Kevin Bryan e o Sumiço da Garota Dafne escrita por Gewkordeiro Silva


Capítulo 12
Bem Vindos à Tumba do Maléfico!


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo muito dramático, a gente passa a conhecer um outro lado terrível do Ronan até então desconhecido. Na maldade, próprio de um psicopata independente da cor e raça, Ronan sempre se supera nos surpreendendo. Espero que gostem, bjs Xau galera!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/675498/chapter/12

Houve muita alegria e muito choro quando encontraram os escravos brancos. Kevin apresentou o Coronel e seus amigos para o grupo de escravos. Álex, Jon, o próprio Kevin se abraçaram e vibraram ao encontrarem Helter e o Neil e os outros que eram mais próximos.
Houve muita êxtase nesse reencontro. Kevin falou em mais de duas mil pessoas, mas agora podia se ver que tinha muito mais de três mil pessoas! A euforia foi marcante. No entanto, a liberdade tão almejada ainda não era possível, pois todos estavam trancafiados nas dependências do Dário Ronan.

Lá fora tudo voltou a velha rotina. Os negros voltaram a empunhar as armas. Mas o impasse continuava. Ronan desfilava com seu lobo predileto e queria que todos eles, os enclausurados, depusessem as armas e viessem trabalhar como escravos, essa era uma das alternativas. A outra seria morrerem de fome. Se os escravos e o grupo do Coronel morressem de fome, ele arrumaria tudo novamente, ia demorar um recomeço, mas era melhor do que pagar por tantos crimes cometidos, essa era a visão de Dário.

A aeronave do exército brasileiro estava lá intacta. Caso os prisioneiros morressem era preciso dar um fim na aeronave, para não deixar vestígios algum desse povo rebelde. Talvez até atear fogo nela.

À princípio Dafne estava numa enrascada dos diabos! pois estava escondida juntamente com os pilotos na aeronave, e se Dário ao menos desconfiasse, ela seria novamente capturada e dessa vez seria em definitivo. A coisa toda ia ferver. O impasse era terrível, pois Dário queria todos como escravos.

Lá embaixo no enclausuramento coletivo, o grupo do Coronel pensavam em uma saída para a liberdade de todos. Pensaram em explodir as portas como o Coronel queria, no entanto, os negros acharam melhor não por que poderia desmoronar tudo. E com certeza também, os homens de Dário a essa hora estariam todos armados com armas pesadas lá fora à espera deles.

A saída então, era encontrar a passagem secreta e pegarem Dário de surpresa, mas tinham que levarem conta que era um contingente de mais duzentos homens e todos bem armados A coisa se encaminhava para uma guerra mesmo. O Coronel estava em desvantagem em números de combatentes e isso era sério.

Nesse momento, Kevin estava pensativo nas palavras de Dafne. Agora depois que as portas foram fechadas o sinal do celular sumira.e muito menos o transmissor da aeronave. E Kevin estava ainda tentando fazer um relação nas últimas palavras de Dafne. Ele chamou Álex e Jon e comentava:
— Olha... Dafne na sua última transmissão, falou no púlpito, numa caveira diferente e num tal de teatro! Não estou vendo alguma relação nisso! O que vocês acham?
— Parece coisa de um enigma, mas vamos continuar investigando que tenho certeza que vamos desvendar tudo isso! - esse era o otimismo de Álex.

O ambiente onde os escravos estavam era muito precário a começar pela iluminação, já que a luz do dia não mais entrava ali. Tinham pequenas luzes que mal iluminavam. O ambiente era horrendo, sombrio e tenebroso. Eles comiam muito mal, quando comiam relegados à boa vontade de Dário. Dormiam amontoados pelo chão. Havia uns colchonetes sujos que não dava para todos. Eles estavam feiosos, magricelas, maltrapilhos, seres que vegetavam, parecendo um grupo de zumbis abandonados à própria sorte. Parecia mais um campo de concentração dos tempos do nazismos, aqui era pior, pois.estavam sucumbidos dentro do chão, por que no tempo de Adolfo Hitler pelo menos eles viam a luz do sol. Os direitos humanos passaram longe daqui..

O grupo do Coronel que tencionava uma investida contra os homens de Dário, estava resumido: ao próprio Coronel Henrique, o Sargento Anderson, o Cabo Aleph, os rapazes Kevin, Álex, Jon o recém casado, seis soldados, Dafne e os dois pilotos que estavam na aeronave e os soldados que foram dominados. E agora tinha também os três negros que foram mandado auxiliar na averiguação que estavam trancafiados também na tumba tenebrosa de Dário Ronan que agora foram amarrados para não cometerem algum problema.

Kevin estava pensativo, tentando entender o que Dafne queria dizer com suas palavras. Por fim, se afastaram um pouco dos escravos e começaram a procura. Entraram numa grande sala cheia de coisas estranhas e muitos desenhos nas paredes, parecia coisa de psicopata mesmo, as pinturas e enfeites por todos os cantos era a cara de Ronan, nesses desenhos estava impresso, o que era a sua personalidade, Era uma decoração sombria, macabra e muito assustadora, principalmente num ambiente de pouca luz.

Finalmente, se depararam com uma parede esquisita cheia de desenhos de caveiras. Álex pegou uma pequena lanterna e começou a procura e por outro lado, os outros faziam a mesma coisa. Tinham que aproveitar enquanto havia as luzes das lanternas. O coronel com seus homens também procuravam. O ambiente além de escuro, era sombrio parecendo a tumba de uma terrível criatura. Nesse momento, Álex deu um grito chamando a todos, que correram e se achegaram a ele que falou:
— Prestem bem atenção nessa caveira, ela é diferente das outras. Um dos seus olhos é um pouco maior que as outras, acho que encontramos algo!
— Só mesmo você para encontrar uma coisa dessas! Álex tente algo! Aperte ela pra ver! - sugestionava Kevin.

Álex começou a pressionar em todos os lugares da caveira para ver o que acontecia e nada, mas quando apertou no meio do olho que era uma cavidade escura, essa parte da caveira aprofundou-se e uma parede começou.a se mover com barulhos mecânicos aparecendo uma entrada de uns oitenta centímetros de largura. Eles entraram por essa porta que se fechou automaticamente passados uns cinco minutos e chegaram a um corredor com uns dez metros de comprimento. Do lado esquerdo tinha uma porta mais larga com escritos acima em inglês ``THEATRE`` e do lado direito tinha outra porta menor, porém eles foram até o fim do corredor e chegaram a uma porta de ferro idêntica as da entrada e olharam por umas frestas e viram que essa saída ia dar na floresta dos lobos. Então, todo esse esquema era composto por muitas entradas e saídas e só Dário e o seu povo mais íntimo, eram quem sabiam desses enigmas. Assim eles voltaram, pois a porta de ferro não poderia ser aberta por causa dos lobos e foram ver a porta do teatro mencionado por Dafne.

O grupo entrou com lanternas nas mãos e ficaram estarrecidos com o que viram, um teatro de primeiro mundo com umas duzentas poltronas confortáveis eles foram em direção ao palco e perceberam que havia um grande vidro que separava os expectadores dos atores quando estavam em cena. Até esse momento eles não estavam entendendo muita coisa. O cabo Aleph achou um acendedor na parede, próximo ao palco e o acionou acendendo todas as luzes do teatro.. O espanto foi terrível, no palco atrás do grosso vidro, com certeza blindado, havia uma porção de esqueletos dando a entender que ali havia apresentações ao vivo de lobos devorando suas vítimas, no caso os escravos, esse espetáculo era prestigiado pelos negros quando queriam se divertir.

Nas poltronas muito confortáveis, além dos nomes dos expectadores, cujo nome de Dário Ronan era na primeira fila e no centro, tinham fones de ouvido, caso quisessem ouvir o escravo gritar de desespero no momento da morte e quem não tivesse coragem de ouvir o martírio, se contentava somente com as cenas de morte e a devora de escravos inocentes. Nas paredes próximo ao palco havia muitos cartazes exibindo os lobos vorazes devorando os escravos.

Era um anfiteatro dos horrores que o mundo jamais conheceria se não fosse Kevin e seus amigos. Nesse momento o Coronel Henrique falou:
— É revoltante um cenário desses! Se não fosse a coragem desses garotos, a humanidade jamais saberia de tamanha atrocidade. Devemos muito a vocês garotos!

Enquanto isso na aeronave, Dafne estava alerta a todo movimento, mas ela estava estranhando o silêncio por parte do grupo do Coronel e ela conversava com os pilotos:
— Acho que Dário trancafiou todo mundo e eles estão a procura de escapar dali, se for verdade estamos muito encrencados!
— Também acho! Isso aqui vai pegar fogo a partir de amanhã! - falava o piloto Albuquerque.
— Com certeza! Mas se o contingente de homens que o Coronel convocou vier, os dias de Dário Ronan estarão contados. Segundo ele, Os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, a Itália, a França, a Rússia e muitos outros. Estarão com todo os seus poderes bélicos aqui. O Coronel Henrique é muito bem relacionado com todos eles! A coisa aqui vai ferver!
— Tomara! Isso tem que ter um fim! É muita maldade com o ser humano. Outra coisa que eu queria falar com vocês: se por acaso Dário nos descobrir, vocês deem um jeito de se esconderem, senão será pior, quem irá pilotar essa máquina no caso de precisar dessa máquina? Kevin pilota, mas essa aeronave é outra conversa! É muito mais complicada!
— Pode até ser, mas aquele moleque é demais! Em poucos minutos que esteve conosco na cabine, já tinha aprendido muita coisa somente olhando! Aquele moleque vai dar muito trabalho! - Os pilotos davam muitas risadas.

O grupo do Coronel Henrique estava bisbilhotando tudo, após a averiguação no teatro. Eles entraram na outra sala e se depararam com uma outra realidade. Nessa sala era um tipo de laboratório e tinha uma porção de jaulas com muitos cachorros Pitbull e também uns lobos de pequeno porte. Esses animais eram usados nas experiências genéticas de Dário Ronan na produção de lobos enormes e vorazes que povoam a floresta da ilha.

O grupo subiu por uma escada e foi chegar na área do laboratório onde havia muitos microscópicos, pequenas geladeiras, muitas bancas, computadores, telões, enfim, um lugar muito bem montado para a execução das mais complexas experiências. Era um centro de pesquisa, tudo era muito oculto dando a entender que, o que ali era praticado era estritamente proibido pelos órgãos vinculados à ciência.

A noite chegou e com ela muitas incertezas pro dia seguinte. Dário Ronan estava pensativo em suas ações para o dia seguinte. Ele tinha três aviões, um foi levado por Kevin em sua fuga para o Brasil, o outro foi explodido caindo no mar e o outro restante seu piloto foi levar seu filho pra embarcar pra Europa pra sua faculdade. Quando ele estava equacionando esses prejuízos cujo mentor era o odiado Kevin, uma voz o chamava freneticamnte:
— Dario! Dário! Novidades! Abra porta logo!- era Catarina que gritava aflita.
— O que é menina?
— Tem gente dentro da aeronave! Vimos conversas e movimentos lá dentro!
— Tem certeza disso?
— Tenho!
— Quem será? Vamos lá ver!

Dário Ronan passou a mão numa pistola 45, chamou uns três negros armados com fuzis AR 15 e a passos largos, seguiram em direção a aeronave com uma lanterna na mão seguido por Catarina.
Dentro do avião Dafne comentava cochichando:
— Estou ouvindo vozes! Parece que estão vindo nessa direção. Se por acaso nos descobrirem. vocês se escondam que eu resolvo. Se vocês forem pegos, vai complicar nossas vidas. Quem irá pilotar essa nave? Né mesmo? E, guarde meu celular para entrar em contato com o grupo!
— Tem razão Dafne! - completou Albuquerque um dos pilotos
— Vamos fazer bastante silêncio! - falou o outro piloto de nome Sandoval.
O grupo de Ronan, seguido por Catarina e demais, se aproximavam da aeronave e chegando lá Dário começou chamar:
— Alô! Tem alguém aí? - E o silêncio se fazia total dentro da aeronave e ele continuava:
— Oi?! Tem alguém aí dentro? Se tiver, trate de sair senão vamos passar fogo na aeronave!
— Vou contar até cinco se não sair vamos abrir fogo contra ela!
— Vou contar! Um!... Dois! ...Três! ....Preparem as armas cambada! .... Quatro!...Nesse momento Dafne apareceu acenando pelo vidro lateral da aeronave.

De súbito, Ronan não reconheceu Dafne, Somente quando ela abriu a porta e desceu, foi reconhecida por Ronan:
— Dafne?! Que surpresa agradável! Como você teve a coragem de voltar a esse inferno,menina? É muito corajosa, garota! Mas, seja bem vinda! A filha pródiga à casa torna! Tem mais gente dentro dessa espelunca?
— Não! Tinha somente eu! Se quiser pode dar uma olhada!
— Não! Depois verei isso Vamos cambada! Hoje tirei a sorte grande! Se você tiver um celular trate de entregar. Vamos me entregue o celular!
— Eu não tenho celular nenhum - Reviste ela Catarina! - Catarina a revistou e disse:
— Ela está limpa!
— Então vamos!

E Dário Ronan saiu puxando a garota como se tivesse recuperado uma ave rara que acabara de fugir da gaiola, e que seria trancafiada novamente.

Catarina arrependeu-se por ter feito isso! Se soubesse que se tratava de Dafne, não teria falado nada. Catarina sempre idolatrou e amou Ronan desde que Dafne surgira, Ronan não a procurava mais! Ela e Ronan mantinham um chamego às escondidas! Certa vez Ronan prometera largar a esposa para viver com Catarina e juntos continuariam com esse império que já era sucesso! A esposa de Ronan não gostava desta ilha e não viria nunca morar aqui. Era onde Catarina entrava na jogada!

Catarina era uma morena muito bonita, mas agora com a Dafne na jogada ela seria recanteada novamente, pois Catarina conhecia muito bem o Dário e percebia essa queda por Dafne. Era um amor que sentia por Dafne muito forte, doentio que foi crescendo desde o dia que ele pôs os olhos nela. Quando Dafne fugiu ele ficou muito revoltado, mas superou com a presença de Catarina.A princípio, Dafne seria para seu filho como uma concubina, mas as coisas em seu coração mudaram. Agora ele a quer para si com todas as suas forças! E, segundo sua vontade, não vai ter quem impeça esse amor de se concretizar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ufa! Quantas revelações imprevisíveis! Um confronto entre as partes envolvidas será de estremecer igual um terremoto. Agora Dário está com a faca e o queijo. Segurem-se, pois vem chumbo grosso por aí! Valeu! Estamos juntos! Bjs xau!