Caleanor, O Paladino escrita por O Paladino


Capítulo 3
Capitulo 3 - O Terceiro (Parte 1/3)


Notas iniciais do capítulo

Bom aqueles agradecimentos de leve.
Primeiro, a Lety que estava me ajudando muito, ela está tendo o difícil trabalho de ler minhas fics antes de posta-las, ou seja, com erros grotescos.
Segundo a Kathe, que tem que ter uma paciencia enorme, por ter que aguentar meus pitis e ler a minha, sem dizer que eu praticamente obrigo ela comentar criticando minhas fics
Terceiro, a Thains e ao Gustavo por me ajudarem com pequenas coisas, mas muito importantes para mim.
É isso, muito obrigado a vocês também que estão lendo essa fic, só continuo ela por causa de vocês.



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Me preparo para dormir.

Acordo no dia seguinte, por volta das cinco horas da manhã. Arrumo minhas coisas, vou checando item por item para ver se nada foi roubado, termino de me aprontar, saio de meu quarto em direção ao do garoto. Abro a porta e vejo que ainda está dormindo, a pancada não pode ter sido tão forte, mas por garantia vamos forçar ele a acordar. Abro meu kit novamente, pego um almofariz de cerâmica, e algumas folhas, umas verdes, outras laranjas, algumas até mesmo secas e pretas. Com o pistilo, vou amassando-as, até virar pó. Em seguida coloco uma pasta verde com um cheiro muito ruim, fecho a porta e as janelas. Pego uma espécie de fogão, e coloco o almofariz em cima, e acendo o fogo. Vou misturando aquela pasta com o pó, até virar liquido, apago o fogo e tiro a solução de cima do fogão. Coloco o liquido ainda quente, dentro de uma cuia, pego uma espécie de pavio e coloco no centro.

Depois de uns 10 minutos, a solução está fria e sólida como cera, acendo o pavio e coloco no criado mudo ao lado da cama, mantenho a janela fechada e quando saio fecho a porta. Ponho minha mochila nas costas, pego meu bandolim e vou descendo a escadas. Chego la embaixo, vou até o barman, também responsável pela hospedagem.

—Hey amigo, me vê um copo da bebida mais forte por favor...... Ah e peça para que não incomodem meu amigo, ele tem o sono pesado e se o acordar, ele vira um crocodilo.
Eu e ele damos risada.

Ele começa a misturar várias bebidas, até que me entrega um copo com um liquido que brilhava e mudava de cor. Pego, levo até o nariz e dou uma cheirada.

—Não tem nada aqui que vá me transformar em algum animal né? Nem esquilo, nem nada né?
Falo ainda cheirando a bebida.

—Não Senhor, pode beber que lhe asseguro que não acontecera nada.
Fala ele com um sorriso no rosto.

—Já que não me fará nada, o senhor não se importaria de beber comigo certo ?
Digo colocando o copo na mesa empurrando para ele.

—Não sou muito de beber, mas como o senhor pediu com educação irei aceitar.
Ele começa a preparar uma para ele.

—Não não precisa, beba de meu copo mesmo.                              
Falo interrompendo ele, segurando pelo braço.

—Já que insiste, não vejo porque não aceitar.
Ele pega o meu copo e vira de uma vez.

—Obrigado, outro por favor.
Falo olhando para a bunda da garçonete que passou por mim, ah... o que eu não faria para poder vê-la mais de perto.

Meus pensamentos são interrompidos com o Barman batendo o copo com força na mesa. Me viro e pego a bebida, falando um breve obrigado e volto a procurar a encantadora moça, mas já a perdi de vista.

Bebo em um gole só, boto a bebida em cima da mesa e pago. Fico parado um tempo, sem fazer nada só observando o pessoal. Quando percebo que um grandalhão levantou bruscamente e está gritando muito alto. Olho para a mesa e percebo algumas cartas e muito dinheiro encima dela, dou um sorriso. Vou olhando para os restante em volta da mesa, analisando eles, quando do nada o maior, que havia levantado, deu um murro em um pequeno Halfling, que estava do outro lado da mesa.

—Está é minha deixa.
Falo já pegando meu bandolim e correndo em direção a uma mesa próxima da deles.

Pulo em cima dela, chutando oque tinha em cima e começo a tocar uma música revigorante e animada.

Ohhhhh o grandão levantou e o Halfing se espantou
E lhe deu um murro na cara, o pequeno voou.
O amigo do lado, se revoltou.
Saiu e voltou com mais três
Enquanto o grandão  já nocauteou seis
Os três Novatos correu em sua direção


O pegando pelas costas na maior covardia
Olharam pro bardo, que em uma evasiva
Pulou para a outra mesa, derrubando as bebidas


Agora ferrou, todo mundo ta brigando
Essa é a deixa para eu sair vazando
E de mesa em mesa ele vai pulando
Parece um ladino, parece um menino
Más é um velhote, meio maltrapilho


E chegando na porta ele se vira
E terminando essa música ele avistou
O barman correndo com uma cadeira
O grandalhão, apenas o socou
E olhando para o chão o bardo reparou que....
O grandão já botou todos no chão
HEY!!”

Saio correndo segurando meu chapéu, enquanto ainda escuto alguns gritos de dor.

Desta vez não tem ninguém me seguindo, mas acho melhor continuar correndo, pois aquele cara grande está muito empolgado. Saio correndo por muitas praças, dobrando esquinas, batendo carteiras, derrubando crianças até que finalmente me canso.

—Ufa, cansei. Faz tempo que não corro assim.
Penso alto, enquanto estou encostado em uma porta fechada de uma viela, contando todo o dinheiro que consegui.

Vou jogando algumas carteiras fora, depois de depena-las por completo. Vou vendo em meus bolsos quantas moedas consegui, não consegui pegar todas as moedas da mesa, mas peguei uma quantia significável. Ao todo acho que deu umas...2.000 peças de ouro, isso sim que é lucro, tão cedo não tiro uma sorte tão grande, muito obrigado meu Santo Nimbinho, está aqui o que lhe pertence. Pego três moedas, beijo uma por uma e as jogo bem longe, agora elas estão ao acaso.

Guardo o restante em uma bolsa, termino de ver se não faltou nenhuma, percebo que não. Abro a mochila, boto a bolsa de moedas lá dentro, quando me lembro que deixei o garoto com o grandão, agora ele está em uma enrascada. Chego a pensar em voltar, mas lembro que ele não é responsabilidade minha e ignoro, e volto a arrumar minhas coisas.

Quando termino de me aprontar, decido ir para...ir para...Qualquer lugar, não importa apenas vou, desencosto da porta, quando sinto ela abrir e uma mão bem grande me puxando. É agora que vou morrer, foi bom enquanto durou. No momento em que entro no lugar, colocam um capuz na minha cabeça, a única coisa que vi foi um nome escrito na porta “O Terceiro”.


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Notas finais do capítulo

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