Rachel tentou mover-se, mas seus braços e pernas permaneciam parados. Começou a sentir o pânico percorrer por suas veias. O que estava acontecendo? Por que não conseguia se mexer?

Então, sentiu um calor em sua mão, e percebeu que se tratava de uma outra mão. Tentou afastar-se, mas, como sempre, não conseguiu se mover. Sentia-se mais confusa do que poderia jamais imaginar. Apesar do impulso de se afastar, o calor era agradável, como se aquela mão lhe fosse conhecida.

— Você precisa acordar, Rachel — ela ouviu uma voz masculina murmurar.

“Não é possível” pensou, ao reconhecê-la.

Ela podia jurar que aquela era voz era de...

— Ei, cara, você precisa sair daí um pouco — ouviu outra voz masculina conhecida.

“Eu estou enlouquecendo” pensou, novamente.

Tentou mover-se ou, ao menos, abrir os olhos. Não conseguiu, é claro.

— Estou bem — mentiu o cara que segurava a sua mão.

— Desde que aquele acidente aconteceu, você não sai daqui nem um por instante.

Finalmente, Rachel ia entender o que estava acontecendo.

— Louis, — aquilo só foi a confirmação que ela precisava — você mal a conhece!

— É nossa culpa ela estar aqui — disse, defensivo.

— A culpa é de todos nós — ele suspirou, cansado.

Parecia que tinham tido aquela discussão diversas vezes.

Um acidente tinha acontecido? De carro, Rachel supôs. Só não conseguia entender como...

Então lembrou-se. Estava no carro, com sua família, viajando para Petrópolis, quando caiu no sono. Mas ela se lembraria de um golpe tão violento, não?

Pensando tanto nisso, ela conseguiu abrir os olhos, e ainda estava no carro.

Desejou não ter pensado tanto naquilo, muito menos conseguir abrir os olhos. Era um sonho digno de fanfic, ela tinha que confessar, mas era tão bom sonhar.