Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii!
Obrigada pelos comentários: Leth Di Angelo, Aluada, Ever, Miss Sweet, Daphne Di Angelo, Ariel Styles e Autora Defunta!
Leiam as notas finas!!!



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—E aí? -Thalia aparece ao meu lado me assustando.

—Por favor, não faça isso! -Peço.

Eu estava passando pelo estacionamento. Minha mãe insistira em me trazer para a escola e eu odiara a ideia.

No dia em que meus pais chegaram eu não ligara pra ela, mas no domingo liguei e não conseguir falar com Thalia, sempre dava casta postal.

—Vi sua ligação quando coloquei meu celular pra carregar no domingo, mas não liguei por que já estava tarde! -Ela diz e eu assinto. - O que queria falar?

—adivinha! - Digo olhando para ela.

—O quê? -Ela pergunta parecendo curiosa.

—Minha mãe me proibiu de te ver e de falar com você! -Digo

—E você vai obedecê-la?  - Thalia me pergunta. Eu faço que não com a cabeça. Ela sorri e me dá um soquinho no ombro. -Rebelde você hein, Nico Di Angelo!

Ri junto com ela.

Nos dois entramos na escola, passamos pelos corredores indo em direção ao meu armário.

—Você descobriu por que Bianca Viajou? -Thalia pergunta ao meu lado.

Digo o motivo de toda aquela confusão na minha casa. Ou pelo menos, digo o que Eu entendi e o que Hazel me contou.

—Casaram?

—É! Meu pai aceitou normalmente, mas minha mãe não aceitou – suspiro. - agora Bianca foi morar com Luke por causa de Maria!

—Poxa sua mãe bem que podia ser mais compreensiva! - Thalia diz.

—É.

Chegamos ao meu armário e enquanto eu guardo minhas coisas Thalia encosta no armário ao lado. Pego o Livro de geografia e o coloco dentro da mochila. Thalia senta no chão em frente ao armário que antes estava encostada. E eu me sento ao seu lado.

 – Ah, - Ela segura meu braço. - eu tenho um lugar pra te levar hoje!
Olho para ela.

—Esqueceu que eu não posso te ver?! - Digo.

—Droga! - Ela diz. Thalia parece frustrada. Fica com a cara emburrada por um tempo até que diz: -Já sei!

—O quê?

—Você pode sair pela janela, como o Frank!

Thalia abre um sorriso enorme e eu não gosto nem um pouco da ideia.

 

***

Bati a porta do quarto de Hazel.

Eram 21h30min, meus pais estavam brigando lá em baixo tendo uma discussão, coisa que eu nunca via, e essa era a chance perfeita para eu sair escondido pela janela.

Mas se eu saísse pela minha janela quebraria todos os meus ossos então por que não sair pela janela da Hazel, que eu saiba Frank está muito bem!
Hazel abre a porta do quarto com a maior cara de sono.

—Pode usar minha janela! - Ela diz piscando os olhos.

—Como…

—Deixa de coisa e entra logo que eu estava quase dormindo! - Ela diz baixinho.

Assim que entro no quarto de Hazel vou direto opara a janela que Frank havia pulado. Abro a cortina e logo em seguida a janela.

Uma corrente de ar gelada entra no quarto. Eu coloco a cabeça para fora do quarto e calculo os lugares corretos em que terei de me apoiar para não fraturar nenhum osso.

Felizmente quando desço não quebro nenhum osso apenas arranho as mão e por pouco não torço o pé. Antes de fechar a janela Hazel me deseja boa sorte, eu agradeço e vou embora.

Ando um pouco até ver o carro de Thalia na esquina da rua. Vejo a sua silhueta encostada no carro. Ela segura algo que sai fumaça. Assim que vira a cabeça para o lado e me vê joga o que segurava no chão, pisa em cima, depois tira algo do bolço e coloca na boca.

Thalia espera que eu chegue perto do carro para dizer:

—Achei que não viria!

—Demorei muito? - Pergunto ficando frente a frente com ela.

—exagero meu. - Thalia diz e sorri. - Vamos logo não quero que feche antes de chegarmos!

Eu assinto ao sentir o forte cheiro de nicotina. Thalia vai para o lado do motorista e eu entro no lado do passageiro.

—Seus pais te vira? - Ela pergunta ao sairmos dali.

—Não. - Digo ao colocar o sinto de segurança. - Eles estavam ocupados demais tendo uma discussão para prestarem atenção e mim.

—Você saiu pela porta da frente? - Ela pergunta sem me olhar.

—Não, não pela janela de Hazel. - Respondo. - Se eu saísse pela porta da frente mamãe me encheria de perguntas e meu pai diria para ela me deixar ir, eles descordariam um do outro, brigariam ainda mais e eu não sairia de casa!

—Mas que coisa fofa!- É tudo que Thalia diz.

—O quê?

—Você ainda chama sua mãe de Mamãe.

 Fiquei envergonhado. Sou um adolescente de dezessete anos que ainda chama a mãe de mamãe.

—Você ainda reparou nisso?! - Pergunto.

—Não reparei então! - Ela diz, me olha sorri e volta para o trânsito. -E pode ir tirando isso dai!

—O quê?- Pergunto, confuso.

—Esse sinto de segurança aí, ninguém usa sinto de segurança no meu carro. - Ela diz. - Pode ir Tirando!

—Mas que não quero morrer! - Falo para ela.

 Thalia me encarra enquanto pisa cada vez mais fundo no acelerador sem olhar para o trânsito.

—Thalia, por favor… - peço e ela apenas semicerra os olhos.

 Em desespero faço o que ela quer. Tiro o sinto de segurança, ela finalmente olha para a pista e meu desespero passa.

—Obrigada! - Ela diz parando em um sinal de trânsito quase parando em cima a faixa de pedestre.

—Você é louca!

Ela assente com a cabeça e me olha sorrindo.

 

***

 

Saímos do carro. Nos dois estamos em uma rua escura iluminada apenas por postes de luz fracos. Ela segura meu braço e me guia pela rua deserta.

—Você tem certeza de que estamos no lugar certo? - Lhe pergunto tentando ver algo no total no escuro.

—Tenho! - Ela diz. - Um… dois… aqui!

Paramos enfrente a uma porta. Olho para Thalia meio confuso. Ela me fez sair pela janela só para irmos para uma rua escura e vermos uma porta de madeira?

Ela abre a porta e uma luz branca ofusca minha vista. Havia uma escada estreita que descia. Nós dois desceríamos para um porão?

 – Vem – ela pega minha mão e me puxa para dentro.

Thalia foi a minha frente e eu a segui. A porta se fecha atrás de nós. Vejo o fim da escada e escuto vozes misturadas.

Quando terminamos de descer as escadas vejo algumas pessoas em uma sala, que era maior do que eu imaginava, cheia de quadros. As pessoas que estavam ali andavam preguiçosamente, paravam enfrente a um quadro, o observava por um tempo e depois iam para outro.

—Uma exposição de quadros em um porão? Criativo! - Digo.

 

 –Legal né! - Ela fala entusiasmada. - Vem temos que achar o Steven!
Thalia segura meu braço novamente e saímos andando a procura do tal Stevn.

—Quem é Steven? - Pergunto, um pouco curioso.

—Um amigo pintor que conheci no park. Eu estava desenhando, deu uma opinião, eu gostei e agora somos amigos. - Ela explica olhando ao redor.

—Você faz amizades assim? - Pergunto.

—Sim. Você não? - Questiona ela.

—Rá!

—Me desculpe esqueci que você não tem muitos amigos e é meio antissocial!- ela se desculpa. -Ah, olha ele ali.

Thalia me leva até um pequeno grupo de pessoas. Ela toca o ombro de um dos homens que está de costas para nós.

Ele se vira sorrindo.

— Tha… -Ele paralisa, sua boca fica entre aberta e seus olhos um pouco arregalados. Ele aponta para mim. - É ele?

—É! - Thalia faz que sim com a cabeça e abre um sorriso. Eu como sempre não entendo nada.

O Tal Steven segura meu rosto com as duas mão. Passa a ponta de seus dedos por todo o meu rosto. Ele parecia uma criança numa loja de doces. Eu estava achando tudo aquilo muito estranho e queria afastar suas mãos, mas antes que eu o faça ele percebe meu incomodo e retira suas mãos do meu rosto.

—Nossa. - Ele diz, olhando para meu rosto embasbacado. - A primeira vez que fico sem palavras. - Steven faz uma pausa parecendo pensar em mil coisas ao mesmo tempo. - Thalia, você fez o que eu pedi?
—ah. Claro! -Thalia tira uma folha de papel ofício dobrado do bolso do jeans e entrega ao seu amigo.
Ele abre a folha de papel, a observa sorrindo e o posiciona ao lado do meu rosto.
—É perfeito! - Ele diz oscilando o olhar entre mim e a folha. -Vejam isso! - Ele chama os amigos que antes conversava.
Eles se aproximam. Dois homens e uma mulher com os cabelos tingidos de vermelho. Eles olham para o papel e depois para mim. Vejo sorrisos no canto de sues lábios.
— Posso saber o que está acontecendo? - Pergunto. Mas sou ignorado e eles começam a falar coisas estranhas.
— É uma obra de artes viva! - Steven diz e se volta para Thalia. - Você já disse isso para ele?
—Acho que ele deve saber, mas se esconde em baixo de um capuz e  gorro! - Thalia o responde me olhando.
— você tem certeza de que ele sai de dentro de alguém? - A mulher do cabelo tingido de vermelho pergunta a Thalia.
—Só acreditei ao ver os pais dele! - Thalia a responde.
— Thalia, - Steven diz e Thalia olha para ele. - Você pode me acompanhar?
Thalia faz que sim com a cabeça e o acompanha. Os amigos dele continuam a fazer perguntas estranhas, mas nenhum delas realmente direcionadas a mim.
Eu olho para onde Thalia e Steven estão. Thalia está com a cabeça baixa e apenas assenti ao que Steven diz. Ela parecia levar uma bronca.
Quando eles voltam Steven diz:
— Acho que já podem parar de encher o saco de nosso belo jovem! - Ele diz e se volta para Thalia. - Lembre-se do que eu disse e o guarde em um armário para mim!
— Não prometerei nada! - Ela diz e sorri com certa tristeza. Não entendo o porquê.
Eles se despedem  e se vão nos deixando sós. Olho para ela que parecia pensar em algo e tinha o olhar triste.
— O que foi Thalia? - Lhe pergunto.
Ela piscou os olhos, me olha e sorri se mostrar os dentes.
— Nada. - Ela diz e faz um gesto com a cabeça para que eu a acompanhe. - Vem, vou te mostrar os meus quadros favoritos!
Você tem certeza de que não foi nada?
Ela parece cismada com algo. Talvez as palavras de seu amigo tenha lhe causado algum efeito e a deixado triste. Mas por quê?

—Já disse que estou bem! - Seu sorriso me convence Ela segura meu braço e o passa por seu ombro e saímos andando pela exposição.

Thalia me mostra todos os seus quadros favoritos e todos eles eu entendo a mensagem que o artista que passar, mas o último quadro que ela me mostra não entendo nada.

Ele é confuso e eu realmente não conseguia entender o que ele quis dizer ao contrário de Thalia que parecer entendê-lo muito bem sem que ninguém a explico o que ele significa.

—Não entendi esse! - Digo. - Pode me explicar?

Ela faz que sim com a cabeça.

—Ele quis dizer que mesmo que queiramos algo o destino muda tudo não importa o dia ou a hora tudo muda de repente. Ele quis dizer também que o futuro é inserto para mim, para você… para nós.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Cometem!
E talvez semana que vem eu não poste pois as leitoras de I Got My Angel Now devem estar umas feras comigo porque faz quase um mês que não atualizo então não tem capítulo em Uma noite e tudo Muda domingo que vem!
Ok, Beijos!



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