmunga. 

Cusco, Peru.

Após chegarem no hotel, pedem alguns fast foods para comerem rapidamente.

  - Já colocaram suas malas nos quartos? - Lucas pergunta.

  - Sim. - Respondem.

  - Estou com um problema.. - Mex aparece. - Não tem quarto pra mim, vou ter que dormir com alguém. - Olha para Georgia.

  - Tony... Divida seu quarto com o Mex. - Luna manda. - Assim como as meninas estão dividindo.

Tony respira fundo:
  - Tá. - Diz frio.

Eles terminam de comer e se preparam para sair. Luna está em seu quarto quando Tony vai falar com ela:
  - Até quando o Mex vai ficar com a gente nessa viagem? - Indaga sério.

  - Não sei, filho. - Fala terminando de se arrumar.

  - Eu não vou aguentar dividir o quarto com ele. - Avisa.

  - Querido, apenas ignore se ele te irritar muito. Ok?

  - Se ele não me deixar em paz, vou dar um saco na cara dele. - Diz grosso e sem paciência. Sai estressado.
 

Mesmo com o clima tenso, não desistem de sair. Pegam um carro alugado, e saem.

Escolhem o ponto turístico de acordo com o roteiro da viagem passada. O melhor lugar para se visitar no Peru, Machu Picchu.

  - O que esse lugar tem de interessante? - Taylor já começa a reclamar.

  - Tudo. - Georgia responde. 

Eles admiram a beleza da cidade, algo de se calar a voz. Encantados Lucas e Luna tiram fotos.
  - Deixa eu tirar uma foto sua com a paisagem, boneca. - Mex pede tramando.
  
  - Hã... Okay. - Ela para num canto. - Aqui está bom? - Pergunta receosa.

  - Hum. - Caminha até ela.

Mex a olha nos olhos, leva a mão até seu rosto e o levanta pelo queixo:
  - Assim está melhor. - Aperta suas bochechas e encara sua boca. 

Georgia engole seco.
  - Tire logo essa foto. Temos que continuar. - Tony os chama de propósito. 

Mex bate a foto sem parar de encará-la.
  - Pronto. Estamos indo.

Ele segue os outros, Georgia respira fundo aliviada, começa a dar um passo de cada vez, devagar vai alcançando os tios. Estando mais altos, param novamente para tirar fotos.

Ao ver a paisagem dalí, Georgia se encanta.
  - É tão lindo! 

Lentamente vai caminhando hipnotizada.
  - A natureza é de se deixar sem ar! - Suspira. 

  - Georgia, cuidado querida. - Sua tia a chama, mas ela não ouve. - Melhor parar de andar, querida. 

Sem ouvir, ela continua andando; o sol a chama e tudo a tira do mundo. Ela ergue o pé para dar mais um passo:
  - Georgia Emanuelly! - Tony corre e a puxa forte. 

Seus corpos se chocam e afastam, Geor o olha assustada, olha para trás e vê quase que um precipício, tudo na mente se encaixa. Volta a encará-lo, ele a solta:
  - Tenha mais cuidado aonde pisa e aonde vai. - A diz com a respiração forte. 

  - Está... Está bem. - Gagueja nervosa. 

  - Taylor pare de correr por aí! - Seu pai grita. 

Taylor corre por todo lado como uma criança de 7 anos. Sobe pedras, corre pela escadaria, pula de batentes, tudo eletricamente.
  - Taylor Alice, já chega! - Tony perde a paciência. - Taylor Alice!

De repente ela pisa em falso e cai na escada, seu corpo bate forte ao tocar o chão, no mesmo instante pela primeira vez, Taylor vê flashes de sua vida passada.
  __
  - Olá, papai. - O vê jogando xadrez como sempre. 

  - Olá, querida. Como foi a escola? - A beija a testa. 

  - Foi bom, como sempre. - Ela observa o jogo e move uma peça. - Xeque Mate! - Sorri.

  - E mais uma vez ganhou, mas isso vai mudar amanhã. - Assegura.

  - Veremos. - Sorri. Beija sua testa. 

Sentindo um aroma agradável ela caminha até a cozinha, quando chega vê a mãe preparando sanduíches.
  - Huuum, parece bom. - Coloca dois num prato. 

  - Não coma muitos para comer na janta. - Avisa.

  - Okay. - A beija a testa. - Desço já. 

Levando os sanduíches ela sobe a escada cantarolando, para na porta do quarto de Tony, bate:
  - Entra.  

Ela abre a porta, o vê mexendo no notebook na escrivaninha. O dá um sanduíche com o prato e pega o outro.
  - Obrigado, moça - Beija sua bochecha.

  - De nada! - Começa a comer.

Depois de sair do quarto dele ela vai para o dela, entra e fecha a porta.

—_
  - Filha, você está bem? - Luna indaga nervosa.
 
  - Eu... Eu lembrei de uma coisa. - A ajudam a levantar. 

  - Lembrou?! - Georgia se enche de esperança. 

  - Lembrei... Mas foi só uns flashes. - Conta confusa.

  - Vamos para o hotel. Lá é mais calmo. - Lucas sugere. 

  - Sim. Está machucada, querida? Consegue andar? 

  - Es....

  - Se quiserem eu a levo. - Mex se oferece.  

  - Aceito. - Taylor quase que se  joga no colo dele. 

Caminham para o carro. Georgia e Tony ficam mais afastados dos outros.

Em casa Taylor conta tudo o que viu, todos ficam animados, menos Tony, algo normal, e Georgia. Ela levanta devagar do sofá:
  - Não lembrou nada sobre mim? - Pergunta abatida.

  - De você... Não. - Nega. - Só da minha família. 

"Você é minha família de uma só pessoa, Geor", ecoa na mente de Georgia; ela respira fundo e seus olhos enchem de lágrimas. 
  - Acho que a memória pode estar voltando. Ela vai se lembrar de você, querida. - Luna tenta a consolar.

  - Sim, vamos esperar. - Concorda escondendo a esperança sendo morta. - Eu vou me deitar agora, estou um pouco cansada. 

  - Não vai jantar? 

  - Estou sem fome. Se tiver vontade como de madrugada. Boa noite! - Deseja educada.

  - Boa noite. - Retribuem. 

Mex a observa subir para o quarto.

O relógio marca 00h40, o hotel está em silêncio, as luzes dos quartos apagadas. Georgia acorda, vê da janela as luzes da cidade, é calmo e aconchegante. Calça pantufas, coloca um moletom por cima do pijama, caminha até a porta devagar para não acordar Taylor, abre, fecha e desce. Na cozinha come uma maçã e uma banana enquanto vê a cidade noturna pela janela da sala, bebe um copo de água quando acaba, e sem mais nada para fazer decide voltar para o quarto.

Caminhando devagar ela vê uma sombra passar, sem saber o que pode ser acelera os passos e antes que perceba é jogada na parede. Tampam sua boca:
  - Shiii.. Não grite. - Murmura.

  - O que quer Mex? - Pergunta baixo e séria.

Ele se aproxima.
  - Vamos brincar, boneca. - Sugere malicioso.

  - Eu não quero brincar contigo. - Diz fria.

  - Vai ser bom. Eu prometo! - A segura na cintura. 

  - Mex, eu vou dormir. - Impulsiona sair.

  - Ótima ideia! Durma comigo. - Aproxima o rosto do dela.

Geor congela:
  - Não, obrigada. 

  - Boneca... Você ainda vai aceitar... - Coloca a mão por dentro de sua roupa, aperta sua cintura.

  - Veremos... Agora boa noite! - O empurra e sai. 

  - Boa noite... - Morde a boca, a olha de cima para baixo. - Você ainda vai aceitar! - Resmunga. 

Ainda assustada, Georgia olha para trás para ver se Mex a segue. Atordoada ela esbarra fortemente em Tony, ele a segura:
  - Wow! Está bem? - A pergunta. 

  - Estou. - O olha abatida. 

  - Certeza? - Insiste.

Mex aparece no corredor, os encara e entra no quarto.
  - Sim, vou dormir. Boa noite. - Deseja. 

  - Boa noite, Georgia Emanuelly. 

Terça, 24 de Novembro.
São 14h00 da tarde, o telefone do quarto de hotel toca, Lucas atende:
  - Georgia, é Melody! - Avisa. 

Ela vem correndo:
  - Obrigada, tio. - Agradece. 

  - De nada. - A deixa só.

Atende o telefone:
  - Alô! Oi mamãe! 

  — Olá, amor. Como está? Está gostando do Peru? — Interroga.

  - Estou bem, mamãe. O Peru é muito bonito. É incrível! - Exclama. 

  - Já comprou muitas coisas? Quero ver tudo. 

  - Ainda não. Só saímos ontem por enquanto. - Conta.

  — Hum... Aconteceu alguma coisa aí?— Questiona preocupada.

  - Sim. A Taly lembrou de uns flashes do passado... 

 — Isso é muito bom! — Se anima.

  - Sim. - Concorda abatida. 

  — Qual o problema, filha? — Nota sua voz estranha.

  - Ela não se lembrou de nada sobre mim. Na mente dela não há nenhuma lembrança sobre mim, de mim, ou nossa amizade. - Lamenta.

 — Ela ainda vai lembrar, filha.— Tenta a manter otimista. — Enquanto isso, tente se divertir, aproveitar a viagem. 

  - Está bem. 

  - O que vai fazer hoje? 

  - Não sei... Talvez ler, cantar, ou tocar... - Não se decide de tanto tédio.

 — Ah não! Georgia, você vai se arrumar e sair para conhecer o Peru. Faça compras, compre roupas, livros, acessórios... 

  - Está bem, talvez eu saia. - Comenta.

  — Não, você vai sair.— Afirma. - Vou te mandar 20 mil, você vai pegar e gastar tudo hoje, se divertindo. Entendeu? — Ressalta.

  - Mãe! 20?! - Indaga. - Ainda tenho dinheiro, não precisa de tudo isso. 

 — Sim, é 20, e é para gastar tudo. Não quero você abatida pelos cantos. Se diverta, Georgia! — Manda.

  - Está... Está bem. - Se sente mandada. 

 — Eu tenho que desligar. Beijos, filha. Te amo. 

  - Também te amo, Mamãe. - Retribui.

  - Até mais tarde. 

  - Até. 

Georgia desliga o telefone, fica paralisada sem saber o que fazer.
  - O que ouve? - Seu tio pergunta a vendo congelada. 

  - Mamãe vai me mandar 20 mil para gastar me divertindo no Peru hoje. - Conta. 

  - E o que está esperando?! Se arrume, pegue esse dinheiro e se divirta! - Destaca.

  - Huum.... É? - Resmunga.

  - Sim. Acorde Georgia! Vai se divertir! - Aumenta a voz a tirando do transe.

  - Hã? Ah, okay. - Se levanta do sofá. - Vou me arrumar. 

  - Humrum. - A vê correr para o quarto.

Ela se arruma sem pressa, quando termina desce para avisar os tios:
  - Eu vou indo, tia. 

  - Está bem. Encontramos com você depois. - Relembra.

  - Certo.

  - Cuidado, Geor. - Pede.

  - Terei. Até já. 

  - Até, querida.

Passando por várias lojas e diversos lugares, Georgia conhece cada cantinho do Peru apenas por sua cultura.
Ela entra nas lojas, prova roupas, escolhe algumas, paga em dinheiro; para nas barracas, prova pulseiras e correntes, escolhe algumas, paga em dinheiro; olha livros antigos, lê as sinopses, escolhe alguns, paga em dinheiro. E enquanto isso no hotel, Tony fica inquieto:
  - Georgia Emanuelly não devia ter saído sozinha por um país que mal conhece. 

  - Ela está bem, Tony. Se acalme. - Seu pai acentua. 

  - AFF. - Vai para o quarto.  

Minutos depois ele aparece com uma roupa diferente. Vai até a cozinha beber água:
  - Aonde vai? - Sua mãe pergunta. 

  - Sair. - Bebe.

  - Onde? - Interroga. 

  - Não sei ainda. - Lava o copo e guarda.

  - Tony... Vai atrás de Georgia? - Indaga.

  - Se eu a encontrar será só coincidência. - Detalha saindo da cozinha. 

  - Eu não quero isso. - O segue. - Tony, não quero você atrás de Georgia. 

  - Mãe, eu não estou indo "atrás de Georgia." - Frisa. - Eu só vou sair.

  - Estou avisando Tony. Não se envolva com ela. 

  - Mãe, não se preocupe. Mas... Supondo que eu quisesse algo com ela, a senhora não impediria nada. A vida é minha. 

  - Você ainda é meu filho. 

  - E o que isso tem haver? Desde que me lembro quem me sustenta sou eu. Não sou uma criança, Dona Luna. Tenho quase 20 anos, sei o que quero. Como eu disse, é minha vida, não pode mandar nela. Lamento. - Abre a porta. - Vou indo, até.

O dia passa rapidamente diante da distração da mente de Georgia, de tanto andar ela começa a se sentir cansada e sentir fome, decide parar numa confeitaria para descansar e comer.

Ela entra na confeitaria cheia de sacolas, as deixa na recepção e se senta sozinha numa mesa no canto do salão.

Uma garotinha com o pai conversam na mesa ao lado:
  - Papai, eu quero Petit Gateau. - Ela pede fofa. 

  - Não dá, filha. É caro. - Explica. - Vou pedir bolo de cenoura, está bem? 

  - Hum. - Fica triste. - Tá bom. 

Ela vê Georgia pedindo.
  - Aquela menina pediu Petit Gateau. - Conta.

  - Ela deve ter dinheiro para pagar. Venha, sente no colo do pai. - A chama. - Quando tivermos mais dinheiro eu vou te comprar um. 

  - Tá bem. - Sorri meiga.
 
Georgia espera o pedido lendo um livro novo/velho, é sobre fantasmas num orfanato, investigação policial.

O pedido na mesa ao lado chega:
  - Senhor, seu Petit Gateau!

  - Desculpe, meu pedido não é esse. - Conta.

  - Nós sabemos. Aquela moça - Aponta para Georgia - Fez um pedido para vocês, ela vai pagar. Aproveitem, ela fez questão de fazer essa garotinha sorrir. - Entrega na mão da menininha. 

Ele olha para Georgia, ele a agradece balançando a cabeça e ela sorri vendo a alegria da garotinha.

Geor começa a comer devagar, apreciando cada pedaço.

A noite vai chegando na cidade de Cusco, como é de se esperar as luzes começam a serem acesas. A confeitaria se enche com o clima que a noite proporciona.

Distraída comendo, Geor nem vê quem chega:
  - Olá! 

Ela levanta o rosto singela:

  - Ah! - Sorri. - Olá, Tony! Sente-se.

  - Obrigado. - Se senta na cadeira da frente. 

  - Quer algo? 

  - Hã... Nã.. 

  - Vou pedir um chocolate quente para você. - O interrompe. 

Ele sorri.
  - Ok.

Enquanto ela pede para o garçom, ele a observa:
  - Pronto. Onde estão os outros? 

  - Eu sai mais cedo, para andar um pouco, então não sei deles. - Explica.

  - Ah! Entendo. - Termina de comer.

  - Como foi seu dia? Se divertiu? Não estou vendo as compras. - Brinca. 

  - As coisas estão na recepção. Bem, foi legal. Não como mamãe esperava que fosse, mas deu para me distrair. - O fala sobre o dia.

  - Pelo menos não passou o dia ouvindo a Taylor Alice reclamando... AFF, um saco! - Revira os olhos. 

  - É... É realmente estressante. 

  - Estressante? Dá vontade de dar uns tapas nela. Aish! - Diz com gestos e caretas.  

Georgia começa a rir:
  - O que foi? - Questiona ficando intimidado

— Nunca te vi falando assim. - Ri. - É engraçado!

Ele sorri um pouco envergonhado:
  - Ah! - A admira. 

Eles ficam conversando até dar a hora de encontrar os outros.
  - Vamos pegar as sacolas na recepção e ir.

  - Ok. 

No caminho eles continuam conversando e rindo, até que chegam na sorveteria.
  - Demorou, querida. - Luna a recebe. 

Ela vê Tony, fecha a expressão:
  - Sim, paramos para comprar chocolate. - Conta. - Estava muito bom. 

  - Sim. - Concorda. - Um dos melhores! - Sorri alegre. 

Lucas observa tudo.
  - Não me trouxe nenhum chocolate, boneca? - Mex questiona fazendo manha.

  - Sinto muito, Mex. Não lembramos de você. - Diz sincera. 

  - É porque eles estavam ocupados demais se pegando. - Taylor realça. 

  - O quê? - Georgia indaga. 

  - Taylor Alice, você não sabe o que fala. 

  - Eu só falo o que penso. - Estira a língua. 

  - Você é uma má educada, isso sim. - Acentua Tony.

  - Aish, que saco! Eu só quero ir embora desse lugar chato. Não tem nada o que fazer aqui, só ficar vendo a cara desse povo feio do Peru. - Insulta estúpida.

  - Taly, não fale assim. - Georgia fica constrangida. 

  - Eu falo do jeito que eu quiser, sua chata! 

  - Filha! - Luna a chama a atenção. 

  - Aff, o que foi?! Vocês são todos chatos! Chatos, chatos, chatos...

  - Cansei. - Tony resmunga.

Ele pega o sorvete da mão dela e joga em sua cara, esfrega por todo o rosto; cabelo, olhos, orelhas, nariz, boca. Taylor paralisa:
  - O que você fez?! Aaaah! - Fica estérica. - Meu Cabelo, minha maquiagem... - Se toca. 

  - Aprenda a ter educação, Taylor Alice. - Balança as mãos cheias de sorvete. 

  - Seu cretino! - Grita. 

  - Pega! - Enfia a colher cheia de sorvete na boca dela. - Engole o seu gelo!

Ela o encara quase o matando com o olhar. Todos olham a cena paralisados.

 


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