Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hi,
Desculpa a demora, eu iria postar semana passada quando só faltavam alguns detalhes para o capítulo ficar pronto, mas eu tive que sair com meus pais e não postei nos dias da semana por que meus pais me tratam como criancinha e só me deixam entrar no final de semana!
Obrigada pelo comentário Aluada!
Boa leitura!



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Ajeitei a postura, levantei um pouco o cotovelo, soltei o ar e disparo a flecha. Mas acertei o centro do nosso alvo improvisado, que era um alvo de dardos que havíamos achado no porão dele.

—Não quer tentar? -Pergunto para Nico que estava em um dos sofás lendo um livro que eu não estava nem um pouco interessada em saber o nome enquanto eu praticava já que não tínhamos nada para fazer.

—Você sabe que se eu destruir a parede Bianca me mata, né? - Nico tira os olhos do livro para me responder. - Você não precisa de um novo alvo?

—Tipo o quê? - pergunto olhando o alvo de dardos repleto de flechas.

—Qualquer coisa -ele diz e eu já abro a boca pra sugerir algo quando ele me interrompe. -Menos aquele quadro da minha mãe!

—Mas… Ele é perfeito! É horroroso e ninguém usa. Ele só fica ocupando espaço no porão! - Eu disse.

—Escolha outra coisa sua imaginação é bem fértil! - Ele diz e volta ao livro.

Ele tem razão, minha imaginação é bem fértil e eu posso pensar em qualquer outra coisa. Coloquei o arco em um canto e sentei ao lado de Nico. Ele nem presta atenção em mim.

—Que tal você? Com uma mini maçã em cima da cabeça! -Pergunto sorrindo.

Nico tira os olhos do livro e me olha com os olhos arregalados, como se eu fosse louca.

—Não!- Ele diz e volta ao livro. -Você é louca!

Tenho uma ideia. Posso praticar com o arco outro dia. Eu fecho o livro que estava nas mãos de Nico e o jogo em um canto.

—Louquinha! -Digo indo pra cima dele o fazendo deitar no sofá.

Nico olha em meus olhos, eu mordo o lábio inferior e arqueio a sobrancelha. Ele segura meu pescoço e roça seus lábios nos meus. Nico nos troca, sabendo muito bem minhas intenções, e me beija. Eu coloco minha mão dentro da sua camiseta e arranho suas costas, Nico estremece e aperta minha cintura.

Ele desce, beija meu pescoço e diz:

—Hazel está em casa! - e volta a beijar meu pescoço.

—Qualquer coisa -Paro de falar para morder meu lábio inferior quando ele morde meu pescoço. -a gente continua a se pegar na frente dela!

Ele riu contra meu pescoço, Eu o puxo para cima e volto a beijá-lo. Eu desço a mão que antes estava em seu pescoço até a mão dele que estava em minha cintura e a coloco em cima da minha barriga a direcionando para baixo.

Nico entende o que eu queria que ele fizesse. Enquanto me beija ele desce a mão, ele a coloca dentro do meu short, sinto a ponta de seus dedos na minha calcinha e ouvimos um pigarreio.

Paralisamos. Droga! Penso com os olhos fechados. Nico tira a mão de dentro do meu short e sai de cima de mim. Ao sentarmos no sofá damos de cara com um homem e uma mulher.

Ajeito minha camiseta. Nico estava com os olhos arregalados. A mulher me olhava de cara feia já o homem tinha um sorriso bem discreto no canto da boca e oscilava o olhar entre mim e Nico. Nico estava vermelho e, realmente, eu não sei por quê. Ele se levanta.

—Pai, mãe! - Nico diz. Ai eu vi motivo pra ficar vermelha.

Olho bem para eles enquanto se cumprimentam. Nico tinhas os cabelos lisos da mãe, mas a cor era igual ao dos cabelos do seu pai assim como os olhos, boca, o sorriso de lado que quase não dá para ver e o rosto inexpressivo. Na verdade Nico era meio que a versão mais nova de seu pai.

—O que essa meretriz está fazendo aqui? - A mãe dele me olha com desprezo.

—Maria! -O pai de Nico a repreende.

—Estou tomando conta dos seus filhos! - Digo, antes que Nico abra a boca. Não era exatamente dos dois filhos dela, mas tudo bem! - E sinto lhe informar, mas eu não sou uma prostituta!

—Onde está Bianca, Nico? -Maria pergunta para ele.

—Viajou! - Lhe respondo. - Não disse pra onde iria. Deve ter ido experimentar novas sensações!

Ela me olha e semicerrou os olhos me encarando e eu apenas a encarei de volta. Eu até ficaria na minha porque a casa é dela e tudo mais, porém ela me chamou de prostituta, aí já é demais.

—De quem é esse arco e essas flechas? -Ela pergunta olhando ao redor.

—Pertencem a mim!  - Eu Respondo.

—E porque não está no quarto de hóspedes junto com suas coisas? - Ela se  direciona a mim.

—Eu achei o quarto do Nico muito pequeno para praticar por isso viemos pra aqui pra baixo. - Eu a Respondo.

—Você está dormindo no quarto do meu filho? - Ela perguntou, parecendo meio surpresa.

Eu fiz que sim com a cabeça.

—Sim, a gente dormiu agarrado e tudo! -Menti.

Maria me olha com pura fúria nos olhos e eu faço que não estou nem aí com a maior cara de sonsa do mundo. Eu não fui com a cara dela e deu pra perceber que ela também não fora muito com minha cara então foda-se não tinha motivo pra fingir que gostei dela e fazer a falsa sendo simpática.

—Nico, onde está Hazel? - O pai dele o pergunta, tentando aliviar a tensão entre nós duas.

—Está lá em cima! -Nico o responde. - Quer que eu vá chamá-la?

—Sim, - O pai dele diz e me olha ao dizer: -Por favor!

Nico me olha e faz um gesto pra que eu o acompanhasse.

—Vem Thalia!

Eu o sigo, subimos as escadas, lado a lado e assim que saímos da vista de seus pais Nico perguntou baixinho:

—Precisava respondê-la daquela forma? - Diz, me olhando.

—Nico, ela me chamou de prostituta! - Me justifico.

—Você poderia ser mais cordial! - Diz. - Toda mãe tem ciúmes dos seus filhos!

Bufei.

—Isso não justifica me chamar de prostituta! - Cruzei os braços e olhei para o chão com a cara emburrada.

—Então porque se ofendeu? - Ele pergunta.

—Por que eu me ofendo facilmente, Nico, odeio quando falam mal de mim! -Eu disse, com a voz alterada.

Nico passa o braço pelos meus ombros e me puxa um pouco pra perto.

—Apenas deixe pra lá. Ok?

—Ok!

Damos mais alguns passos e paramos em frente a uma porta. Nico a abre e damos de cara com Hazel e Frank na maior pegação.

—A vingança é doce não é mesmo Hazel… - Olhei para Nico tentando lembrar o segundo nome dela.

—Levesque. - Nico diz.

—Hazel Levesque! - Eu digo.

Hazel sai de cima de Frank que estava sem camisa e corado.

—O que estão fazendo aqui? - Hazel nos perguntou ajeitando a alça do vestido.

—Viemos nos vingar! - Eu disse.

—Não viemos nos vingar! - Nico diz. - E a mamãe e  papai voltaram e estão lá em baixo.

—Voltaram? - Hazel perguntou com os olhos dourados arregalados.

Frank pega a camisa do chão e a veste.

—Acho melhor eu ir! - Frank diz olhando para Hazel ainda vermelho.

—Acho melhor você sair pela janela, a mãe deles está uma fera e só falou pegar faca e tirar minhas entranhas. - Eu os avisei.

—Obrigada por nos ajudar! - Hazel agradece indo para uma das janelas e abrindo a mesma.

—Por que eu estou fazendo isso mesmo? -Pergunto pra mim mesma em voz alta.

—Sei lá! - Nico me responde.

—Vão na frente eu já os alcanço! - Hazel diz para nós dois.

Assentimos, saímos do quarto de Hazel e fechamos a porta.

—Sabe de uma coisa?- Pergunto a Nico.

—O quê? - Ele pergunta.

—Odeio sua família, menos Bianca, Claro! - digo.

—Por quê? Por que esse ódio repentino? -Nico pergunta. - Quer dizer não tem razão para odiá-los.

—Tá aí, eles sempre nos atrapalham. - Digo. - Primeiro Hazel, depois ela de novo e agora seus pais!

—Agora entendo por quê! - Ele diz e rapidamente, com um gesto que me surpreende, ele me encosta na parede. - Da próxima vez poderíamos agir mais e falar menos.

—Poderíamos entrar em um dos quartos! - sugiro.

—Faríamos barulho demais não? -Ele me pergunta.

—Você nunca ouviu falar em sexo silencioso? -Lhe pergunto.

—Desculpa, queridinhos, mas se não teve pra mim não vai ter pra vocês! - Hazel diz ao passar por nós

Nico se afasta de mim e nós dois a seguimos. Eu puxo o ar pelas narinas e logo depois solto fingindo esmagar a cabeça de Hazel entre as mão.

Ao chegarmos lá em baixo Hazel fala com os pais e eu e Nico ficamos lado a lado no sofá enquanto eu tirava as flechas, que estavam cravadas no alvo de dardos, e Nico as segurava.

—Eu acho que… - ele começa a sussurrar para mim, mas é interrompido quando a porta de entrada se abre e duas pessoas entram se agarrando.

Percebo que essas duas pessoas são Luke e Bianca. Eles só faltavam tirar as roupas ali na nossa frente. Luke, que até então tinha as mão na cintura de Bianca, desce um pouco mais as mão.

—Já chega! - A mãe de Nico ordena os interrompendo. Bianca larga Luke e se vira para nós corada de vergonha. -Não quero ter que ver outro dos meus filhos se agarrando na minha frente!

—Aposto que não iria quer ver um terceiro! - Pensei alto demais.

—O quê? - Ela se volta para mim com o cenho franzido.

—Ah, nada não! - Eu digo. Tudo bem que eu estava nutrindo um ódio por Hazel, porém isso não quer dizer eu vá dedurar a garota para a mãe dela.

Hazel me olha aliviada  e Maria se volta furiosa para Bianca.

—Por que deixou seus dois irmãos mais novos com essa estranha menor de idade?

—Mãe, Thalia não é nenhuma estranha, Nico a conhece e ela não está tomando conta deles está apenas fazendo companhia para eles! - Bianca nos defende. Agora vocês sabem por que eu não a odeio?

—E onde você estava para abandoná-los assim? - Maria pergunta para Bianca.

—Eu tive que fazer uma viajem de última hora!- Bianca explica.

—Com esse daí? -A mãe deles pergunta apontando para Luke.

Bianca deu uma resposta em Italiano que pareceu ser bem grosseira e a partir daí elas começaram a dialogar em italiano e eu estava tipo: What’s Bitch?

Quando o diálogo passivo começou a aparecer uma discussão eu sussurro para Nico:

—Acho melhor eu ir embora!

—Vamos pegar suas coisas lá em cima. - ele diz com o rosto bem próximo ao meu.

Nós dois subimos e pegamos minha mochila. Quando descemos pegamos meu arco e aljava e quando nos dirigimos a porta passando por Luke ele diz:

—Acho que eu vou indo também!

Ele deveria estar mais confuso que eu.

—Não! - Bianca Diz, a voz dela estava falha como se estive prestes a chorar. - Você fica aí!

—Melhor você ficar! - Nico aconselha.

Luke assentiu e nós dois seguimos em direção a porta.

Nico me leva até meu carro. Nós colocamos minhas coisas no porta-malas e eu entrei no carro.

—Nos vemos segunda? -Nico pergunta do lado de fora.

—Você me liga assim que ficar só. - Eu digo.

—Tá! -ele assente.

Eu desvio o olhar para o carro a minha frente, volto a olhar para ele e sorrio.

—Vem cá, vem. - Digo e pela janela coloco parte do meu corpo para fora do carro e o beijo. - Agora eu posso ir.

Ele sorri de lado parecendo meio envergonhado e eu vou embora.

 

P.O.V Nico

 

Quando ela vai embora e eu entro em casa novamente vejo Bianca e aquele cara loiro, que eu não sabia o nome, descerem as escadas com algumas malas. Meus pais e nem Hazel estavam na sala, aquela confusão acabou.

—O que aconteceu, Bianca? -Pergunto. - Pra onde você vai?

Bianca que antes estava com a cabeça baixa vem até mim.

—Vou pra casa de Luke, venho pegar minhas coisas depois e te ligo quando estiver mais calma. - Ela diz e eu assinto confuso.

Eu a abraço. Não sou de demonstrar afeto pelas pessoas que amo, mas ela parecia precisar daquilo.

—Obrigada! -Ela se afasta, beija minha bochecha e segue em direção a porta que era onde Luke estava parado. - Tchau, Nico. Se cuide!

Eles vão embora.

Mais que droga está acontecendo? Por que Bianca foi embora? E cadê os meus pais? Hazel deve saber!

Vou para as escadas e quando estou quase na metade ouço a voz da minha mãe:

—Nico onde está Silena? -Ela pergunta.

Bato com a ponta dos dedos no corrimão das escadas. Como ela não poderia saber? Suspiro e me viro para ela.

—Morreu, achei que você soubesse. -Algo me dizia para ser frio, mesmo que eu não quisesse. Ela abre a boca para dizer algo, mas logo a fecha. -Vou indo!

—Para onde? - Ela pergunta.

—Falar com Thalia!

—Ah, não! Você não vai! Eu não gosto daquela garota!- Ela diz alterando a voz. - Está proibido de ver ou falar com aquela garota!

 

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentem!
Vou tentar não demorar postar o próximo capítulo! Juro!



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