Caleanor, O Paladino escrita por O Paladino


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Garoto Lagartixa


Notas iniciais do capítulo

Devo agradecer primeiramente a minhas amigas Lety e Kathe como sempre, ja vão se acostumando, pois elas me dão uma força muito grande.
Desta vez também agradeço a meu amigo Felipe, ele me ajudou com algumas dicas importantes, e a me lembrar que é lagartixa e não largatixa(apesar de nós dois concordamos que o melhor seria Largatixa)
E por ultimo mas não menos importante, a musica, que sempre me ajuda a dispertar minha criatividade



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Dou um ultimo gole na cerveja.
Coloco o copo em cima da mesa suavemente, ainda olhando para o garoto, já conversei tanto com ele que nem percebi que era igual a um crocodilo, agora que olhei bem chego a me assustar por alguns segundos, depois volto ao normal. De fato é peculiar, mas não que eu já não tenha visto, teve uma vez que eu fui junto com uns amigos a uma terra pouco explorada por nos de Arton, mas muito conhecida por um povo chamado Moreau, e a terra se chamava Moreania, não é muito original o seu nome. É uma bela terra, lindas cachoeiras, cheia de florestas e suas belas montanhas. Mas, o mais interessante dela era o seu povo, todos eram animais, quer dizer não em sua forma original, eram animais com corpos de humanos, mas conforme suas descendências animalescas. Por exemplo, um Moreau do Búfalo, tem chifres, é grande e robusto, muitas das vezes até mesmo a cara de Búfalo tem, mas varia de pessoa a pessoa. São Doze Animais, os Doze Animas míticos, estes são : o Urso, a Serpente, o Coelho, o Búfalo, o Crocodilo, o Leão, o Gato, a Hiena, a Raposa, o Morcego, a Coruja e o Lobo. A historia de sua origem é muito triste mais o desfecho belíssimo, pena que não a lembro agora de cor.

Bom chega de pensamentos avoados, já me cansei de conversar com esse filhote de lagartixa.
—Passar bem garoto.
Digo arrumando as minhas coisas e me levantando, coloco meu bandolim em minhas costas e vou em direção a porta, o garoto não falou nada.

Muitas horas depois.
Já andei o suficiente por hoje, estou cansado de ir de taverna em taverna tocar minhas velhas canções para receber essa merreca, e se não bastasse tive que ouvir uma senhora falando que música não da certo aqui, aqui é uma cidade apenas para venda, ela acha que estou fazendo o que? Tocando de graça? Estou vendendo arte para esse povo sem cultura, que mesmo já sendo meia noite continuam vendendo, eles não cessam.

Vou olhando de lugar em lugar, procurando uma taverna para passar a noite, não sei por que vim me meter em uma cidade que flutua, sinceramente. Vou passando em pequenos becos apertados, grandes praças, prédios feios, prédios exuberantes, até que começo a ter uma sensação estranha, uma que não sinto há muito tempo, mas que me é familiar, acho que estou sendo seguido.

Apresso meu passo e começo a fazer caminhos sem sentidos, dobrando mais e mais esquinas, seja lá quem for não vai parar de me seguir tão cedo. Continuo com essa minha estratégia, até que depois de tantas voltas, a situação se inverte, agora eu estou seguindo o meu perseguidor. Ele tem o tamanho médio, meio franzino, não parece ser um Homem, muito menos Anão, nem Orc e nem Meio-Orc, também não se parece um Elfo, com toda certeza não é um Qareen, não é um Minauro, nem mesmo um da Tribo Trovão. Quem é esse filho de Valkaria. Ah não....ah não... não pode ser... meu Santo Nimb!. Role de novo esse dado por favor, esse garoto de novo não. Ele não me deixa em paz.

Bom já que não me deixa descansar um pouco, não vejo problema em pregar uma peça nele. Pego meu bandolim e vou seguindo-o.


Depois de uma longa e incessante caminhada, ele decidiu parar, após finalmente ter aceitado que meu perdeu de vista, e não havia lugar melhor para parar além de uma praça vazia. Estou escondido em um beco escuro, e em mãos meu bandolim, começo a tocar uma musica lenta, que aos poucos começa a aumentar e ser escutada por toda praça. Ele se vira assustado, procurando a origem da música, pobre garoto já percebeu que se meteu em uma enrascada.


Dou um sorriso bobo, e começo a andar por entre becos mantendo a música, ele está quieto e parece que puxou a espada, há há há isso é patético. Vou mantendo o ritmo suave e tranquilo, bem lento, até que finalmente resolvo aparecer na frente dele, devo estar a uns 10 metros de distância. Estou de cabeça baixa, com meu chapéu tampando o rosto, continuo a música.


—Ah, é só um bardo querendo uns trocados, cheguei a me preocupar.
Ele diz, jogando uma moeda no chão.


Como ele consegue ser tão irritante? E tão esnobe? Bom eu não ia fazer nada, mas agora que ele insultou a mim e a todos os bardos do mundo, terei que lhe dar uma lição.


—Que meus poderes antigos, venham até mim, para esse garoto, eu poder dar um fim.


Digo isso tocando ainda a mesma música, fazendo alguns solos nas casas mais agudas, e as cordas começam a vibrar mais intensamente, começam a soltar um brilho forte, até que três esferas magicas saem de meu bandolim, dançando no ar em direção ao garoto, que de por falta de pensamento decidiu ficar parado, por sorte eu errei ele e acertei duas no chão e uma na janela de uma casa.


—Você está louco garoto? Porque não decidiu desviar?
Digo irritado, ainda com a cabeça baixa.
—Eu sabia que o senhor não teria como me acertar.
Diz ele com uma cara de espanto e tremendo.


Cheguei ao limite, ele me irritou o suficiente.
—Já que queres esnobar, a mim enfrentara, e ao pó farei com que voltará.


Digo isso, acelerando a música, fazendo um som mais pesado, porém harmonioso, e meu bandolim começa a esquentar, e de dentro dele sai uma bola de fogo voando em uma velocidade absurda, sem chance de escapar, acertando ele em cheio. Ele deve ter voado uns 3 metros para trás, caiu inconsciente, ótimo mais trabalho para mim.


Caminho em direção a ele tranquilamente, pego um kit médico que tenho com algumas ervas, e preparo uma pomada para esse tipo de ferimento. Passo em sua barriga, sentindo um cheiro de escamas queimadas, estava cheio de sangue, faço uma atadura e o levo comigo até uma taverna.

Usei a desculpa que ele estava em coma alcoólico depois de ter bebido tanto, e consegui fazer duas reservas. Coloquei-o na cama, de seu respectivo quarto, o qual é muito sujo, diga-se de passagem, guardei suas coisas de baixo da cama, afinal se alguém entrar não as pegara tão fácil, e caminhei em direção ao meu, fechando a porta suavemente para não acordar a bela adormecida. Jogo minhas coisas ao lado da minha cama, ponho uma adaga de baixo do travesseiro e me preparo para dormir.


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Notas finais do capítulo

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